As políticas sociais de Dilma, pela Business Week

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Enviado por Jns

De BloombergBusinessweek
 
A chance de reeleição de Dilma concentra-se na ajuda aos pobres do Brasil
 

O sucesso da presidente Dilma Rousseff para erradicar a pobreza extrema é um bom augúrio para a sua reeleição este ano.

Raymond Colitt 

O Brasil foi o único país do grupo conhecido como BRICS, que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul, que alcançou uma redução da desigualdade em uma década até 2009.

O apoio a Dilma entre os mais ricos e os mais pobres

Eike Batista, o empresário mais rico do Brasil, está vendo o seu império desmoronar. A Bolsa de Valores de São Paulo caiu quase 16 por cento este ano, acabando com bilhões de dólares em riqueza dos investidores. No entanto, Luzia Souza está se sentindo melhor do que nunca.

A mãe de dois filhos é um dos 22 milhões de brasileiros que saíram da pobreza extrema durante os três anos de governo da presidente Dilma Rousseff. Sob os auspícios de um programa de reassentamentos financiados pelo governo e pelo Banco Mundial, Luiza, 29 anos, mudou-se de uma cabana em uma área sem água tratada, com esgoto a céu aberto e propenso a inundações para uma casa com água corrente na periferia de Teresina, capital do Piauí, no Nordeste do Brasil.

Eleitores como Luiza podem ajudar Dilma Rousseff ser reeleita em outubro, mesmo que a economia tenha crescido apenas a metade do índice alcançado pelo seu predecessor e a ultrapassagem da meta oficial de  inflação durante todo o seu mandato. Enquanto os investidores se preocupam com o déficit orçamentário em crescimento do Brasil, há pouca dúvida de que a expansão dos programas sociais tem escorada apoio de Dilma na sua base política. “Tudo está ficando mais caro, mas certamente eu estou melhor do que dois ou três anos atrás”, diz Luiza, que recebe 134 reais (57 dólares) por mês em auxílio financeiro do governo e paga uma baixa taxa de juros federais sobre o empréstimo de 2.500 reais que ela buscou para abrir uma loja de roupas em 2013. “A menos que apareça um novo e muito melhor candidato, vou votar em Dilma de novo.”

Dilma está tentadoramente perto de fazer bonito na sua promessa de  erradicar a pobreza extrema na campanha de 2010. O mais recente levantamento populacional do governo, realizado no início de 2014, mostrou que a parcela da população com renda inferior a 70 reais por mês, caiu para menos de 3 por cento, um nível que o Banco Mundial considera equivalente a erradicação da pobreza extrema, com base na a definição do Ministério do Desenvolvimento Social.

Desde que assumiu o cargo em 1 de janeiro de 2011, Dilma Rousseff ampliou muitos dos programas sociais criados pelo seu antecessor e mentor, Luiz Inácio Lula da Silva, e acrescentou novos. Ela aumentou os gastos com o treinamento profissional, a assistência à criança e disponibilizou empréstimos de baixo custo. Mais de 6.000 médicos, a maioria deles cubano, foram mobilizados para reforçar os serviços de saúde na zona rural e outras áreas carentes. A unidade de habitação pública, que construiu 1,4 milhões de casas desde 2009, possui um adicional de 1,6 milhões de casas em construção.

A peça central da guerra do governo contra a pobreza é o Bolsa Família, um programa de 10 anos de idade, que dá às famílias pobres um pagamento em dinheiro de pelo menos 70 reais por mês, se eles manterem os seus filhos saudáveis ​​e na escola. Sob Dilma, o número de famílias cadastradas no Bolsa Família cresceu em mais 1 milhão, passando para 13,8 milhões, equivalente a cerca de um quarto da população brasileira. E no início de 2014, o governo espera adicionar 700 mil famílias, de acordo com Tiago Falcão Silva, o oficial que lidera o Programa Brasil Sem Miséria do Ministério de Desenvolvimento Social. “Criamos mecanismos para superar a pobreza extrema do ponto de vista monetário”, diz Silva. “Outras tarefas, muitas vezes mais difíceis permanecem, porque não é possível prestar cuidados de saúde e educação com um cartão de débito.”

Graças a esforços como esses, o Brasil foi o único país do grupo conhecido como BRICS, que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul, que alcançou uma redução da desigualdade em uma década até 2009. O coeficiente de Gini, uma medida estatística de distribuição de renda, caiu 5,08 pontos no Brasil, durante esse período, enquanto na Rússia e na China aumentou 2,62 pontos e 2,86 pontos, respectivamente, de acordo com dados do Banco Mundial.

Esses ganhos vieram com um custo. Lula e agora Dilma Rousseff, fez “uma escolha política deliberada” para se concentrar sobre a desigualdade, em vez de enfrentar a complexa taxa de impostos do Brasil, infra-estrutura deficiente e outros obstáculos para o crescimento econômico, diz Deborah Wetzel, diretora do Banco Mundial no Brasil. Como resultado, a economia do Brasil se mostrou menos resistente em face da desaceleração global. O produto interno bruto expandiu 1,9 por cento ao ano durante os primeiros dois anos de Dilma no cargo, menos da metade da média anual de 4 por cento durante os dois mandatos de Lula.Economistas consultados pela central de crescimento estimativa banco atingiu 2,3 ​​por cento em 2013. “O crescimento tem sido mais volátil, mas o progresso na redução da desigualdade foi apenas incrível”, diz Wetzel.

A estratégia do governo pode ser retribuída com votos em outubro. O índice de aprovação de Dilma situou-se em 52 por cento entre os que ganham menos de 1.356 reais por mês.  Entre aqueles com mais de 33.900 reais em renda mensal, de acordo com um levantamento feito em novembro tarde pelo Datafolha, a aprovação foi zero. A pesquisa também mostrou que, se a eleição presidencial fosse realizada em seguida, Dilma teria ganho 42 por cento dos votos, contra 26 por cento para o seu rival mais próximo, a ex-ministro do Meio Ambiente Marina Silva.”Beneficiários do bem-estar social apoiam o governo Dilma esmagadoramente”, diz Mauro Paulino, diretor-executivo do Datafolha. “São votos suficientes para fazer a diferença em uma eleição.”

No centro comunitário de um arenoso bairro em Teresina, a juventude local recebe orientação acadêmica, participa de atividades culturais e têm acesso a computadores e à Internet – todos parcialmente financiados pelo governo Dilma. Do outro lado da rua, em uma creche pública, crianças recebem o almoço grátis. Agentes de saúde pública verificam regularmente a vacinação das crianças, o peso e a higiene pessoal. “Quando fui para a escola, algumas crianças estavam com muita fome para estudar”, diz Katia Maria Viera, diretora da creche. “Hoje eu não tenho um único caso de desnutrição.”

Nem todos os moradores de Teresina são fãs das políticas de Dilma. Afonso Noronha, um vendedor de equipamentos agrícolas, queixa-se que os custos de infraestrutura e o alto custo e a má qualidade da mão de obra estão estrangulando o seu negócio. Diz Noronha: “Se ela fez o máximo para ajudar a criar riqueza, estaria fazendo melhor ao país se ela fizesse o mesmo para distribuí-la.”

Colitt é repórter da Bloomberg News, em Brasília.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

30 Comentários

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  1. Reeleição

    Jns,

    Atenção, o fulano acaba de descobrir a pólvora e inventar a roda, ambos ao mesmo tempo.

    Acontece que a realidade não é exatamente como o jornalista, se fose assim DRousseff teria sido eleita em 1º turno. 

    Muitos dos que se beneficiam diretamente do BFamília ainda são submetidos ao voto de curral, e outros simplesmente votam em outro candidato – este governante já me deu tudo o que era possível, agora quero mais do outro candidato. 

    1. Na hipótese

      Na hipótese de algum outro candidato oferecer algo melhor a essas camadas mais pobres, o que infelizmente não acontece.

      Só falam em melhorar o que está aí, mas não dizem o que nem como.

      Puro blablablá…

  2. quanta besteira…

    … jornalistas que nunca foi as ruas, quando, vê o que quer vê, acionista que não conhece o lugar onde mora, quando mora, malandros, malandros e malandros, a mistura explosiva do quinto poder e o capitalismo=  crise de 2008 e as guerras do golfo e a quebradeira na Europa.

  3. O problema que não há candidatos a altura.

    Os outros candidatos nem sabem fazer propraganda política (embora seja até proibido já terem iniciado propaganda políticas), quanto mais governarem o Brasil.

    Esses candidatos nem sabem o que é o Brasil, o que a população quer.

    Eles só sabem duas coisas: Querem ser presidente, Confiam no seus gurus de marqueting. No mais são ocos.

    E não vou dar dicas aqui para preenchê-los, pois não confio de jeito nenhum neles.

    1. Na 5a. feira estava

      Na 5a. feira estava assistindo o jornal da Band e, qdo terminou apareceu o Aécio Neves fazendo propaganda. Imaginei que seria o PSDB o partido a mostrar a sua participação no horário eleitoral. Mas não, foi o PSTU. Será que ele” cedeu” uma participação ao Aécio? A Justiça Eleitoral não viu? Ninguém vai entrar contra?

      1. Na verdade

        Por ser morto, a Band usa os horários antes e depois do programa religiosos do horário nobre pra mostrar todas as propagandas de uma vez só em vez de espalhar pela programação.

        Ou talvez tenha sido um erro, mas essa prática é habitual da emissora.

  4. Quem olha o gráfico do Post

    Quem olha o gráfico do Post fica com a sensação de que o apoio à Dilma está dividido… ricos contra, pobres à favor, ou seja, 50% do País está contra ela. Faltou dizer ao autor do texto que os mais ricos, no Brasil, somam no máximo 5% da população, e os mais pobres algo em torno de 50%. E que apesar de controlarem a economia, quando chega na eleição o voto do rico vale UM e o do pobre igualmente UM. Cheira a mais um daqueles textos feitos sob medida para quem gostaria de ver de volta o voto censitário, onde só se qualificava a eleitor quem tivesse patrimônio declarado – e os escravos também contavam como patrimônio…

  5. Sou daqueles que acham que o

    Sou daqueles que acham que o que vale é o esforço para melhorar a vida dos brasileiros mais humildes.  Não importa como, mas é necessário sanar essa chaga de alguma forma. Quanto aos ricos, eles que se virem pois tem condições e como vivem alardeando as delícias do neoliberalismo, que o experimentem na prática. Quanto a classe média que aprenda onde estão seus verdadeiros interesses – a oportunidade de uma vida digna para os mais pobres e humildes, dando-lhes oportunidades,  que está do lado do mais pobre e humilde, porque assim se estabiliza e se estrutura uma sociedade. Enquanto apoiar o  racismo, o elitismo, o fascismo, o  preconceito e o ódio social professado pela imensa maioria dos mais ricos a classe média apenas estará trabalhando para sua própria destruição. Todavia enxergar isso é esperar demais da classe média brasileira.

  6. Dá um desânimo muito grande

    “Tudo está ficando mais caro, mas certamente eu estou melhor do que dois ou três anos atrás”, diz Luiza, que recebe 134 reais (57 dólares) por mês em auxílio financeiro do governo…”  “O mais recente levantamento… no início de 2014, mostrou que a parcela da população com renda inferior a 70 reais por mês, caiu para menos de 3 por cento, um nível que o Banco Mundial considera equivalente a erradicação da pobreza extrema…, (?!)

    Sinceramente, dá um desânimo muito grande de ler e comentar injustiças como essas da desigualdade de renda no Brasil. A injustiça já começa com o fato dessas informações virem de gente e instituições que têm ganhos e caixa lá nas alturas, sem a mínima noção do que significa sobreviver com a miséria que é 70 a 134 reais por mês!

    Acho incrível a desfaçateza com que falam dessa sofrível condição de vida de seus pesquisados e, pior, em estilo até ufanista, de comemoração mesmo, como se essas luizas estivessem vivendo agora no paraíso! Não se debocha assim da condição miserável de ninguém impunemente.

     

    1. Interpretação sem pé nem cabeça
      Essa reportagem, para você que tem dificuldade de interpretação e deve ser mais uma presa fácil para o PIG, fala da evolução no governo Dilma nessa questão da desigualdade social. O resto, suas considerações mirabolantes, trata-se mais de dor de cutuvelo e do mau hábito adquirido por acompanhar essa nossa imprensa marrom enviesada. Procure outras fontes de informação para não se tornar mais um Home Simpson do Bonner.

  7. Essa é uma leitura muito

    Essa é uma leitura muito pequena do mundo e do Brasil. A tarefa de um governo não é só reduzir desigualdade social.

    Há objetivos que afetam a todos, portanto ao Pais como um conjunto de pessoas, por exemplo energia e saneamento,

    estradas e portos, um Pais sem energia prejudica tanto ricos como pobres. Governos que só tem como apresentar redução da desigualdade geralmente ficam só nisso mas o Pais como um todo não sai do lugar, mesmo como melhor distribuição de renda. De modo geral a crença dos neoliberais é de que quando o Pais cresce todos se beneficiam do aumento de riqueza, se tirar de um lado e passar para outro melhora o pobre mas o total da riqueza não aumenta e o Pais não avança.

    1. O sr. já passou fome alguma

      O sr. já passou fome alguma vez na vida? Sabe o que é kwashiokor (se não escrevi errado,). É um estado de desnutrição em que a criança aparenta normalidade , é gordinha (edemaciada) , cabelos ralos e avermelhados e completamente passiva. Tudo isto devido à falta de proteínas na alimentação. Só quem já viu e eu conheci muitas em hospitais paulistas , pode entender o que significa a fome e aprova a necessidade da prioridade dada pelo governo Lula às três alimentações diárias, prometidas no seu discurso de posse.  Quem tem alguma coisa diferente de pedra em lugar de coração, fica com ele cortado.

  8. Se a opção do governo é

    Se a opção do governo é claramente pela distribuição de renda, e a maioria da população pobre apoia o governo, o que esse 0% dos ricos nos diz sobre o seu caráter?

    Com a palavra, “Justos Veríssimos” e “Cacos Antibes” da vida real…

  9. ” Sob Dilma, o número de

    ” Sob Dilma, o número de famílias cadastradas no Bolsa Família cresceu em mais 1 milhão, passando para 13,8 milhões, equivalente a cerca de um quarto da população brasileira. E no início de 2014, o governo espera adicionar 700 mil famílias, “

    Como se esta melhorando, se cada vez mais familias estão necessitando do subsidio estatal.

    Quando acontecer o contrário redução da necessidade do bolsa familia ai sim o país estará reduzindo a pobreza.

    E se 13,8 milhões de familia recebem bolsa familia, mais outros milhôes o LOAS, como o governo afirma que somos um país de classe média.

  10. Se tiver 2 turno ela perde

    O Russomano já era prefeito de São Paulo, assim como o Crivella era prefeito do Rio. Continuo afirmando, se tiver 2 turno ela perde. Aliás, a fala da moça de que tudo está ficando mais caro é reveladora. Você não toca um pais alienando 60% da população. A sensação de que estamos no rumo errado é imensa. É exatamente como em 2000 em relação ao FHC. Estou falando de gente que votou no Lula duas vezes e nela. Para a minha situação específica, ela é melhor que o Campos, e dez vezes melhor que o Aécio. Mas me impressiona a degradação técnica absoluta do órgão em que trabalho (isso não tinha acontecido com o Lula). O Delfim está certo, tem de haver equilíbrio urna x mercado. Se ela for reeleita e continuar nessa trajetória em 2018, será o Menem de saias.

    1. Se tiver….

      Se considerarmos os oponentes, Aécio e Campos, é pouco provável que haja segundo turno.

      O primeiro candidato, homem de grandes aspirações, dispensa comentários , o segundo, alienígena étnico e cultural do estado que governa, ostenta a proeza de manter a região em 19º Lugar do IDHM do país.

      Deus nos livre do risco de tamanho progresso!

       

  11. Organizar a mesma economia por dois meios de desvalorização

    Na luta contra as forças de movimento da classe capitalista que constitui o país, a presidente precisaria de ter o poder político das classes sociais na ordem de ideias do movimento econômico para promover a organização prévia do desenvolvimento de valor da riqueza nacional.

    Tentando reger a presidente ante os nossos olhos, a classe dominante do significado oculto de classes da economia – “por meio externo” com o preço fictício em moeda física do império, e, “por meio interno” com a moeda de valor virtual dos bancos – desenrolam o seu regaço com os pensadores isolados, de como devem servir também para enredar o movimento político do Estado.  

    E assim, para o povo, o movimento da economia se reflete nas suas cabeças de formas largamente diferentes, mais ou menos imaginárias, e mais ou menos de acordo com as condições coersivas externa e internamente (por meio externo: pagamento das reservas intenacionais estacionadas no império; por meio interno: pagamento dos títulos públicos aos rentístas que concederam o valor para as riquezas nacionais se movimentar, pagando pelo erro crasso da sua dupla desvalorização).

  12. A maior sorte do Brasil foi a

    A maior sorte do Brasil foi a derrota dos demotucanos em 2002 

    Já pararam para pensar o que seria do Brasil hoje se aqueles panacas tiivessem continuado a governar o Brasil depois de 2002? Quais seriam as consequências da crise de 2008 para nós se aquele governo entreguista tivesse continuado no poder? Teriam entregado a PETROBRÁS para seus amigos como fizeram com a CVRD? Continuariam a fazer negócios com os banqueiros como fizeram em 1999 avisando-os da iminente  desvalorização do Real? E a mutreta dos títulos do Império?

    Gostaria de ler as previsões de frequentadores deste blog, inclusive dos defensores dos demotucanos como alguns que aqui escrevem.

    Desde já antecipo a minha; A Grécia seria o paraíso na terrra em comparação com o Brasil. Em quinhentos anos anteriores da 2002 a direita deixou o Brasil na MERDA. O Brasil liderava todas as estatisticas negativas do universo. Hoje com certeza elas estariam ainda piores.

    A imprensa faz de tudo para esconder as mudanças, praticamente tentando criar uma realidade virtua l.Há os que se acham bem informados ecreditam na realidade virtual, incapazes  que são de ver a realidade a sua volta. Deve ser proque se escondem dentro dos seus automóveis e condominios. Mas, basta dar uma volta pelas cidades para ver a melhora das condições em apenas DOZE ANOS.

    Queiram ou não queiram, o PT fez em DOZE ANOS o que estes idiotas direitosos não fizeram em QUINHENTOS ANOS.

    Cambada de INCOMPETENTES. Depois não sabem porque perdem.

    1. “Já pararam para pensar o que

      “Já pararam para pensar o que seria do Brasil hoje se aqueles panacas tiivessem continuado a governar o Brasil depois de 2002?” 

      Fácil a resposta, Jossimar… Estaríamos novamente com o pires na mão batendo às portas do FMI, o desemprego batendo na casa dos 20% e a conversa dos demotucanos seria que a maldita crise de 2008 acabou com o Brasil. Claro, com a nossa grande Imprensa dando a maior força e garantindo que se o PT estivesse no comando da economia tudo estaria muito pior… 

      1. Na mosca, Agamenon… Quando

        Na mosca, Agamenon… Quando o PT esta no Poder e está bom, poderia estar melhor… Se o PSDB está no Poder e está ruim, poderia estar pior… E tem gente que paga essa nossa mídia indecente, para ficar desinformado. 

  13. “Eike Batista, o empresário

    “Eike Batista, o empresário mais rico do Brasil, está vendo o seu império desmoronar.”

    O cara cava um buraco, não encontra petróleo e a culpa é da política econômica?

    É isso mesmo???

     

    Ah, vai ver que foi a política econômica que convenceu o Eike a cavar, e seus sócios a acreditarem nele.

    Pensei que esse negócio de perfurar poços para encontrar petróleo tivesse algo a ver com análise geológica.

    Vivendo e aprendendo…

     

     

  14. O artigo é um lixo digno do “valor”

    como que a Dilma poderia ter 0% de intenção de votos dos “richest”? Devo estar nos 5% dos brasileiros “mais ricos” e votei e votarei na Dilma, me recusando a votar no Aécio, no E. Campos e todos seus “sócios”. Então pelas contas da “jornalista” da Business Week eu não existo.

    Por acaso ela leu as pesquisas de intenção de votos e as aberturas por níveis de renda?

    Uma lástima!

    1. Eu e toda minha familia

      Eu e toda minha familia (iirmãos,  filhos, sobrinhos, cunhados, genros, noras … todos com curso superior e renda alta) também não existimos.

  15. Dilma surfando na Curva de Lorenz.

    É isso aí: rouba, deixa roubar, mas distribui. O que é mais que suficiente pra ganhar eleição – e isto é tudo o que importa.

    Foi inda ontem que as “classes dominantes” – atavicamente escravocratas – não queriam ceder nem um infinitésimo a menos do Coeficiente de Gini.

    Aí surgiu o Lula e jogou a letra: “Cambada, nem precisa dar os anéis pra continuar com os dedos. Nasci na aldeia e conheço os caboclos: Solta aí umas bijuterias que tudo se resolve.”

    “Diz Noronha: “Se ela fez o máximo para ajudar a criar riqueza, estaria fazendo melhor ao país se ela fizesse o mesmo para distribuí-la.””

    Esse pessoal mal-agradecido… Opaió!: deu o dedo e já quer mão, braço e perna.

    …………………………………………………………………………………………………………….

    Deu lá no VIOMUNDO…

    “Heloisa Villela: Um susto com os preços no Brasil

    publicado em 6 de agosto de 2011 às 21:55

    por Heloisa Villela, de Washington

    Foi um susto!

    Em tantas idas e vindas norte-sul nesses quase 23 anos trabalhando nos Estados Unidos, nunca achei o Brasil tão caro. Entre o fim de junho e o começo de julho, passei três semanas em casa: Rio, São Paulo, Mato Grosso do Sul. Sempre paguei mais caro por livros em português. Para mim e pros meus filhos. Afinal, todo investimento nessa área é pouco! Compra-se livro bem em conta nos Estados Unidos. Ainda mais depois do advento da internet. Agora, tem sempre a oferta dos usados que saem por menos de um dólar. No Brasil, ainda é caro ler.

    Mas se os livros sempre foram mais caros no Brasil, a comida, os sapatos, as roupas, os carros…  Pensei: aí deve ter matéria. Saí com uma equipe da Record prá checar as diferenças e tentar entender o que está acontecendo. Fui parar no escritório de Joel Leite, jornalista especializado no mercado de automóveis que tem um site sobre o assunto (www.autoinforme.com.br). Joel estava escrevendo sobre o Lucro Brasil. Nada de Custo Brasil. Esse tempo já passou. Agora, as empresas estão faturando de verdade.

    Pois o Joel se deu ao trabalho, ao longo de vários meses, de destrinchar a composição de preços dos automóveis. Nas ruas de São Paulo, qualquer pessoa repete a ladainha: por que os carros são tão caros aqui? Por causa dos impostos. Gente motorizada e gente a pé, no ponto de ônibus. Não importa. A certeza é a mesma. E ainda tem aquela história do Custo Brasil – seria mais caro produzir mercadorias no país por causa da infraestrutura engarrafada e do custo do capital.

    Mas o Joel me explicou que não é nada disso. Ele tirou impostos, alíquotas, etc. e tal e no fim, o carro brasileiro continuava sendo o mais caro do mundo. É isso mesmo. O Brasil, que em 2010 ganhou o título de quinto maior produtor de automóveis e quarto maior mercado consumidor do mundo, em matéria de preços, ganha de todos os outros países. Tamanha produção e tamanho consume jogam por terra qualquer argumentação de que não se tem uma produção em escala suficiente para reduzir os preços.

    Então o quê?

    “Se colar colou”, brincou o Joel meio a sério. Mas a idéia é a seguinte: joga-se o preço lá no alto. Se existe fila pra comprar, se a procura é grande, prá que baixar?  O preço cola e fica. Exemplos?

    O Honda City, fabricado em Sumaré, interior de São Paulo, viaja até o México, paga frete, tem que dar lucro para a revendedora, e tal. Bem, os mexicanos compram o carro pelo equivalente a R$ 25.800,00 enquanto os brasileiros desembolsam R$ 56.210,00 pelo mesmo modelo. Pelas contas do Joel, tirando toda a carga tributária, o lucro das concessionárias, e comparando com o preço no México, o fabricante tem um lucro de quase R$ 15.000, por unidade, no Brasil.

    Outros exemplos prá matar de ódio o consumidor brasileiro:

    O Corolla, que custa o equivalente a U$ 37.636,00 no Brasil, na Argentina sai pelo equivalente a U$ 21.658,00 e nos Estados Unidos, US$ 15.450,00. O Kia Soul, fabricado na Coréia do Sul, chega às lojas do nosso vizinho Paraguai pelo equivalente a US$ 18.000,00 e custa o dobro no Brasil. Haja viagem entre os dois países para explicar tanta diferença… Só mais uma comparação: o Jetta, que custa R$ 65.700,00 no Brasil, sai pelo equivalente a R$ 32.500,00 no México.

    O banco de investimentos Morgan Stanley fez um estudo comparativo e concluiu que as subsidiárias brasileiras de montadoras estrangeiras garantem, no Brasil, lucros que não conseguem obter em outros países.  O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, chegou à conclusão de que no Brasil a margem de lucro das montadoras chega a ser três vezes maior do que em outros países.

    No site do Joel, teve gente deixando mensagem dizendo que ia sair na rua com nariz de palhaço. Consumidores se sentindo ridículos. Mas o aumento da classe média colocou no mercado uma porção de novos compradores. Acesso ao crédito e demanda aquecida tornaram bem mais fácil aumentar os preços e continuar vendendo.

    Como o consumidor brasileiro não vive apenas de automóveis, fui prá rua conferir outras mercadorias. Aqui nos Estados Unidos uma brasileira já tinha me alertado: entrou em uma loja da cadeia espanhola Zara, em Nova York, e comprou uma camiseta por US$ 40,00. Voou para o Brasil e entrou em outra loja da Zara, desta vez em um shopping center de São Paulo. Encontrou a mesma camiseta. Mas com outro preço: R$ 400,00!

    É assim também com os preços de sapatos, jeans, computadores e tablets. Eu posso até entender que o Ipad, da Apple, feito nos Estados Unidos, chegue ao Brasil por um preço mais alto por causa do imposto de importação. Mas pagar o equivalente a R$ 1.350,00 nos Estados Unidos e R$ 2.599,00 no Brasil não é diferença demais? E alguns modelos de calça jeans e tênis, que saem de outros países, em geral da Ásia ou da América Central? Encontrei um modelo recente de Nike por R$ 549,90 no Brasil e o par, igualzinho, pelo equivalente a R$ 250,00 nos Estados Unidos.

    Se a margem de lucro é a grande responsável pela diferença de preços dos automóveis, será que acontece algo semelhante com outros produtos?

    Quando os preços perdem a relação com a realidade, acontece de tudo. Foi o que eu constatei da conversa com a minha mãe, faz poucos dias. Para tratar um problema no joelho, o médico recomendou um remédio chamado Artrodar. E avisou: “procure na farmácia X”. Pois a minha mãe chegou em casa e foi pro telefone. O médico tinha toda razão. Na farmácia citada, a caixa com trinta comprimidos custa R$ 58,00, mas em outra farmácia a mesma caixa estava custando R$ 94,00. Foi fácil decidir onde comprar.”

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/heloisa-villela-um-susto-com-os-precos-no-brasil.html

    Nassif, procede a reclamação?

    1. Preço não é valor!

      Eu tenho minha teoria particular:

      Nós brasileiros passamos tanto tempo sob inflações monstruosas, onde as pessoas conheciam o “preço” momentâneo das coisas – que mudava num ritmo alucinante – mas perdiam a noção do valor real das mercadorias.

      Acabamos passando esse comportamento para a nova geração.

      Já vi – em outros tempos, quando o salário mínimo tinha um poder de compra ainda menor – pessoas pagarem quase um salário mínimo inteiro por uma calça jeans de marca. Conheço algumas pessoas que ainda raciocinam em termos de “se cabe a prestação no meu salário então tá”.

       

  16. No Faceburro dizem que é o

    No Faceburro dizem que é o efeito bolsa-esmola. Eu tenho uma visão menos obtusa e mesquinha, é luta de classes. 

    Coxinhas que lêem o pig X povo brasileiro que melhora de vida.

  17. Partido dos trabalhadores e, especialmente, dos ricos

    O governo do PT nacional, que agora está no fim do seu terceiro mandato, enriqueceu os mais ricos.

     

    “Nunca antes na história deste país” os banqueiros tiveram um patrimônio financeiro tão imenso, nunca os grandes empresários nacionais tiveram os bolsos tão cheios e as contas bancárias tão alargadas, nunca os grandes fazendeiros tiveram tantas boas condições para exploração econômica dos seus latifúndios. É um governo “chapa branca”, não enfrenta ninguém, não quebra máfias dos contratos público-privados, não promove mudanças verdadeiramente estruturais.

     

    Então, por que diabos nossa oposição elitista se incomoda tanto com o PT nacional, por que apoia descaradamente outros candidatos? É surreal a postura dessa oposição. Lutar contra quem te enriqueceu ainda mais, contra quem só te fez o bem particular!

     

    Mas nossa elite, a história nos ensina, não quer só riqueza, não quer só mais riqueza para ampliar seu poder econômico, social, cultural, político, etc. Quer, sobretudo, separação, apartheid. Ricos em lugares de ricos, pobres em lugares de pobres. Uma separação em todos os sentidos: visual, olfativa, auditiva, táctil, palatável. O terror da elite é se misturar com o que considera “povo” no trânsito, nos aeroportos, nos shoppings, nos restaurantes, na vida. Vide o alarde produzido pelos recentes rolezinhos em shoppings centers de algumas grandes cidades brasileiras.

     

    O PT, bem ou mal, foi o primeiro governo a promover certas misturas socioculturais. Ele inventou a convivência de duas pessoas de diferentes classes em um mesmo espaço de consumo. “Nunca antes na história deste país” houve tamanha mobilidade de pessoas de diferentes camadas sociais compartilhando os mesmos espaços, os mesmos conhecimentos, os mesmos direitos. É evidente que esses espaços, conhecimentos e, especialmente, esses direitos estão longe de serem conquistados em sua plenitude pelo povão, mas mesmo o início desse processo de desenvolvimento cidadão incomoda brutalmente nossas elites. Por isso, o PT é visto como “comunista” pelos conservadores, como um “governo de esquerda”, sem ter avançado estruturalmente em nenhuma reforma social profunda de nossa sociedade, sem ter diminuído sequer os índices nacionais de desigualdade social.

     

    Programas sociais como Brasil Sem Miséria, Minha Casa Minha Vida, Cotas e Mais Médicos desestabilizaram nos últimos anos o abismo entre ricos e pobres, levaram pessoas ao primeiro emprego mais ou menos estável, à primeira consulta médica mais ou menos digna, à primeira conta bancária, à primeira graduação, à primeira visita a um shopping, a primeira ida a um bom restaurante, ao aeroporto, ao financiamento do automóvel, ao protesto virtual ou de rua.

     

    Se com o PT os ricos ficaram ainda mais ricos, os pobres não ficaram mais pobres. É isso o que, incrivelmente, incomoda e produz essa oposição reacionária e irracional. O medo da mistura. Triste viver em um país sem oposição de vergonha. Triste perceber que esse PT meia boca é nossa melhor opção eleitoral de 2014. Mas, se é pelo bem da mistura e por cada vez mais incômodos às elites brasileiras, vamos às urnas eleger Dilma novamente. E beijinho no ombro pros reaças de plantão.

     

     

     

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