MEC reduz em 20% verba das escolas federais

Jornal GGN – Em maio, o Ministério da Educação e Cultura repassou um valor insuficiente para o Instituto Federal de São Paulo pagar por bolsas de auxílio estudantil a alunos em situação de vulnerabilidade social. Somente 80% do recurso foi enviado para os câmpus do instituto, e, em protestos os alunos ocuparam a reitoria durante quatro horas nesta quinta-feira. Depois do ato, o MEC repassou outros 12% do recurso.

Luís Cláudio de Matos, diretor do câmpus São Paulo, diz que a unidade recebeu 80% do total de R$ 670 mil que paga para 1200 alunos mensalmente. No entanto, o principal atraso foi no orçamento geral mensal, utilizado para pagar fornecedores, prestadores de serviço e bolsas de incentivo a pesquisa, com apenas 20% do valor pago neste mês. Leia mais abaixo:

Do Estadão

MEC corta 20% da verba das escolas federais

Valor repassado é insuficiente para pagar bolsas para alunos em situação de vulnerabilidade; reitoria em SP foi ocupada por 4h

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) repassou em maio valor insuficiente para o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) pagar por bolsas de auxílio estudantil a alunos em situação de vulnerabilidade social. Apenas 80% do recurso foi enviado para os 33 câmpus do instituto neste mês. Em protesto, os alunos ocuparam nesta quinta­-feira, 19, por quatro horas a reitoria do instituto. Após o ato, o MEC liberou mais 12% do recurso necessário para a bolsa.

“A ocupação foi um ato pacífico e simbólico para chamarmos a atenção do MEC para a nossa situação. Eles fizeram um grande corte e isso está impactando nos alunos mais carentes, que não receberão as bolsas e estão com dificuldade até mesmo de ir à escola”, disse Felipe Moraes de Sousa, de 19 anos, aluno de Engenharia Civil no câmpus São Paulo, no Canindé, região central da capital paulista

De acordo com Luís Cláudio de Matos, diretor do câmpus, neste mês a unidade recebeu 80% dos R$ 670 mil que paga mensalmente aos 1.200 alunos em situação de vulnerabilidade -­ têm direito ao auxílio aqueles com renda familiar per capita abaixo de 1,5 salário mínimo. O principal atraso, no entanto, foi no orçamento geral mensal, recurso que é usado para pagar fornecedores, prestadores de serviço e bolsas de incentivo a pesquisa e extensão -­ apenas 20% do valor do orçamento foi pago neste mês.

“A prioridade são os alunos, então pagamos o que era possível das bolsas de auxílio estudantil, as de pesquisa e o subsídio no restaurante do câmpus. As demais contas estão todas atrasadas”, disse Matos.

Segundo o diretor, a unidade já enfrentou atraso de repasses outras vezes, mas o deste mês foi o maior. “É a primeira vez que recebemos tão pouco recurso e o pior é que estamos sem resposta sobre quando teremos a liberação do restante da verba, o que cria uma instabilidade entre os alunos.”

Votação. O câmpus de Capivari, no interior, também recebeu 80% do recurso para as bolsas. “Tivemos uma conversa com os 180 estudantes que usam o auxílio, que votaram entre receber um valor proporcional ou deixar 20% dos alunos sem o recurso. Eles optaram pelo recurso proporcional, por entenderem a necessidade de todos terem a verba, mesmo que menor”, disse Waldo de Lucca, diretor da unidade.

Em nota, o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) informou que todos os 33 câmpus tiveram atraso. Questionado sobre a demora e a redução dos repasses, o MEC não se pronunciou até as 20 horas desta quinta.

Redação

3 Comentários

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  1. Esse governo golpista está ferrando o Brasil

    Em pouco tempo hei de ver boa parcela daqueles que insultaram Dilma, Lula e o PT se arrependerem. Hoje o Brasil é governo pelo bandido eduardo cunha e seu séquito de cleptocratas. O vice decorativo continua vice; e igual aos cachorros em tudo, menos na fidelidade.

  2. Ministério da Falta de Educação

    Venho colaborar com o Ministério da Educação e seu ”novel” modo de ver as coisas. Convido a todos para a foqueira que farei de alguns livros que tenho  e que contradizem seus próprios autores (e vice versa), e que ainda acupam indevido lugar na minha estante, Nesta fogueira (de paz) queimarei livros de direito Constitucional do Temer, de Trabalho de Yves Gandra, de Penal e Proc. Penal de Fernando Capez e, principalmente um de Direitos Humanos, de Flavia Piovesan, esta que tendo escrito tanto contra ilegalidades e arbitrariedades, agora se coloca a favor, a mercê da legitimação da um golpe neoliberal, cujo maior estrago, la na ponta será nos direitos humanos, sociais e trabalhistas. Ah, antes que o autor de apostilas de concursos e Min. Alexandre de Moaes ouse querer impedir com alguma tropa de choque, de antemão vale frisar: queimar livros obsoletos e vencidos não é crime.

  3. Ministério da Falta de Educação

    Venho colaborar com o Ministério da Educação e seu ”novel” modo de ver as coisas. Convido a todos para a foqueira que farei de alguns livros que tenho  e que contradizem seus próprios autores (e vice versa), e que ainda acupam indevido lugar na minha estante, Nesta fogueira (de paz) queimarei livros de direito Constitucional do Temer, de Trabalho de Yves Gandra, de Penal e Proc. Penal de Fernando Capez e, principalmente um de Direitos Humanos, de Flavia Piovesan, esta que tendo escrito tanto contra ilegalidades e arbitrariedades, agora se coloca a favor, a mercê da legitimação da um golpe neoliberal, cujo maior estrago, la na ponta será nos direitos humanos, sociais e trabalhistas. Ah, antes que o autor de apostilas de concursos e Min. Alexandre de Moaes ouse querer impedir com alguma tropa de choque, de antemão vale frisar: queimar livros obsoletos e vencidos não é crime.

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