“[Bolsonaro] é passaporte para a volta do PT”, disse o tucano, sobre as inexistentes chances do candidato do PSL vencer em segundo turno. Durante sabatina, Alckmin alternou críticas a Temer e a Bolsonaro, apresentando-o como a opção correta
Montagem: DCM
Jornal GGN – Após tentar se afastar da imagem do atual governo de Michel Temer, apesar de ter seu partido como o principal aliado do Planalto, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, criticou também o postulante da extrema direita Jair Bolsonaro (PSL).
A estratégia de Alckmin é angariar para si os eleitores que estão insatisfeitos com a atual gestão de Temer – que hoje representam 70% da população, segundo o último dado do Instituto Datafolha, de 22 de agosto -, mas também os que para não votar em algum candidato do PT, optariam por Bolsonaro.
Para este público, o tucano deu a chave de argumento: vota em Bolsonaro “é um passaporte para a volta do PT”, uma vez que nas pesquisas que colocam o candidato do PSL em segundo turno, ele perde em todas as projeções.
“No fundo, muita gente está votando no Bolsonaro como anti-PT. O PT vai poupar o Bolsonaro. Eles só batem em mim. Tudo que eles querem é um segundo turno com Bolsonaro”, analisou assim Alckmin pelas decisões do eleitorado.
O tucano acredita que ele tem mais chances de bater de frente com o PT e, segundo ele, ganhar um segundo turno contra o nome escolhido pelo PT, seja Lula ou seja Fernando Haddad. Por outro lado, Bolsonaro não se sustenta, alegou: “Não é que Bolsonaro traga risco, ele é fraco, 28 anos de carreira política, é corporativismo puro”, criticou.
As tentativas de Alckmin vem seguindo a linha do que proposto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de se apresentar como uma opção mais viável do que um candidato extremista como o Bolsonaro, mas que absorve o eleitorado anti-PT.
Alckmin ainda está com mínimas chances de votos, atrás até mesmo de Marina Silva (Rede) e de Ciro Gomes (PDT). De acordo com a última pesquisa do Ibope, em parceria com a TV Globo, divulgada nesta semana, Alckmin detém somente 9% das intenções, atrás de Marina e Ciro, que empatam com 12%. Já Haddad, apesar de registrar poucas intenções (6%), representa uma estatística que está crescendo.
As declarações do ex-governador de São Paulo foram dadas durante a série de sabatinas realizadas pelo Estadão em parceria com a Faap com os presidenciáveis. Na mesma entrevista, Alckmin deu uma resposta a Temer, outro a quem o tucano quer separar a sua imagem, por carregar ampla impopularidade.
Sobre as afirmações do próprio mandatário, de que o PSDB foi um grande apoiador de seu governo e que Alckmin não pode evitar isso, o tucano respondeu que ele integrava uma ala do partido que defendia não participar do governo Temer.
Segundo ele, quem escolheu o emedebista foi o PT, convidando-o para ser vice. Sobre os vídeos com as declarações de Temer, Alckmin disse: “O presidente Temer está de mal comigo”. E criticou a gestão econômica e as políticas do atual mandatário.
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Alckmin é a pinguela para a continuidade do Temer
Ora, mas se a poulação quer é justamente a volta do PT.
Para Alckmin, o PT já tá no segundo turno
“Tudo que eles querem é um segundo turno com Bolsonaro”. – Alckmin
Tudo o que o Alckmin quer é ir para o segundo turno