Novo ministro da Saúde propõe CPMF para operações de crédito e débito

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da Agência Brasil

O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), defendeu uma nova proposta para a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) , que serviria, segundo ele, para custear tanto a Previdência Social, quanto a saúde. A contribuição seria permanente e cobrada duas vezes, tanto de quem faz pagamento quanto de quem recebe a quantia, sem aumento da alíquota.

Pela proposta do governo, enviada ao Congresso Nacional,  a arrecadação da contribuição seria de 0,2% e cobrada apenas uma vez em cada operação financeira. Os recursos arrecadados serão destinados para cobrir gastos com a Previdência.

Já Marcelo Castro propõe, porém, que o tributo seja cobrado nas operações de débito e crédito. “Vou dar um exemplo da minha proposta: João dá um cheque a Pedro de R$ 1 mil. Neste caso, 0,20% corresponde a R$ 2. Quanto sai da conta de João? R$ 1.002 [R$ 1.000 para Pedro e R$ 2 para a CPMF]. Então, o governo arrecada R$ 2. Proponho que os R$ 1.000 não entrem totalmente na conta de Pedro, mas R$ 998. Sendo que R$ 2 vão para os governos dos estados e para as prefeituras”, disse.

Segundo ele, a proposta desta forma tem aceitação tanto do PMDB, do qual é filiado, e de todos os outros partidos que querem “salvar a saúde do Brasil”. O novo ministro considera a proposta “engenhosa, simples e que permitirá a divisão dos recursos com a União, estados e municípios”.

Marcelo Castro disse que já apresentou a proposta a Joaquim Levy, ministro da Fazenda; Ricardo Berzoini, das Comunicações, e que agora vai assumir a Secretaria de Governo; e Aloizio Mercadante, que deixa a Casa Civil e vai para o Ministério da Educação. Castro afirmou que também conversou com a presidenta Dilma Rousseff sobre o assunto. “Todos gostaram porque nós não vamos aumentar a alíquota. Vamos arrecadar dobrado e levar esses recursos para os estados municípios que estão vivendo hoje um grande problema de falta de recurso”.

Reforma ministerial

A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje as mudanças no comando de alguns ministérios, entre eles o da Saúde. Marcelo Castro, deputado federal pelo PMDB do PI, assumirá a pasta, no lugar de Arthur Chioro (PT).

Marcelo Castro é formado em medicina pela Universidade Federal do Piauí e doutor em psiquiatria. Filiado ao PMDB, construiu carreira política no Piauí e está no quinto mandato de deputado federal. É o atual presidente da executiva estadual do PMDB. Foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990. Ocupou a presidência do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí e foi secretário de Agricultura do estado. Neste ano, foi relator da Comissão Especial para a Reforma Política, na Câmara dos Deputados, que ouviu parlamentares e especialistas para elaborar um relatório com a proposta de reforma política.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Até o GGN está embarcando na

    Até o GGN está embarcando na canoa furada da mídia comercial!? Na matéria não há sequer uma menção ao ministério citado no título. Muito Ruim. Ah, é Agência Brasil. Não importa; quem postou deveria ter o cuidado de ler e verificar.  Bola Fora!

  2. CPMF

    Esse senhor pensa que somos todos idiotas. Não se tira água de pedra. Ele diz que “vamos dobrar a arrecadação do CPMFsem aumentar a alíquota e sem onerar as pessoas, cobando no débito e no crédito”. Ou seja, cobrando duas vezes. Mas, isso não é a mesma coisa que cobrar uma só vez e dobrar a alíquota?

    1. Exatamente

      O dinheiro que entra hoje, um dia vai ter que sair. Ou seja, pagar na entrada e na saída é a mesma coisa que pagar em dobro. Se alguém não entende isso, precisa urgentemente de um curso intensivo de Matemática.

  3. “A contribuição seria

    “A contribuição seria permanente e cobrada duas vezes, tanto de quem faz pagamento quanto de quem recebe a quantia, sem aumento da alíquota”:

    Isso muito provavelmente eh inconstitucional e ta parecendo insercao intencional arquitetada pra lei nao passar.   Como eh a primeira vez que escuto essa proposta, alguem sabe mais?

  4.  
    Sou favorável a instituição

     

    Sou favorável a instituição da lei do cheque. CPMF  ou seja lá, o nome que se queira dar ao mesmo. Contanto, que seja de cobrança permanente. Este mecanismo é da maior importância para que sejam identificados os titulares dessa imensa massa de recursos abrigados sob o eufemismo de caixa 2.

    Caixa 2 é aquele dinheiro que parece filho da puta, e sem pai. Ninguém tem conhecimento de como foi gerado. E, que trafega livremente no sistema bancário Nacional. Ai que o imposto do cheque, faz um trabalho social e humanitário importante, trazendo esse deserdado para a legalidade e o convívio do povo brasileiro. O que não se compreende é tanta rejeição entre os homens da FIESP.

    Como de resto, fica explicitado na grita histérica dos representante dos sonegadores, digo, dos militantes empresarias da FIESP. Aqueles senhores sensíveis da alta cúpula do PIB Nacional, amigos do peito dos tucanos, sempre, preocupados com o povo e com o desenvolvimento do País.

    Orlando

     .

     

     

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