Vacina: Saúde garante “3 a 5 dias” depois da Anvisa e marca “dia D” para 20

Amplamente criticado pela omissão e pelas falhas graves de logística, Pazuello garante que vacina chegará a todos os estados na semana que vem

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concede entrevista coletiva após anúncio do Plano Nacional de Operalização de Vacinação contra a Covid-19.

Jornal GGN – Ainda em meio aos mistérios de quando o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 terá início, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estaria divulgando junto a prefeitos e governadores que a vacina começará em uma semana: no dia 20 de janeiro.

Oficialmente, contudo, a informação não é divulgada. O que a pasta da saúde do governo Bolsonaro vem tentando garantir é que a imunização comece de “3 a 5 dias” depois do aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O Ministério vem sendo amplamente criticado pela omissão e pelas falhas graves de logística, como a demora para a abertura de licitações para a aquisição de agulhas e seringas, e o timing para as negociações de compra de vacinas com laboratórios internacionais – sendo o Brasil um dos últimos países da América Latina e do mundo a fechar os memorandos de pré-contrato.

Mas agora garante que 3 a 5 dias são suficientes para a Saúde coordenar junto ao SUS (Sistema Único de Saúde) a divisão de lotes entre os mais de 5 mil municípios e os 26 estados brasileiros e o distrito federal. Nessa contradição, Pazuello promete que “ninguém fica para trás”.

“Quando a Anvisa concluir a sua análise de segurança e eficácia, três ou quatro dias depois nós estamos distribuindo a vacina pelo Brasil. Ponto. A Anvisa vai se pronunciar no dia 17, botem aí os números para frente”, disse.

A declaração foi dada em entrevista coletiva na noite desta quarta (13). A pasta insiste que nenhuma cidade começará a vacinação antes que a União. Nessa investida, o governo federal vem sendo alvo de diversos processos no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentar se apropriar das licitações e compras já feitas por prefeitos e governadores junto a fábricas de insumos, como a aquisição de agulhas e seringas, por exemplo.

“Por que queremos começar com todos ao mesmo tempo? Temos um mote de que ninguém ficará para trás. No SUS, há o princípio da equidade e o da universalidade, de atender a todos”, disseÉlcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, nesta quarta.

A pressão – da população e dos governadores e prefeitos – para o início da vacinação fez com que o ministro garantisse este prazo de “3 a 5 dias”. Enquanto isso, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirma que começará a campanha no estado imediatamente após a aprovação da Anvisa, o que poderia ocorrer já neste domingo (17).

Do outro lado, Pazuello vem conversando com prefeitos e indicando a eles a expectativa de que a vacinação nacional começará no dia 20 de janeiro, a exatamente uma semana. O ministro teria dado esta data, do “dia D”, em reunião na manhã de hoje (14) com a Frente Nacional dos Prefeitos.

 

Redação

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