Atentado contra Bolsonaro reorganiza estratégia eleitoral

Passada comoção, rivais devem seguir na linha “violência gera violência”; depois de anos eleitorais, propaganda gratuita tende a não mudar tendência de votos 
 
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
 
Jornal GGN – O ataque contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) está sendo avaliado por políticos e analistas como um componente de mudanças na trajetória das eleições. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, os rivais preveem uma onda de comoção, remontando a cena trágica do candidato sendo carregado nos braços dos seus simpatizantes após ter sido esfaqueado trajando uma camisa com a frase “Meu partido é o Brasil”.
 
Enquanto grupos anti-bolsonaro procuram justificar o atentado que sofreu como resposta ao seu discurso de violência, coordenadores de todas as campanhas apontam exatamente o contrário: que a ação reforça a campanha contra a violência do candidato e a tendência, no primeiro momento, é de um reflexo rápido sobre as pesquisas de intenção de voto em favor de Bolsonaro. Mas, passado o impacto inicial, a estratégia será combatê-lo na linha da “violência gera violência”.
 
Ainda, segundo o Painel, o ataque contra o candidato do PSL também foi comparado, pela cúpula do Judiciário e magistrados, ao atentado a tiros à caravana de Lula, antes da campanha eleitoral. Eles temem, agora, a partidarização do último atentado podendo se tornar um ponto de conflito entre militantes. 
 
Impacto da propaganda eleitoral gratuita 
 
Horas antes do atentado, o cientista político e sócio do Instituto Brasilis de Pesquisa, Alberto Carlos Almeida, divulgou nesta quinta (06), em sua página no Facebook que, após dez dias de propaganda de rádio e TV, se Bolsonaro não der sinais de queda, poderá seguir para o 2ª turno. Em entrevista ao GGN, no início do mês, Carlos Almeida previa um embate entre PT e PSDB no 2º turno.
 
O horário gratuito de propaganda eleitoral na rádio o TV sempre foi um componente influenciador nas eleições. Nos últimos pleitos os candidatos mais bem colocados foram os com maior tempo. A quantidade de espaço de propaganda de cada candidato é estimada com base no tamanho das bancadas que o apoiam. 
 
Alckmin conseguiu sair na frente na articulação, angariando 5min32s, contra 2min23 para o PT, enquanto Bolsonaro tem apenas 8s. Em compenssação, o candidato pelo PSL ultrapassou 10 milhões de seguidores nas suas redes sociais.
 
 
Redação

8 Comentários

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  1. Pingos nos is

    Acho que a principal responsável por este estado de coisas são o judiciário e a segurança pública. Estão ocorrendo dioturnamente atentados políticos no país. Os ataques a caravana de Lula, inclusive a bala, os assassinatos no rio Marielle e seu motorista, os ataques ao acampamento LulaLivre em curitiba, com tiros, a incitação a violẽncia promovida pelo candidato esfaqueado, inclusive ameaçando de morte os simpatizantes do PT no acre, os ataques aos refugiados em roraima. E o que fez a segurança pública? Abriu quantos inqueritos? Há algum concluido? Há algum indiciamento? E o que fez o judiciário em relação a apologia da violência promovida pelo candidato esfaqueado?

    Leio  que o candidato promoveu a violência e colhe o que plantou, sinceramente, não vejo deste jeito. Vejo que o sistema de justiça e a segurança no país são instituições absolutamente incompetentes. Acho até que funcionam normalmente, o corporativismo, as relações de compadrio e a incompetência secular para frear a violência  que consome 60 mil mortes por ano. Sem falar que a única solução tem sido o encarceramento, 700 mil ao todo. E não mudou um mísero por cento nos índices de violência que só aumenta.  Aliás, o candidato esfaqueado, prometia resolver  promovendo mais do mesmo.

    Como dizia Einsten, sinal de loucura e fazer a mesma coisa 20 vezes e esperar por um resultado diferente. 

  2. Muito cedo para avaliar

    A comoção do atentado garante a presença do Bolsonaro no segundo turno e dá a possibilidade (pequena, acredito) de uma vitória no primeiro turno.

    Dados concretos acho que só teremos no final da tarde da próxima segunda-feira, quando aparecer os resultados dos trackings dos partidos ou dos bancos realizados na própria segunda-feira.

    Pesquisa só depois de ter alguma cujas entrevistas forem feitas de segunda-feira em diante.

    Meu chute:

    – Bolsonaro sobe;

    – Lula / Haddad caem;

    – Marina e Ciro perdem pontos, mas menos que o PT;

    – Alckmin perde muito pouco ou nenhum ponto.

    Esse movimento inicialmente será muito similar ao que ocorreu com a candidatura da Marina com a comoção gerada com a morte do Eduardo Campos.

    A grande incógnita será como a rejeição ao Bolsonaro reagirá. Vejo nas redes sociais muitos indecisos declarando voto para ele por causa do atentado. Mas provavelmente eram pessoas que não o rejeitavam anteriormente. Se a rejeição cair muito ele está eleito.

    Caberá a equipe de estratégia do Bolsonaro entender o que houve em 2014 para tentar evitar a perda de votos que a Marina teve nas semanas seguintes, ela chegou num pico de intenção de votos e despencou. Terão a vantagem que desta vez o tempo até a eleição é mais curto e que tentativas de desconstrução do Bolsonaro podem causar efeito contrário.

  3. Jogando gasolina no fogo, ou a canalhice alheia

    Nilson Lage

     51 min ·  

    Cansei de tolerar a canalhice alheia.
    Este Augusto Nunes é um irresponsável.e um criminoso.
    Teve todas as chances de fazer jornalismo decente. 
    Começou promovido como gênio da espécie.
    Dirigiu três grandes jornais, que me lembre, e quase os levou à falência. 
    De enorme arrogância, encontrou, no fim de carreira, emprego como caluniador oficial na banca da moribunda revista Veja. 
    Como outros insetos, vive às custas do prestígio de um só sujeito político.
    Contra ele, expele em forma gráfica a merda que tem na cabeça.
    Sem medir consequências, mesmo em momento sensível como o atual..
    “Augusto Nunes @augustosnunes “Na declaração em que fingiu lamentar o atentado contra Jair Bolsonaro, Dilma Rousseff ressalvou que “o ódio cria esse tipo de atitude”. É natural que a terrorista em recesso condene a vítima. Ela não tem adversários, tem inimigos. Que não são seres humanos. São alvos a eliminar.”

     

  4. Nesse negócio de atribuir a

    Nesse negócio de atribuir a culpa a Bolsonaro, de “violência gera violência”, precisa cuidado para não ficar parecendo com “moça é estuprada porque vestia mini-saia”. Se bem que acho que pouca gente vota em vítima. Tanto que quando lembrado de que mesmo armado o candidato não apenas foi assaltado como teve a própria arma roubada, o ex-soldado costuma correr atrás do prejuízo – a imagem de vítima – dizendo que no dia seguinte recuperou a arma. Talvez tentar fazer colar em Bolsonaro a imagem de tigre de papel, onça pintada, sim, mas com tinta no muro, seja uma boa. E não estará completamente fora do que o cara é de fato.

    De qualquer forma, para quem só se prejudicava quando expôs sua imagem em público, nos debates, o recolhimento através da desculpa que o “imbroglio” criou pode favorecê-lo. Não há ninguém tão capaz de prejudicar a imagem marquetada de Bolsonaro quanto o próprio produto, o sr. Jair.

  5. E tenho umaS perguntaS:
    Onde

    E tenho umaS perguntaS:

    Onde está a faca que atingiu o Bolsonaro?

    Já mostraram o suposto agressor, a sala de cirurgia, o hospital, vídeos do filhos, etc etc

    Só não mostraram até agora o SANGUE e a FACA. Porquê?

    Uma “médica” afirma que ele perdeu 40% do sangue do corpo.

    ONDE ESTÁ ESTE SANGUE QUE NINGUÉM VIU?

  6. bom post.

    Diz o ditado que espalha ventos colhe tempestades.!!!

    Não estou com pena dele!

    Não acredito que mude grande coisa na eleição, o povo tem muito problemas para se preocupar no dia a dia.

    Foi mais uma noticia que no dia seguinte já perdeu a validade. O POVO adora uma desgraça, se for com politico, melhor!!!

    Claro que o Bolsonaro vai querer potencializar.

    Essa comoção toda não se justifica.

    Aliás, queria relembrar, quem matou Marielle?

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