Não lhes demos o exemplo, meus filhos? Por Sergio Saraiva

50-tons-de-cinza

Nós, eu a mãe de vocês, não lhes demos o exemplo de nossas vidas, meus filhos?

Nossas vidas de trabalho quando no trabalho e preparação para o trabalho quando de folga.

Nossas vidas de sair cedo e chegar tarde, nossas vidas de receber mais cobranças que salários.

Nossas vidas de estar sempre preparados para o novo desafio tirando forças e conhecimentos de onde os encontrássemos.

Nossas vidas de nenhum luxo e nenhuma miséria.

Nossos não valores materiais.

Nossas vidas de investir todos os dias um pouquinho mais sem nada poupar em um futuro incerto, mas que trabalhamos para ser melhor a cada dia.

E tudo isso não foi garantia de não termos, vez ou outra, o dedo acusador daqueles a quem bem fazemos apontado para nossas caras.

Não aprenderam nada com nossas vidas?

Como, apesar de tanto exemplo nosso, você também se tornaram professores?

Não sei se choro ou se festejo, se entristeço ou se me orgulho.

Temos motivos para ambos

 

 

PS: Oficina de Concertos Gerais e Poesia quem acredita que na prática a teoria é outra não entendeu a lição 

Redação

1 Comentário

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  1. Sobre o poema “Não lhes demos o exemplo, meus filhos?”
    O primeiro verso deveria ser “Nós, eu e a mãe de vocês,…”, com a conjunção aditiva “e”, já que “nós” refere-se aos dois, o pai e a mãe, certo? Agradeço e aguardo uma resposta se possível.

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