Na França e na China os fumantes eram menos susceptíveis ao Covid-19, por Rogério Maestri

Pode ser até um erro de causa e efeito, ou seja, os fumantes por serem considerados criaturas de segunda classe se mantém mais longe dos não fumantes e logicamente são mais adeptos do auto isolamento

Os médicos estão furiosos, na França e na China os fumantes eram menos susceptíveis ao Covid-19

por Rogério Maestri

Depois dos tabagistas militantes virarem uma espécie de mal do mundo, vem a notícia que olhando os dados estatísticos de pessoas fumantes e não fumantes na França (algo que já havia sido observado na China) os fumantes tem cinco vezes menos (5) chance de pegar o Covid-19 do que os não fumantes, supondo que é a nicotina bloqueia as células que os vírus medonhos querem entrar, o governo francês já começou um estudo dando implantes de nicotina em pacientes leves, médios e graves de Covid-19.

Pode ser até um erro de causa e efeito, ou seja, os fumantes por serem considerados criaturas de segunda classe se mantém mais longe dos não fumantes e logicamente são mais adeptos do auto isolamento, mas caso isso for verdade os médicos advertem que morrem na França 76.000 pessoas por ano que eles acham que é provocado pelo fumo. Mas a pergunta que pode se fazer, o que é mais lógico, aproveitar os prazeres do vício durante uns vinte ou trinta anos, para depois pagar o tributo, ou morrer em poucas semanas?

Redação

10 Comentários

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    1. Há determinados tipos de pessoas que são detestáveis como, fanáticos religiosos, veganos empedernidos e anti-fumantes militantes. São detestáveis pois no momento que um pequeno detalhe atrapalha seus discursos ficam realmente histéricos e se pudessem simplesmente censurariam qualquer pequena coisa que possa abalar 100% de suas convicções.
      Sei muito bem que fumar faz muito mal a saúde, não preciso de censura de nenhum idiota, porém simplesmente dizer que isso ou aquilo é uma irresponsabilidade é uma argumento simplesmente falacioso.
      Pois não queria entrar em detalhes, mas como diz um ditado gauchesco: Dou um boi para não entrar numa briga, mas depois de entrar dou uma boiada para não sair dela.
      Primeiro vou até colocar uma referência sobre uma revisão entre o problema do fumo e o covid-19.
      COVID-19 and smoking: A systematic review of the evidence. Esse artigo que é subvencionado pela The International Society for the Prevention of Tobacco Induced Diseases, que subvenciona exatamente o periódico que publicou o artigo, que não passou de uma revisão, chega a uma conclusão cambaleante que se resume na seu último parágrafo.
      “In conclusion, although further research is warranted as the weight of the evidence increases, with the limited available data, and although the above results are unadjusted for other factors that may impact disease progression, smoking is most likely associated with the negative progression and adverse outcomes of COVID-19.”
      Ou seja, num artigo de uma revista que é lida por profissionais que ganham a vida cobrando consultas e tratamentos para os fumantes deixarem o seu maléfico vício (só o maléfico vício, não tem nada de ironia, considero como tal) colocar uma conclusão em que aparece um “is most likely” é o mesmo que uma confissão de que não temos a mínima certeza.
      Outro artigo, uma metanálise de 44.672 pacientes na China (Active smoking is not associated with severity of coronavirus disease 2019 (COVID-19)) não há nenhuma indicação que os tabagistas tenham qualquer agravamento da doença em relação aos não tabagistas.
      Por outro lado já há diferentes artigos, um já revisado e outros e processo de revisão em que mostram a correlação provável da nicotina que inibe os receptores celulares (ACE2) o caminho de entrada do vírus.
      Esses artigos são:
      1) Low incidence of daily active tobacco smoking in patients with symptomatic COVID-19, artigo de uma série de profissionais ligados a saúde pública Hôpitaux de Paris, Université Pierre et Marie Curie (Paris VI)
      2) A nicotinic hypothesis for Covid-19 with preventive and therapeutic implications também da saúde pública, Hôpitaux de Paris, Pasteur Institute
      Logo aviso aos navegantes, se querem dizer que fumo dá enfisema pulmonar, contribui para a incidência do câncer e mais dezenas de doenças, tudo bem, mas não me encham o saco, pois nesse que vou fumar o meu remédio preventivo contra o Covid-19.

  1. Estou acompanhando a literatura sobre isso há algum tempo, pois de fato é muito curioso. O melhor artigo que encontrei até agora foi o seguinte:

    Low incidence of daily active tobacco smoking in patients with symptomatic COVID-19
    (https://www.qeios.com/read/WPP19W.3)

    Curiosamente, o que despertou minha atenção foi uma notícia na qual um médico especulava que a incidência mais elevada da doença entre homens na China poderia se dever ao fato de que, nesse país, os homens fumam muito mais do que as mulheres. Achei estranho, pois uma das primeiras coisas que é perguntada a um paciente com problemas respiratórios é se ele é fumante. Por que não usar esses dados em vez de fazer inferências sobre o tabaco a partir do percentual de homens?
    Fui à literatura e um dos primeiros artigos que encontrei foi publicado no Allergy de 19 de fevereiro (que, aliás, está citado nas referências do trabalho que indiquei). A evidência era exatamente oposta ao sugerido pelo médico: a participação dos fumantes entre os doentes era surpreendentemente pequena, muito menor do que seria de se esperar dada a alta taxa de fumantes na população chinesa. Os autores diziam: “The relationship between smoking and coronavirus infection is not clear, and the exact underlying causes of the lower incidence of COVID-19 in current smokers are still unknown.” Mas considerei que a amostra era pequena (149 pacientes) e os controles (por outros fatores) não pareciam ter sido realizados.
    No entanto, as evidências foram se acumulando (EUA, França, Alemanha…) e a notícia chegou aos jornais (BBC, etc.). Como disse Linda Bauld, professora de saúde públicada Universidade de Edinburgh, “there’s something weird going on with smoking and coronavirus”.

  2. É fato, segundo a imprensa francesa, que costumo ler. E lá na França, sobretudo em Paris, os fumantes nada têm de cidadãos de segunda classe. Não quer dizer que o cigarro, que dá grande prazer aos fumantes (já fui um há muitos anos), não possa ter a “vantagem” de que estão desconfiando, com certa razão. As pesquisas continuam e quem sabe os males da nicotina sirvam para algo de bom? Afinal, como diz o ditado; “há males que vêm para o bem”.

  3. Olha, se o bolsonaro souber dessa informação ele e Olavo de Carvalho vão começar a mandar o povo fumar.
    “Olha aí gente, a nicotina salva as pessoas da gripezinha, se você fumar não pega, então vai comprando seu cigarro aí, tá ok?”

  4. Com certeza a industria do cigarro vai se aproveitar dessa informação para tentar combater as campanhas anti-tabagismo e dizer que o fumo causa mais bem do que mal para a saúde, sinceramente desejo que as pesquisas posteriores comprovem o contrário do que estão supondo nesse momento, pois o tabagismo mata e ele deve ser combatido sim, não podemos permitir retrocessos.

  5. Sei que não faz bem fumar fumo a 45 anos não desejo que as pessoas fumem mas lembrei que minha mãe usava fumo pra curar feridas e se vc pegar fumo e deixar no álcool ele mata baquiterias deve ser a nicotina , mas poderia fazer testes com aplicação de selos de nicotina se valer pra salvar vidas como disse o amigo tem mau que vem pra bem que Deus nos abençoe.

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