Kit de ensino de ciências para escolas públicas

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sugerido por macedo

 

Astronomia está entre disciplinas que formam kit de ciência

A Astronomia é uma das cinco disciplinas que integram um kit de ciências, que é elaborado por um grupo de professores das universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para ser distribuído em todas as escolas públicas do país.

O Ministério da Educação (MEC), que patrocina a iniciativa junto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), prevê a distribuição, ainda neste primeiro semestre, de 800 mil a um milhão de kits de cinco disciplinas: Astronomia, Biologia, Física, Matemática e Química.

Além de aprimorar a formação dos docentes, aumentar o tempo de permanência na escola, melhorar a infraestrutura e equipar os estabelecimentos de ensino, o grupo responsável pelo trabalho defende a necessidade da incorporação do ensino de ciências no currículo desde os primeiros anos do ensino fundamental.

A intenção, de acordo com Vanderlei Bagnato, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e porta-voz da equipe junto ao MEC, é criar uma coleção que se transforme num laboratório itinerante dentro da escola. “Com esse kit queremos que as crianças pratiquem ciência como elemento educativo”, diz ele.

Posição – Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2012 mostram que na área de ciências o Brasil se posicionou em 59º lugar num ranking de 65 países. Só 55,3% dos estudantes brasileiros alcançaram o nível 1 de conhecimento, ou seja, são capazes de aplicar o que sabem apenas a poucas situações de seu cotidiano. Isso, segundo os professores, indica que há urgência em se melhorar a qualidade do ensino de ciências no país.

O kit de Astronomia “Explorando os céus”, criado pelos professores Beatriz Barbuy, do Instituto de Física da USP, e Moyses Nussenzveig, é composto de um telescópio simples, denominado Galileoscópio, com algumas lentes que possibilitam visualizar as fases de Vênus e as luas de Júpiter, além de observar as crateras da Lua, os anéis de Saturno, algumas constelações e estrelas duplas.

 

CCS com informações do Jornal da USP

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

11 Comentários

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  1. Passo na direçao correta

    Mas seria legal que fosse também vendido em banca, com uma revistinha explicando o uso. Multiplicaria o acesso para mais crianças. E será preciso formar os professores para o uso, senao os kits terminarao deixados de lado. 

  2. Aquisição

    Concordo com a Anarquista Lúcida de que este kit fosse vendido em bancas. Seria legal e rápido. Estas coisas de ficar esperando governo…. vixi, demore demais

  3. Até os anos 80s existia a

    Até os anos 80s existia a Funbec que produzia ótimos kits de laboratório de ciências e outras disciplinas que eram distribuídas para as escolas estaduais. Paralelamente, produziu também a série “Os Cientistas” que era vendida quinzenalmente em bancas de revsitas, Era um pequeno kit com o suficiente para executar alguns experimentos que ilustrassem o trabalho do Cientista daquela quinzena. Havia tanbém uma brochura contando a vida dele. Foram cinquenta volumes, eu mesmo comprei vários.  Parece que em algum instante, houve um processo contra a Funbec movido por um usuário que teria se queimado com um ácido fornecido num dos kits. Além disso tudo, a Funbec também projetava (de verdade) equipamentos para cardiologia, tendo sido pioneira em diversos aspectos no Brasil. Também trabalhei lá!

    1. Kit “Os Cientistas”

      Eu tive…. Faltou mencionar os laboratórios de química de empresa Guaporé:

      Vejam abaixo que interessante a iniciativa para resgatar a história d’Os Cientistas:

      Kit’s “os cientistas”

      E.mail para contato: cipexbr[arroba]yahoo[ponto]com

      Junte-se a nosso time. Se você ainda possui as caixas de isopor em sua casa entre em contato conosco. Ajude nossa campanha pelo resgate da memória e história da ciência e para o retorno da coleção ”Os Cientistas”.

      Ao final da coleção com o número 50 “Van de Graaff e Lawrence” uma lista de checagem veio anexa.

      Foto do poster para checagem cedida pelo Prof. Newton C. Frateschi da Unicamp

      Microscópio

      Foto microscópio e lâminas que o acompanhavam.

      Crédito da foto: Marcio Luisi 

      A Divisão Médica da FUNBEC – Fundação Brasileira para o Desenvolvimento de Ensino de Ciências – teve sua origem na Universidade de São Paulo, em 1967 com recursos da Unesco. Através da cooperação e trabalho de técnicos e professores de renome, como o seu fundador Isaías Raw e Antonio de Souza Teixeira foi possível a FUNBEC criar uma mentalidade inovadora voltada ao desenvolvimento de equipamentos para aplicação em Cardiologia. A Funbec, numa linha paralela ao desenvolvimento do ensino de ciencias, tornou o monitor, o eletrocardiografo e o desfibrilador, entao disponiveis em hospitais de primeira linha, num equipamento padrão.

      A Funbec era uma fundação de direito privado cuja única fonte de renda era a venda de produtos. A empresa ganhava dinheiro com a venda de equipamento médico-eletrônico e gastava com o ensino de ciências. A USP cedia o espaço para a área educacional e administrativa, mas a FUNBEC tinha uma fábrica de 15 mil metros quadrados em Alphaville. A empresa faliu em 1988 e segundo Jose Colucci, gerente geral da Divisão de Engenharia Médica da Funbec, a Divisão Médica, incluindo a fábrica foi vendida para pagar dívidas trabalhistas. Sem fonte de renda própria, a FUNBEC ficou dependente de fontes de financiamento do governo para sustentar os programas de ensino de ciências e foi agonizando até morrer. A FUNBEC promovia cursos de aperfeiçoamento para professores de ciência, ensinando-os a usar mais material prático nas aulas. O kit “Os cientistas”, distribuido nas bancas de revista pela Editora Abril (tiragem: um milhão), foi uma criação da FUNBEC com patente MU 6101531 de 1981. A FUNBEC também ajudou na criação da Estação Ciência, com patrocínio da FAPESP.

      No final da década de 50, o impacto do lançamento do primeiro satélite artificial pelo soviéticos, o Sputnik, levou os países ocidentais, sobretudo os Estados Unidos e a Inglaterra a questionar e repensar o ensino de ciências em suas escolas o que resultou na criação de alguns novos projetos curriculares. O IBECC engajou-se nessa tarefa, traduzindo e adaptando essas propostas e produzindo o material experimental que elas exigiam, contando, entre outros, com o apoio do CECISP- Centro de Ciências de São Paulo *, criado em 1965, e da FUNBEC- Fundação para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências, fundada em 1966. O IBECC-FUNBEC desenvolveu, assim, até o final da década de 60, um total de 15 projetos para o ensino de 1º e 2º graus. Merecem destaque alguns projetos originais: além da Iniciação às Ciências, já citada, a Coleção Mirim com 30 kits, a Coleção Cientistas de Amanhã com 21 kits e o Projeto Ciências para o Curso Primário, com quatro livros-textos para o aluno e quatro guias para o professor.

      A partir de 1971, com o impacto da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o então Ministério da Educação e Cultura criou o Projeto de Expansão e Melhoria do Ensino (PREMEN), em 1972, dando grande impulso à produção de materiais didáticos de ciências em nosso país e, como conseqüência, às atividades do IBECCFUNBECC. Nessa época, além de novas coleções de kits e de um Laboratório Portátil de Física, Biologia e Química que permitia o desenvolvimento de atividades experimentais em sala de aula surgiu, ainda em 1972, o projeto ”Os Cientistas”, sem dúvida a mais importante iniciativa voltada à divulgação científica desenvolvida no Brasil até os nossos dias. Segundo Krasilchik (20), uma das convicções dos professores do IBECC, na época, era a de que seria possível modificar a atitude do professor em relação ao ensino de ciências, tornando-o mais efetivo e relevante, através do aluno.

      As caixas de isopor (kits) eram comercializadas lacradas nas bancas de todo o país

      Acreditavam que as crianças e adolescentes que tinham acesso a um material experimental poderiam, através de seu interesse e entusiasmo, contagiar professores e outros estudantes. Além disso eles ”acreditavam também que era importante que a população em geral tivesse uma visão apropriada do processo de desenvolvimento científico”. Estas foram algumas das idéias básicas que levaram à elaboração de “Os Cientistas” que se constituiu numa coleção de 50 kits contendo cada um a biografia de um cientista, um manual de instrução e material para a realização de experimentos. A escolha do cientista-tema de cada kit dependia de sua importância na história da ciência, da possibilidade de realização de experiências em casa e da preocupação em abordar as principais áreas da Física, Química e Biologia.

      Livros_e_caixas_Volta

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

      Uma associação entre a FUNBEC e a Editora Abril viabilizou o projeto que, sob o ponto de vista editorial, foi um grande sucesso: sua primeira edição, Newton, vendeu 200.000 kits, as outras edições tiveram uma redução, normal nesse tipo de empreendimento, até atingir um patamar estável de vendas de 50.000 kits. Para Krasilchik, “este fato indica um interesse latente pela ciência, que nem sempre é adequadamente explorado pelos educadores na explicação do que realmente constitui o verdadeiro papel da ciência” . A partir de 1980, o IBECC e a FUNBEC tiveram suas atividades gradativamente reduzidas, destacando-se apenas a publicação, iniciada ainda em 1980, da Revista de Ensino de Ciências, hoje extinta, e o projeto de difusão de Centros Interdisciplinares de Ciências, a que vamos nos referir mais adiante. De qualquer, forma o impacto de sua atuação propiciou, certamente, o aparecimento de outras iniciativas do gênero.

      Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/12654
      acesso em agosto de 2003
       

      MUSEUS E CENTROS DE CIÊNCIAS -CONCEITUAÇÃO E PROPOSTA DE UM REFERENCIAL TEÓRICO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FACULDADE DE EDUCAÇÃO, tese doutoprado de ALBERTO GASPAR, 1983  envie seus comentários para [email protected].

      Fonte: http://www.redetec.org.br/inventabrasil/kitcienc.htm

      Se você é pesquisador pode ter acesso ou conhecer grande parte da coleção de kits de “Os Cientistas” no Centro de Documentação em Ensino de Ciências (CEDOC)  http://www.fe.unicamp.br/cedoc/  que fica dentro da UNICAMP em Campinas.

      Junte-se a nosso time. Se você ainda possui as caixas de isopor em sua casa entre em contato conosco pelo email cipexbr[arroba]yahoo[ponto]com Ajude nossa campanha pelo resgate da memória e história da ciência e para o retorno da coleção ”Os Cientistas”.

      Fotos dos kits lacrados: Marcio Garcia Luisi e Carlos A. Machado

      Todos os direitos reservados pelas imagens utilizadas são da Copyright © 2009, Editora Abril S.A.

       

      1. Laboratórios de Química de brinquedo ainda existem, acho

        Tb tive um quando criança. Lembro-me de ter feito “sangue do diabo”, uma tinta vermelha que se jogava nas pessoas, elas ficavam desesperadas, mas depois desaparecia. Havia 50 produtos químicos, acho, na caixa. 

        1. Sangue do diabo

          Era uma diversão! Era hidróxido de amônio e fenolftaleína, que fazia a mistura vermelha: quando o hidróxido evaporava, a solução volta a ficar transparente.

  4. Comentário.

    A Editora Abril havia lançado uma série como esta na década de 1970, se não me falha a memória. Vinha o fascículo e a caixa de experimento. No fascículo, havia a explicação da experiência e qual (is) o (s) cientista (s) haviam desenvolvido o experimento. Isto também foi proposto na USP, em um encontro de funcionários da área de cultura e extensão universitária, em 2012.

  5. Ganhei um “brinquedo” deste

    Ganhei um “brinquedo” deste na infância. Fiquei tão empolgado com as experiências que sonhava em construir um lugar no quintal de casa em que só eu tivesse acesso para poder realizar meus experimentos. Mais tarde descobri na universidade que o que eu sonhava construir era um laboratório de pesquisa científica.

    Vou procurar um microscópio deste que o BHZ postou a foto para a criançada brincar aqui em casa.

  6. Contando um mínimo de minha

    Contando um mínimo de minha experi~encia ministrando alguns cursos para professores no interior de Minas: o que não havia de kits abandonados e esquecidos pelas escolas era de dar dó. A sanha de se sair comprando (e as benditas comissões que aparecem) por em escolas e nem meio treinamento a professores (que não os há) é uma tristeza só.

    Igual a compra de equipamentos hospitalares.

    Acho que de-se pensar melhor.

  7. Kits experimentais

    Acho muito importante estes kits, pelo menos pra mim foram fundamentais na busca da minha profissão. Tive os laboratórios da época mostrados aqui, bem como microscópio, kit “Poliopticon” (este eu não via aqui), laboratorio de eletrônica e física e hoje sou Engenheiro Químico à 20 anos pós graduado com MBA, Gerente de uma empresa multinacional.

    Muito se esquece da didática e importância que deve ser dado ás crianças na idade fundamental, onde permanece o período de maior lembrança que se pode ter durante a fase adulta, bem como norteiam seu caráter em função disto. Cabe a nós proporcionarmos para que sejam boas lembranças.

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