Agronegócio quer alterar programa de Marina

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Reportagem especial do Estadão na quinta-feira (4) revela a avaliação de representantes do agronegócio acerca do programa de governo de Marina Silva (PSB). Na visão geral do setor, a candidata vem se esforçando para abrir diálogo, deixando de lado, inclusive, agendas negativas como a discussão do Código Florestal, e aliando-se a Beto Albuquerque, defensor do ramo no Congresso.

Fontes ouvidas pelo jornal, entretanto, sinalizaram que para renderem-se ao projeto de governo pessebista, Marina terá, primeiro, de repensar os capítulos que versam sobre a revisão do índice de produtividade como forma de acelerar os processos de desapropriação de terras. A medida entra na passagem em que o PSB defende o assentamento de 80 mil famílias sem terras e reforma agrária. Os empresários do agronegócio lembram que nem Lula e nem Dilma discutiram o índice em seus mandatos.

“Essa questão causou espanto em todos que estudaram o programa, porque é muito ultrapassada”, disse ao Estadão Luiz Carlos Correa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio. Segundo ele, de maneira geral, as propostas de Marina para o agronegócio são de boa qualidade, mas a revisão dos indicadores de produtividade é um “contrassenso”. “Estamos debatendo com os responsáveis pelo programa”, disse. Na avaliação do presidente da Federação da Agricultura do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, a proposta aumenta ainda mais a insegurança jurídica.

O índice de produtividade foi criado durante o regime militar, para estimular a ocupação do território nacional com a agricultura. Sua atualização é defendida por movimentos de sem-terra. “Alegam que os índices em vigor, que foram atualizados pela última vez em 1974, não correspondem à realidade rural. Sem a sua atualização, defendem os movimentos, torna-se quase impossível desapropriar áreas rurais para destiná-las à reforma agrária”, informa o Estadão.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

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  1. Fazemos qualquer negócio!

    Si, como no. Com Marina nada se cria, tudo se copia. E se não ficar do seu agrado a gente recua e readapta.

     

  2. O que existe de pior

    Nassif,

    Não existem palavras para descrever o comportamento desta candidata.

    Evangélica ( é como se apresenta) de braços dados com a banca, usineiros, ruralistas e agora com o Clube Militar, é  impossível ser pior do que isto.

    Como disse a atriz, ” Eu tenho medo” rsrsrs

     

     

    CLUBE MILITAR FECHA COM MARINA: “FIO DE ESPERANÇA”

    :

     

    Agremiação de generais da reserva lança manifesto de apoio à candidata do PSB; “Esperança de algo novo e diferente”; com sede no Rio de Janeiro, Clube Militar é uma das entidades mais conservadoras do País; boa parte dos sócios estava na ativa durante o regime militar (1964-1984); posicionamento é contrário a qualquer revisão na Lei da Anistia, que Marina Silva disse apoiar, mas depois recuou, e à Comissão Nacional da Verdade, de apuração dos crimes de tortura e morte acontecidos no período; presidenciável “navega em mar calmo e vento muito favorável, enquanto o tempo, cada vez mais curto, corre a seu favor”, diz autor do texto, o ex-general Clovis Puper Bandeira; arco de apoio à ex-ministra ganha peso à direita; leia o manifesto

     

    5 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 10:41

     

     

    247 – Depois de receber o apoio oficial do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido e duramente criticado por entidades que lutam pelos direitos humanos, por suas posições radicais e polêmicas contra os homossexuais, Marina Silva recebe o voto de um setor ainda mais conservador: o Clube Militar do Rio de Janeiro.

    Em manifesto divulgado na última quarta-feira, o clube mais conservador do Exército trata a candidata do PSB como “um fio de esperança” para derrotar o PT. “Esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos”, diz trecho do texto.

    Autor do documento, o general da reserva Clóvis Purper Bandeira diz que os militares veem Marina como a grande aposta para tirar os petistas do poder. Entre as reivindicações dos militares está a preservação da Lei da Anistia, para que se evite que os agentes da ditadura militar sejam punidos enquanto ex-militantes da esquerda armada contra o regime permaneçam impunes.

    Embora defina Marina como a esperança, o manifesto também aponta “uma nova política misteriosa” comandada pela “figura messiânica” da eventual presidente da República. A candidata, segundo o Clube Militar, faz “declarações vagas” e “propostas esquerdistas e ambientalistas”, com “cheiro de bolivarianismo”, em referência à maior participação popular, como por meio de plebiscitos. Depois, acrescenta que “ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem”.

    Leia abaixo ou no site do Clube Militar a íntegra do texto:

    UM FIO DE ESPERANÇA

    As surpresas que o destino nos reserva são assustadoras. Tudo corre num determinado sentido quando, de repente, um acontecimento totalmente inesperado muda nossa história, nossa vida.

    O terrível acidente aéreo que, no meio de agosto (sempre agosto) ceifou a vida do Senador Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, bem como as da tripulação e de assessores que o acompanhavam, mudou em duas semanas todo o panorama e as previsões para as eleições de outubro, em nível federal e estadual.

    Subitamente elevada à condição de presidenciável, a até então candidata a Vice Presidente, Marina da Silva, foi talvez a pessoa diretamente mais atingida pelas consequências da tragédia.

    Relembremos.

    Tendo obtido 20 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais, em 2010, Marina despontou como um fenômeno eleitoral, séria pretendente ao cargo nas próximas eleições.

    Para conseguir ser apontada como candidata, procurou fundar um partido próprio, a Rede de Sustentabilidade, ou simplesmente Rede. No entanto, a burocracia – e os problemas reais ou criados pelos cartórios para o reconhecimento de centenas de milhares de firmas necessárias para a criação de um partido – terminaram por impedir que o mesmo viesse à luz no prazo legal para permitir o registro de seus candidatos.

    Assim, sem uma sigla que a apresentasse, Marina teve que se contentar em aderir ao PSB, que já apontara Eduardo Campos como candidato a Presidente da República. Ela teve, então, que limitar-se à Vice Presidência.

    A morte do cabeça da chapa do PSB a menos de dois meses das eleições determinou sua substituição por Marina, que imediatamente decolou nas pesquisas de intenção de votos.

    Atualmente, já empata com Dilma Roussef no primeiro turno e vence folgadamente por dez pontos percentuais no segundo turno.

    Na verdade, a nova candidata incorporou o desejo vago de mudanças que levou o povo às ruas em junho do ano passado. Que tipo de mudança, isso já é outro problema.

    Não tendo ainda sido atacada pelos demais candidatos – pois sua candidatura não foi, inicialmente, percebida como grande ameaça – navega em mar calmo e vento muito favorável, enquanto o tempo, cada vez mais curto, corre a seu favor.

    Sua figura messiânica, suas declarações vagas, suas promessas iniciais muito generosas, mas fora do alcance do cofre nacional, acenam com uma “nova política” misteriosa, mistura de propostas esquerdistas e ambientalistas, entre as quais maior participação direta, governar com pessoas e não com partidos, participação direta popular no governo, por meio de plebiscitos e consultas populares (cheiro de bolivarianismo), criação de conselhos do povo (cheiro dos sovietes petistas), orçamento participativo etc.

    Cálculos preliminares orçam suas promessas – entre as quais 10% do orçamento para a saúde, outros 10% para a educação, aumento da bolsa esmola, do efetivo da Polícia Federal – em quase 100 bilhões de reais por ano, cuja origem não é esclarecida.

    Seu calcanhar de Aquiles é o fraco apoio político, pois na verdade não tem o apoio firme de nenhum partido. Seus apoiadores são aqueles interessados em pegar carona em sua súbita popularidade, sem nenhum compromisso com a realidade política durante seu possível governo.

    Mas uma excelente candidata não será, necessariamente, uma excelente Presidente.

    No governo, terá que descer das nuvens “sonháticas” onde flutua e lutar na arena do dia a dia da Praça dos Três Poderes, enfrentando as feras insaciáveis que fazem as leis, sempre cobrando algum preço político por seu apoio.

    Na verdade, os políticos temem o populismo de suas propostas e os desvios que promete adotar, para evitar o isolamento de seu governo pelos partidos, percebendo uma ameaça de autoritarismo na ideia de governar sem os mesmos. Será real isso ou será apenas uma ameaça para angariar apoios mais fortes dos partidos, que seriam enfraquecidos com um governo mais populista?

    Dona de um discurso inatacável, é a favor de tudo que é bom e contra tudo que é ruim. Como, aliás, todos os candidatos.

    Ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem, pois o que é conhecido da política e dos políticos é rejeitado pelos eleitores.

    A esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos, parece impulsionar a subida de Marina nas pesquisas eleitorais.

    A desilusão popular procura o novo. As mudanças podem ser para melhor ou para pior, desde que interrompam a malfadada corruptocracia instalada no poder pelo lulopetismo.

    Como está não pode continuar. Há expectativa de que novos rumos e novos governantes tragam melhores dias e maior esperança para os eleitores desiludidos.

    É um fio de esperança, mas parece que as pessoas a ele se agarram com fé, apostando no futuro para esquecer o presente.

    Gen Clovis Purper Bandeira – Editor de Opinião do Clube Militar

     

  3.  
    Estes velhinhos de pijama

     

    Estes velhinhos de pijama são reacionários demais. Hoje, já um tanto caquéticos, não fosse seu ideário ultrapassado e extremamente rancoroso, seriam comprados como mercadoria aproveitável. Enfim….nos resta aguardar que o tinhoso os leve para as profundezas do inferno.

    Orlando

  4. Tartarugas voadoras

    Caracas, fiz um comentário aqui era pouco mais do meio dia. Agora são 15,26 e não acho meu comentário. Tarturaga aqui tá voando.

  5. ela vai criar o ministério da

    ela vai criar o ministério da cópia  da cola e outro do embromation.

    e várias secretarias de avanços e recuos. a do vai mas já volta logo atrás, 

    a do latifundio escravocrata.

    a novíssima seceretaria do  pijama fardado

    e finalmente, para renovar sua cobiça do pode pelo poder, no

    banco central,  a secretaria da

    suruba financista.  

    juro!!!!

  6. Sinceramente, o teor dos
    Sinceramente, o teor dos comentários dos militantes está parecendo briga de criança: vou contar pra tua mae que VC namora,você tem cara e cachorro, teu nariz ta sujo, te dou um tapa hein, buabuabua, mae, o mae a marina ta enchendo o saco. Cada vez leik menos o outrora interessante blog.

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