Agência “não sabe” se empresas anti-PT utilizam WhatsApp para fake news e disparos em massa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Agência Brasil
 
Jornal GGN – O UOL aprofundou o escândalo revelado pela Folha na quinta (18), sobre empresas anti-PT terem investido milhões em serviços de disparo em massa de mensagens no WhatsApp, favorecendo a campanha de Jair Bolsonaro.
 
Segundo o portal de notícias, uma das agências citadas na matéria da Folha admitiu que não tem nenhum controle sobre quem são os empresários que utilizam o disparo em massa. Além disso, ele também não sabe se o conteúdo das mensagens disseminadas na rede social contra o PT é falso.
 
Ao UOL, Lindolfo Antonio Alves Neto, diretor da Yacows, disse que é “humanamente” impossível ter controle sobre todas as operações feitas na plataforma.
 
Para utilizar os serviços da Yacows de disparo em massa, o usuário só precisa se cadastrar no site da empresa, comprar créditos, indicais os números dos telefones que serão alvos e informar o conteúdo divulgado.
 
A empresa cobra entre R$ 0,08 e R$ 0,30 por “pacote de disparos de mensagens.”
 
Ele disse à reportagem que nunca foi procurado diretamente por empresas anti-PT com interesse em disparar mensagens de ordem política. Mas admitiu que não há fiscalização. As empresas poderiam apenas ter se cadastrado e disseminado fake news sem que ele soubesse. Não há meios de impedir que alguém possa “ludibriar” o sistema, comentou.
 
“Se alguma agência ligada à campanha dele se cadastrou aqui, não tem como eu saber. Não dá para ficar checando as ligações de cada empresa”, afirmou.
 
A reportagem da Folha citou outras agências que fornecem esse tipo de serviço.
 
Bolsonaro, por sua vez, admitiu que sabe que o financiamento empresarial é liegal, mas argumentou que não pode controlar seus “apoiadores”.
 
Leia mais aqui.
 
https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/10/18/agencia-nega-anti-pt-bolsonaro-anti-pt-whatsapp.htm
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. As definições para “desculpa

    As definições para “desculpa esfarrapada” foram atualizadas com sucesso.

    O Banco Central também não tem controle sobre todas as operações bancárias feitas no Brasil, apenas aquelas acima de determinado valor, para tentar identificar lavagem de dinheiro.

    Basta verificar o conteúdo de quem compra pacotes com valores expressivos e para telefones do país inteiro, o que já identifica uma campanha de mensagens em massa.

  2. Se entendi bem…

    Se o Whatsapp monitorasse a origem das mensagens, seria possível evitar a enxurrada de mensagens.

     

    Se entendi bem, os dados são fornecidos aos computadores, que então enviam as mensagens para os numeros de telefone fornecidos.

    Então haveria uma enxurrada de mensagens vindo de um PC, e não um telefone celular, e vindo de um mesmo numero IP.

    É possível identificar se um dispositivo acessando um sistema é um PC ou um telefone. Se for PC, bloqueia.

    Se muitas mensagens vierem de um mesmo numero IP em pouco tempo, bloqueia.

    É possível ao whatsapp limitar o numero de mensagens enviadas por minuto de qualquer dispositivo a padrões humanos, evitando mensagens em massa.

     

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