A crise contra as esquerdas, hoje e em 64

Por Frederick Cunha

Comentário ao post “As semelhanças entre 1964 e 2014

É possível traçar paralelismo entre o golpe de 1964 e a atual conjuntura de 2014 em alguns casos, mas acredito que existam mais divergências do que afinidades. A primeira é que os setores políticos de esquerda no país nunca tiveram apoio da classe média até o desfecho de 1964, ao contrário do que ocorreu até o caso do chamado Mensalão no primeiro governo Lula. Eu diria que a revolta atual das classes mais favorecidas está relacionada com uma crise de confiança do que com uma revolta de cunho social com a ascensão das classes menos favorecidas.

Até a posse de Lula, havia em todas as classes uma fagulha de esperança que o PT formentasse uma reforma na política que varresse para sempre as velhas práticas condenáveis da velha politicagem, como favorecimentos e acordos escusos. Mas como no artigo de Luís Antônio Albiero “A Explicação a quem possa interessar sobre a Ação Penal 470”, enviado pela leitora deste blog Nilva de Souza, apontou, em política é difícil fazer um omelete sem quebrar os ovos. Ou seja, o PT teve que aprender a sambar a música que toca no sistema político brasileiro para conseguir chegar ao poder, compactuar com determinadas forças mais preocupadas em obter vantagens pessoais do que em utilizar a política como uma forma de aprimorar a sociedade. Quando ocorreram as primeiras denúncias em torno do Mensalão, o que ocorreu foi uma revolta com a confiança depositada em um partido que se propagava imaculado, mas precisou sujar as mãos na mesma lama que criticava até então. Com o PMDB não há esta revolta, porque ele faz exatamente o que se espera dele. Com o PSDB a revolta também é menor, porque a expectativa não é de um partido ligado aos menos favorecidos. Agora, com o PT havia esta expectativa porque o próprio partido trabalhou para que houvesse esta expectativa. E quando os primeiros sinais de que o PT aderiu ao mesmo padrão que criticava, para manter a governabilidade, as classes com mais acesso à informação se sentiram traídas. É certo que este sentimento de traição foi potencializado por vários setores da mídia. Porém não deixa de haver uma ligação entre a expectativa que havia com relação ao partido antes e o que a sociedade presenciou depois.

Por que então este sentimento de decepção com o PT se restringiu às classes com maior poder aquisitivo? Porque grande parcela da classe média não foi contemplada com nenhum do avanços experimentados durante os anos de governo petista, como a ascenssão da população das classes baixas e a diminuição do fosso social entre as classes. Pelo contrário, o inchaço da classe média trouxe dois problemas ao governo. O primeiro é que os privilégios que a classe média tinha antes por serem poucos eles perderam ao longo do tempo, com o aumento do poder aquisitivo da população em geral. Mais pessoas com carros, são mais carros nas ruas e mais trânsito. Alguns setores de serviços não acompanharam o aumento da demanda, como hospitais particulares e convênios médicos. Em segundo lugar, uma população maior na classe média é uma população maior com preocupações de classe média e não mais de classe menos favorecida. Se antes a maioria dos brasileiros passavam o mês preocupados com o que iam comer, agora além de estes mesmos brasileiros não terem mais este problema, eles adquiriram bens de consumo, como geladeira, televisão e muito mais. Os próximos ítens na lista de preocupações passam a ser educação, saúde, transporte. Preocupações que esta população enxerga como de responsabilidade dos governos. Resumindo, o PT tem em mãos um problema causado pela parte da boa governança que tirou muitos brasileiros da linha da pobreza, mas também causado pela parte da má governança, que não contemplou com serviços públicos à altura do crescimento da classe média. Assim a decepção da classe média com a atuação do PT na frente política se une ao fato de se sentir excluída do projeto de governo petista. Para mim e muitas pessoas, pode fazer sentido auxiliar primeiro os mais excluídos. Porém conheço quem se pergunte o porque de somente a classe média se sacrificar sem obter nenhum retorno pelo sacrifício.  Conforme diminua o abismo social no Brasil, maior será a pressão sobre o governo. Quem estiver no poder deverá saber administrar melhor as expectativas que a população tem para o seu bem-estar.

Portanto, não vejo tanto paralelismo entre 1964 e 2014. Em 1964 a crise contra as esquerdas foi uma crise advinda de pressão externa a mesma. Em 2014, a crise contra as esquerdas é oriunda de um problema ocasionado por ações e decisões boas ou más, certas ou erradas cometidas pela própria esquerda.

Redação

16 Comentários

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  1. Carta aos brasileiros

    Pergunta: o que representou para as esquerdas a ” Carta aos Brasileiros” divulgada por ocasião das eleições de 2002? O que as esquerdas contrapõe ou desmente , ou mesmo concorda sobre as avaliações da imprensa tradicional ?

    O jornalista Ricardo Setti que, supostamente é de direita afirmou em artigo na Veja  de dez;2013:

    ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

    2. Em 2001, também em dezembro, no Recife, também em um Congresso Nacional, o PT aprovou também uma polêmica declaração, na qual, entre outras coisas, dizia ser contra “tudo que está aí”.

    No auge da campanha de 2002, quando eram grandes as desconfianças de como poderia ser um governo Lula-PT, com o dólar subindo, o risco Brasil crescendo, o PT providenciou a edição da famosa “Carta aos Brasileiros”, na qual renegava boa parte do que aprovara meses antes em Recife.

    http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/carta-aos-brasileiros/

    1. (Comentario nao faz a menor

      (Comentario nao faz a menor sombra de sentido e exige um click em link da veja pra talvez fazer sentido…  nada feito.)

  2. O medo do PT é inventado pela

    O medo do PT é inventado pela grande mídia que influencia uma parcela da classe média, pois eleitoralmente as perspectivas do Partido do Trabalhadores nunca foram tão excelentes, o PT poderá ter um desempenho histórico em 2014 podendo ao mesmo tempo reeleger a Dilma e eleger um terço dos governadores:

    Minas e São Paulo: Não que o PT esteja num grande momento, mas a ruindade administrativa dos tucanos contribui para encerrar o ciclo de ambos nesses estados, que não ofereceram alternativas ao governo federal. Já soube de informações estarrecedoras, na capital paulista existe toque de recolher em áreas turísticas e horários para não prejudicar os “negócios” do PCC (isso sem esquecer a história mal explicada do helicóptero dos Perrelas).

    Rio de Janeiro: A credibilidade do ex-presidente Lula continua em alta no estado (pelo menos até os jogos de 2016) o que beneficiará Lindbergh. O senador será beneficiado também pela divisão do voto evangélico entre Garotinho e Crivella e pela desistência de encarar um cargo executivo do Marcelo Freixo (sem eleição certa para governador e sem cargo legislativo perderia sua proteção policial).

    Rio Grande do Sul: Se a economia elege políticos, não será diferente do governador Tarso Genro, o desempenho econômico do estado é um dos melhores nos últimos 4 anos. A indústria cresce bem acima da média nacional, provando que o problema da desindustrialização é culpa dos governos tucanos em MG e SP.

    Ceará: A ex-prefeita da capital Luzianne Lins vem forte para o governo do estado, seu sucessor foi derrotado em 2012 depois que todos os adversários se uniram contra ela no 2º turno. O atual prefeito de Fortaleza apoiado pelos irmãos Gomes faz uma administração bem inferior a da ex-prefeita petista.

    Goiás: O ex-presidente Lula desmantelou uma das maiores quadrilhas do país com a CPI do Cachoeira, Perillo está ameaçado num estado que nos últimos anos foi o cinturão do consevadorismo no país. O candidato do PT será o prefeito de Anápolis Antônio Gomide, reeleito com 90% dos votos em 2012.

    OBS: A classe média é despolitizada e não percebe que o PT tem dificuldades para implementar mudanças por causa de uma coalizão engessada. O possível fortalecimento do PTB nas eleições de 1965 e 1970 motivou o golpe de 1964.

    1. Se de fato ocorrer o

      que você está prevendo, o PT terá uma excelente chance de melhorar muito esse país que sempre foi da direita raivosa. Só para termos uma idéia da excelente oportunidade que o PT tem, a Dilma terá uma excelente oportunidade de escolher mais 2 ministros para o stf. Eu espero que ela não cometa o erro que o Lula cometeu em ser republicana quando for escolher os novos ministros para o stf. É bom que ela lembre que a direita raivosa nunca foi republicana quando estava no poder. Em suma: não é a toa que a direita raivosa tentar dá um golpe esse ano, pois depois vai ficar mais difícil dá o golpe.

       

      1. Não foi sempre de direita

        Não foi sempre de direita raivosa, Getulio no mandato eleito não era direita raivosa, JK tambem não era, Jango tambem não era, Itamar tambem não era. Não dá para analisar poltica desse modo branco ou preto. Nenhum governo bancou tanto a concentração de capital através do BNDES como o Governo do PT, mais direita do que isso não existe.

    2. A oposição ao PT não é

      A oposição ao PT não é inventada pela grande midia. Milhões de brasileiros acham Lula um palanqueiro ignorante e incapaz de governar um botequim e porisso votam contra ele. Não é invenção da midia. É o que pensam 40% dos brasileiros (votos do péssimo Serra em 2010), são menos do que os que votam em Lula, porque desqualifica-los? Numa democracia nem todos pensam exatamente igual, há visões muito diferentes sobre oscandidatos, isso aqui, nos EUA, na Alemanha, na França, na Inglaterra, não tem nada a ver com o que a midia acha, o eleitorado numa democracia não é uniforme.

      Enquanto Lula tiver mais votos do que os outros ganha o jogo, mesmo que depois destrua o Pais, assim é a democracia.

  3. quando provocaram a morte do

    quando provocaram a morte do getúlio eu estava com 14 anos. deu pra desconfiar que o ódio  ao POPULISMO era na verdade a defesa do ELITISMO. adiado o golpe em 1954, a maioria ganhou a eleições seguintes (juscelino bossa nova, jânio moralizador com  vice ESCOLHIDO EM ELEIÇÃO dum jango tachado populista) com a presidencia ganha via jânio e o populismo via getúlio, jando herddou o golpe de 1954 contra o “pai dos pobres” getúlio vargas.

    evitaram o pt com collor. oportunisticamente reelegeram outro anti-lula, o desmoralizado fhc.

    tantas vezes evitado, lula finalmente chegou ao poder talvez cumprindo a cantada profecia da carta testamento “o povo de quem fui escravo não será mais escravo de ninguém”

    a camada golpista pode até ser mais armada, articulada, poderosa… pode ser…

    mas a votação  espalhou-de tanto pela maioria da população

    que acho dificil dela A GENTE abrir mão

    GOLPE NÃO    votação

  4. A alternancia no Poder é fundamental ?

    Existe um “mi,mi,mi” na direita brasileira, de que a perpetuação de um partido político, no Poder Federal, é ruim para as instituições políticas e para a democracia.

    Eu sinceramente não defendo uma “mexicanização” neste setor do Executivo, porem defendo que numa governança que nos últimos 12 anos, tenha dado o resultado que a maioria da população queria, não seja alterada, simplesmente em nome de uma alternancia necessária, mas não obrigatória, e ainda por cima, corrermos o risco de devolvermos o país, para aqueles que nos entregarm arrazado, e pelo temor de retrocedermos naquilo que enfim avançamos, após tantos anos de marasmo.

    Estão usando o “lenga-lenga” de que a União investiu demais para sediar a Copa, e esqueceu dos investimentos essenciais como saúde e educação, o que não procede, pois independente da preparação para a Copa e para as Olimpíadas, não dimuímos em um centavo sequer, os orçamentos aprovados pelo Congresso, para aquelas áreas citadas, mesmo com o contingenciamento recente, que  a Presidencia da República determinou, para adequar as contas e fecha-las, sem deixar restos a pagar nem despesas empenhadas, para o próximo orçamento.

    Sinceramente que a maioria dos brasileiros, gostaria que houvesse uma salutar alternancia no Poder, mas o que é mesmo, que as oposições e os partidos políticos aí colocados, estão oferecendo ? 

    1. Sim

      Alternancia no poder e’ fundamental.

      Nenhum grupo tem as respostas certas para todos os contextos e situacoes. Alguem pode ser excelente governante em um contexto e totalmente incapaz em outro.

      Bom exemplo disso e’ o que esta acontecendo no Brasil. O PT (ou o Lula) teve visao e capacidade de criar mudancas fundamentais e extremamente necessarias e levou o pais para outro patamar. Mas isso e’ motivo para continuar no governo? A questao que se tem que colocar e’: o que e’ necessario para levar o pais deste patamar para o proximo? Sera que o PT tem essa resposta? Ou sera que vamos nos acomodar em ter ficado “menos miseraveis” e pronto?

      Eu ate hoje nao ouvi um expoente do PT apontando a direcao que o pais precisa para continuar avancando. Batem na tecla que ainda ha muito que fazer para eliminar de vez a miseria – o que e’ certo. Mas e para todo o resto do pais que nao e’ mais miseravel? O que se pode esperar?

      A sorte do PT e’ que seus opositores sao ainda mais incapazes de fazer a leitura adequada deste momento.

      De toda forma, alternancia nao e’ um fim em si mesmo. E’ necessario alternancia “para frente”. Um movimento politico que suplante o PT, que produza o avanco que o PT tem sido incapaz de fazer. Nao uma alternancia que seja apenas para voltar para o velho carcomido modelo anterior.

  5. o texto é bom pois explicita

    o texto é bom pois explicita que o governo tem duas opções para desfazer o nó da situação atual:

    1) ou endireita de vez e se assume como a “ordem” vigente, se posicionando contra tudo aquilo que ameaça o status quo atual (para o delírio dos autoritarios);

    2) aproveitando o clima de fervor e mobilização para ganhar força na hora de realmente operar as tão esperadas reformas, ou seja, aproveitando a expressão popular nas ruas para aplicar de fato um programa com respaldo popular ao invés de se basear apenas nos votos (que podem manter o PT no executivo por séculos, mas na hora dos votos que mais importam para o governo, os parlamentares, a história muda completamente de figura).

    O grande problema do discurso da democracia cheirosinha é que quem faz a propostas de reforma são os maiores beneficiários das falhas do sistema. É necessária uma força popular capaz de precionar o Congresso, como ocorreu em Junho (mas infelizmente ficou claro que poucas ou nenhumas forças políticas partidárias tem interesse em levar adiante essa reforma. Muito se falou mas o que restou disso hoje é quase nada).

    Ao ignorar completamente todas e quaisquer expressões populares de rua (até a pauta do MST!) o governo petista-peemedebista deixa claro que tem compromissos muito maiores com poderes que se escondem em reuniões de gabinete do que com o povo que se organiza e vai à luta. Toda vez que o povo sai às ruas é uma oportunidade para o Governo mostrar que é independente politicamente para apoiar ou não uma pauta. Não tem aproveitado muito disso ultimamente (o Mais Médicos mostra que o governo está ao menos antenado nas pesquisas de opinião, mas como de costume, oferece uma solução elaborada apenas pelos tecnocratas e não junto às organizações de base, junto à população, que certamente agradece a iniciativa mas uma vez mais fica de fora da vida política do país).

  6. Excelente texto

    O texto e’ simples, mas toca exatamente no ponto.

    O PT, ou talvez o Lula, capacitou-se extremamente bem para governar um pais de miseraveis. Tao bem que o Brasil, apesar de muitas mazelas ainda existirem, deixou de ser exclusivamente de miseraveis. A pergunta agora e’: sera’ que o PT sabe administrar um pais de classe media?

    Falemos em educacao, por exemplo. Algum petista logo vai citar os milhoes ou bilhoes de reais destinados a educacao. Mas, sendo serios, a educacao realmente esta melhor? Os professores mais qualificados, as escolas mais estruturadas, os curriculos e materiais de apoio melhorados? Estamos falando de 12 anos de governo, ja e’ hora de parar com a abobrinha de repetir numeros mirabolantes – ainda que verdadeiros – e falar mais nos resultados reais: qualidade, alcance, desenvolvimento.

    A escolha do PT em privilegiar a insercao social pelo meio do consumo tem o merito de faze-lo de forma mais rapida. Mas sem outros investimentos serios em educacao, saude e infraestrutura, acaba por alimentar a insatisfacao geral – tanto de quem ja era classe media e piorou seu dia-a-dia, como quem subiu, ficou feliz por um tempo e agora tem um monte de problemas novos para lidar.

    1. Quer dizer que antes de Lula

      Quer dizer que antes de Lula o Brasil era exclusivamente um pais de miseraveis? Em São Paulo só existiam favelas?

      O Brasil era um grande Pais em 1900, 1930, 1950, 1970, 1990, o BRasil já era um grande e importante Pais NÃO EXCLUSIVAMENTE DE MISERAVEIS em 2002, São Paulo já tinha uma ENORME classe média em 2002 quando Lula foi eleito, não era e nunca foi um Pais exclusivamente de miseraveis, de onde saem essas conversas de botequim?

       

  7. Educação …


    Educação , e , como consequência , qual o projeto de sociedade ( utilitarista – modelo EUA – nefasto ,  ou humanista – mixto do melhor de nossa peculiar cultura com o sistema escandinavo) o PT ( sempre votei com o partido ) tem em mente para o Brasil no futuro !

    Sinceramente , acho que muito insuficiente , ou quase nenhum ! E este é o grande nó de nosso país , que coloca em risco , inclusive , todas as conquistas economicas dos últimos 20 anos ( gostaria de acreditar que não , mas a situação pede urgência ) !

    E , desgraçadamente , o que temos no geral é uma Oposição horrorosa , apenas denuncista , sem propostas concretas para o país , má intencionada etc !

    Oro , verdadeiramente , para que lideranças suprapartidárias , e bem intencionadas ( sim , elas existem ) tomem a frente destes debates com serenidade , mas ao mesmo tempo , com firmeza e espírito de liderança , e modifiquem o quadro atual de nossa Educação , que é extremamente preocupante !

     Francamente , não vejo o PT nem qualquer outro partido com agindo com ações ou idéias  para modificar esse quadro !

  8. Não há nenhum paralelismo

    Não há nenhum paralelismo entre 1964 e 2014 porque em 1964 estavamos em plena GUERRA FRIA e todas as oscilações

    de politica interna na Asia, Africa e America Latina se davam como movimento de peças nesse jogo de dominação bipolar.

    Esse jogo acabou, está encerrado, outro joga-se outro jogo, muito diferente e com outros fundamentos.

  9. “…a revolta atual das

    “…a revolta atual das classes mais favorecidas está relacionada [mais] com uma crise de confiança do que com uma revolta de cunho social com a ascensão das classes menos favorecidas.”

     

    Xi….aí você derruba a idéia predileta de separação do País, a idéia do “nós contra eles”…

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