Alckmin afirma que decisão sobre vice sai no final de junho

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse neste domingo (8) que a decisão sobre quem será o candidato a vice-governador em sua chapa sairá até o final de junho. O tucano projetou a resolução do impasse após ser questionado sobre as tratativas com o PSD para ter Gilberto Kassab no posto. Ao mesmo tempo, o PSB deseja emplacar o deputado federal Márcio França na vaga.

Após o diretório paulista do PSB decidir integrar o arco de alianças de Alckmin, o governador comemorou a notícia e disse ter “grande apreço” por Eduardo Campos, pré-candidato pessebista à presidência da República. O PSB, que soma 200 mil filiados paulistas (mais de um terço do número de filiados em todo o país), justificou o apoio aos tucanos reconhecendo que uma candidatura própria no estado teria pouco sucesso e, portanto, se torna necessário se aliar aos “adversários do PT”.

Por outro lado, o resultado da última pesquisa eleitoral Datafolha, publicado no dia 5, arrancou de inúmeros especialistas leitura similar: um terço dos eleitores não se empolga com nenhum candidato a presidente e, teoricamente, é esta a parcela da população que não compactua com a polarização entre PT e PSDB e gostaria de ter uma “terceira via” na disputa. Eduardo Campos, em tese, deveria ocupar essa lacuna, mas os números que tem alcançado nos levantamentos não são animadores.

Desconhecido pela maioria e ainda sem nenhuma grande atração que não seja ter como vice a ex-senadora Marina Silva, o postulante deveria lançar nomes do PSB nos principais colégios eleitorais do país. Na contramão do esperado, a legenda definiu apoio a Alckmin, e ainda avalia alianças com Pimenta da Veiga (PSDB), em Minas Gerais, e Linfbergh Farias (PT), no Rio de Janeiro.

Fator Marina 

Marina fez uso das redes sociais para tornar pública sua insatisfação com a atitude do PSB. O grupo da ex-senadora  prega candidatura própria nos principais colégios eleitorais do país, para alavancar a candidatura de Eduardo Campos e incorporar a “nova política”, bandeira da Rede. “Deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo”, informou.

Por outro lado, o PSB paulista apontou que a decisão, que será ratificada no dia 21, é permanente e denotou rusgas com o grupo de Marina. Eles lembraram que a ex-senadora entrou no partido às pressas, apenas depois que o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou a criação da Rede. Além disso, frisaram que o número de marineiros fiéis à Rede em São Paulo é pífio diante dos filiados do PSB.

Fator Kassab

Apesar dos desentendimentos públicos com Alckmin, Gilberto Kassab é o favorito do ninho tucano para ocupar a vaga de vice-governador em outubro próximo. Isso porque a aliança ajudaria a asfixiar a candidatura de Paulo Skaf (PMDB).

Pelas avaliações, o peemedebista – que já desponta na segunda colocação nas sondagens feitas no estado, com 21% dos votos válidos, contra 44% do governador – teria mais condições de derrotar Alckmin num eventual segundo turno do que teria Alexandre Padilha, dada a rejeição ao PT.

Nos bastidores, ventila-se que Kassab propõe como contrapartida à negociação o apoio do PSDB para que ele dispute o Palácio dos Bandeirantes em 2018, com uma possível renúncia de Alckmin para concorrer à presidência. Foi assim que o presidente nacional do PSD chegou à prefeitura de São Paulo, em 2004. Na época, Kassab moveu montanhas para se tornar vice-prefeito de José Serra (PSDB). 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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    1. Pois é…
      Se chamar a Dilma

      Pois é…

      Se chamar a Dilma de Guerrilheira Comunista, coisa que foi, é falta de respeito.

      o PT é pitoresco!

  1. Bom…
    Agora é que o Kassab,

    Bom…

    Agora é que o Kassab, se sair, vai sentir o bafo na nuca!

    Sarney, que não é bobo, está preferindo o ambiente asséptico e seguro do lava reputações petista.

    Abre o olho Kassab!

  2. Pois é…

    Posso  até entender seu comentário mas, por questões incontestáveis e óbvias, jamais poderemos fazer comparações entre Dilma e Aécio. Dilma lutou para que todos nós possamos proferir aquilo que quisermos em plena democracia, e isto custou-lhe muitas torturas. Continua trabalhando sério e com tenacidade, por todos nós brasileiros. O que sei de Aécio, é que foi bem nascido, nunca lutou por nada, e sua diversão sempre foram as noitadas aqui no Rio. Ninguém pode negar que mesmo enquanto governador de Minas, estava praticamente vivendo no Rio. 

    1. Exato

      Isso mesmo, Marly. Realmente, chamar a Dilma de guerrilheira e o Aécio de viciado (ou insinuar que o Kassab é gay, como também já fizeram em campanha) são momentos de baixaria política. Mas não há dúvida de que a Dilma arriscou muito mais que o Aécio – inclusive a própria vida – para que chegássemos ao Estado de Direito que, com todas as insuficiências, temos hoje. Nesse sentido, somos todos devedores dela, independentemente de quais sejam nossas preferências partidárias.   

      1. público/privado.

        Carlos Ribeiro Jr., um aparte! Dizer que o Kassab é viado é realmente uma baixaria. É direito dele e o fianfã que arde não é o meu. É uma questão absolutamente privada e não é da conta de ninguém. Mas se um candidato é viciado em cocaína, droga ilegal, isso sim, é da conta de todos os eleitores. Se usa drogas ilegais, só pode obtê-las através estreitas ligações com o crime organizado. Dilma foi guerrilheira e me orgulho disso. Teria vergonha se ela tivesse apoiado Médici, Geisel e outros porcos menos votados.

      2. Ela queria o comunismo

        Ela queria o comunismo soviético, a não ser que a VAL PAlmares e a COLINA fossem centros de estudos democráticos camuflados.

    2. Corrigindo, Dilma lutou pela

      Corrigindo, Dilma lutou pela VAR-Palmares e COLINA.

      Tinha como objetivo a implantação do comunismo soviético no Brasil.

      Isso é passado, mas que não lutou pela democracia, não lutou…

  3. Sugetstão para o Vice do

    Sugetstão para o Vice do Aercinho leblon. O Indio, isso se a soninha não ficar soltando fumaça pelas ventas.

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