Zapgate: Estudo mostra que grupos pró-Bolsonaro são automatizados

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Folha de S. Paulo publicou nesta sexta (26) mais uma matéria que aborda os subterrâneos da campanha de Jair Bolsonaro. A reportagem cita um estudo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS) – que reúne professores do MIT, nos EUA – que monitorou 110 grupos políticos no WhatsApp e identificou indícios de que eles são automatizados. Há a possibilidade de essas células terem utilizados mecanismos, como bots, que são proibidos pela lei eleitoral.
 
Segundo o estudo, o que mostra o potencial de automação são dados como o volume de postagens no período estudado, a frequência de disparo de mensagens e o perfil de parte de seus administradores. 
 
“Enquanto alguns usuários fizeram 360 postagens no período estudado, a média dos demais era de dez mensagens. O intervalo entre envios de mensagens de uma mesma série eram mínimos: entre 1 e 20 segundos. Segundo o relatório, boa parte desses perfis não trazia nome próprio nem foto pessoal.” 
 
“São indícios muito fortes de automação. Pode ser o que chamamos de bots, ou robôs, que disparam mensagens, ou pode ser um usuário que utiliza algum nível de automação para difundir conteúdo, o que chamamos de ciborgue”, afirmou um dos responsáveis pelo estudo
 
A análise qualitativa mostrou que majoritariamente as mensagens contém “retransmissão de informação e de mídias (vídeos e fotos)”. Há casos em que até 4 usuários administravam mais de 17 grupos simultaneamente. 
 
“Há evidências de algo arquitetado, criando uma malha e uma estrutura de coordenação entre os grupos de modo a orquestrar a disseminação de informações através dos grupos de forma rápida e com o uso de alguma automação, sejam bot, sejam ciborgues.”
 
A Folha revelou, na semana passada, que empresários anti-PT compraram pacotes de disparo de mensagens em massa, no WhatsApp, para favorecer Bolsonaro às vésperas da eleição. O financiamento empresarial é proibido no Brasil e, por isso, a ação poderia ser enquadrada como caixa 2 e abuso de poder econômico.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Bom… Ganhando Bolsonaro não

    Bom… Ganhando Bolsonaro não há como negar que não terá um Judiciário a sua altura. Imensos na truculência, na desonestidade, no autoritarismo, na hipocrisia.

    E se ele não tiver uma primeira dama para “usar” na posse, Rosa Weber poderá acompanhá-lo. Apoiou-o incondicionalmente na manipulação e roubo dessa eleição.

    Ou a Carminha das farmacêuticas que poderá usar um de seus ridículos taillers by Jackie O. Fantasma saindo do mesmo buraco da história que gerou o golpe de 64.

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