Jornal GGN – Os professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram, em assembleia realizada ontem (30), suspender a greve iniciada no começo do mês de junho. Eles também resolveram que irão continuar a luta “em defesa da universidade pública, de qualidade e socialmente referenciada”. Deste modo, a Comissão de Mobilização será mantida para prosseguir com a programação de eventos e debates que estão sendo realizado na Unicamp pelo Movimento SOS Universidade.
Segundo informe apresentado pela Comissão, o reitor da Universidade, José Tadeu Jorge, se comprometeu a negociar os itens específicos da pauta de reinvidicações, mas afirmou que o reajuste possível de ser concedido no momento é de 3%, diante da situação financeira da Unicamp.
A categoria pedia aumento de 12,3% nas remunerações, para compensar o índice inflacionário desde abril do ano passado. Segundo a Comissão, o reitor também se comprometeu a reabrir as negociações assim que existir uma recuparação na arrecadação do ICMS no Estado de São Paulo.
Leia mais na nota abaixo:
Assembleia Geral acata proposta da Comissão de Mobilização e aprova suspensão da greve de docentes na Unicamp
Reunidos em Assembleia Geral nesta quinta-feira, 30, os professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiram suspender a greve, iniciada em 1° de junho, mas manter a “luta em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada” que continuará sendo organizada pela Comissão de Mobilização. Assim, a Comissão será mantida para continuar com a programação dos debates e eventos que vêm sendo realizados dentro e fora da Universidade pelo Movimento SOS Universidade.
A Comissão de Mobilização, de acordo com a decisão, deverá continuar também à frente da negociação da pauta de reivindicações da campanha salarial em curso, que continua mantida em sua integra.
A proposta de suspender a greve foi encaminhada pela Comissão de Mobilização, a partir dos compromissos assumidos pelo reitor José Tadeu Jorge, durante o debate com professores, realizado na sexta-feira, 24.
O convite para o debate como reitor foi encaminha pela ADunicamp (Associação de Docentes da Unicamp), a partir de decisão tomada na Assembleia Geral dos docentes, realizada no dia 13.
De acordo com informe apresentado pela Comissão no início da assembleia, o reitor se comprometeu a negociar os itens específicos da pauta de reivindicações; afirmou que, diante da situação econômica da Universidade, o reajuste possível de ser concedido no momento é de 3%, mas firmou o compromisso de reabrir as negociações, assim que houver uma recuperação na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) do Estado de São Paulo.
A proposta de suspensão de greve e continuidade das mobilizações e negociações foi acatada por ampla maioria pela assembleia.
MOÇÃO
A assembleia desta quinta-feira também aprovou a divulgação da seguinte moção, sobre eventuais atos de violência que teriam ocorrido durante manifestações nas recentes mobilizações das greves de professores, estudantes e servidores técnico-administrativos:
“Os professores e professoras da Unicamp, reunidos em Assembleia Geral nesta quinta-feira, 30, manifestam o seu repúdio às agressões sofridas por docentes, estudantes e funcionários no exercício de suas atividades ou por adesão à greve de suas categorias, devidas a enfrentamentos violentos em mobilizações. Apelamos à civilidade ao entendimento entre os membros das diferentes categorias que integram a comunidade acadêmica”.
CONTRA O GOLPE
A assembleia deliberou também sobre um manifesto, apresentado por um grupo de docentes e já assinado por 102 professores da Unicamp, solicitando um posicionamento formal da ADunicamp “Contra o golpe!”.
A assembleia, por maioria, decidiu por uma análise mais aprofundada do documento, que será disponibilizado, nos próximos dias nos canais de comunicação da ADunicamp e divulgado junto à comunidade acadêmica, para que possa ser amplamente conhecido e debatido.
A proposta do manifesto será votada na próxima Assembleia Geral, com data ainda a ser definida.
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Contra o governo do Estado nada?!!!
Ora, ora, ora…
Alkmin deu uma pirueta na lei tornando o mínimo de ICMS que deviria ser destinado às universidades em, máximo (!!!), e ainda contingenciou mais de R$200 milhões.
Não vi um manifesto de repúdio. Não vi uma paralização, nenhuma greve.
Que professores são esses que aceitam isso?
Como universidades inteiras podem se calar a isso?
Covardes.
Se adolescentes secundaristas tiveram o bom senso, tiveram a atitude, tiveram a disciplina, tiveram a coragem de confrontar o Estado e encarar policiais, cacetetes e até bombas, como é que as universidades se calam e aceitam esses absurdos?
http://cartacampinas.com.br/2015/05/facebook-geraldo-alckmin-altera-lei-para-diminuir-recursos-da-unicamp-e-de-outras-universidades/
http://www.revistaforum.com.br/2015/05/14/alckmin-altera-lei-para-diminuir-recursos-da-unicamp-e-de-outras-universidades/
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/05/alckmin-impoe-teto-de-repasse-para-universidades-estaduais.html
http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,crise-faz-estado-contingenciar-r-233-mi-de-usp–unicamp-e-unesp,10000013038