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A professora Monica Figueiredo, patronesse da turma Marielle Franco (Faculdade de Letras da UFRJ) proferiu um discurso emocionado lembrando as desventuras de seu pai imigrante que tinha dificuldade de se fazer entendido em razão de ser originário dos Açores. Pouco antes do final do discurso, ela usa a imagem da frigideira no banheiro para fazer um alerta. Ela convoca os ouvintes a desconfiarem:
“…das coisas que estão fora do lugar. E dispara uma bomba semiótica: um religioso no congresso, um militar na política, um político travestido de super-herói, um policial como juiz executor e um juiz como majestade soberana são frigideiras que devem urgentemente voltar para cozinha com o risco de você, em breve, não reconhecer o lugar onde mora.”
A professora da UFRJ esqueceu de mencionar três outras coisas que estão fora do lugar. Os jornalistas que pretendem dizer ao Judiciário quem deve ser condenado e quem pode ser inocentado, os médicos que agem como se o Brasil fosse um Campo de Concentração nazista e os economistas do mercado que tentam empurrar goela abaixo dos brasileiros um modelo econômico neoliberal fracassado que irá apenas prejudicar os interesses do “respeitável público” e do país. Nós também devemos desconfiar deles. No mais o discurso dela é irreparável e pode ser considerado um dos pontos altos da eloquência brasileira.
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