Alckmin anuncia fechamento de 94 escolas públicas em SP

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, capitaneado pelo tucano Geraldo Alckmin, anunciou o fechamento de 94 escolas da rede pública a partir da reformulação da rede, que visa aumentar o número de unidades com ciclos completos de ensino a partir do ano que vem. A notícia ganhou destaque na tarde desta segunda-feira (26), mas sem ônus à gestão Alckmin nas chamadas dos portais de veículos da imprensa tradicional. 

Segundo informações da Folha, a reformulação das escolas, discutida abertamente pelo governo estadual desde setembro – o que tem provocado uma série de protestos de alunos e professores -, deve afetar ao menos 311 estudantes da rede paulista e 74 mil professores, na estimativa do sindicato da classe.

Das 94 escolas fechadas, Alckmin pretende distribuir 66 a prefeituras, que poderão transformá-las em creches ou pré-escolas, ou aproveitar algumas delas para instituir unidades de ensino técnico, de ensino de línguas ou de educação de jovens e adultos. Outras 28 unidades estão com o destino incerto – “o governo negocia sua utilização com as prefeituras”, apontou a Folha.

Alegando que a iniciativa pode melhorar em até 22% o desempenho das escolas, o governo Alckmin decidiu dividir os colégios estaduais por ciclos de ensino. No total, a rede paulista tem 5.147 escolas e atende a 3,8 milhões de alunos, mas metade disso será afetado com o plano. Ainda não foi divulgado a lista das unidades que sofrerão mudanças.

Quando lançou a proposta, em setembro, o governo chegou a dizer que a reorganização poderia abranger até 1 milhão de estudantes. Mas o número caiu porque, segundo a Secretaria de Educação, “em alguns casos não foi preciso fazer o remanejamento; em outros, não houve condições (não havia outra unidade próxima ou o colégio próximo era de difícil acesso)”.

Alunos e professores contestam as mudanças, argumentando que os estudantes serão afetados pela nova distância imposta pela troca de escola e, no caso dos educadores, com as salas cheias e a necessidade de alterar a carga horário e deslocamento em função do trabalho.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. Antes, abrir estradas, melhorar a saúde e construir escolas

    era lema de qualquer campanha política. Hoje é fechar escolas, construir pedágios, proibir prevenção de gravidez em caso de estupro, terceirizar toda a mão de obra e promover o dia do orgulho hétero. Estamos retrocedendo ou é só impressão minha?

  2. Só isso?

    Só isso? Não precisamos de escolas públicos, pois 65% dos paulistano reelegeram o Geraldo. Logo, todos tem dinheiro para pagar o ensino privado.

  3. As multinacionais de Educação

    As multinacionais de Educação e a máfia das pequenas escolas privadas agradecem e prometem ajudar na próxima campanha eleitoral, legalmente ou não, e dizem que não têm nenhum problema em receber ex-alunos de escola pública desde que o estado se encarregue de pagá-las. E desde, é claro, que os pobres se conformem em ser tratados como “os de fora do clube”, outros hábitos, outra cultura.

    Será que o que o estado vai pagar para conceder bolsas é mais ou menos do que custa um aluno na escola pública?

  4. Queria ver o sentimento dos

    Queria ver o sentimento dos pais desses jovens que votaram no Alkimin.

    Com sede e agora sem escola.

    Será que para esses pais vale o dito ” qualquer um, menos um petralha”

    Sinceramente, lamento pelos jovens, mas quero mais esses pais se ferrem.

    Em 2016 os paulistanos terão uma nova chance.

  5. A FATURA CHEGOU E QUEM PAGA

    A FATURA CHEGOU E QUEM PAGA SOMOS NÓS

    O SR. CUNHA ABRIU AS PORTAS P MULTINACIONAIS DA EDUCAÇÃO,SAÚDE E ETC…

    E A DESCULPA  É ESFARRAPADA DO TIPO DA APROVAÇÃO AUTOMÁTICA,É BOM PRA QUEM?

    É ESSE BRASIL QUE OS COXINHAS QUEREM,SEM O DINHEIRO DO PRÉ SAL P EDUCAÇÃO, E OS

    JOVENS DA PERIFERIA MERGULHADOS NAS DROGAS E ALCÓOL, SEM CULTURA NENHUMA!!!!!!!

     

  6. Gostaria de  conhecer

    Gostaria de  conhecer  paulistas que reelegeram o Alckimin e que estão sendo prejudicados por essa política hipócrita.

    Diria bem feito, agora aguentem, paguem escolas particulares para vossos filhos. Se fores batedor de panelas, torço para que teu filho estude a quilometros de distância para arcares com essa passagem. Na verdade, tem que se ferrar coxinha babaca.

  7. Enquanto isso, os

    Enquanto isso, os excelentíssimos promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo estão usando toda sua sapiência jurídica para coibir o fechamento da Av. Paulista para automóveis nos domingos…

  8. ME REPETINDO:
    Preparem se pra

    ME REPETINDO:

    Preparem se pra verem a Abril e rede golpe abrindo escolas a precos modicos em pouco tempo.  O que voces estao vendo eh lobby pago…

  9. ?

    E as verbas federais destinadas para a manutenção dessas 94 escolas, que serão fechadas, vão retornar para o governo federal?

    É o que me pergunto com relação ao meu Estado: a mídia divulga reclamação da população sobre o fechamento de creches/escolas, quadras de esportes estaduais e municipais (muitos prédios e até as calçadas estão caindo aos pedaços)

    Me “parece” um modo de “arrebanhar”(?) recursos para a campanha eleitoral que se aproxima, uma vez que as empresas privadas, em face das investigações dessa lava jato, não vão mais patrocinar campanhas de quem quer que seja, nem que seja com recibo e/ou divulgada na prestação de contas.

  10. ilegalidades

    De acordo com Maria Lucia Fattorelli, a dívida pública do Estado de São Paulo foi multiplicada por 4 de 1993 para cá. Na verdade, o acréscimo se deve às periódicas renovações (rolamento), na qual se aplicam juros ilegais e capitalização através da tabela price (tudo ilegal). De tudo o que o cidadão paga de tributo, metade vai para pagar dívida pública, e, consequentemente, para os cofres dos bancos. No mesmo período, o governo do Estado simplesmente acabou com o Hospital do Servidor Público e com a rede estadual de ensino. Atualmente, um servidor público do estado não consegue mais consultas e nem exames médicos, apenas um precário atendimento de urgência. Já na rede pública de ensino, a situação não é menos grave, e quase metade do total dos professores possui contratação “temporária”, e as condições de trabalho são péssimas.

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