Goldman, dirigente do PSDB, anuncia voto em Haddad

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Foto George Gianni/PSDB

Jornal GGN – O ex-governador Alberto Goldman, quadro histórico e integrante da executiva nacional do PSDB, declarou um sonoro #EleNão e seu voto em Fernando Haddad (PT). A decisão é noticiada pela coluna Painel, da Folha. Segundo a nota, Goldman irá divulgar vídeo hoje, quarta, dia 24. Para o ex-governador, a fala em que Jair Bolsonaro insinua perseguição a opositores ‘ultrapassou qualquer limite do aceitável’.

Goldman reconhece que nunca passou por sua cabeça que um dia pudesse votar no PT, mas o discurso proferido por Bolsonaro, no domingo, 21, colocou o dirigente ‘além do limite do suportável’. Alerta ainda que isso contraria princípios constitucionais.

‘Não é um voto pelo PT, mas contra Bolsonaro. Ele representa tudo o que abominei e vivi na ditadura militar’, conclui Goldman.

Na outra ponta, o presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, barrou a articulação para que o apoio expressado por Goldman a Haddad fosse assumido por outros membros da sigla. Mesmo que Alckmin avalie que um eventual governo Bolsonaro seja ‘catastrófico’, e que o país não vai demorar muito para ver pessoas morrendo nas portas dos hospitais por falta de gestão e investimento na área, não quer se posicionar.

O não posicionamento de Alckmin tem a ver com sua tentativa de manter o comando do PSDB, e o fato de muitos filiados terem decidido apoio ao candidato do PSL, ele acredita que sinalizar ser pró-Haddad possa enfraquece-lo internamente.

“Eu não quero pagar pra ver

Depois de tantos anos de embate com o PT e de ter sido até mesmo responsável direto pela instalação da CPI dos Correios, que desnudou o Mensalão, nunca imaginei votar neles e estava disposto a anular meu voto. Mas Bolsonaro passou dos limites aceitáveis no último domingo, com um discurso que nos traz de volta os momentos mais dramáticos da nossa história. Eu não quero pagar pra ver. Votarei em Fernando Haddad, contra a ameaça aos valores democráticos.”

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

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  1. O mundo civilizado está com Haddad

    Juristas, magistrados, intelectuais, professores, doutores, artistas e todo o mundo civilizado estão com Haddad. O voto para o fascista é por ignorância, desconhecimento, ódio ou oportunismo. 

  2. Alckmin no muro

    Alckmin fica em cima do muro, mesmo numa situação de escolha limite como essa, em que um fascista chucro e truculento está em vias de ser eleito presidente da Bananalândia.

    Esse sujeito é medíocre mesmo.

     

  3. Ciro 2022?

    Todo cuidado é pouco.

    Ouvi comentarios de que o Ciro estaria querendo garantia do PT para sua candidatura para 2022, antes de abrir o bico em favor de Haddad.

    Se assim for, esse cara não vale nada!

    O PT não deve cair em chantagens.

    Se eu estiver errado, tudo bem. Mas, a sugestão aqui é de ficar alerta com esse oportunista

  4. Acabo de ver uma amiga, que está desempregada

    Acabo de ver uma garçonete de um restaurante no qual eu costumava almoçar. Ela estava vindo de uma audiência trabalhista. Perguntei a ela se foi celebrado acordo. Ela disse que o patrão não compareceu. Perguntei a ela em quem ela ia votar. Ela respondeu que ia votar no Bolsonaro.

    Eu perguntei a ela: Porque tu vais votar no Bolsonaro? Tu achas que ele vai criar empregos e melhorar os salários dos trabalhadores?

    Ela respondeu: Acho que não.

    De novo eu perguntei-lhe: Então porque tu vais votar nele, se ele não vai melhorar tua vida, pelo contrário, talvez vá até piorá-la?

    Ela me diz: Olha, eu não vou votar em ninguém, pois os políticos são todos iguais, são farinha todos do mesmo saco.

    Indaguei-lhe: Haddad e Bolsonaro são iguais, são farinha do mesmo saco?

    Sim, responde ela.

    Questiono-lhe: Tu sabes em quem o teu ex-patrão vai votar?

    Sei, disse ela. Ele vai votar no Bolsonaro.

    Eu disse a ela: se tu, que és pobre e estás desempregada, e teu ex-patrão, que é rico, vão votar no Bolsonaro, como é que o Bolsonaro e o Haddad são iguais? Tu achas que teu ex-patrão votaria no Haddad?

    Ela respondeu: Ele jamais votaria no Haddad.

    Se o teu ex-patrão, que é rico, jamais votaria no Haddad, mas vota no Bolsonaro, como é que Bolsonaro e Haddad são iguais? Ora, se eles fossem iguais teu patrão poderia votar tanto no Haddad quanto no Bolsonaro.

    Aí ela me disse: Eu tô brincando contigo, besta, eu vou votar é no Haddad.

     

    Tentei obter o voto da Pelega, que é uma amiga com quem eu trabalhei em um banco há muito tempo atrás e que atualmente é advogada. Perguntei-lhe: Em quem tu vais votar, Pelega?

    Ela respondeu: No Bolsonaro.

    Não acredito que uma advogada vá votar no Bolsonaro, que pretende acabar com o décimo terceiro salário e com o terço constitucional de férias.

    Ela disse-me: Eu não tenho opção. Além disso, se até quem é empregado e tem carteira assinada vai votar no Bolsonaro, porque eu, que sou profissional liberal, iria votar no Haddad?

    Ela me venceu. Tchau, Pelega.

  5. Eis o Enígma

    Nassif: nessa pelada polítca, tá embolado o meio do campo. Esse dito cujo de há muito se bandeou pro LadoObscuro daLuz com um alarde semelhante a de toro bravo em loja de cristais. Atrapalhou, infernizou e aterrorizou o governo de NoveDedos o quanto pode. Ajudou no parto de impedimento da Presidnta Dilma. É filho adotivo do Carcamano daMoóca, queridinho do Principe de Paris e sob o manto daqueles da EstrelaAmarela deita e rola pela Colônia. Troca ameneidades com os do Templo deSalomão. Tem trânsito livre no Palácio doCrepúsculo (antigo Alvorada). Linha direta com Delcidio e os 6 dele, no Çupremu. Ligado aos Demoníacos de ACM e aos Detritos_de_MaréBaixa da política nacional. Até Abilhinho, aquele que tentou dar rasteira no Cassino e botou os burros nágua, é seu chegado. Com todo essa folha corrida por quê está abandonando seu mais recente pupilo? Haviam feito isto com Paulo “Moreninho”, à beira da estrada. Mas, como tinha muita grana em nome deste, reconsideraram. Será que daBala avisou não vai inclui-los na nova modalidade de Botim dasBotinas? Há história de noivados desfeitos no altar das urnas.

    Dai, a pergunta que não quer calar — MUDOU PRA QUÊ OU POR QUÊ?

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