O erro na caracterização da pedofilia no manual de transtornos mentais

Sugerido por Gunter Zibell – SP

Do Super Pride

Pedofilia, histeria e mais mentrias de religiosos e homofóbicos para agredir os gays

Como sempre, a revista Veja sendo leniente com a utilização de baixarias para ganhar ibope entre puritanos. Fico feliz de já ter cancelado minha assinatura desta publicação desde o episódio do editorial que misturava gays com cabras e espinafre no ano passado.

Dessa vez, li no site de Veja um texto agressivo comentando o “fato” de pedofilia ser uma orientação sexual, no qual o colunista Rodrigo Constantino usa como fonte um site religioso (que inclusive ontem mesmo já DESMENTIU a veracidade da informação) para vociferar todo o seu preconceito e ignorância. Rodrigo até agora não se retratou.

A confusão toda começou por causa de um ERRO ao caracterizar a pedofilia nas versões impressa e online do DMS-5, que é o manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (ou simplesmente “manual de transtornos mentais”), usado como referência mundial na psiquiatria para diagnosticar transtornos através de sintomas.

A edição foi lançada em maio deste ano pela Associação Psiquiátrica Americana (American Psychiatric Association, APA), mas a polêmica começou nos Estados Unidos apenas há cerca de uma semana, quando um blog chamado NeonTommy da Universidade da Califórnia do Sul descobriu a palavra “orientação” no texto  e não imaginou que se tratava de um erro (e obviamente também não pensou em checar com a própria APA antes de começar a gritaria).

É importante mencionar que, no dia 31 de outubro de 2013, quando a repercussão ganhoucorpo no Brasil, tive acesso apenas à versão online do manual. Esta já tinha sido corrigida ontem mesmo pela APA para retirar o termo errôneo; razão pela qual não achei tal palavra (“orientação”) no documento.

Segundo nota oficial divulgada pela APA também ontem, o critério para diagnóstico da doença continua o MESMO usado na versão anterior da publicação, DSM-4. A única mudança REAL que aconteceu continua sendo, portanto, a de nomenclatura. O livro passou a usar o termo “transtorno pedofílico” ao invés de “pedofilia”, o que foi na realidade um avanço, já que considera agora que o indivíduo pode “estar pedófilo”, mas que com o devido tratamento pode aprender a controlar seus impulsos.

É simplesmente a psiquiatria “descobrindo a pólvora”.  A psicanálise já entende há mais de cem anos que existe a “estrutura perversa” e o “neurótico” (todos nós) que pode (ou não) cometer essas perversões. A psiquiatria entender que existe uma diferença, e que alguns podem e devem passar por tratamento, é algo que deve ser comemorado e não temido.

Ainda segundo a nota da APA, “orientação sexual” não é um termo usado no diagnóstico do transtorno pedofílico e o texto deveria ter saído como “interesse sexual”, já que a associação considera a doença como uma “parafilia” e não uma “orientação sexual”.

A associação complementa dizendo que permanece firme junto aos esforços para penalizar criminalmente aqueles que abusam e exploram crianças e adolescentes; e que também dá apoio ao contínuo estudo para o desenvolvimento de tratamentos para quem sofre do transtorno, na esperança de impedir futuros atos de abuso.

A verdadeira histeria coletiva que se instaurou a partir da republicação indiscriminada da confusão por sites religiosos pode ser resumida no comentário de um leitor na página do próprio site que foi usado como referência pelo colunista de Veja, quando (o site) fez seu ‘mea-culpa’ e admitiu que estava errado em suas afirmações iniciais: “Vocês estão pegando a linguagem científica e a distorcendo para associar pedofilia com os gays e isso é uma mentira ofensivamente barulhenta”.

Para acalmar ainda mais os ânimos, prestem atenção no seguinte: o tal site religioso “Charisma News” (esse mesmo que já se retratou), citado por Rodrigo Constantino em seu blog, usou por sua vez como base para suas alegações informações vindas (logo de quem) da Associação Familiar Americana (American Family Association ou AFA), uma associação ultra-homofóbica dos Estados Unidos.

Para resumir: sexo com crianças continua sendo crime, como sempre foi; e um transtorno sexual é algo que deve ser combatido legal e psicologicamente.

Mas não tem ABSOLUTAMENTE NADA A VER com orientação sexual.

Eliseu NetoPsicólogo, psicanalista, gestor de carreiras, professor de Pós gradução, membro do Comite LGBT carioca e membro do núcleo LGBT do PPS

Redação

19 Comentários

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  1. Pois é Gunter, pode ter

    Pois é Gunter, pode ter certeza que qualquer concessão que a real politik governista faz aos evangélicos é pinto diante de quem é de fato reacionário, intolerante e flerta com o facismo.

    Voce acha, caro amigo, que a Veja é uma voz isolada dentro do campo da direita no Brasil? Onde está a Opus Dei? Onde está Malafaia? Para onde irá Felciano? Podem haver algumas confluências pontuais aqui e ali, dentro da tal real politk. Mas na hora da onça beber água (eleição por exempo), esses caras jamais estarão com o PT, ou qualquer partido “com cheiro” de esquerda.

    E preste mais atenção na Marina, Gunter. Ela não gosta de tocar no assunto. E quando ela vai falar com os evangélicos (sua turma) o pig não vai para registrar. Minto, foi uma vez, e deu chabu. Ela teve que dizer que “não estava defendendo o Felciano, embora estivesse”. Típico da Blablárina

     

    1. Juliano, eu não acho as

      Juliano, eu não acho as concessões antissecularistas do governo “pinto”.

      Eu as acho péssimas para a evolução da sociedade.

      Algumas:

      – obstruir a votação do PLC 122

      – fazer declarações públicas contra o combate à homofobia (Gleisi, Vanessa [PCdB, da base])

      – cancelar o Escola sem Homofobia (uma semana após elogiá-lo em press-releases?)

      – recolher os kits de educação sexual do Min. da Saúde

      – cancelar a campanha para redução de DSTs entre profissionais do sexo

      – implantar pela MP 577 o cadastramento de gestantes para inibir o aborto

      – estimular a internação compulsória de dependentes de crack 

      – protocolar na CCJC a PEC do Plebiscito

      – manobrar para que a CDHM seja controlada pelo PSC

      – estimular a recriminalização de usuários de maconha (deputado do PMDB, da base)

      – revogar a regulamentação da lei antihomofobia do Distrito Federal

      – desistir da retirada de símbolos religiosos de locais públicos (como previsto no PNDH-3, que é uma lei)

      – cancelar a modernização do Código Civil (deputado do PDT, da base)

      Você pode, claro, trazer artigos e análises justificando todas essas ações do governo. Por que não o faz?

      Porque é mais prático esconder debaixo do tapete e fazer discurso na internet “reacionários são sempre os outros”.

      E a Veja, principalmente nas figuras de Azevedo, Guzzo e Constantino deve apoiar várias vezes o governo federal, portanto.

      Onde está Malafaia?

      Apoiando a campanha de Lindbergh

      Para onde irá Feliciano?

      Para onde está desde maio/2010: coligação governista

      Onde está a Opus Dei?

      Não sei, mas será que não está comemorando a presença de ministros nas missas do Pe. Marcelo?

      Ficamos apenas no secularismo, há outras questões de direitos muito mal resolvidas no programa e prática do governo. É essa “hora”, a da prática, que interessa, não a das eleições, em que candidatos do PT dizem que respeitarão o Estado Laico e se empenharão por direitos civis e humanos. Só discurso.

      Eu não tenho medo nenhum de Marina, portanto, até porque ela defende plebiscitos sobre questões como o aborto e maconha que o governo não quer nem ouvir falar. Não que plebiscitos sejam o melhor caminho para isso, mas já estimulariam o debate.

      Por ora eu mantenho minha preferência por E. Campos. Para que recear se já se vive o pior?

      E eu sei que nem o governo nem o PT fazem a mais mínima questão do meu voto. 

      Então não sei pra quê essas menções com meu nome em comentários.

      A não ser para comprovar como é necessário que eu aborde esses assuntos sempre.

      E vamos dar um tempo nesse assédio propagandístico? Ou pelo menos fazer bem feito.

      Quem trouxe a notícia criticando Veja fui eu. Quem trouxe a notícia da fala de Marina sobre Feliciano fui eu. Quem trouxe a notícia sobre o secretário homofóbico de Alckmin… Fui eu.

      Eu não tenho partidarismo envolvido nisso tudo, por considerar seriíssimo o assunto.

      Mas os militantes pró-governo nem fazem o trabalho básico, de trazer essas notícias, em princípio constrangedoras para a oposição.

      E as poucas vezes em que governos do PT (como o estadual-RS e municipal-SP) tomam medidas pró-LGBT, quem traz as notícias? Também sou eu. 

      E nem nessas horas os militantes pró-governo são capazes de elogiar ou divulgar essas medidas! Parece que se envergonham das mesmas.

      Que coisa…

       

  2. Como pai de três filhos,

    Como pai de três filhos, nunca acho demais qualquer esforço para conter a legalização da pedofilia, chamada de “sexo intergeracional” por várias vertentes do movimento LGBT. Se a gente relaxar, vão aprovar leis que consideram a pedofilia como uma opção sexual normal, como o homossexualismo. Não dá pra relaxar, meus parabéns ao Rodrigo Constantino por ter levantado essa lebre.

    1. Você fala como se a

      Você fala como se a “legalização da pedofilia” estivesse logo ali na esquina. Talvez esse seja o sonho de qualquer pedófilo, seja homo ou heterossexual (sim, não elimine os héteros dessa história de forma tão desonesta!), mas pode ficar tranquilo: talvez o seu senso de realidade esteja um pouco desajustado, mas nem se vislumbra no horizonte uma medida tão absurda! Potanto, deixe em paz os homossexuais (pare de generalizar a respeito deles, como se fossem todos iguais); eles não têm nenhuma relação direta com esse delírio.

  3. Erro né? Sei…O fato é que

    Erro né? Sei…

    O fato é que lá havia a expressão “orientação”, quandoa s reações começaram, a APA se saiu com essa de “erro”.

    O lobby pró-pedofilia está cada dia mais assanhado, essa é a verdade. Quem tem seus filhos, que os protejam de todas as formas possíveis.

    Ah se um doente/bandido desse mexe com um filho meu…

    1. Mais confusão

      A retirada da palavra “orientação” não representa nenhum abrandamento do que se entende por pedofiia. De forma alguma. A substituição do termo protege os homossexuais de uma confusão: a associação de sua orientação sexual à pedofilia. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que pode representar uma alteração no entendimento da patologia é a substituição do termo “pedofilia” por “transtorno pedofílico”, mas este não é o foco do texto e nem do seu comentário.

  4. Eu acho que as duas coisas

    Eu acho que as duas coisas estão corretas. É um transtorno e é um crime, mas também é um tipo de orientação.

    Ora, quem é heterosexual sente atração por pessoas do sexo oposto.

    Quem é homosexual sente atração por pessoas do mesmo sexo.

    O pedófilo não sente atração por crianças ? Eu acho que sente sim.

    Claro que sempre será crime, isso ninguem discute, mas creio que também haja a orientação. Duvido que todos os casos de pedofilia são cometidos só por sadismo ou maldade.

    O que não podem fazer é tolher o debate devido à distorções de ambos os lados. São casos e situações complexas que devem ser estudados e investigados sempre. E sem tentativas de se tolher o debate.

     

    1. Desfazendo a confusão

      Está trocando as bolas. A questão é quanto ao uso do termo “orientação”, que acaba gerando confusão e facilitando a associação de duas coisas bem distintas: homossexualidade e pedofilia. O recomendado (para não excitar religosos fanáticos) é deixar o termo “orientação” para designar a atração por parceiros do mesmo sexo ou do sexo oposto ou de ambos os sexos. E só. Afinal, existem pedófilos com orientação homossexual, heterossexual, bissexual, nos mais diferentes graus possíveis. O mesmo deve valer para necrófilos e afins.

      1. Não tem essa de “desfazer a

        Não tem essa de “desfazer a confusão”.

        Se há quem queira confusão não sou eu. Quero debater e aprofundar conhecimentos sem preconceitos e sem tolhimento do debate, como voce está querendo fazer neste comentário.

        Óbvio que fazer sexo com crianças é crime. Ninguem está dizendo que não é. Ou mesmo comparando isso com homosexualidade. Claro que existem pedófilos com mais inclinações homosexuais e também com mais inclinações heterosexuais.

        Mas orientação sexual não é algo totalmente definido. Tanto que existem vários casos de ex – alguma orientação, por exemplo.

        Ora, quem disse que nenhum pedófilo possa sentir atração por crianças ? Se sim, por que não pode ser um tipo de orientação ?

        Ademais, é uma questão de terminologia. Há quem diga que pedófilo é quem sente atração por crianças e não necessariamente quem comete o ato de praticar sexo com crianças. São duas coisas diferentes. Para qualquer crime funciona desta forma: uma coisa é pensar no crime, outra, executar. Só a execução constitui crime.

        E, obviamente, que o fato de poder vir a ser um tipo de orientação não significa que o ato não seja crime.

        Então, o autor do post, quando diz que “pedofilia” não tem nada a ver com orientação sexual não diz um fato concreto, diz a própria opinião. Com a qual eu não concordo. Creio que pedófilos sintam algum tipo de atração por crianças, o que constituiria uma orientação sim.

        Talvez uma orientação ainda carente de nomenclatura própria.

        Quando se impede o debate, com a desculpa de defender os LGBT, só se confundem as coisas e fica-se sabendo cada vez menos sobre a pedofilia – aqui entendida como sexo com crianças – que obviamente é um grave problema social além de ser um grave crime.

         

         

        1. Apenas esclarecendo

          Minha intenção nunca foi a de interditar o debate. Em nenhum momento afirmei que um pedófilo não sente atração por crianças (afinal, é exatamente essa a definição de pedofilia), nem que quem pratica abuso sexual contra crianças o faz apenas por “sadismo ou maldade”. Não. Na verdade, eu concordo com você: o pedófilo é aquele que sente atração sexual por crianças e que, eventualmente, pode cometer o crime de abuso contra um menor. Meu comentário inicial intencionava destacar apenas a questão terminológica mesmo. Ao nominar todos esses comportamentos como “orientação”, acaba-se por gerar confusão e estimular o preconceito. E isso não é apenas uma teoria: vimos acontecer na prática, através dos sites religiosos fundamentalistas e do colunista citado no texto, logo após o erro da APA. Sou homem e gosto de mulheres. Sim, é uma orientação. Prefiro aquelas que estejam dentro de determinada faixa etária, um tanto distante da infância e da adolescência. É uma orientação? Sim, deve ser. Mas não alimentemos a intolerância. Se o simples fato de evitar um termo ajuda a desfazer uma confusão que muitos tentam difundir de forma deliberada, então acho melhor que o façamos.

          Mas esse rápido debate me chamou atenção para uma coisa. Veja como é fraco o raciocínio desses fundamentalistas malucos. Eles foram capazes de renovar sua implicância contra a homossexualidade, uma “orientação sexual”, apenas porque, no manual da APA, a pedofilia foi referida como uma “orientação sexual”. Ora, mas não é a heterossexualidade também uma “orientação sexual”? Pelo mesmo raciocínio, deveríamos todos ter sido vítimas da fúria preconceituosa.

          1. Tambem sou contra todos os

            Tambem sou contra todos os tipos de preconceito.

            Mas creio que o debate nao pode ser pautado por nenhuma agenda especifica.

  5. De Novo, activista

    De Novo, activista guantee?

    sempre com tema recurrente em favor dos gays? Por qué vc não mostra as pesquisas de perfil psicológico mostrando a preferencia dos homosexuais por jóvens de 16 e 17 anos?  Família o escudete, a adoção já é em si uma medida paliativa para situações anormais ocorrida na família biológica. Medida positiva sim, mas paliativa. Por tanto  inao trAnforms este espaço em painel gay de discussão. E se vai abordar o tema seja menos parcial por favor.

  6. espanto

    Sempre me espanto com a veemência com que certas pessoas associam a homossexualidade à pedofilia.

     

    Convenientemente esquecem que a maioria dos casos de pedofilia é de HOMENS que abusam de  MENINAS, portanto uma relação HETEROSSEXUAL.

     Eles somente se preocupam com os meninos e, destes, devemos descontar os MENINOS abusados por MULHERES.

     

    O abuso de meninas por homens e de meninos por mulheres é “”menos ruim” ?

    1. Distorções

        É muto comum que textos ou recomendações técnico-estatisticas ( caso dos DSMs), que de origem e fato, são destinados a profissionais de determinada area, quando “caem” na mão, e na ignorancia ou interesses escusos de outras pessoas, gerem para o publico geral, formas de interpretação não condizentes com a realidade cientifica.

  7. Harvard

      Sendo a Veja, os comunicadores sociais que trabalham nesta porcaria de publicação, com certeza devem ficar de quatro, para a palavra HARVARD – e saberem tudo de inglês – não apenas para comprar em Miami, ou deleitarem-se em peças da Brodway, apenas isto – de inglês técnico, são um fracasso, confundem “orientação social” com orientação mental, fisiológica e bioquimica, esta é cientificamente mensuravel, a outra trata-se de apenas um conceito enraizado. ( que infelizmente, brasileiros “adoram”, tornou-se um rótulo, ou seja: algo bem facil e compreensivel para se entender o que acontece – e entender errado)

        Para melhores informações sobre a revisão critica do DSM-V, e a partição da pedophilia e a hebephilia (nova patologia diagnosticada, bem diferente da pedos): http://www.health.harvard.edu/newsletters/Harvard_Mental_Health_Letter/2010/July/pessimism-about-pedophilia

        É um assunto técnico, como todos os DSMs já publicados ( todos sofreram criticas das diferentes areas que atuam com pacientes portadores de sofrimento mental), NÃO é tema para jornalistas, colunistas, religiosos, e demais personagens, muito menos para um panfleto conservador idiotizante, como qulauqer publicação da Editora Abril.

         P.S.: o artigo de Harvard, é de 2010, o DSM-V nem tinha sido oficializado, portanto nossos ” jornalistas ” (um bando de burros e ignorantes), até neste ponto reforçam o atraso intelectual deles e de nossas publicações destinadas a “massa cheirosa”.

  8. Raciocínio tosco

    O rápido debate “terminológico” com o Daniel (abaixo) chamou-me a atenção para uma coisa. Veja como é fraco o raciocínio desses fundamentalistas malucos. Eles foram capazes de renovar sua implicância contra a homossexualidade, uma “orientação sexual”, apenas porque, no manual da APA, a pedofilia foi referida como uma “orientação sexual”. Ora, mas não é a heterossexualidade também uma “orientação sexual”? Pelo mesmo raciocínio, deveríamos todos ter sido vítimas da fúria preconceituosa.

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