De olho na sucessão de Dilma, Alckmin agrada MST com políticas sociais

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Disputando internamente com Aécio Neves a vaga de presidenciável do PSDB em 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pavimenta sua candidatura aproximando-se de grupos de esquerda tradicionalmente ligados ao PT. Caso do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

Segundo informações da Folha, Alckmin sancionará nesta quinta (14) uma lei que permitirá a transmissão de terras a herdeiros de assentamentos rurais e o acesso deles a meios de financiamento.

Alckmin também agradou o MST cedendo espaço nobre na capital paulista para a realização da Feira da Reforma Agrária do MST e, nos últimos dois anos, construiu, em parceria com a União, 2 mil moradias.

As ações foram acompanhadas por Gilmar Mauro, dirigente do MST, que admitiu que a aproximação de Alckmin com o grupo lhe rendeu votos já na última disputa eleitoral.

A relação, segundo a Folha, arrancou críticas do presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, com trânsito no governo paulista. Ele disse que o “governador não está explicando para as classes produtivas e urbana as motivações dessas políticas. Ou é só compra de voto?”, indagou.

O ex-governador de São Paulo e vice-presidente do PSDB Alberto Goldman concorda que as políticas de Alckmin voltadas para o MST visam a eleição de 2018. “O objetivo de Geraldo é se apresentar como uma figura que pode trazer paz para o país, com uma política mais consensual e com capacidade de negociação”, afirmou, segundo a Folha.

As iniciativas de Alckmin em conjunto com o MST começaram em 2013 e envolvem ações de todo o primeiro escalão do governo. A Folha destacou entre as principais políticas a “construção de moradias populares no campo, concessão de terras devolutas a assentados rurais e a construção de uma escola técnica de agroindústria em Itapira, no norte do Estado.”

O resultado da aproximação, na visão do governo, foi a queda do número de invasões de terras no Estado, que passaram de 58 em 2011, para 27 em 2015.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Na verdade, a coisa vem de

    Na verdade, a coisa vem de antes. Para recordar, começou quando Alckimin reconheçou a situação fundiária do Pontal do Paranapanema – terras ocupadas ilegalmente e determinou a regularização, em sintonia com decisões judiciais………………………..da década de 1950! Pessoalmente, acho que ele está fazendo o digamos ‘feijão com arroz’, não acho que irá muito além disso.

  2. Esse Alckmin é muito burro,

    Esse Alckmin é muito burro, 1) não vai ter os nem os votos minguados do MST, 2) não vai ter os votos da esquerda, 3) vai perder votos dos trabalhadores que trabalham, dos estudantes que estudam e dos produtores que produzem, 4) vai dar chances para aventureiros como Bolsonaro, Ciro Gomes e Marina Silva.

    Será que ele não aprendeu com a eleição de 2006 quando vestiu aquele colete ridículo com botons das estatais Correios, CEF, BB e Petrobras, para se dizer contra as privatizações?

    Vai ser chuchu na vida vai Alckmin,  inocente, isso aí é acordo molotov-ribbentrop, como se na primeira oportunidade Stédile teria escrúpulos em lhe enfiar um punhal nas costas. Não tem.

    Será que na Opus Dei não ensinam as estratégias da guerra política dos grupos marxistas?  Chama o Boulos também Geraldão.

    Como uma oposição dessas entende-se por que Dilma ainda continua no Planalto, a oposição que o PT gosta. Wow!

     

  3. Bom negócio

    A relação, segundo a Folha, arrancou críticas do presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, com trânsito no governo paulista. Ele disse que “o governador não está explicando para as classes produtivas e urbana as motivações dessas políticas. Ou é só compra de voto?”

    Quantos são e quanto custam os votos da SRB…? Será que valem quanto custam…?

     

  4. Que notícia é esta?

    A feira do MST ocorreu em outubro de 2015, no parque da Água Branca que é Parque Público e há anos abriga Feiras Agropecuárias etc…. Dizer que Alckmim cedeu este para o MST , é algo como dizer que Alckmim cedeu a rua para os cidadãos. Negar uma feira num parque publico, para uma instituição como o MST seria discrimina-la, pois afinal é uma feira de produtos agrícolas. O parque  já foi cedido para varias feiras do agronegócio de pecuária etc….  Portanto não há nada nesta notícia além da vontade de criar um factoide politico. Haveria uma notícia se Alckmin   negasse  ou criasse dificuldades para realização da Feira.. Portanto eu não entendi esta notícia. Sancionar uma lei de heranças também não o aproxima do MST. Usufruir do dinheiro da Federação e capitalizar polticamente as obras geradas, tem sido prática em vários estados.mas ao contrario de Colombo em Santa Catarina, Alckmim não diz abertamente que o estado sempre teve o apoio do governo Federal.  Portanto eu não consegui ver aonde está a aproximação de Alckmim.   Que notícia é esta????

  5. MST é o mais valido que tem o Brasil

    Deixa falar!!!  O MST é o mais valido que tem a Esquerda brasileira e  mesmo  da Patria Grande.

    A turma que vem da Esquerda e hoje é de Centro-Esquerda ( auto-designa-se de Esquerda) explicam que 

    os da verdadeira Esquerda (que eles chamam esquerda radical) sao aliados util da ultra-direita (coisa de

    velhos stalinistas).

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