Bolsonaro votou contra Lei que protege pessoas com deficiência

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Portal CUT

Bolsonaro votou contra Lei que protege pessoas com deficiência

O tema viralizou nas redes depois que a cantora Olivia Byington contou que tem um filho com síndrome de Apert, uma doença rara, e que o candidato do PSL votou contra a Lei que protege pessoas com deficiência

Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT

O desabafo da cantora Olivia Byington comoveu a internet. Em sua rede social, ela conta que tem um filho com Síndrome de Apert – uma doença rara que atinge 1 em cada 160 mil nascidos vivos. Seria mais um desabafo de uma mãe, se a cantora não trouxesse à tona um dado importante para que a população brasileira saiba como Jair Bolsonaro, o candidato do PSL à presidência da República, trata as pessoas com deficiência.

O candidato de extrema-direita votou contra o Projeto de Lei (PL) nº 7699/2006, que criou a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), um dos dispositivos mais avançados do mundo na defesa de direitos das pessoas com deficiência.

No texto que já teve mais de 55 mil compartilhamentos, a cantora Olivia Byington, que também é mãe do ator e humorista Gregório Duvivier, diz: “Meu filho João Byington de Faria tem Síndrome de Apert. Jair Bolsonaro votou, juntamente com seu filho, Eduardo Bolsonaro, contra a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), um dos dispositivos mais avançados na defesa de direitos das pessoas com deficiência do mundo. Quem duvidar e quiser conferir todos os votos na Câmara aí vai o link. Se você acredita que alguém que não reconhece os direitos das pessoas com deficiência merece o seu voto, vá em frente. Mas durma com este barulho”.

O que diz a Lei

A Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência, que era conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, foi aprovada com mais de 100 emendas, na forma do substitutivo, em março de 2015, pela Câmara Federal.

A Lei prevê o direito das pessoas com deficiência de serem incluídas na vida social nas mais diversas esferas por meio de garantias básicas de acesso, seja por meio de políticas públicas ou iniciativas também a cargo das empresas.

A Lei também dá direito ao auxílio-inclusão para a pessoa com deficiência moderada ou grave. Tem direito a esse auxílio a pessoa com deficiência que já recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e venha a exercer atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório da Previdência Social.

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Síndrome de Apert – o que é?

É uma má formação específica do crânio mãos e pés, além de várias outras alterações funcionais que variam muito de indivíduo para indivíduo. A fusão do crânio ocorre prematuramente e não possui capacidade de desenvolver-se normalmente, restringindo o crescimento do cérebro e causando um aumento de pressão (craniocinostose); a retração (afundada) do terço médio da face; e os dedos das mãos e pés apresentam-se fundidos (sindactilia) em graus variados.

Essa afecção foi descrita pela primeira vez no ano de 1906, pelo médico E. Apert, definida como uma anomalia craniofacial denominada Acrocefalosindactilia Tipo I.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

17 Comentários

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  1. Eu li
     

    bolsonaro votou Lei que protege pessoas com deficiência.

    (até estranhei)

    Acho que o L maiúsculo  da Lei, suplantou a palavra contra, em minúsculo.

    A manchete é tudo numa notícia.

     

     

     

  2. Bom, nazistas acham q deficientes deviam morrer…

    Tá bem de acordo com o Coiso. E temo que boa parte dos seguidores dele concordem com isso.

  3. PL 7699 demorado e apertado

    Essa noticia me surpreendeu. Parece-me inadmissível, ilógico e até desumano imaginar alguem votando contra um projeto desse tipo. Tentei me informar melhor e ví que o PL 7699/2006 de autoria do Deputado Paulo Paim (PT RS) só foi aprovado, e com 100 emendas, 9 anos depois, em 2015.

    Porém fiquei ainda mais surpreso: a votação foi de 188 a 174. A diferença para 513 foi por faltas e abstenções, naturalmente. Foram 174 votos contra. E não foi só o Bolsonaro e seu filho Eduardo, portanto. Não estou defendendo nenhum dos dois. Só estou comentando para que alguem se possível explique essa tramitação tão demorada e um placar tão estranho.

      1. Oi, a Pauta é uma mas o

        Oi, a Pauta é uma mas o projeto tem muito mais que uma pauta, é um projeto rico em termos de valorização ao deficiente, e independete desta unica pauta que você cita em seu link, Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro votaram contra a lei como um todo…basta uma pesquisa mais avançada no mesmo site que você pesquisou: (veja a fonte e evidência)

        http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/plenario/chamadaExterna.html?link=http://www.camara.gov.br/internet/votacao/mostraVotacao.asp?ideVotacao=6117&tipo=partido

         

        Ou seja, é verdade sim que Bolsonaro e se filho votaram contra a lei que protege pessoas com deficiência!

         

        Boa tarde

  4. #ElesNão!

    Seria salutar que o eleitorado brasileiro não reelegesse nenhum dos 174 deputados que votaram contra o projeto 7699. 

    O diretor de cinema Costa-Gavras mostrou no filme “Amem” como foram tratados os deficientes na Alemanha durante o período de Hitler. Vale a pena dar uma olhada, mas não se choque. Era o fascismo, com o nome de Nazismo, sendo aplicado sob os auspícios do governo.

  5. manipulação

     

    Eduardo Bolsonaro

     1 h · 

    ATÉ ONDE VAI A CANALHICE DO SER HUMANO?

    Olivia Byington, que já doou para candidato do PSOL, mãe de Gregório Duvivier tenta jogar os deficientes contra Bolsonaro usando seu filho portador da síndrome de Apert ( https://goo.gl/mSKJYR ). De maneira canalha ela mente ao dizer que eu e Jair Bolsonaro votamos contra os deficientes e direciona os leitores de seu post para link da Câmara dos Deputados mas que não é o link da votação do projeto. A lei em questão foi aprovada por unanimidade em votação simbólica.

     

    https://www.facebook.com/bolsonaro.enb/videos/2346199888940990/

  6.  
     Eu abomino o Bolsonaro e

     

     Eu abomino o Bolsonaro e acho que é a pior coisa que pode acontecer pro Brasil, mas essa notícia não é bem assim e acho que cabe esclarecer, fake news é como eles trabalham, não a gente (não acusando o site, que, creio, acreditou sem checar o suficiente). 

    Na verdade, conforme mostra o link que vocês divulgaram aqui mesmo, ele ali estava votando “o INC. VI, §4º, ART 18 DA SUBEMENDA SUBST. DE PLENÁRIO – Nominal Eletrônica”. Esse inciso, que felizmente acabou aprovado, diz: VI – respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência.

    Inclusive o Jean Wyllys na época fez vídeo sobre essa discussão, link abaixo.

    Ou seja, ele não votou contra a LBI como um todo como o texto faz parecer. Ele votou (e de maneira cretina) apenas e tão somente contra esse dispositivo em particular. Em relação à lei, nem houve votação nominal – áudio no site da câmara dos deputados apenas mostra o Cunha dizendo “Quem é a favor, permaneça como está, lei aprovada”.

    https://www.youtube.com/watch?v=g8YloxAd3hY 

     

  7. FAKE NEWS

    Blog serio e conveituado, deveria rever esta materia…é claramente uma fake news… a lei foi aprovada por Unanimidade … Apenas um um “destaque” foi votado posteriormente, e ambos Bolsonaros votaram contra…eles e mais 172 parlamentares …

     

    lamentavelmente, GGN vai contribuindo para as numerosas fake news espalhadas por ai…

      1. Viviane, Bolsonaro votou

        Viviane, Bolsonaro votou contra o uso do termo “identidade de gênero” no texto-base, sim os deputados podem aprovar os textos-base dos projetos. A LBI foi aprovada por UNANIMIDADE, está no site do senado muito bem claro.

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