Como enfrentar Bolsonaro conversando com eleitores, por Alberto Carlos Almeida

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Alberto Carlos Almeida

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Seguem aqui recomendações para persuadir o eleitor por meio de diálogos que podem ser face-a-face, isto é, presenciais, ou por outros meios.

– Converter votos do Bolsonaro para o Haddad;

– Não perca tempo com abstenção, brancos e nulos: isso não se altera muito do primeiro para o segundo turno;

– A maior parte da abstenção é mudança de domicílio, por isso a pessoa não vota nos dois turnos;

– É mais fácil persuadir alguém que já foi votar, do contrário, você terá dois trabalhos: levar alguém para votar a primeira vez no segundo turno, e também votar no Haddad. É melhor ter um trabalho só, isto é, persuadir os eleitores de Bolsonaro a votar em Haddad, essas pessoas irão comparecer no segundo turno;

– Buscar os eleitores mais fáceis de serem persuadidos, que em geral são:
> Quem já votou no PT para presidente nas eleições passadas;
> Pessoas de escolaridade e renda mais baixa;
> Pessoas não radicalizadas, que têm uma visão de mundo centrista, isto é, podem votar em qualquer candidato, desde que a sua vida melhore;

– Não pense que exista anti-petismo. O problema é outro e, em certo sentido, mais grave: o eleitor de Bolsonaro, mesmo o de escolaridade e renda mais baixa, vê nele alguém anti-sistema. O PT nada mais é do que o símbolo maior do sistema porque ficou 13 anos na presidência. Em geral, não adianta bater de frente com essa visão. É preciso contorná-la;

– Junto às pessoas mais simples, repito, de renda e escolaridade mais baixa, é possível contornar essa visão anti-sistema recorrendo a sua necessidade de que a vida seja segura, ordenada e estável. Os argumentos vêm disso:

1) A vida nos governos do PT foi segura e estável. As pessoas tiveram segurança no emprego, segurança de que sua renda aumentaria, segurança de que o país caminhava na direção certa. É possível aqui dialogar por meio de vários exemplos que remetem aos governos do PT;

2) Por outro lado, o Bolsonaro vem fazendo uma campanha que leva insegurança às pessoas, a maior prova disso é o aumento da violência;

3) Há muitos outros exemplos que fundamentam a insegurança do que seria Bolsonaro na presidência: seu estilo raivoso, ele muda de ideia o tempo inteiro, ele é agressivo;

4) Bolsonaro também é insegurança para os mais pobres, pois ele é o candidato dos ricos. Há muito o que falar aqui também;

5) Muito importante: Bolsonaro vai tirar direitos, ele já votou a favor de tirar direitos dos trabalhadores e dos mais pobres. Esse argumento tem que ser bem fundamentado. É FUNDAMENTAL utilizar as votações concretas dele na Câmara dos Deputados;

6) O argumento de sua instabilidade psicológica, se bem fundamnetado, também é forte nos diálogos de persuasão. Leve exemplos;

7) Em se tratando de diálogos, não há problema em admitir que o PT errou em algumas coisas. Em seguida afirme que o PT é feito de muitos políticos competentes, que aprendem com os erros, mesmo que não digam isso em público. Esse argumento funciona muito. Os exemplos da competência dos políticos do PT podem se referir a Lula e aos governadores que agora foram reeleitos;

8) Procure mostrar que o Brasil é muito grande, território, população, diversidade na economia, complexidade, e mostre que somente um candidato com muito apoio político é que será capaz de retirar o Brasil da crise. Uma pessoa sozinha não dará conta disso. Note que esse argumento é adicional, o último a ser utilizado, desde que a pessoa já dê sinais de estar fraquejando no voto.

O mais adequado é aplicar o roteiro e ver o que funciona melhor e o que não é muito efetivo. Depois dessa experiência, peço que me enviem sugestões para melhorar o roteiro.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. Em primeiro lugar, só é
    Em primeiro lugar, só é possivel dialogar com amigos e conhecidos, e olhe lá. Num ba ou buteco qualquer, esquece, nao se aventure sozinho, é serio, são covardes. Acompanhado você pode pelo menos mudar de assunto…

    Em segundo lugar, negar o antipwtismo e tentar tapar o sol com a peneira. Dizer que o PT, PT, PT “simboliza” o antisistema É uma das definiçoes do antipetismo, ora, ora.

    Em terceiro lugar, mostrar que, sim, a vida melhorou com o PT, PT, PT, as propostas sao mais inteligentes e boçalnaro é ignorante e mente. Está surfando no antipetismo graças a isso.

    1. Não votar bo 17

      Falei para 3 pessoas. Sabiam que ele recebia 100 mil por mês sem declarar. Sua ex esposa contou tudo na veja. Dei mais detalhes.

       

  2. Ontem minha mulher, que

    Ontem minha mulher, que trabalhou com alunos no programa Jovem Aprendiz, conseguiu conquistar um voto de uma aluna sua: Jovem, negra, uma batalhadora da periferia de São Paulo. Estava bem confusa e votou no Bolso, porque todo mundo estava votando na avalanche do primeiro turno. Foram mais de duas horas de conversa via whatsapp que eu acompanhei na íntegra. Os argumentos: A violência contra mulheres e negros na periferia está aumentando e vai piorar; as condições de trabalho, estudo e renda vão piorar, porque Bolso é Temer piorado; por outro lado, os programas de educação e renda que o PT criou e Haddad vai melhorar, a experiência como prefeito com bons projetos para a periferia como as faixas exclusivas para ônibus, entre outros.

    Outro dia, ainda no primeiro turno, eu também já havia convencido um ex-aluno, Prouni, que estava inseguro em quem votar. O argumento: O próprio Prouni do qual ele foi beneficiário, a experiência de Haddad com Ministro da Educação e, por fim, o fato de ele ter sido acusado pelo MP várias vezes e ter sido absolvido em todas. Foi menos tempo, mais ou menos uma hora.

    Nos nossos dois casos: mais ouvimos que falamos; os dois meninos estavam aflitos, precisando conversar, desabafar e serem orientados; uma vez que o estresse de informação deixou todos absolutamente sem noção do certo e errado.

    É isso aí. Força pra todo mundo!

    1. É isso aí, Flávio

      O caminho é este mesmo. Só que temos um problema a considerar.

      Temos que ter a capacidade de multiplicar infinitamente estes exemplos, dada a enxurrada de memes, fake news, vídeos editados e declarações distorcidas que estão sendo injetadas diretamente na veia daqueles que só terão prejuízos (e imensos) se o coiso for eleito.

      O processo de avalanche não foi natural expontâneo, mas sim estudado e concebido, provavelmente aperfeiçoado a partir de experiências no exterior (Steve Bannon?). 

      Há uma estrutura organizacional de produzir uma quantidade imensa de material de propaganda através da distorção dos fatos, mentiras, preconceitos declarados, ironias que encobrem preconceitos, etc.  Tudo isso em escala industrial, tipo linha de montagem.

      A fase seguinte consiste na divulgação maciça desse material através de grupos de WhatsApp cordenados por policiais, militares, pastores, etc.  Empregam um processo de divulgação sob a forma de enxurrada com uma fake news atrás de outra, seguidas pelos comentários de aprovação, muitas vezes das mesmas pessoas (ou robôs) com perfís diferentes, com o fim de deixar indignado e sem poder de reflexão e reação daquele que o recebe.

      A capilaridade do processo se mostra bastante eficiente e a justiça eleitoral tem sido muito lenta para coibir essa prática.

      O caso do vídeo de Haddad dizendo que levaria Lula para o planalto, ilustra muito bem o descrito acima.  Eu pude ser testemunha quando um porteiro, negro, que sempre votou no PT me mostrou indignado. O vídeo de fato era verdadeiro, mas havia sido produzido quando Haddad ainda era candidato a vice do Lula. A mensagem, entretanto, que acompanhava o vídeo, era a de que Haddad, se eleito, iria tirar Lula da cadeia e botá-lo na presidência. A origem, aparentemente, teria sido proveniente de uma página de um dos filhos de Bolsonaro. A justiça eleitoral obrigou o bolsonaro filho a retirar este vídeo de sua página. Mas o efeito já havia sido conseguido.  Certamente, ainda hoje, este vídeo conrtinua sendo distribuído provocando a indignação de muitos eleitores, trabalhadores e negros como esse porteiro.

      Ainda tento, com muito tato, fazer este porteiro refletir que está sendo manipulado. Não sei se irei conseguir, pois ele já se encontra bastante convicto das “poucas vergonhas” cometidas pelo PT. Se conseguir trazê-lo à razão, será apenas 1, ou no máximo 2, com o da mulher dele, os votos recuperados.

      Evidentemente, isso não pode ser feito de forma tão amadora e artesanal assim. E o tempo ficou muito curto para o trabalho de formiguinha.

      Urge uma forma de atuação igualmente “industrial” de detecção de mentiras e distorções seguida da produção de material desmentindo as falsas notícias, desmascarando os vídeos e audios editados e disorcidos e os múltiplos espantalhos que muitos repetem sem saber do que se trata, tais como: foro de S. Paulo, Lei Rouanet, Venezuela, kit gay, etc… E tudo isso deve ser injetado de volta através dos mesmos canais de whatsapp, ou em canais alternativos que possam atingir a massa de ex-eleitores do PT, hoje indignados com o mesmo.

      A batalha é muito difícil, mas é imperativo agir com método para que os esforços possam vir a trazer resultados significativos.

      É para ontem!

      1. Quando a justiça não se faz, o mal intencionado se faz

        TSE nega pedido do PT para retirar mensagens de grupo de WhatsApp .

        https://aovivo.folha.uol.com.br/2018/10/13/5557-aovivo.shtml#post383215

        Brasília – O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luis Felipe Salomão negou nesta sexta-feira (12) um pedido de liminar feito pela coligação do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) para retirar conteúdos ofensivos e falsos de um grupo de WhatsApp.

        O alvo do pedido do PT era um grupo de WhatsApp com 173 participantes, cujos administradores já foram identificados, que tem divulgado notícias falsas. Uma delas diz que o partido financia performances com pessoas nuas. Outra, que Manuela d’Ávila (PC do B), candidata a vice, disse que o cristianismo vai desaparecer. Outra, ainda, afirma que Haddad incentiva a hipersexualização de crianças.

        O ministro do TSE afirmou em sua decisão que as mensagens via WhatsApp não são abertas ao público, como as do Facebook ou do Twitter. “A comunicação é de natureza privada e fica restrita aos interlocutores ou a um grupo limitado de pessoas, como ocorreu na hipótese dos autos, de modo que a interferência desta Justiça especializada deve ser minimalista, sob pena de silenciar o discurso dos cidadãos comuns no debate democrático”, escreveu Salomão.

        “Em um exame preliminar -e ressalvados os casos de difusão de práticas criminosas-, parece evidente a inviabilidade desse tipo de controle, porquanto a Justiça Eleitoral é incapaz de acompanhar todas as conversas e manifestações externadas nas mídias eletrônicas, como aplicativos de mensagens instantâneas”, completou.

        O ministro deu dois dias para os responsáveis pelo grupo no WhatsApp apresentarem sua defesa e um dia para o Ministério Público Eleitoral se manifestar. (Reynaldo Turollo Jr.)

         

      2. Cara, pelos dois casos que

        Cara, pelos dois casos que testemunhei o ponto principal é que se tratavam de meninos pobres, arrastados por uma onda de ódio e ignorância; obviamente que construida e bem organizada. Por outro lado, acho que essa parcela da sociedade é a mais vulnerável ao projeto fascista que se apresenta e muitos deles, até instintivamente, percebem.

        Também acho que o excesso de mensagens está criando um burnout informacional: nos dois casos percebemos um cansaço dessa mega-exposição via redes e uma necessidade real de falar, de ser ouvido e orientado.

        Essa é nossa experiência atual e nosso esforço. Se vai dar tempo, se vai funcionar, não sei. Mas acredito que é essa a luta e é o que podemos fazer. 

        Força e fé! 

    2. A autocrítica dos antipetistas, onde está que ninguém viu?

      1 – Podemos criar cartazes simples e diretos para divulgar em comércio, igrejas, associações – se a legislação eleitoral não proibir – contrapondo as principais propostas dos dois lados nas áreas mais sensíveis para esse tipo de eleitor, economia, emprego, saúde, segurança. E informar endereços de sites e vídeos para quem tiver interesse em confirmar as informações.

      2 – Produzir, e compartilhar o que já existe, material audiovisual com essa abordagem: mudar o rumo da discussão imposto pelos bolsominions, apresentar imagens do coiso falando os absurdos que poucos sabem ou não lembram, e fazer o contraponto com os anos de governo do PT para rebater o discurso antipetista que foi muito explorado nas manifestaçoes pelo golpe e que ainda tem ressonância – e está sendo retomado pela campanha fascista. Temos que afastar o eleitor dos apelos fascistas e trazê-lo para a realidade da sua vida. Não dá para resolver em duas semanas décadas de divergências mal resolvidas entre grupos sociais e ideológicos. O que está em jogo é o mínimo de espaço e legitimidade para elaborar essas divergências sem violência generalizada e com estabilidade de direitos, o que é o oposto do coiso e precisa ser exaustivamente dito com clareza para a população. Os fascistas trabalham com e pelo recalque, violento ou dissimulado, dos conflitos, devemos fugir dessa armadilha para abordar os não fascistas porque não se trata apenas de uma questão política ou eleitoral, é uma tentativa de subversão cultural e social bárbara. As eleições são fundamentais mas o trabalho de desfascistização do país deve continuar, pelo tempo necessário para descontaminar as relações sociais e políticas dos anos de antipetismo (e de sua inculcação) cultivado com cinismo pela mídia e como estratégia política de muitos, também na esquerda, mas principalmente como disputa de classe nas instituições públicas, cujo melhor exemplo da estupidez e inconsequência é o que estamos vivenciando. Ninguém está a salvo, e quem pensa estar jogando apenas os marginalizados ao mar (como pensam os golpistas blasé, sádicos egoístas, Ciro, FHC, STF, Globélica), pode na verdade estar escolhendo um fim mais trágico para si mesmo. 

      Para quem está na merda, merda e meia não fará tanta diferença como para quem tem muito mais a perder. Pensem nisso, egoístas antipetistas. Sejam raivosos, mas não passem atestado de burrice. Uma derrota agora não atingirá o PT – vejam o nordeste -, ao contrário, mostrará ao povo consciente que é apenas com ele que se pode contar – o que eu já sei mas petófobos pensam negar quando apenas confirmam. O resultado da eleição não será de um partido ou coligação, será do país, como poucas vezes se vê nas democracias ocidentais.  Para o bem ou para o mal. 

      P.S. O GGN está me parecendo muito desanimado. Não é hora de desistir da luta. E não se luta apenas quando se pode vencer, ao contrário. 

      Animai-vos. Jesus venceu o mundo. E nós também o venceremos, transformando-o para o Bem Comum, essa a grande boa nova que falsos profetas escondem.  

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=RV8UMoPVuyI&t=2s%5D

      https://www.youtube.com/watch?v=RV8UMoPVuyI&t=2s

       

       

      Sampa/SP, 13/10/2018 – 15:42  (alterado às 15:49 e 15:54). 

    3. Palpites de uma amadora

      Pensando nos eleitores que estão aceitando o discurso antipetista, acho que uma boa abordagem é dizer que eles deram poder ao ForaTemer porque odiavam o PT e o que aconteceu foi que o ForaTemer destruiu parte do país; e perguntar se vale a pena destruir o que sobrou apenas por ódio ao PT – se já perderam muito com o ForaTemer, por que acham que o coiso menos experiente em administração do que o ForaTemer saberia resolver a crise, ainda mais com a rejeição internacional que ele tem? Se o ForaTemer que eles achavam que seria a solução apenas piorou a situação do país, por que acham que o fascista que o apoiou e ajudou a empossar faria diferente? Temos que colar a imagem do coiso no ForaTemer – não apenas na sua figura pessoal mas no resultado da histeria do golpeachment, no aumento da gasolina e do gás, no aumento do desemprego, na vergonha internacional, na corrupção dissimulada (explorar a história do coiso com a JBS para reforçar a ligação entre as figuras, como se fosse trocar seis por meia dúzia), fazendo as pessoas exercitarem a imaginação sobre o que já fizeram quando se deixaram levar por ódio ao PT e perguntar se não estão arrependidas, se pretendem repetir o mesmo erro já conhecendo as consequências (se eu soubesse mexer com edição de vídeos eu faria, mas como não sei sugiro que alguém faça: uma sequência mostrando a euforia do coiso e dos outros safados no dia da votação na câmara em 2016 e depois mostrar o resultado prático, a conversa do açougueiro com o ForaTemer, entregando toda a sujeira, a situação do aumento da pobreza, a greve dos caminhoneiros, o vexame internacional do coiso sendo rejeitado em encontros no exterior, a situação da economia e da violência, que aumentou no RJ depois da intervenção federal; está tudo associado!). Mostrar a situação do nordeste e perguntar – é sempre bom lançar a pergunta para a própria pessoa elaborar sua confusão – por que o povo de lá está melhorando as condições de vida e sempre reelege o PT ou partidos aliados ou de esquerda? Fazer um contraponto entre o PT do antipetismo da mídia e do discurso falso da anticorrupção com o PT que governa para o povo e onde isso é uma realidade que não tem como negar com desinformação barata; e mostrar a corrupção do coiso, que já é conhecida de alguns mas que precisa ser melhor explorada. O jogo é a contrainformação e o contra ataque argumentativo – para cada motivo ou pretexto para votar no coiso  “contra o pt”, empatar o jogo e mostrar que o coiso é ainda pior do que eles alegam repudiar no PT. Temos que botá-los nas cordas. O coiso e seus asseclas é que têm que dar satisfações para as pessoas, como ocorre quando o general-vice é sincero em público, rs. 

      E acima de tudo deixar claro que não é uma disputa política habitual mas uma escolha entre apoiar a violência generalizada, a política corrupta dos falsos profetas, ou a busca de soluções justas para as divergências. Temos também que não paternalizar o/a  eleitor/a, ele/a tem que ser cientificado/a de sua responsabilidade, de que será sócio/a dos resultados de sua escolha, e de que depois não adiantará reclamar ou esperar por um salvador, como fizeram no caso do ForaTemer. Aproveitar o momento também para desinfantilizar o eleitorado e chacoalhar a/o cidadã/o para suas responsabilidades. 

      Um megashow de artistas populares que desaprovam o coiso, com figuras como Racionais MCs nas quebradas, por exemplo. A briga não é só da coligação do PT. É de todo mundo que não aposta no “quanto pior, melhor”. Oremos. E trabalhemos. Com fé e destemor. Desistir, jamais.  

       

      Sampa/SP, 13/10/2018 – 18:15 (alterado às 18:21 e 18:32) 

    4. Ah! Mais um relato que uma

      Ah! Mais um relato que uma amiga nos contou; sintam o absurdo da situação: convenceu três pessoas de um centro de Umbanda do qual participa a votarem no Haddad. Disse que levou um tempinho conversando, mas basicamente explicando o óbvio.

      Sim, meus caros, vivemos tempos em que precisamos defender o óbvio. E ainda assim, não é fácil.

    5. Sem medo de ser feliz

      Acho que precisamos pensar no eleitor que prefere o seguro ao duvidoso. 

      E antecipar cenários. Tem muita gente surfando na onda do triunfalismo, como fizeram na votação do golpe para no dia seguinte serem vários presos ou acusados da corrupção que no dia anterior tiveram a cara de pau de acusar como se assexuados no puteiro.

      Se os eleitores menos partidários que são mencionados no post forem expostos a uma espécie de “retrospectiva do golpe”, com as imagens das manifestações de rua pró golpe, as votações, o êxtase dos primeiros dias, e logo em seguida mostrar a ressaca moral dos hipócritas e as consequências econômicas e sociais do desastre golpista: a derrota que foi imposta aos golpistas expostos no decorrer do golpe (de Aécio a Jucá) pode atingir o que foi o herdeiro do antipetismo sem limites – é  bom lembrar que o fascista apenas herdou o que os golpistas desgastados na primeira fase do Golpe recebiam de esperança dos antipetistas que preferem, sempre, destruir o país a se tornar politicamente competentes para enfrentar um partido doentiamente odiado por sua representatividade popular e histórica de organização e protagonismo  dos oprimidos. 

      Ou seja, precisamos antecipar o que já foi feito com os golpistas que ficaram pelo caminho, mostrar ao povo quem eles são e o que realmente querem com a política. 

      Como brasileiros em geral têm memória curta, pouca escolaridade, alienados do debate público e omissos na hora de se responsabilizar pelas suas escolhas, podemos fazer o trabalho de acelerar o tempo, com uma ponte imaginária para o futuro desastre fascista, e fazer o que é modinha até em debates de futebol, a antecipação de cenários e suas possibilidades, mas sem o pessimismo do Nassif. 

      No caso do fascista, o horizonte de comparação é a terra arrasada ForaTemer. No caso da campanha democrática da coligação do PT, o horizonte recente são os anos Lula e Dilma antes do golpe e especialmente a situação dos estados do Nordeste governados por coligações de esquerda. Como no sul-sudeste muitas pessoas têm vínculos com o Nordeste, esse pode ser um ponto de convencimento pela sua realidade contrastante com o imaginário fantasioso negativo do submundo do whatsapp, ao menos para estabelecer um curto-circuito simbólico. 

      Uma retrospectiva antecipada do tipo “já vimos este filme e não gostamos”, como eles tentam impingir aos petistas, é algo para ao menos provocar a indecisão nos que aderiram ao fascista por modismo ou influência mas estão desinformados, e ganhar os que já estavam indecisos e não tinham aderido ao fascista mesmo com toda a pressão exercida pelos exércitos de zumbis em locais de trabalho, igrejas e aplicativos sociais. 

       

      Sampa/SP, 13/10/2018 – 21:22 (alterado às 21:27 e 21:30) 

  3. Plano genial do Cebolinha

    É uma estratégia genial, estupenda e quase infalível, como os planos do Cebolinha contra a Mônica.

    Faz jus à nossa produção acadêmica.

    Mas tem um probleminha: chegou, pelo menos, com um atraso de um ano.

    Talvez pra próxima, quem sabe?, quando houver, quem sabe? … Muito bom … muito bom… Genial!

    Um pobre, um esclarecimento… Como eu não havia pensado nisso antes… Acho que vou escrever mais um livro sobre isso e ganhar uns trocados…

  4. medo

    Nessa altura do campeonato, os unicos que podem impedir a vitoria do Bolsonaro são seus eleitores mais apaixonados.

    Ele mesmo se fizer ou falar alguma merda não vai fazer muita diferença dado seu historico.

     

    Ja o clima de pre-guerra civil esta começando a assustar o eleitor comum, que é aquele que só vota e não milita.

    Portanto, ao inves de bater boca com o eleitor do outro, não custa nada alarear sobre os casos de violencia, agressões e ameaças que se espalham pela vida virtual e real.

     

  5. Não votar no 17

    Convenci outro.voce sabia quem colocou a luz na sua chácara. Foi o luz para todos. Antes só rico podia ter Luana roça.

    outros dois. Sabia quem formou sua  filha médica. Para a pessoa que nos ajuda na tarefa doméstica. Falei foi o lula.

    antes só rico entrava na faculdade para qualquer curso . Medicina era impossível. O outrofoi um jovem advogado que usou o FIES.

     

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