Participante do Mais Médicos faz críticas ao programa

Jornal GGN – Último expositor a participar do primeiro dia de audiência pública na segunda-feira (25), o médico William José Bicalho Hastenreiter Paulo, que participa do Programa Mais Médicos, fez duras críticas ao programa e disse que espera não sofrer retaliações ou represálias por sua participação no debate travado no STF (Supremo Tribunal Federal). Para ele, o programa tem fins eleitoreiros e não é verdade a informação de que os médicos estrangeiros foram para locais recusados pelos colegas brasileiros.
 
“Isso é uma completa falácia”, enfatizou Paulo. Segundo ele, há médicos estrangeiros atuando em locais para os quais brasileiros não conseguiram se inscrever. Em contato com o Ministério da Saúde, por email ou pelo telefone 136, médicos brasileiros teriam relatado dificuldades para selecionar esses locais, e teriam recebido a informação de que, naquele momento, a prioridade era dos estrangeiros. Se isso consta do edital do Programa Mais Médicos, não está sendo seguido, avisou.
 
William Hastenreiter Paulo afirmou que, enquanto a carreira de médico não se tornar uma carreira de Estado, persistirão os problemas enfrentados por sua categoria. Ele manifestou apoio à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 454/09, que tem esse objetivo. Apresentada pelos deputados Ronaldo Caiado e Eleuses Paiva, a PEC altera o Título VIII, Capítulo II, Seção II Da Saúde -, da Constituição de 1988, estabelecendo que, no serviço público federal, estadual e municipal, a medicina será privativa dos membros da carreira única de médico de Estado, organizada e mantida pela União.
 
O médico acrescentou ainda que, embora seja profissional formado, tem o status de estudante-bolsista no programa, o que violaria a legislação trabalhista. Para ele, somente uma política pública efetiva será capaz de fixar os médicos em locais distantes e nas periferias de cidades maiores, tendo em vista que o Mais Médicos tem duração de três anos. O expositor também questionou os termos do acordo com Cuba para o envio de médicos daquele país, que será responsável pelo envio de R$ 1,5 bilhão para a ditadura castrista. “Foi feito às escuras: até hoje não sabemos ao certo como ocorre o pagamento dos médicos cubanos e esse dinheiro poderia estar sendo investido no Brasil”, afirmou.
 
Com informações do Supremo Tribunal Federal
Redação

2 Comentários

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  1. Critica ao Mais Medicos

    Pra variar, o STF cumprindo o seu papel de oposiçao ao executivo federal. Soh vou me detalhar em um argumento colocado pelo “execelentissimo doutor: ” Sobre o “.não é verdade a informação de que os médicos estrangeiros foram para locais recusados pelos colegas brasileiros”. Inumeras reportagens mostando medicos indo para cidades remotas eh coisa de “bloguero sujo” (e mentiroso). Antes havia medicos sim, mas eram invisiveis. Ora faça-me o favor! Quem ja trabalhou com qualquer programa de saude nas periferias das grandes cidades brasileiras (nao precisa ser nas localidades remotas da amazonia, ou no sertao nordestino) sentiu na pele a ausencia de medicos. Postos de Saude, principalmente naqueles que estavam estruturados, nao ficava ninguem em mais de que um mes.

  2. Assistí ao pronunciamento do

    Assistí ao pronunciamento do médico logo em seguida ao do Ronaldo Caiado, e uma continuação da cantilena que o programa é eleitoreiro. Segundo o médico, São Paulo foi privilegiado com o recebimento de médicos porque o Hadad quer se eleger. Mas, até onde sei, são as prefeituras que pedem os médicos, não cabendo ao Hadad impo-los aos municipios. O médico comentou também o erro do médico que teria receitado uma dose de antibiótico errada. Isto já foi esclarecido (https://jornalggn.com.br/noticia/medico-cubano-retorna-ao-trabalho-em-feira-de-santana) e o médico já voltou ao trabalho, recebido com festa pela população.

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