Folha pressiona, e STF pode julgar entrevista com Lula até quarta (3)

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Supremo Tribunal Federal deve resolver o impasse em torno da entrevista de Lula à Folha de S. Paulo até quarta (3). Segundo o Painel desta segunda (1º), o presidente Dias Toffoli consultou ministros sobre uma sessão do plenário para julgar a decisão de Luiz Fux, que suspendeu a autorização que o jornal obteve de Ricardo Lewandowski para falar com Lula na prisão, em Curitiba.
 
Segundo a coluna, Toffoli está gerenciando a crise interna para evitar uma guerra de despachos. Apesar disso, há expectativa de que Lewandowski possa voltar a proferir uma decisão no caso. Isto porque ainda no domingo (30/9), a defesa da Folha recorreu ao ministro contra a ordem de Fux, alegando que este último proferiu uma decisão “manifestamente ilegal” e impôs “censura prévia” ao diário, algo que a Constituição proíbe.
 
“Até integrantes do STF que são contra Lula falar com a imprensa dizem que o caminho escolhido por Fux é tecnicamente injustificável”, escreveu o Painel.
 
“Dois ministros disseram ao Painel que, em tese, Fux não tinha atribuição para decidir o caso. Além disso, observaram que o partido Novo, que pediu o veto à entrevista, não tem legitimidade para apresentar pedido de suspensão de liminar, o instrumento usado para derrubar a decisão de Lewandowski”, acrescentou a Folha.
 
Como Lewandowski não proferiu nenhuma liminar, mas julgou o pedido de entrevista no mérito, só a  Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República poderiam mover o recurso usado pelo Novo. “Há ainda o fato de que o pedido foi endereçado ao presidente do STF. Toffoli não estava em Brasília, mas estava no Brasil. Tinha, portanto, jurisdição para atuar.”
 
Ainda segundo o jornal, “Lewandowski ficou profundamente irritado com a posição de Fux”, afirmando a outros ministros que “o colega usurpou competência da presidência do Supremo e adotou expediente teratológico para reverter sua ordem”. 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Fux errou feio e não podemos

    Fux errou feio e não podemos deixar que uma instituição tão séria como o supremo fica a mercê de críticas. Libere a entrevista e ponto final…

    1. Alguém acredita no judiciário ?

      LUCIANO: o Supremo deveria ser uma instituição séria. Não é.  Rasgaram e rasgam a Constituição quantas vezes for necessário para o sucesso do golpe que transforma o Brasil em neocolônia submissa aos interesses estrangeiros. Rasgam a Constituição que juraram defender.  Isso tem um nome: traição.

  2. Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder

    O STF deve estar fervendo ! A decisão de Luiz Fux é tão descaradamente partidaria, que não é possivel mais esconder o racha dentro do Supremo. E nem creio que seja um racha anti e pro PT; mas um racha entre os totalmente partidarizados e os levemente garantistas.

  3. Eu nao sou assim tão
    Eu nao sou assim tão entusiasta dessa entrevista, não. O dolo de extrair de qualquer declaraçao do Lula um sentido torpe é mais que conhecido. A ediçao do jornal nacional de 89 é mais a regra que a exceçao. Pode ser a ultima alternativa para a tal “bala de prata”. A expectativa já até foi criada…

    De qualquer modo, é bom prestar atençao nas equipes que serao enviadas. É bem possivel que mandem algum emissario propor algum acordo face a face.

    1. Você tem algum reparo a fazer

      Você tem algum reparo a fazer à carreira do jornalista Florestan Fernandes? Já que eu tenho o maior respeito por ele, gostaria de saber, se desconheço algo que o desabone.

  4. Entre o desarme elegante de
    Entre o desarme elegante de Didi e o jogo bruto de Felipe Melo, Toffoli preferiu jogar com classe,,,,,,,embora esse tal de Fucks mereça mesmo é uma voadeira com os 2 pés no pescoço,,,

  5. Lewando nas gostas …
    Não

    Lewando nas gostas …

    Não vai fazer nada. Ele é um fraco. Ele presidiu o STG no golpe de 2016. E a única coisa em que estava preocupado era com o aumento de seus parcos proventos. Recebeu um sonoro não da Dilma. 

    Agora que o traíra-golpista lhe concedeu um “pequeno” reajuste em seus “parcos” vencimentos ele tá nem ai. Da uma liminar, mas fica de boa quando leva uma facada nas costas. Isto não vai reduzir seus vencimentos.

    Se fosse homem com H, no própiro sabado teria atravessado o rubicão e cassado a cassação do peruca-Fux. Mas este tipo de atitude só esperamos de pessoas de valor.

    Recebeu um Carmen-Lucia igualzinho o Marco Aurelio Mello no caso das ADIs que só vão a julgamento se um Tucano for preso em segunda estância antes do esgotamento dos recuros.

    Já podem encomendar as letras em bronze para colocar na suprema(?) corte: STG (Supremo Tribunal Golpista) agora sim em letra maiuscula.

    Este golpe “E com SUPREMO e tudo”.

  6. De volta aos temos da winchester

    Em minha infância nos sertões  de Mato Grosso, era normal as pessoas andarem armadas nas ruas, sem a preoucupação de ocultar e toda casa tinha suas carabinas. Porque tanta arma? Claro que não era por gosto, pela beleza da armas, tratava-se de ter poder de dissolução, visto que não havia justiça e quando aparecia era sempre a favor do mais poderoso. Justiça na ponta da carabina. Se não houver uma meia volta, o costume se instala de novo.

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