Jornal GGN – Após decidir se filiar ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) sem consultar seus simpatizantes, Marina Silva, porta voz do partido Rede Sustentabilidade tenta arrumar a casa. Em reunião realizada neste último domingo (14), a Rede decidiu que não irá integrar a Executiva do partido ingresso, pois objetivo da iniciativa era não ficar de fora das eleições de 2014.
A decisão, divulgada pelo jornal “O GLOBO” desta segunda-feira (15), foi tomada pela comissão nacional provisória do partido que resolveu criar um grupo com cinco membros, incluindo a ex-senadora Marina Silva, para fazer o diálogo com o partido com o qual está coligado.
“Nenhum membro da Rede vai participar das instâncias do PSB”, afirmou Bazileu Margarido, membro da comissão. Ele agradeceu a proposta do PSB para que membros da Rede integrassem a executiva, mas disse que a intenção é manter a identidade do futuro partido e deixar caracterizada a aliança.
A reunião deste domingo tratou da aliança com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apesar do “atropelo” para garantir a coligação. Contudo, Bazileu disse que hoje [ontem] executiva da Rede aprovou a iniciativa. No entanto, ele admitiu que a questão ainda não está pacificada no partido. “Este momento ainda não está superado. Mas houve uma expressão forte de apoio à decisão de Marina e vamos abrir um diálogo com a militância” afirmou.
Novo cenário
Segundo pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana pelo jornal Folha de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff (PT) herdaria a maioria dos votos da ex-senadora Marina Silva (PSB), caso o governador de Pernambuco Eduardo Campos fosse o candidato socialista.
Num cenário com Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB) e Campos, a presidente ficaria com 42% dos votos da ex-senadora. O tucano teria 21% e o governador pernambucano, 15%. Quando José Serra aparece como nome do PSDB, o ex-governador paulista tem 25% dos votos de marineiros, atrás de Dilma (com 40%), mas a frente de Campos (15%).
No primeiro cenário, brancos e nulos somam 16% – ante a 15% no segundo. Eleitores que não sabem ou não opinaram são, respectivamente, 7% e 6%.
O diretor do Datafolha, sociólogo Mauro Paulino explica que a maioria do eleitorado de Marina é feminino e tem ensino superior e que a transferência de seus votos para Campos, nesses casos encontraria resistência.
Pelo cruzamento de dados, há uma resistência maior das eleitoras ao Eduardo Campos do que os eleitores da ex-senadora. As mulheres, geralmente, migram para brancos e nulos”, avalia.
A pesquisa foi realizada na sexta-feira (11), e ouviu 2.517 eleitores em 154 municípios do país, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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