E o tema ainda é a nova dupla dinâmica da política nacional

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por veras

Eduardo e Marina……

Do Cafezinho

Malandro demais vira bicho

Por Miguel do Rosário

Há dias que um samba do Bezerra da Silva toca na minha vitrola interior. “Eu já disse a você que malandro demais/ vira bicho”, cantava o inesquecível filósofo das favelas. A letra é uma advertência àqueles que falam demais, contam vantagem e se acham o centro do mundo. E conclui que o sujeito, na verdade, é um “tremendo fim de festa, um pisa na bola, um zé mané”.

Não tem como deixar de pensar na nova dupla dinâmica da política nacional: Marina Silva e Eduardo Campos.

De início, achávamos que Eduardo havia dado uma tacada brilhante, mas que Marina seria apagada e oprimida pela contradição de se mostrar tão ávida pelo poder a ponto de entrar num partido como PSB, legenda que jamais teve qualquer protagonismo no debate ambiental e se notabilizou, nos últimos anos, pelo mais escancarado pragmatismo político de que se tem notícia.

O PSB cresceu, aliás, na esteira desse pragmatismo. Aliando-se ao PT aqui, ao PSDB acolá. Eduardo Campos, quando iniciou suas articulações, também se notabilizou pela incrível desenvoltura com que se aliou aos nomes mais tradicionais do antipetismo – e isto ainda participando do governo petista e aliado aos petistas em seu estado.

Pouco antes de Marina se juntar a Campos, o pragmatismo socialista atingira seu apogeu, com a filiação de Heráclito Fortes e Paulo Bornhausen, e a adesão entusiástica de Ronaldo Caiado a seu projeto.

É justamente neste momento que chega Marina, unindo-se ao PSB numa pirueta absolutamente… pragmática. Mais que isso, numa pirueta inacreditavelmente antidemocrática e voluntarista, visto que ela decide sozinha atrelar a Rede ao PSB. Toda aquela historinha de um novo fazer político, de ativismo autoral, horizontalidade, política em rede, se esvai na primeira dificuldade. Mais importante que os princípios é a perspectiva de poder. O poder pelo poder.

E ai de quem criticar! Na contramão do seu falso discurso paz e amor, acima das polaridades, Marina não hesitou em lançar calúnias contra quem não partilha de suas ideias, ao sugerir que todos que a criticam recebem “verba pública”. Ela criou uma nova polaridade: marineiros do bem X militantes do mal.

A coisa, no entanto, é muito pior. Ao perder a votação no TSE, Marina Silva envereda por um caminho sinistro. Ao invés de, humildemente, admitir que falhou, ao deixar para recolher assinaturas em cima da hora, a ex-ministra opta por desqualificar a justiça eleitoral, uma das raras instituições públicas que os vira-latas, até então, jamais ousaram criticar.

Marina se acha tão boa, tão importante, tão perfeita, que se considera acima da justiça eleitoral, a qual deveria se curvar à sua magia. Malandro demais, dizia Bezerra, vira bicho…

Ela está acima dos partidos, da política e da lei. Paira num olimpo ético tão imaculado, tão higiênico, que pode se dar ao luxo de aderir, oportunisticamente, a uma legenda tão suja, pragmática e contraditória como qualquer outra do sistema partidário brasileiro e se manter pura como um suíno fantasmagórico a vagar incólume por um chiqueiro enlameado.

Como íamos dizendo, a impressão inicial, de que a novidade era uma cartada genial de Campos se desfez, dando lugar a uma outra, bem menos positiva ao pernambucano. Quem parece ter sido esperta mesmo foi Marina. Em questão de dias, ela engoliu Eduardo Campos, inclusive traindo sua promessa de apoiar a candidatura “já posta” do socialista. Ela conseguiu dar outra pirueta e agora é ela, não Campos, a candidata do PSB.

Pior, Marina passou subitamente a dar as cartas na legenda, transformada do dia para noite numa agremiação “marineira”. Seu ataque à Ronaldo Caiado gerou um prejuízo enorme a Campos, porque colou nele a imagem de um político volúvel e desleal. Seria natural que houvesse mudanças nos arranjos após a entrada de Marina. Mas esse tipo de coisa se faz com cuidado, após debates internos, alguns privados, outros públicos. Marina chegou dando ordens ao PSB, pelos jornais!

O dano foi grande porque o PSB não perdeu apenas Caiado, que aqui entre nós não vale nada mesmo. Ele perdeu o agronegócio inteiro, ou seja, o setor econômico mais importante e mais dinâmico do país. Todas as lideranças rurais assistiram, estupefatas, a grosseria de Marina contra Caiado. Grosseria sim, porque foi Campos quem procurou Caiado. Foi Campos quem prometeu o Ministério da Agricultura a Caiado. E daí, de um segundo para outro, ele rifa o seu principal aliado no Centro-Oeste? O que ele fez com Caiado, à direita, pode ser feito a qualquer aliado à esquerda. Basta Marina dar uma entrevista aos jornais.

Marina já está usando sua vantagem nas pesquisas de intenção de voto para se impor monocraticamente ao partido, sem necessidade de negociar politicamente. E isso tende a piorar.

No mesmo dia em que Campos perde o apoio do agronegócio, que apesar de ser ideologicamente conservador, é ao menos um setor ligado à produção, à segurança alimentar, ao comércio exterior, no mesmo dia a imprensa nos informa que Marina irá apresentar Campos a executivos do banco Itaú, seu principal patrocinador.

Ora, quer dizer que os “sonháticos” rejeitam os fazendeiros, mas caem de amores pelos banqueiros? Elas por elas, os bancos são infinitamente piores que os produtores rurais. Estes são conservadores, mas plantam a soja e o milho que alimentam vacas e frangos que suprem necessidades protéicas do Brasil e do mundo. Os fazendeiros são contra os juros altos, porque dependem de financiamentos bancários. Os banqueiros são A FAVOR dos juros altos, porque vivem de rendas. Os fazendeiros, mal ou bem, são nacionalistas, ligados à terra, e querem obras de infra-estrutura, para escoarem suas safras. Os banqueiros são ligados apenas ao capital, independente de sua nacionalidade, e não se importam com obras, porque o dinheiro não precisa de estradas, ferrovias ou portos.

Ao rifar o agronegócio para se aliar ao Itaú, Campos dá um passo decisivo na direção do rentismo, que é, seguramente, o pior tipo de parasita da nossa economia.

Voltando à mesma canção de Bezerra, há uma estrofe que também parece se encaixar perfeitamente na situação de Marina. Basta trocar Swat (apelido antigo do Bope da PM) por Globo…

Em toda área
Que você pinta
Diz logo que tá
Com a cabeça feita
Mas não vê que a moçada da Swat
Tá olhando você pela direita

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

22 Comentários

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  1. O melhor artigo até agora sobre a dupla…

    verde como a Marina e amarela como o sorriso do Dudu.

    Ri muito, e acho que o Dudu deve ter entendido por que o Lula deixou partir a Marina sem grandes traumas….

  2. Chutes

    Só faltou o bordão: Acorda, Dilma!

     

    Para Ciro Gomes, Marina será a candidata do PSB 

     

     

     

    O secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, não acredita que o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos seja candidato à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014. “Eu não creio que o que está sendo dito seja verdadeiro. O Eduardo percebeu que o egotrip dele e a viagem pessoal ia afundar o partido e ele convidou a Marina para ser candidata e pediu a ela uma transição retórica para preparar esta transição”, asseverou Ciro ao recepcionar mais de 300 médicos cubanos, que iniciaram em Fortaleza o treinamento para o programa federal Mais Médicos, no auditório que leva o nome de Ciro, na Escola de Saúde Pública do Ceará.

    Ciro chamou a atenção de Dilma Rousseff sobre as movimentações dos adversários dela nas eleições de 2014. “Essa nova condição obriga a presidenta Dilma a prestar atenção no serviço. E isso é bom para a política, mas para este gesto surpreendente eu tenho a leitura que Eduardo não é candidato e sim Marina”, reafirmou.

     

    1. Tbm li o artigo.
      O que me

      Tbm li o artigo.

      O que me chamou a atenção foi o seguinte. Se esta hipótese do Ciro estiver correta, e ela se baseia em duas questões, sob meu ponto de vista:

      1) No conhecimento que o Ciro tem do Eduardo;

      2) No fato de outros partidos terem oferecido a cabeça de chapa à Marina e ela não ter aceito, ou seja, porque aceitaria ser vice, se em outros partidos ela poderia ser candidata a presidente? Não seria por questões programáticas, afinal o PSB votou a favor do código florestal, um ponto central no programa de Marina (para aqueles que acreditam nisso, os marineiros p. ex.) 

      Então, partindo do pressuposto que a hipótese de Ciro está correta e as declarações de Ronaldo Caiado também, o Eduardo MENTIU.

      Afinal, como poderia ter prometido ao Caiado que se fosse Presidente ele seria seu Ministro da Agricultura, e ao mesmo tempo ter oferecido a cabeça de chapa a Marina (sem ter desfeito o acordo com o Caiado)?

      Daí o pq “Malandro demais vira bicho”.

      1. detona o PSB

        se isso acontecer o PSB racha ao meio e a esquerda fará o voto camarão nas eleições majoritárias..vejam o quadro nos Estados , a coisa tá pegando fogo depois da reunião de Lula e Dilma que resultou em tratar Dudu como oposição ao PT e desfazer todas as alinças nos Estados e Munícipios..

  3. Ao Gunter Zibell, mestre das estatísticas.

    Caro Gunter,

    Já é tempo de reiniciar as análises frias dos números quentes. Vai abaixo para seu deleite uma matéria do portal G1.

    Abraços fraternais.

    ============================================================================================

    G1  

    12/10/2013 07p3 – Atualizado em 12/10/2013 10p0

    Dilma soma 42%, Aécio, 21%, e Campos, 15%, informa Datafolha

    Nesse cenário, presidente seria reeleita no primeiro turno, diz levantamento.
    Pesquisa foi divulgada na edição deste sábado do jornal ‘Folha de S.Paulo’.

     

    Do G1, em Brasília

     1592 comentáriosPesquisa Datafolha para presidente (Foto: Editoria de Arte / G1)

    Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (12) pelo jornal “Folha de S.Paulo” indica que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria 42% das intenções de voto e venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje e ela tivesse como adversários o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

    Nesse cenário, segundo informou o jornal, Aécio teria 21% e Campos, 15%. Votos em branco ou nulos seriam a opção de 16%, e outros 7% responderam que não saberiam em quem votar.

    As candidaturas são prováveis – só serão oficializadas pelos partidos no ano que vem. A eleição de 2014 está marcada para 5 de outubro e, além de presidente, escolherá senadores, deputados federais, governadores e deputados estaduais.

    O Datafolha entrevistou 2.517 eleitores em 154 municípios nesta sexta-feira (11), com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

    Outros cenários
    Além do cenário com Dilma, Aécio e Campos, o instituto testou outros três. Em um, Dilma teria como adversários a ex-senadora Marina Silva (PSB) e Aécio Neves; em outro, o ex-governador José Serra (PSDB) e Eduardo Campos; e, no terceiro, Marina Silva e José Serra.

    Nos três cenários, Dilma aparece na frente, mas não venceria no primeiro turno. Ela somaria 39% das intenções de voto contra Marina (29%) e Aécio (17%); teria 40% contra Serra (25%) e Campos (15%); e 37% contra Marina (28%) e Serra (20%). Brancos e nulos seriam 10%, 15% e 10%, respectivamente; não sabem, 5%, 6% e 5%.

    O motivo da escolha desses cenários foi a decisão anunciada na semana passada por Marina Silva de se filiar ao PSB, depois de ter negado pela Justiça Eleitoral o registro da Rede Sustentabilidade, o partido que pretende criar.

    Com isso, ela e Eduardo Campos não podem mais concorrer um contra o outro na eleição de 2014. Por essa razão, a pesquisa deste sábado não pode ser comparada com as anteriores, cujos cenários são diferentes. Segundo a ex-senadora tem afirmado, o candidato do PSB será Eduardo Campos. Desta vez, ao contrário da pesquisa anterior, o Datafolha não simulou nenhum cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do PT.

    Segundo turno
    Nas hipóteses de segundo turno, Dilma venceria qualquer um dos possíveis candidatos, de acordo com as informações do jornal sobre a pesquisa. A margem mais folgada seria numa eventual disputa contra Eduardo Campos (54% a 28%) e a mais apertada, contra Marina Silva (47% a 41%). Contra Aécio Nevesx, Dilma venceria por 54% a 31% e contra José Serra, por 51% a 33%.

    saiba maisDilma, Lula e marqueteiro se reúnem para discutir eleições, diz ministroMarina Silva se filia ao PSB e diz que apoia candidatura de Campos‘Já deu o que tinha que dar”, diz Campos em propaganda do PSBPara Aécio, filiação de Marina ao PSB é reação ‘às ações autoritárias do PT’

    Faixas de renda
    Na separação dos entrevistados por faixa de renda, Dilma supera todos os adversários nas faixas de até dois salários mínimos e de dois a cinco salários mínimos. Na faixa de mais de dez salários mínimos, a provável candidata do PT é superada nos quatro cenários. Na de cinco a dez salários mínimos, ela ganha em dois cenários e perde em outros dois.

    A maior vantagem da atual presidente é na faixa de renda de até dois salários mínimos, no cenário que inclui como rivais Aécio Neves e Eduardo Campos. Nessa faixa, ela tem 50% das preferências, contra 15% de Aécio, 15% de Campos e 20% de brancos, nulos ou não sabem.

    A maior desvantagem está na faixa de renda de mais de dez salários mínimos. No cenário com Marina e Aécio, ela aparece em terceiro lugar, com 23% das intenções de voto, contra 38% de Marina e 27% de Aécio (13% de brancos, nulos e não sabem).

    Rejeição
    Na pesquisa, o Datafolha também aferiu a taxa de rejeição dos possíveis candidatos. Nesse caso, o entrevistado diz qual é o candidato em que não votaria de jeito nenhum. A maior taxa de rejeição é a de José Serra (37%), seguido por Dilma (27%), Campos (25%), Aécio (24%) e Marina (17%).

    Conhecimento
    Em relação ao grau de conhecimento dos eventuais candidatos pelos eleitores, Eduardo Campos aparece como o menos conhecido (57% dizem conhecê-lo e 43% afirmam que não o conhecem). A maior taxa de conhecimento é a de Dilma (99%), seguida por Serra (98%), Marina (88%) e Aécio (78%).

    tópicos:Aécio Neves,Dilma Rousseff,Eduardo Campos,José Serra,Marina Silva

     

    1. Eu vi a análise de Kennedy.

      Acho que Campos ter passado de 8 para 15% tão somente com a entrada de Marina no PSB (ou a saída dela na cartela de pesquisa) é algo relevante.

      Seu desafio agora é fazer um discurso capaz de sensibilizar as pessoas e chegar aos 29% de Marina. E reduzir as rejeições cruzadas, que são sempre um problema em chapas com vice conhecido.

      Aí ficaria competitivo e ele precisa conseguir isso até junho.

      Se conseguir, Marina fica liberada para se candidatar ao Senado e partidos reticentes (como o DEM e PPS) a que Marina seja vice poderiam dar tempo de TV.

      A imprensa ajudará a vitaminar, como fez com Collor em 1989.

      Abraços

       

      1. se candidata por onde?

        “Se conseguir, Marina fica liberada para se candidatar ao Senado..” só se ela mudou seu domicílio eleitoral pq na última eleição  ficou em terceiro lugar no Acre..Marina é um “copo vazio cheio de ar”..

         

    2. Paura do Requião

      O medo é tanto da mídia que o PMDB assuma a presidência que não colocam o nome do pré-candidato nem nas pesquisas, vão fingir que ele não existe.

      Mas os blogs sujos e a Net vão furar este bloqueio covarde e porque não dizer, criminoso, pois sonega ao eleitor o direito de conhecer, pelas empresas concessionárias de informação do Brasil, os postulantes.

      Quanto menos a grande mídia, hypercartelizada fingir que o Requião não é candidato, mais forte está o PMDB na luta pela presidência do Brasil.

      1+1 = 2 ainda.

  4. MARINA VIVE DO QUÊ?

    Marina é empresária?

    Tem emprego fixo?

    É dona de algum comércio?

    Qual e quem paga salário mensal para Marina?

    Se não estou enganado, tampouco não é profissional autônomo.

    Então pergunto:

    Desde que deixou o Senado da República, Marina vive do quê?

    Quem paga seus jatinhos particulares na inúmeras viagens que faz?

    Quem mantem sua família com sustento básico necessário?

    Quem paga seu plano de saúde?

    Quem paga suas roupas glaumorosas e seus sapatos finos?

    Será mesmo que esta mulher é uma política diferente, como diz ser?

    Entendo que devemos fazer esta pergunta para ela quando estiver dando entrevista ao vivo.

     

  5. Eduardo Campos alcança 15%

    http://blogdokennedy.com.br/datafolha-nao-recomenda-euforia-ao-pt/

    Datafolha não recomenda euforia ao PT

    Se não faltasse um ano para a eleição, o PT e a presidente Dilma Rousseff poderiam mandar abrir o champanhe. Mas há uma campanha no meio do caminho.

    Os resultados da pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial, a primeira após a filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB, são os esperados para este momento. Dilma aparece como favorita, com chance de se reeleger no primeiro turno.

    No entanto, outra pesquisa do Datafolha merece mais atenção da presidente e de seus estrategistas. A recuperação da popularidade perdeu força. O governo Dilma tem hoje 38% de índice ótimo/bom. Para 42%, sua gestão é regular. E 19% julgam a administração petista ruim ou péssima.

    Há dois meses, 36% consideravam o governo ótimo/bom. O índice regular era de 42%. E a taxa de ruim/péssimo, 22%. Em março, o governo Dilma teve seu pico de popularidade: ótimo/bom (65%), regular (27%) e ruim/péssimo (7%).

    Se os dados de avaliação de governo se estabilizarem no atual patamar, cresce a possibilidade de segundo turno na disputa presidencial. Em todas as suas campanhas pelo Palácio do Planalto, o PT teve de enfrentar uma segunda etapa. Dilma terá de recuperar popularidade de forma mais significativa para aumentar a chance de vencer no primeiro turno.

    Já a pesquisa Datafolha de intenção de voto é influenciada pela maior taxa de conhecimento de Dilma em relação aos opositores e também pela maior exposição da presidente no noticiário.

    Resumindo: a pesquisa sobre a eleição é boa para Dilma, mas o levantamento que afere a popularidade do governo não recomenda euforia ao PT e à presidente.

    *

    Voltando à pesquisa Datafolha de intenção de voto presidencial, no cenário A, Dilma marcou 42%. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve 21%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 15%. Os votos nulos, em branco ou nenhum candidato somaram 16%. Não souberam quem escolher 7%.

    Por ora, esse cenário, sem Marina, é o mais provável.

    Se a ex-senadora entra no jogo, os números ficam assim: Dilma (39%), Marina (29%) e Aécio (17%). Votos em brancos, nulos ou em nenhum postulante caem para 10%. E 5% continuam sem saber quem escolher. Esse cenário é menos provável, mas não pode ser descartado. Vai depender da performance de Campos nos próximos meses. Ele tem tempo e uma cabo eleitoral que parece disposta a brigar pela causa.

    Diante da alta taxa de rejeição, a substituição de Aécio pelo ex-governador José Serra é possibilidade para lá de remota. Serra seria barrado por 36% dos pesquisados. Dilma, tão conhecida quanto, por 27%.

    As taxas de rejeição de Aécio e Campos precisam ser cotejadas com o índice de conhecimento menor em relação a Dilma e Marina. O eleitor tende a rejeitar quem conhece bem, mas também quem desconhece. Aécio teve 24% de rejeição. Campos, 25%. São taxas baixas, que podem crescer ou subir ao longo da campanha. Muito conhecida, Marina teve rejeição mínima, de 17%, o que faz dela um nome competitivo e que poderá assombrar Campos.

    Numa leitura geral, Dilma alcançou o resultado esperado: favorita, com possibilidade de vencer no primeiro turno. Nas simulações de eventual segunda fase, derrotaria todos os adversários.

    A presidente tem vantagens. É amplamente conhecida do eleitorado. Está no centro do noticiário todos os dias. Com agenda positiva de eventos, faz viagens regionais nas quais dá entrevistas a veículos de comunicação em que aparece bem na foto. O “Mais Médicos” foi um gol a favor dos mais pobres.

    Hoje, a sucessão presidencial está fora do radar da maioria das pessoas. Por isso, a taxa de conhecimento e a exposição natural no noticiário são fatores que vitaminam o desempenho da presidente nas pesquisas. São benefícios que os opositores não possuem.

    Em junho, os partidos farão as convenções para oficializar as candidaturas. A partir de julho, a campanha começará a esquentar. E acontecerá mesmo em agosto e setembro, quando o eleitor ficará ligado. Então, o PSB terá decidido entre Campos e Marina. E teremos o cenário definido e o ambiente real da disputa.

    1. Mais números…

      Gunter,

      Existe algum indice estabelecido pela estatística que determine qual seria a taxa de trransferência de votos da Marina para Campos? Ou algum caso já estudado anteriormente que possa determinar essa taxa de transferência de votos?

      Quando o Lula subir no palanque não haverá um incremento estatístico no indicador da Dilma?

      Quem vai? Aécio desconhecido, mas com rejeição menor ou Serra conhecido, mas com alta rejeição?

      Na sua hipótese, com Marina na jogada – (Dilma – 39%) <=> (Marina (29%)) + (Aécio (17%)) = 2º turno???

      Abs.

      1. Um desses artigos da Folha de hoje

        Aponta para um potencial de 2/3. 1/3 volta para Dilma (Isto é, para os eleitores de Marina Dilma é 2a. opção em 1/3 dos casos.)

        Isso se mede comparando as simulações, pondo e tirando nomes. mas não é muito diferente de 2010, onde se apontou uns 60% indo para Serra no 2º turno.

        Minha hipótese não é Marina candidata, isso é hipótese do Datafolha. Mas se houve 2º turno em 2010, quando havia menos críticas ao governo, não vejo porque não haverá em 2014.

        E com Lula em palanque, mais 15 minutos de TV, Dilma deve subir sim. Acho que Dilma vence em 2º turno com um % um pouco menor que em 2010 (54,5%)

        O sinal amarelo do governismo é só por causa da pesquisa de 2º turno que dá 47 para Dilma e 41 para Marina. Isso representa 53,5 x 46,5 dos votos válidos.

        A briga da mídia/oposição é justamente fazer com que Campos herde esses 46,5, os mantenha na presença da campanha de TV e ainda por cima precisa tirar mais uns 3 ou 4 de Dilma/Temer. Marina não é a 1a. opção de mídia ou poder econômico, só é conveniente nessa hora.

        Abs.

         

         

         

    2. As alternativas do PSDB e do PSB

      O PSDB ainda pode trocar Aécio por Serra, não e provável mais é possível.

      Mas o PSB tem outras alternativas além de trocar Eduardo Campos por Marina Silva, diria que a alternativa mais provável é o PSB disistir de lançar candidato a Presidência e voltar para a base aliada do Governo da Presidenta, com o trunfo de tirar Marina Silva da Disputa de 2014.

      Até o momento podemos afirmar que o tiro saiu pela culatra.

      Pelo menos até agora, a “jogada de mestre” não passou de desejo dos analistas da maior parte da mídia e dos membros dos partidos da oposição, e está revelando que o PSB e Marina Silva marcaram sim, é um gol contra.

      Até o momento podemos afirmar que o tiro saiu pela culatra.

      No cenário mais provável, a Presidenta Dilma tem 42% das intenções de voto; Aécio Neves tem  21%;  Eduardo Campos, 15%. Votos em branco, nulo ou nenhum somam 16%. Outros 7% não sabem em quem votar, segundo Datafolha.

      Pelo menos até agora, a “jogada de mestre” não passou de desejo dos analistas da maior parte da mídia e dos membros dos partidos da oposição, e está revelando que o PSB e Marina Silva marcaram sim, é um gol contra, já que no cenário mais provável a coligação PSB/Marina Silva.  nem em segundo lugar vai ficar.
      Tudo indica que a melhor “jogada”, teria sido filiar Marina Silva em outro partido, e/ou transferir Serra ou Aécio para o DEM ou PPS, para que fosse possível aumentar o número de candidatos da oposição, o que já não é mais possível.

      Na pequisa anterior  de intenção de voto para presidente em 2014, realizada pelo mesmo Datafolha em 07 a 09/08/2013, a soma do percentual de intenções de votos de Marina e Eduardo campos era de 31%, em um cenário com a Presidenta Dilma e Aécio Neves da oposição PSDB, agora os dois juntos tem 15% no caso de Eduardo Campos como candidato, e de 29% no cenário improvável com Marina Silva como candidata.

      No momento a “grande jogada” do PSB/Marina Silva, viabiliza a vitória da Presidenta Dilma no primeiro turno, e mantém o PSDB como principal partido de oposição.

      O PSDB ainda pode trocar Aécio por Serra, não é provável, mais é possível.

      Mas o PSB tem outras alternativas além de trocar Eduardo Campos por Marina Silva, diria que a alternativa mais provável é o PSB disistir de lançar candidato a Presidência e voltar para a base aliada do Governo da Presidenta Dilma, com o trunfo de tirar Marina Silva da Disputa de 2014.

  6. “Grosseria sim, porque foi

    “Grosseria sim, porque foi Campos quem procurou Caiado. Foi Campos quem prometeu o Ministério da Agricultura a Caiado”:

    Nao se poderia jamais dizer entao que Marina nao salvou o Brasil de um desastre.

  7. As primeiras reações do eleitorado.

    Até o momento podemos afirmar que o tiro saiu pela culatra.

    Pelo menos até agora, a “jogada de mestre” não passou de desejo dos analistas da maior parte da mídia e dos membros dos partidos da oposição, e está revelando que o PSB e Marina Silva marcaram sim, é um gol contra.

    Até o momento podemos afirmar que o tiro saiu pela culatra.

    No cenário mais provável, a Presidenta Dilma tem 42% das intenções de voto; Aécio Neves tem  21%;  Eduardo Campos, 15%. Votos em branco, nulo ou nenhum somam 16%. Outros 7% não sabem em quem votar, segundo Datafolha.

    Pelo menos até agora, a “jogada de mestre” não passou de desejo dos analistas da maior parte da mídia e dos membros dos partidos da oposição, e está revelando que o PSB e Marina Silva marcaram sim, é um gol contra, já que no cenário mais provável a coligação PSB/Marina Silva.  nem em segundo lugar vai ficar.
    Tudo indica que a melhor “jogada”, teria sido filiar Marina Silva em outro partido, e/ou transferir Serra ou Aécio para o DEM ou PPS, para que fosse possível aumentar o número de candidatos da oposição, o que já não é mais possível.

    Na pequisa anterior  de intenção de voto para presidente em 2014, realizada pelo mesmo Datafolha em 07 a 09/08/2013, a soma do percentual de intenções de votos de Marina e Eduardo campos era de 31%, em um cenário com a Presidenta Dilma e Aécio Neves da oposição PSDB, agora os dois juntos tem 15% no caso de Eduardo Campos como candidato, e de 29% no cenário improvável com Marina Silva como candidata.

    No momento a “grande jogada” do PSB/Marina Silva, viabiliza a vitória da Presidenta Dilma no primeiro turno, e mantém o PSDB como principal partido de oposição.

    O PSDB ainda pode trocar Aécio por Serra, não é provável, mais é possível.

    Mas o PSB tem outras alternativas além de trocar Eduardo Campos por Marina Silva, diria que a alternativa mais provável é o PSB disistir de lançar candidato a Presidência e voltar para a base aliada do Governo da Presidenta Dilma, com o trunfo de tirar Marina Silva da Disputa de 2014.

    1. Do jeito que Eduardo e Marina

      Do jeito que Eduardo e Marina tem seus “super egos inflados”, jamais acontecerá a desistência e volta a base do Governo da Presidenta Dilma.

  8. Casou para ser presidente “sério”???

    Como se diz aqui nos rincões das Terras Geraes: “Um hômi teim qui tê muié”.

    Mas o cara é mineiro ou não é? Porque ele tem que morar na Vieira Souto no Rio de Janeiro? Melhor ele explicar quem tá pagando tudo porque segundo as publicações um apartamento lá vale R$30 milhões e ao que me conste o salário de senador não é compatível com o gasto. Qual que é o rolo dele e do FHC com o cara do Banco Pactual, já que tá rolando umas histórias nas redes sociais de privatização do Banco do Brasil e da Caixa.

    Estão vendo porque eu digo que o cara tem um telhado de vidro muito grande? Como ele pode pleitear ser candidato a Presidente se já está supostamente comprometido com banqueiro? Fez palestra em NY a pedido do tal banqueiro e pelo que consta nas publicações, sem cobrar nada. Pode, claro que pode! Mas em troca de que? Para agradar quem?

    Se alguém souber me explicar o que está acontecendo, publique logo abaixo. Mas eu tô achando que esse Aécio vai me dar muito trabalho aqui no Blog… Vai levar sarrafo todo dia!!!

    Segue abaixo o link do tal casório. Não deixem de ver os outros links na matéria. São interessantíssimos e servirão para entenderem minha indignação acima.

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    iG / Lu Lacerda

    Aécio X Leticia: sobrenome nos documentos e separação de bens

    12/10/2013 – 13:00

    Letícia Weber e Aécio Neves: a modelo, recém-casada com o Senador, optou por usar o nome do marido nos documentos. Pelas leis brasileiras, a mulher pode optar

    A modelo Leticia Weber, recém-casada com Aécio Neves, depois de cinco anos de namoro, optou por usar o nome do marido nos documentos; na verdade, apesar de ser nacionalmente conhecido pelo nome da família materna, seu sobrenome é Neves da Cunha. Pelas leis brasileiras, a mulher pode optar.

    No almoço de assinatura da cerimônia civil seguida de almoço, semana passada, no apartamento dele na Av. Vieira Souto, no Rio, deixaram de ser convidados até alguns parentes – somavam, exatamente, 10 pessoas. O senador casou-se com separação de bens, como quase todo mundo faz – óbvio. Ele, porém, está longe de ser aquele perfil “mão de vaca”, que muitos conhecem: está mais para sócio do “clube dos generosos”.

    Aécio não poderia dar festa, senão teria que convidar políticos do Brasil inteiro. Dá pra imaginar o que seria, não é?

    O casal está em Nova York, onde Aécio tem compromisso de trabalho na próxima terça-feira (15/10).

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