Entre mulheres, Ana Amélia não responde se votaria em Bolsonaro contra o PT

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Uma das jornalistas revelou que, nos bastidores, Ana Amélia havia dito que “votaria em qualquer um [no segundo turno], menos no PT”
 
 
Jornal GGN – Candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), a senadora Ana Amélia fugiu, nesta sexta (28), de uma pergunta muito simples: votaria em Jair Bolsonaro, no segundo turno da eleição presidencial, apenas por que é radicalmente contra o PT? 
 
A pergunta apareceu durante um debate promovido pelo El País com a agência Locomotiva, com as quatro candidatas a vice-presidente que são mulheres. 
 
Uma das jornalistas revelou que, nos bastidores, Ana Amélia havia dito que “votaria em qualquer um [no segundo turno], menos no PT”, informou a RBA.
 
No debate ao vivo, a jornalista pediu para Ana Amélia deixar claro se o “qualquer um” inclui até Bolsonaro, que vem enfrentando resistência de um movimento de mulheres que repercute internacionalmente, criticando os “aspectos pouco democráticos de candidatos que temos hoje”.
 
Numa saia justa em meio a dezenas de mulheres, Ana Amélia tangenciou a questão, dizendo que no segundo turno votará no candidato de sua chapa, Geraldo Alckmin – que, nas pesquisas de opinião, ocupa o quarto lugar em intenção de voto, atrás de Bolsonaro, Fernando Haddad e Ciro Gomes.
 
“O segundo turno será Alckmin e alguém mais”, esquivou-se. A candidata a vice aproveitou a deixa para encher a bola de Alckmin, afirmando que sua agenda é “intrinsecamente” ligada aos interesses das mulheres, por conta de hospitais e delegacias especializadas que ele teria implementado em São Paulo.
 
MANU ENDOSSA O #ELENÃO
 
Convidada a comentar a resposta de Ana Amélia, a candidata do PT Manuela D’Ávila lembrou que Bolsonaro profere discurso misógino e machista e, mais recentemente, o vice General Mourão também atacou o gênero dizendo que mães e avós que moram em comunidades do Rio de Janeiro criam filhos “desajustados” quando não há uma figura masculina em casa. 
 
“Além de antidemocrático, [Bolsonaro] é um candidato inimigo das mulheres. Por isso, ele não, ele nunca.”
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. Datafolha daqui a pouco
    Vai dar Bolsonaro caindo um ou dois pontos, Haddad encostando e Alckmin parado. Segundo turno Haddad bate Bolsonaro fora da margem.

  2. Será que dá pra esperar algo diferente ?

    RECONCILIAÇÃO É O CACETE !!

    Espero que neste novo governo, o PT não volte a fletar com figuras camaleônicas iguais a Eugenio Bucci, Lina Vieira, Helena Chagas…

    Aliás, uma coisa me encafifa :

    Com milhares de funcionários de carreira, por que o Haddad escolheu uma filha de Temer para assumir uma secretaria na prefeitura de São Paulo ?

     

  3. Essa é a pergunta que que não pode calar a todos candidatos.

    A hora é agora, no primeiro turno, sobre o que farão no segundo diante do #Elenão.

    Reparem que no programa eleitoral do chuchu, o tucanato pega carona de modo oportunista no movimento das mulheres, mas o candidato e sua vice não pronunciam de forma nítida, com voz clara e boa dicção as sílabas dessa frase curta: ele não.

    [video:https://youtu.be/hJhOwZG9FCE%5D

  4. Por quê constranger a dona

    Nassif: uma eleitora gaucha, filiada ao PP e vice de Xuxu nem precisa dizer em quem vai votar no (improvável) segundo turno. Qualquer coisa que não socialista. Menos ainda em algo que se ligue ao SapoBarbudo.

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