Bolsonaro defende Fake News, restrição a refugiados e elegibilidade se condenado

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução Bolsonaro na Jovem Pan
 
Jornal GGN – Em entrevista à Radio Jovem Pan, o deputado federal e pré-candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), afirmou que o crime “apologia ao estupro” não existe no Código Penal para ser condenado, disse não crer que se tornará inelegível, defendeu as “Fake News” e indicou que Temer estaria comprando votos para a Reforma da Previdência.
 
Sobre o polêmico caso envolvendo a parlamentar Maria do Rosário (PT-RS), em 2014, que disse que não iria estuprá-la porque ela “não merece”, argumentou que o crime não existe no Código Penal e por isso não seria condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Ainda, manifestou que mesmo se for condenado, ele não se tornaria inelegível. “O que eu interpreto caso eu venha ser julgado culpado, esse tipo de crime, até porque nem tem tipificação de apologia ao estupro, não perde o mandato, não perde os direitos políticos”, disse.
 
Por último, manifestou que seria uma medida “a toque de caixa” tentar acelerar o processo contra ele, envolvendo a ex-parlamentar, ainda que o caso tenha ocorrido há quatro anos. “Agora, querer me julgar agora, correndo a toque de caixa, quando em média esse processo leva quatro anos, passar para dois.”
 
Também no programa, independente de ser a favor à Reforma da Previdência, afirmou que não acredita que a pauta do mandatário Michel Temer seja aprovada. Por outro lado, indicou haver um “papo dentro do Parlamento” sobre a compra de votos pelo presidente. “Quem votar sim e não levou nada é otário”, disse.
 
“Tem cara honesto que quer votar até favorável, é direito dele, mas que diz que vai votar contra porque não quer a pecha de corrupto”, completou, ao exemplificar com um caso durante o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. “É igual o que aconteceu no governo Fernando Henrique Cardoso quando foi votada a PEC da reeleição. Eu pensei em votar favorável, mas quando pintou 200 mil, pagos pelo governo FHC, eu tirei o time fora, votei contra”, acusou.
 
Á Jovem Pan, Bolsonaro chegou a defender as chamadas “Fake News”, que são as notícias falsas, criticando a possível regulação dessas informações como “tentativas de censura”. “Acho que até o ‘fake news’ é válido, com todo o respeito. Até a população está aprendendo a lidar com o ‘fake news'”, disse.
 
Também disse ser contra a entrada de todos os imigrantes no Brasil, defendendo uma política de restrição a inclusive refugiados. Para ele, seria preciso uma “triagem para saber quem é quem que está entrando”. Como exemplo, citou o estado de Roraime, que recebe imigrantes venezuelanos, dos quais Bolsonaro caracterizou como “gente fugindo da fome e da ditadura”. Disse ter “pena da prefeita de Boa Vista”.
 
A entrevista de Jair Bolsonaro:
 
https://www.youtube.com/watch?v=Ts8CD9bfW54
 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. É gente?
    Dando palanque para um nada, um zé mané, um rola-bosta.
    Os blogs sujos andam sem assunto, todos já dando como irreversível o golpe das máfias tupiniquins, os vira-latas, a geopolítica e a banca dona do mundo.

  2. Sobre as fake news

    O lide da matéria não condiz muito com o restante do texto, no que diz respeito às fake news, claro. Faltou explicar um pouco a razão pela qual ele defende notícias falsas. 

  3. Pros que mandam no país, o

    Pros que mandam no país, o rentismo internacional, Bolsonaro é o cara que tem que ir pro segundo turno pra servir de cabo eleitoral de seu adversário desde que esse seja um que reze pela cartilha do rentismo – Huck, Dória, Alkimin e no máximo, por ser apadrinhada dum Setubal, Marina. Pois se for um Lula (possibilidade quase zero, pois duvido que deixem que ele participe da eleição) ou um Ciro, se não se enforcar com sua própria língua, essa canalha fará de tudo pra que seja Bolsonaro e se conseguir isso talvez esse seja o marco zero pra caminhada prum país que vale menos que zero. 

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