Candidatos a Governos que foram a segundo turno avaliam apoiar Bolsonaro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Entre eles, João Doria (PSDB), disputando o governo de São Paulo, e Ivo Sartori (MDB), disputando reeleição no Rio Grande do Sul, já confirmaram o apoio ao presidenciável da extrema-direita
 
 
Jornal GGN – Convencidos pela alta capacidade do “efeito Bolsonaro” de puxar votos, candidatos a governos da direita e de centro que disputarão o segundo turno estão, pouco a pouco, escolhendo declarar apoio a Jair Bolsonaro (PSL), em busca do desempate. 
 
É o caso, por exemplo, do ex-prefeito João Doria (PSDB), candidato ao Governo de São Paulo, que marcando uma alta rejeição dos eleitores da capital, os paulistanos, e com uma diferença de votos contra Marcio França (PSB) que pode ser revertida – 31,77% a 21,53% na apuração deste domingo -, decidiu anunciar que apoia Bolsonaro.
 
Dória, assim como outros candidatos e os eleitores brasileiros foram supreendidos pelos resultados obtidos por outros candidatos que, muitas vezes de última hora, conseguiram garantir um cargo parlamentar ou no comando de um governo após somar aliança ao presidenciável da extrema-direita.
 
Leia mais: “Efeito Bolsonaro”: o impacto do novo puxador de votos nos candidatos eleitos
 
Por isso, o tucano decidiu ainda na noite deste domingo (07) que votará em Bolsonaro: “A partir de amanhã às 7h30 serei um guerreiro intransigente contra o PT. Nós vamos apoiar Jair Bolsonaro”, disse, com o objetivo explícito de obter os votos suficientes para sair na frente contra Márcio França (PSB) no governo paulista.
 
E admitiu que a posição tomada era pessoal, sem consultar o PSDB nacional.  “O fato de o PSDB ter feito no plano nacional campanha ou ter colocado na sua propaganda eleitoral medidas contrárias ao Bolsonaro eu entendo como parte de uma campanha dura difícil”, disse.
 
“A proposta econômica do candidato Bolsonaro elaborada pelo economista Paulo Guedes é muito bem estruturada, defendendo o liberalismo, os mesmos princípios que defendo aqui em São Paulo”, tentou justificar João Doria.
 
O ex-juiz Wilson Witzel (PSC) conquistou a vaga do segundo turno ao comando do Rio de Janeiro, com grande liderança sobre o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), após fazer campanha ao lado do filho do presidenciável, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), eleito senador com larga vantagem.
 
Assim como Dória, também tomou uma decisão rápida o atual governador do Rio Grande do Sul, candidato a reeleição, José Ivo Sartori (MDB), que definiu nesta segunda (08) apoiar Jair Bolsonaro no segundo turno. 
 
“Neste grave momento vivido por gaúchos e brasileiros, o MDB do RS se posiciona em defesa da honestidade, da família, do combate à corrupção e à criminalidade, do respeito à lei e à ordem. E recomenda o voto em Jair Bolsonaro”, informou o candidato.
 
No estado de Ivo Sartori, o ex-deputado federal da bancada ruralista e eleito senador com a maior porcentagem de votos, Luis Carlos Heinze (PP), obteve um rápido crescimento após indicar o apoio ao presidenciável da extrema-direita. Ainda, 52,63% dos gaúchos optaram por eleger Bolsonaro no primeiro turno. Sartori disputa o segundo turno contra Eduardo Leite (PSDB).
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. O Anastasia e sua equipe
    O Anastasia e sua equipe passaram da euforia pra depressão em menos de 24 horas.

    Ao invés de Pimentel vão ter que enfrentar um do mesmo naipe, Zema do partido novo que declarou apoio ao boçal nos últimos dias, ao invés de apoiar o candidato do seu partido, o Amoeba (esse é o novo que eles apresentam) e passou de terceiro pra primeiro na última hora e já dá a largada com uns 10 pontos na frente.

    Espero que os eleitores de Pimentel façam como eu e anulem os votos pra governador no segundo turno.

  2. Nessas eleições tem se falado
    Nessas eleições tem se falado muito na disseminação de fake news através do whats app. Mas há uma situação curiosa em relação ao you tube.

    Na aba “Em Alta” teoricamente são apresentados os vídeos mais acessados do dia. Há um questionamento de diversos youtubers relacionado ao público de games que seus vídeos tem muito mais visualizações mas não chegam ao “Em Alta”. No entanto invariavelmente há disseminação de notícias relacionadas ao Bolsonaro nessa aba. Seja notícias verídicas ou fake news.

    Hoje em 8/10/18, de 50 vídeos selecionados temos 24 relacionados ao candidato apenas um sendo com viés negativo.

    Exemplos.
    Pronunciamento de Bolsonaro
    https://www.youtube.com/watch?v=-Mv5r8f3dCA

    O Nordeste está contra os Brasileiros?
    https://www.youtube.com/watch?v=Y304K3vvrOQ

    Bolsonaro já tem base no congresso
    https://www.youtube.com/watch?v=BL_W7cIjvVw

    Haddad é recebido com gritos de Bolsonaro
    https://www.youtube.com/watch?v=BL_W7cIjvVw

    Fraude nas urnas eletrônicas
    https://www.youtube.com/watch?v=uiaFu6e8Fmk

    O plano dos Iluminati deu certo: Segundo Turno
    https://www.youtube.com/watch?v=tII4o0Arutg

    Entre outros.
    O único negativo ao Bolsonaro é o do Ciro.
    https://www.youtube.com/watch?v=HYbQdnITZRE

    Pelo jeito o google/You tube não preza pela pluralidade nas eleições nacionais, nem checa o que é divulgado na sua aba de maior influência.

  3. A era Bolsonaro começou

    A sociedade brasileira é hoje um caldo de contravencionistas. Eles são encontrados das classes A às classes C. São essas pessoas que votam e apoiam Bolsonaro, é claro com poucas exceções. Esse pessoal se identifica imediatamente com o discurso racista, misógeno e preconceituoso do candidato. É como se por ele se sentissem legitimados e perdoados além de identificados. A impunidade, a corrupção em todos os níveis nos levou a isso. Agora é praticamente impossível reverter a situação, o mal já se espalhou. Eles agem como se tivessem recebido uma carta branca para agirem a seu bel prazer, sem respeitar ninguém muito memos a lei. Isso explica o aumento espantoso dos casos de agressões físicas e verbais por parte desse pessoal que já resultou até em mortes. Não há discurso antagônico que resolva ou diminua seu ímpeto. Não adianta falar de crise ou projetos para salvar a economia, a segurança, a educação, a moradia, isso não desperta neles o menor interesse  é incrível como percebemos isso quando debatemos com alguns deles.Até os evangélicos mais refratários à violência embarcaram na onda. O mais terríivel é que assistimos o estado lavando aas mãos para essa situação como se nada estivesse acontecendo.

  4. Vai ser bom
     

    Quem rejeita o agripino não vai votar no coiso.

    Quem tem raiva do joão não vai fazer o que o joão manda.

    O coiso já tem os eleitores definidos.

    Em sampa, o xuxu vai ter que apoiar o haddad ou se abster, pois que ele tem o frança pra eleger e está pela tampa com o agripino.

    A irmã marina já é da igreja e quem votou nela vai depender sim, do que ela disser no seu momento de fraqueza de dengue e malária, mas agora não chegam a 2%

    A ver.

    Ao Haddad restam os brancos, nulos, indecisos, o apoio importante do Ciro;

    Se ele ganhar o xuxu vai ser massa.

    Quem vai para o coiso – caboclo daciolo em peso, a mistura de coringa com silvio santos – o álvaro dias,

    o amoedo.

    Boulos vai ser a voz do Haddad e o Meirelles vai ficar encima do muro.

    Pode ser que ele financie parte da campanha pro Haddad.

     

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