Após definição de posturas, Goldman e Aníbal são chamados a testemunhar contra Dória

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – No mesmo dia em que o senador tucano José Aníbal mudou seu discurso, defendendo a candidatura de João Dória Jr. à Prefeitura de São Paulo, e o vice-presidente do PSDB Alberto Goldman publicou artigo criticando duramente o indicado do partido para o posto maior da capital paulista, os dois foram arrolados pela Promotoria Eleitoral para testemunharem em ação contra o candidato por abuso de poder político nas eleições.
 
“A nossa representação ao Ministério Público foi feita no dia 29 de março. Chamaram dezenas de pessoas para prestar depoimentos. É um material imenso e o promotor José Bonilha ainda não representou. Ele disse que dividiu em duas partes: abuso do poder econômico e político. Não declaro publicamente meu voto por respeito à decisão partidária. Mas não voto no Dória por uma questão de consciência”, disse Goldman ao Estadão.
 
Proposta nesta segunda (26) pelo Ministério Público de São Paulo, os promotores de Justiça apontaram que o líder na corrida para o trono da municipalidade de São Paulo, João Dória ao lado do seu vice Bruno Covas (PSDB), cometeu abuso de poder político
 
De acordo com o autor da ação impetrada na noite de segunda, José Carlos Bonilha, houve uma barganha em torno da secretaria estadual do Meio Ambiente, oferecida ao PP, pelo governo Alckmin para que a chapa ganhasse tempo de televisão no horário eleitoral. A medida é considerada desvio de finalidade.
 
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, também é acusado na peça. Além de permitir que a coligação de Dória usasse o slogan “Acelera, São Paulo”, que foi criada para projeto estadual, o governador é acusado por sair em campanha em favor de Dória, antes mesmo das convenções entre os pré-candidatos do PSDB, ferindo o princípio de neutralidade e igualdade entre os postulantes.
 
Bonilha solicitou como testemunhas para as acusações o senador José Aníbal (PSDB) e o vice presidente do PSDB, Alberto Goldman, além do vereador Alberto Quintas, do PSD. Ainda que a ação seja aceita, as testemunhas não são obrigadas a depor, podendo permanecer em silêncio diante do juiz.
 
O promotor acredita que o racha provocado pela indicação de Dória para disputar as eleições, sob o apadrinhamento de Geraldo Alckmin, fará com que seus correligionários confirmem as acusações da peça. O promotor de Justiça acredita que alguma decisão sobre a ação deve sair antes deste domingo
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

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  1. Hmmm, sei não …

    Acho que, como no caso da ex-amante global do FHC, estará rolando uma desdelação PREMIADA  neste caso.

    Não sei qual será o prêmio, mas com certeza serão “bão dimais”

    Suspeito que o Bonilha vai ficar pendurado na lâmpada…

  2. PSDB e tucanos ficam mal, falem ou fiquem caladas as testemunhas

    Prezados,

    Como os MPs paulistas (seja o eleitoral, sejam outras subdivisões do MP estadual) são TODOS dominados pelo PSDB, é possível que José Carlos Bonilha não tenha tido a intenção de colocar em saia-justa os caciques do partido e o candidato botox, enfiado a marteladas por Gegê opus dei, ignorando a ala serrista do tucanato paulista e manipulando as prévias do partido.

    De qualquer forma, fiquem calados ou abram o verbo contra João Dória Jr, José Aníbal, Alberto Goldman ficarão mal, assim como o partido deles, o PSDB. Se detonarem João Dória, não só o candidato, mas o partido sofrem grande revés e saem enfraquecidos. Se as testemunhas se calarem, elas é que ficarão muito mal perante os eleitores, podendo ser chamdas de covardes, oportunistas e traidoras, pois a dedução que os militantes e simpatizantes do partido e desses líderes farão é de que eles fizeram um acordo com João Dória e com Geraldo Alckmim

     

  3. O nome desta matéria poderia

    O nome desta matéria poderia ser outro.

    Minha sugestão:

    A VINGANÇA DO CARECA ASQUEROSO

    Serra emplacou seu preferido como vice de Marta.

    Agora quer destruir o “golden boy” imposto à São Paulo por Geraldinho Arki ladrão do Metrô.

    Curiosamente, Serra e seu preferido também são ladrões do mesmo Metrô.

    Donde se pode concluir que estamos diante de uma verdadeira guerra de quadrilhas mafiosas.

    Serra, contudo, tem pedigree. Afinal, os antepassados dele e os parentes dele na Itália sempre foram soldados da máfia. Alguns deles morreram a tiros, outros, como o pai de Serra, fugiram para o Brasil onde iniciaram suas próprias “famiglias mafiosas”.

     

  4. Duvido que os tucanos se

    Duvido que os tucanos se engalfinhem agora que o candidato do partido está na liderança nas pesquisas de intenção de voto para as eleições. O discurso do Goldman vai ser outro a partir de agora.

  5. Partilha de Botim?

    Nasif: de quanto será o valor da partilha nesse suposto botim? Porque no grupo PSDB/DEM/PPS ninguém briga por menos 10 milhões. Pelo menos Goldman e Anibal não aceitam menos. Dória, que nunca escondeu o jogo, e Bruninho parece que aceitam 8 milhões. Mas abaixo disto, necureba. A única dúvida fica no percentual que o Bonilha se contentaria para desdizer tudo que já disse e voltar a baquetear-se nos salões do Bandeirantes. Mas é uma briga com data de finalização — dia 3 de outubro. Cessada a eleição os cúmplices de reconciliam.

  6. Que pena…

    Tudo o que o PSDB precisaria para implodir seria de um novato, alguém acostumado na iniciativa privada (mando porque sou dono) em cargo público, tendo que conviver democraticamente com diferentes interesses.

    Duvido de que Geraldo Alckmin não soubesse dessa operação de Goldman… rabo preso em todo lugar.

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