Barroso ajusta versão sobre problemas ocorridos no primeiro turno

Para o segundo turno das eleições, o ministro não deu garantias de que os problemas terão sido sanados, mas disse confiar em sua equipe e tem ‘fé que não ocorrerá’ nada errado.

Jornal GGN – O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em coletiva nesta segunda, dia 16, apresentou nova versão sobre os problemas ocorridos no primeiro turno das eleições. Barroso minimizou o ocorrido e não garantiu um segundo turno livre de problemas, no dia 29.

No dia da votação, 15, panes técnicas impediram a pronta comunicação dos resultados, como em outros anos. O aplicativo também apresentou problemas.

Na coletiva, Barroso informou que a demora na entrega do equipamento pela empresa Oracle dificultou a realização de testes prévios do sistema. Além disso, o ministro disse que os equipamentos deveriam ter sido entregues em março, mas só o foram em agosto.

No próprio domingo, dia 15, Barroso afirmou que houve falha em um dos núcleos do supercomputador que processa a totalização dos votos, o motivo do atraso nos resultados.

O ministro manteve, no entanto, a questão da tentativa de ataque ao sistema do TSE com o objetivo de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

Para o segundo turno das eleições, o ministro não deu garantias de que os problemas terão sido sanados, mas disse confiar em sua equipe e tem ‘fé que não ocorrerá’ nada errado.

Barroso entende que um atraso de duas horas não é um evento de grande gravidade. “Tem país esperando há 14 dias a divulgação do resultado [das eleições]”, disse ele.

Segundo os técnicos do TSE, seriam necessários cinco testes para que o sistema estivesse redondo no dia das eleições, com grande volume de informações circulando. Por conta do advento da pandemia, os testes remotos tiveram prioridade.

Apesar de ter dito no domingo que o problema havia sido resultado da falha em um dos núcleos de processadores do supercomputador que processa a totalização dos votos, Barroso negou que tenha mudado a versão oficial.

Argumentou que a primeira causa divulgada tinha sido informada a ele pelos técnicos, que posteriormente descobriram as novas causas do problema em “análises subsequentes”. “É uma atualização de nossa compreensão do que aconteceu”, afirmou o ministro.

Em relação às tentativas de ataques de hackers contra o sistema do tribunal, Barroso disse que há suspeitas de que alguns desses grupos sejam investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

No entanto, o ministro reforçou que os ataques não foram bem sucedidos e não tiveram relação nenhuma com as falhas apresentadas pelos equipamentos.

Com informações da Folha.

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. [12:18, 17/11/2020] Edivaldo Dias de Oliveira: A Justiça Eleitoral conseguiu reestabelecer a divulgação dos resultados após uma grande demora. Estava observando diversos sites e acompanhando a lentidão da apuração. A Globonews foi a mais oficialista quando ouvi a explicação absurda e tecnicamente estapafúrdia de Merval Pereira. O plantonista das elites disse que o Ministro Barroso tinha ordenado a substituição um servidor para backup e isso teria garantido a preservação dos dados das eleições, mas gerado problemas. Um completo absurdo. Mesmo o UOL divulgou a seguinte manchete: “Eleições 2020: atraso em divulgação do resultado é por conta de falha em supercomputador do TSE”. Abismado ao saber que o TSE teria um supercomputador fui atrás de compreender porque a Justiça Eleitoral não diz efetivamente o que aconteceu. A opacidade colabora com as teorias de conspiração e com a tentativa da extrema direita de deslegitimar o processo eleitoral. A Globo faz o anti-jornalismo. Nenhum diretor de tecnologia da informação do TSE foi entrevistado. Só tivemos a divulgação do que o presidente do TSE falou. Então, recebi informações da comunidade de tecnologia. Uma mensagem no twitter me dizia que o supercomputador do Barroso na realidade era a nuvem da Oracle. Fui confirmar e encontrei um extrato de dispensa de licitação por inexigibilidade, publicado no Diário Oficial da União, em 25/03/2020, em que o serviço de nuvem da Oracle foi contratado por R$ 26.240.241,07 (vinte seis milhões,duzentos e quarenta mil, duzentos e quarenta e um reais e sete centavos).
    A falta de transparência e a divulgação de explicações inconsistentes só beneficia a extrema direita. O TSE precisa explicar se a falha ocorrida tem a ver com esse contrato da Oracle. Se a Justiça Eleitoral está hospedando ou processando dados das eleições brasileiras em servidores fora do Brasil, longe da jurisdição brasileira. Enfim, o que ocorreu realmente ontem?

    O artigo acima é atribuído a Sérgio Amadeu, quem tem um mínimo de conhecimento na área de TI sabe de quem se trata.

    O comentário abaixo é meu.

    [12:21, 17/11/2020] Edivaldo Dias de Oliveira: A verdade vindo a tona sobre a lentidão das apurações. Não foi problema de supercomputador, que nem foi comprado, foi armazenamento em nuvem, fora do Brasil e portanto de sua jurisdição. Artigo do Sérgio Amadeu, um cobra da área.

    A ser verdade o que diz artigo atribuído a Sergio Amadaeu, Barroso terá que convocar mais uma coletiva de imprensa.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador