Cid Gomes reafirma Ciro: não vai ter aliança com PT no 1º turno, colocando eleição em risco

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em entrevista à TV Afiada (canal no Youtube do blog Conversa Afiada), o ex-governador Cid Gomes acompanhou o irmão e pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, na avaliação de que não haverá aproximação com o PT com vistas ao primeiro turno da eleição 2018. Jogando um bande de água nos estusiastas de uma aliança entre as duas legendas, Cid afirmou que o PT levará o nome de Lula como candidato até onde não der mais. Como dificilmente a Justiça permitirá que Lula dispute a eleição presidencial, o PT será obrigado a substituí-lo de última hora. O perigo desse movimento é que a esquerda pode acabar ficando de fora do segundo turno – que é quando todos os grandes partidos dessa esfera prometem uma frente para derrotar a oposição.

Cid disse ao jornalista Paulo Henrique Amorim que há quem tenha preocupações “majoritárias” e há quem, por outro lado, tenha preocupações “proporcionais”. Em outras palavras, ele quis dizer que uma ala do PT está empenhada em eleger o maior número de deputados possíveis, abrindo mão, consequentemente, de garantir um bom resultado para o Brasil na disputa presidencial.

Na campanha de Ciro, Cid diz ser “assessor provisório”, com compromisso de trabalhar até julho, que é quando começam as convenções partidárias.

Assista a entrevista aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

23 Comentários

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  1. E lá vem ele novamente….

    Candidato dele mesmo

    Ciro é candidato avulso (já passou por sete legendas). Ciro é uma “candidatura pronta” dele mesmo, que a cada quatro anos é colocado “à disposição” de qualquer partido. O PDT, incompetente para gerar um candidato próprio, entrou num site de compras e encheu o carrinho com o Ciro, vindo de um shopping virtual, arrumadinho e com discurso pronto! Sem nenhuma sintonia com o partido que o “alugou” para esta eleição e muito menos com a esquerda, cujos votos ele quer ganhar graciosamente. Com oferta pague um e leve dois, o PDT pegou também o Mangabeira Unger, uma espécie de “Andreia Neves” do Ciro. O PT teria que matar o seu próprio partido, condenar Lula e partir para apoiar este oportunista? 

    1. 2016 fora do radar

      O PT não será morto nas próximas eleições se apoiar Ciro e tampouco se não apoiar. O partido que nomeou Joaquim Levy, Henrique Meirelles e Palocci já foi ferido de morte naquilo que era mais caro – ser o partido diferente. Hoje é só mais um, não conseguiu resistir aos desmandos múltiplos de sua própria burocracia.

      Sua fala parece ignorar completamente o que ocorreu em 2016, onde o partido simplesmente foi varrido.

      Lula, que sempre foi maior que o PT, está trancafiado em uma cela – e não podia colher outra coisa, com as nomeações que ele e Dilma fizeram para o STF, para a PGR e para o ministério da justiça.

    1. Se ?

      Interessante sua declaração de voto. Eu ficaria com Boulos na hipótese de o golpe impedir.

      Mas com todo o respeito, você tem alguma esperança de que o golpe não impeça a candidatura?

      Qual fato, circunstância ou contexto, na sua opinião, poderia fazer com que o golpe permita a candidatura?

       saudações libertárias

  2. Ciro Gomes e seu irmão querem
    Ciro Gomes e seu irmão querem transformar um país de 200 milhões de habitantes num negócio de família. Eles acreditam que o Brasil é igual a cidade nordestina onde ambos reinam soberanos. A pretensão é ridícula, os irmãos são mediocres.

  3. Segundo turno dos Gomes

    Eu quero ver no segundo turno, quando eles se defrontarem com um candidato do PT x Bolsonaro. Colocarão o rabinho dentro das pernas como um vira-lata e apoiarão o PT ou seguirão com o “mito”?

  4. Narciso

    Projeto do ciro: ciro.

    Se exploda o resto.

    Não tem Lula, não tem eleição.(ponto).

    O melhor seria não ter eleições este ano, elas serão a pá-de-cal, o lacre final do golpe dos pilantras e da banca dos donos do mundo ocidental. Depois não adianta choro, tudo terá sido realizado na mais perfeita ordem democrática.

    Ou Lula ou nada!

  5. Ciro, as esquerdas e seus equívocos

    No jogo político – da política – brasileiro acreditei que o Ciro, na ausência de Lula, seria um diferencial. A vontade foi superior que a realidade. O cearense que tem uma ótima retórica, diz o que eu gostaria de dizer, mas revelou uma parca capacidade de articulação e de leitura da realidade das forças políticas. 

    Na política é preciso de hegemonia – por isso, pressupõe capacidade de articular o impossível no possível, isto é, tornar possível o impossível. A minha dissertação de mestrado foi sobre o tema. 

    O Ciro, salvo engano, está vendendo uma imagem, deixou o desejo de poder ser maior que o real politique. Ciro só cresce em aliança com o PT.  Quando digo PT, não é só o PT institucional (comando), mas o PT militância, vendedores de Utopia – um outro mundo – melhor – é possível. 

    O PC do B cresceu, politicamente e eleitoralmente, em aliança com o PT pelo Brasil afora. No Rio, a idiotia da Esquerda (Psol) o fez perder para a Direita religiosa e atrasada. 

    Quem são os aliados do Ciro? O PSB, fragmentado, sem base socialista? Setores do MDB progressista? Tenho pena do Ciro. Oo limite em decifrar a Esfinge poderá ser devorado (ao modelo Sófocles, grego).

  6. Ciro, as esquerdas e seus equívocos

    No jogo político – da política – brasileiro acreditei que o Ciro, na ausência de Lula, seria um diferencial. A vontade foi superior que a realidade. O cearense que tem uma ótima retórica, diz o que eu gostaria de dizer, mas revelou uma parca capacidade de articulação e de leitura da realidade das forças políticas. 

    Na política é preciso de hegemonia – por isso, pressupõe capacidade de articular o impossível no possível, isto é, tornar possível o impossível. A minha dissertação de mestrado foi sobre o tema. 

    O Ciro, salvo engano, está vendendo uma imagem, deixou o desejo de poder ser maior que o real politique. Ciro só cresce em aliança com o PT.  Quando digo PT, não é só o PT institucional (comando), mas o PT militância, vendedores de Utopia – um outro mundo – melhor – é possível. 

    O PC do B cresceu, politicamente e eleitoralmente, em aliança com o PT pelo Brasil afora. No Rio, a idiotia da Esquerda (Psol) o fez perder para a Direita religiosa e atrasada. 

    Quem são os aliados do Ciro? O PSB, fragmentado, sem base socialista? Setores do MDB progressista? Tenho pena do Ciro. Oo limite em decifrar a Esfinge poderá ser devorado (ao modelo Sófocles, grego).

  7. Bom resultado?

    A meu ver, a eventual – e improbabilíssima – vitória de Ciro não seria “um bom resultado para o Brasil na disputa presidencial.”

    Esse cara é um destemperado, desprovido de qualquer fiapo de diplomacia. Há não muito tempo, Dilma disse que não importava o que Ciro dissesse, ela gostava dele. Lula teceu-lhe as maiores loas quando das manifestações relativas à transposição do São Francisco e em outras oportunidades. O que fez o cara que precisaria tanto do apoio do PT – e que parecia poder obtê-lo? Depois de dizer que Lula deveria fugir para uma embaixada, disse que o mesmo Lula não seria preso político. Recusou-se a assinar abaixo-assinado contra a retirada de Lula das eleições. E agora, junto com o irmãozinho, diz que Dilma apoiava Eduardo Cunha. Esse cara só sabe queimar pontes. Com ele na presidência, estaremos muito mal. Dane-se!  

    1. Dilma apoiava o Eduardo Cunha?

      Essa afirmação é bem reveladora do caráter dos “brothers”.

      A minha leitura do episódio que resultou na saída do Cid Gomes do Ministério da Educação foi, de pronto, noutra direção. Ao meu ver, o então ministro, ignorando a liturgia,  fez uns comentários  inadequados e INOPORTUNOS sobre o então Presidente da Cãmara, no caso Eduardo Cunha.  Criou DELIBERADAMENTE mais tensão entre dois poderes da República num ambiente político já conturbado. Conseguiu deixar o governo sem parecer que abandonava o barco e ainda saiu aclamado pelo show na Câmara Federal. Bem esperto.

      Agora, ao afirmar que a Dilma o preteriu e apoiou o Eduardo Cunha, o moço exagerou. 

  8. Bom resultado?

    A meu ver, a eventual – e improbabilíssima – vitória de Ciro não seria “um bom resultado para o Brasil na disputa presidencial.”

    Esse cara é um destemperado, desprovido de qualquer fiapo de diplomacia. Há não muito tempo, Dilma disse que não importava o que Ciro dissesse, ela gostava dele. Lula teceu-lhe as maiores loas quando das manifestações relativas à transposição do São Francisco e em outras oportunidades. O que fez o cara que precisaria tanto do apoio do PT – e que parecia poder obtê-lo? Depois de dizer que Lula deveria fugir para uma embaixada, disse que o mesmo Lula não seria preso político. Recusou-se a assinar abaixo-assinado contra a retirada de Lula das eleições. E agora, junto com o irmãozinho, diz que Dilma apoiava Eduardo Cunha. Esse cara só sabe queimar pontes. Com ele na presidência, estaremos muito mal. Dane-se!  

  9. Risco de quê? De nao ter Ciro na presidência?

    Isso nao é risco, é bênçao… Mas que audácia, o cara nao tem eleitorado quase nenhum, e quer que o PT abdique do próprio para dar a ele. Que vá plantar coquinhos. A única hipótese de votar em Ciro, mesmo no segundo turno, seria se o candidato alternativo fosse Bolsonaro, mas aí até a pulga do cachorro do bêbado da esquina é um candidato melhor que Bolsonaro. Fora isso, se nao houver um candidato do PT ou muito próximo, anulo o voto.

  10. Será Lula ou candidato do

    Será Lula ou candidato do Lula contra bostanaro.

    Muito possível que o candidato do Lula vença já no primeiro turno.

    Mas aí, podem se preparar para outro golpe.

    Vamos continuar calados e tomando ferro?

    1. Filho…
      Tem observado as pesquisas, filho ??? O plano B do PT não chega nem no segundo turno !!! Que papo é esse de vencer no primeiro turno ??? De onde tirou isso ??? Eu mesmo, e talvez milhares como eu, cotei em Lula e Dilma nas quatro últimas eleições presidenciais… Mas não voto no plano B do PT nem que a vaca tussa… Voto Ciro e fim de papo, é o melhor projeto para o país !!! O resto é só luta por poder e hegemonia, mais nada !!!

  11. Lula ou nada? Nada para os deserdados, despossuídos e desvalidos
     

    Weden Alves (*) 

    2 h ·  

    O PETISMO E A NECESSIDADE DE REFLEXÃO

    Este “movimento” que aqui vou denominar “Lula ou nada” é um pouco delicado. Porque “nada” não ocupa Presidência. Quem ocuparia numa catástrofe do campo progressista seriam candidatos que fariam muito mal aos mais vulneráveis.

    Entendo a importância política da reafirmação da candidatura Lula. Mas ele não disputará a eleição. A justiça militante não deixará. E não haverá povo na rua para obrigá-la a fazer isso.

    Um vice petista, para passar para o segundo turno, precisaria de 80% no mínimo de herança do voto lulista. A chance de não chegar muito longe é enorme.

    O PT tem todo o direito de resistir à “proscrição branca” a que vem sendo submetido por uma verminosa aliança entre judiciário militante, mídia e grande capital, mas se negar a conversar com outros candidatos do campo progressista ou obrigá-los a apoiar Lula é pensar mais na legenda que nos mais vulneráveis – que pra mim são os que importam, antes de quaisquer outros

    (*) Weden é antigo aqui no GGN, conheci-o pessoalmente no Sarau do Nassif de fim de ano, dezembro/2009 (acho), no Magnólia. Está sumido, mas já foi um articulista assíduo. Devem ser seus afazeres de professor da UFJF. O texto acima saiu na sua página no Facebook. Sensatamene, aponta para a possibilidade nada remota, muito pelo contrário, de uma catástrofe do campo progressista. Adianta? Não, estão todos alucinados, preocupados com o umbigo. Os pobres, os despossuídos, os desvalidos, os deserdados, em suma, os vulneráveis? Que se moam. 

    1. “Nada” não ocupa a Presidência

      É verdade.

      Se a luta não for dada em favor do Lula estariamos admitindo o golpe e, com isso, aceitando a escolha ente aqueles que os golpistas permitem, ou seja nada.

      Numa eleição fraca e sem apoio popular seria muito mais fácil um novo impeachment.

      A chave agora está num parlamento forte e progressista, para isso devemos unir esquerdas. A candidatura Lula é, no momento, a luta derradeira contra o golpe no seu conjunto, não apenas uma eleição que, como dito acima, seria nada sem Lula. Eleição é lá na frente, hoje é golpe o inimigo. Em outubro poderemos ainda ter mudanças e a pressa apenas ajuda à direita que está perdidinha…

      1. Perdidinho…
        Desculpe-me, mas quem está perdidinho nesta história é o PT, que olha só para seu próprio umbigo… Se a retórica é de que um impeachment seria mais fácil com qualquer outro presidente, que reforcem suas candidaturas ao legislativo, abrindo mão do executivo apoiando Ciro. Fiquem seus figurões para o congresso. Imaginem quantos deputados da sigla seriam eleitos a mais pelo coeficiente eleitoral da enorme quantidade de votos que o PT teria se colicassem Lula para deputado, gleise, Wagner, Haddad, etc. Seria quase certo elegerem maioria na câmara e fazendo seu presidente, por conseguinte… E ter o presidente da Câmara é algo de suma importância… Ou o PT não aprendeu nada com o impeachment???

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