Ministra de educação da Finlândia defende escola pública para cidadãos de todas as classes

Do Centro de Referências em Educação Integral

“Nós garantimos recursos para escolas públicas, na tentativa de diminuir as diferenças entre as escolas. A escola pública deve se tornar uma opção atrativa para que pais possam optar por ela em vez da privada”. Essa é a conclusão da Ministra da Educação da Finlândia, Jaana Palojärvi, que coordena a pasta do país que é considerado como o que tem uma das melhores sistemas educacionais do mundo.

Em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, Palojärvi indicou que na Finlândia, há uma cultura tradicional de que todos devem ter acesso as mesmas oportunidades e que essas devem primar pela qualidade. “Acreditamos que, independentemente da origem socioeconômica, todos devem participar e avançar no caminho de educação”, indicou, salientando que a valorização da escola e educação pública foi pensada como um desenvolvimento de longo prazo, incluindo um plano de investimento orçamentário.

A ministra contou que a reforma educacional do país aumentou a obrigatoriedade de anos de estudo e diminuiu drasticamente o número de crianças e adolescentes evadidos, especialmente entre aqueles que antes tinham um desempenho acadêmico considerado insatisfatório.

Para Palojärvi, o Brasil poderia se espelhar no modelo finlandês investindo mais recursos e priorizando a educação pública para todos os cidadãos. Ela refletiu que, assim como acontece em seu país, o Brasil tem que convencer famílias de diferentes classes sociais a optarem pela escola pública e garantir em uma mesma sala de aula, estudantes de diferentes classes sociais. 

Participação social

Segundo a ministra, outro ponto importante é participação da comunidade na escola e na educação das crianças e jovens. Ela explicou que na Finlândia, a educação popular voluntária é um conceito tradicional e uma prática constante. “Os adultos finlandeses também são os mais capazes de utilizar, no dia a dia, os conhecimentos e competências que adquiriram ao longo da vida. Grande parte desta educação acontece em associações e centros de ensino voluntários voltados para adultos”, garantiu.

Desta maneira, segundo Palojärvi, a sociedade civil assume um papel central na educação e contribui com o Estado na discussão da legislação, do financiamento e dos planos de desenvolvimento da educação. “Além disso, nas escolas finlandesas, investe-se muito na cooperação entre escola e família”, pontou.

Redação

9 Comentários

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  1. Eu já sabia faz tempo

    Era isso que eu dizia nas reuniões da Associação de Pais e Mestres da Etesp de São Paulo.

    Enquanto o Alckmin comprava assinaturas da Veja, Folha e Estadão faltavam livros na biblioteca, que nós fazíamos rifas e quermesses para comprar.

    A escola pública só será boa no dia em que deixar de ser coisa de pobre.

    Sem ela meu filho seria um coxinha mimado e consumista até hoje. Na escola privada era o pobretão. Na escola pública tornou-se o filhinho de papai.

    Aprendeu a sentir na pele os dois lados da moeda.

    O mesmo vale para a Saúde.

  2. Para Dilma

    O PT tem que aprender essa lição. Esse governo incompetente tem que parar com essa polítia de cotas e construir imediatamente universidades públicas para o ingresso de todos jovens ao ensino superior independete da classe social.

  3. Possivelmente   o número de

    Possivelmente   o número de funcionários  da Zero Hora  seja  igual a população  da Finlândia.

    Uruguai,também   ofereceu educação de qualidade  e universal ao seus cidadãos e outros  acessórios cívicos.

    Durou até  que   os militares locais se  empolgassem com o condor  que sobreovoava a  América do Sul. Mas, isso é outra história.

    Finlândia teve  na URSS seu algoz e  seu modelo. Teve a infeliz  opção de juntar-se  a Hitler e invadir a Mãe Rússia.

    Foi graças  ao malabarismo  de um lado renunciar ao plano Marshall e de outro aceitar as benesses do URSO,ainda que, arcando com reparos de guerra que conseguiu montar uma sociedade justa e razoavelmente humanizada.Com o tempo recebia repasses do “Ocidente” que engordavam o caixa  e  dava para  algumas estravagâncias,por exemplo, elevar o nível educacional da população.Claro que os  Jogos Olimpico de 1952,promoveram aquele iceberg atraindo investimentos e definindo   a sua  industrialização.

     

     

  4. Os golberyanos da ditadura

    Os golberyanos da ditadura foiram o únicos que entederam do real destino do Brasil: ser uma das mais ricas nações do mundo sem precisar de educação de qualidade. Por isso esses tomavam bilhões empestados, investia centavos em iduação para o povo( MOBRAL)  e o restante em cidades universitárias, ao ponto de aluno precisar ter carro para sair de aula e ir para outra,  visando criar uma elite imoral, vagabundamente imoral, que nunca serveria ao povo, mesmo se formaando em medicina

     

    Um resumo

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    Educação não apenas tem poder de gerar e ampliar riqueza, mas também de criar fontes. Portanto, mesmo que não se tenha esta ou não esteja visível, educação pode abrir horizontes locais ou alhures. E mais: riqueza produzida com base nessa tende ser mais socialmente distribuída quanto maior for o nível educacional, pois suas ações prescindem de profissional qualificado, significando boa remuneração. Já má educação, eufemismo de baixíssima qualidade e síntese de que ignorância reina até de forma petulante, produz até mais, se houver riqueza preexistente, especialmente ao natural [1-4].

     

    Deve-se isso, como no caso brasileiro, um dos piores índices em educação, [5], e dos maiores em economia, por ser sua ação determinante exploração, mais tendendo à espoliação. E o detalhe é que riqueza assim gerada pode ser amealhada, portanto, usufruída, por uma pequena e exclusiva fatia social, migrando mais aos que se valem das mais diversas espertezas e até aos mais vendilhões. Havendo o dado mais importante: a educação de uma Nação será praticamente o único bem que lhe restará quando desgraça mais profunda bater suas portas. E qualquer estudo de uma das variáveis, como aplicação dos recursos, mostra que historicamente há negligência nisso no Brasil, ou mais propriamente pelos que decidem, ao aplicar até grotescamente errado, descambando para erro proposital, e até desperdiçando muito.

     

     

     

     

     

     

  5. Esse país nórdico é de longe

    Esse país nórdico é de longe o mais civilizado do mundo. Ganha de potências como EUA, Alemanha, Inglaterra, Japão, etc. e, por óbvio, de um certo país chamado ‘bra$il’; o país onde vive a elite mais atrasada, estúpida e parasita do planeta em todos os tempos!

    1. Então o problema do Brasil é

      Então o problema do Brasil é a elite não são os políticos? Até ontem pensei que o problema do Brasil era a corrupção.

      1. Santa Ignorância ou Desfaçatez?

        – Os políticos fazem parte do 1% mais rico da sociedade brasileira, salvo raras excessões.

        – Pobre não paga propina. Paga propina quem pode pagar, logo, os ricos é que pagam propina.

        – Dinheiro de corrupção sai de ricos corruptores e vai para ricos corrompidos, ou algum corrupto fica mais pobre ao receber propina?

        Os ricos são, tradicionalmente, a elite de qualquer país.

        Se os políticos são ricos, se os políticos são corruptos e são corrompidos por outros ricos, e se os ricos são a elite de um país e a corrupção é o maior problema do tal país, então, a elite é o maior problema desse país.

        Quer que eu desenhe?

  6. Exemplo negativo da Suécia

    A Suécia tinha esse modelo e o governo de centro-direita estabeleceu a política de liberdade total para estabelecimento de escolas privadas.

    As famílias de mais recursos (financeiros e intelectuais) transferiram então seus filhos para as escolas particulares e com o tempo as escolas públicas ficaram praticamente um reduto de crianças de famílias pobres ou de imigrantes. Essa dicotomia se exacerbou com o tempo e os indicadores escolares suecos gerais pioraram consideravelmente. O esvaziamento das escolas públicas gerou efeitos graves na educação sueca.

  7. “…o Brasil tem que

    “…o Brasil tem que convencer famílias de diferentes classes sociais a optarem pela escola pública e garantir em uma mesma sala de aula, estudantes de diferentes classes sociais. “

    Isso JAMAIS vai acontecer no Brasil. A necessidade de status aqui no Brasil por grande parte da população é quase patológica. Quem pode mais vai colocar o filho numa escola particular. Ela pode até ser pior do que uma pública, mas o importante é o status (“ah, meu filho estuda no Anchieta/Julinho, etc…”).

    A Finlândia é um país pequeno. Tudo é mais fácil. E a população é homogênea. 

    Estufamos o peito para dizer que o Brasil é um “caldeirão de raças”. Mas não será esse um dos grandes “problemas” do país? Noves fora o fato de usar o conceito de “raça”, que é quase obsoleto. Mas como o Brasil é formado por tantas etnias diferentes, me parece que não existe espírito de grupo, solidariedade. Não existe um sentimento patriótico que nos leve a trabalhar e estudar visando o bom do próximo. Imagina, então, se os pais vão colocar todos os filhos no mesmo “saco”?

    Acredito que nos países escandinavos a coisa é mais fácil. Existe uma identidade maior entre as pessoas, uma homogeneidade maior. Isso facilita o espírito de grupo, a solidariedade.
     

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