Haddad diz que “Plano B” é “terceira hipótese”. A segunda é apoiar outro partido

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência PT
 
 
Jornal GGN – Coordenador do programa de governo de Lula, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) disse em entrevista à Reuters, divulgada na noite de quinta (19), que o plano número 1 do partido continua sendo o de lançar o ex-presidente para o Planalto, em outubro próximo. Segundo a reportagem, Haddad está mantendo “canais abertos” com outros partidos de esquerda, por hora, para saber como será o cenário em segundo turno.
 
Na avaliação de Haddad, a esquerda está dividida especialmente porque Lula, condenado e preso na Lava Jato, ainda não tem a confirmação de que poderá ser candidato. Na visão dele, talvez isso mude após o registro sair. A primeira alternativa citada por Haddad ao cenário em que o ex-presidente não poderá concorrer é o PT apoiar outro candidato, na tentativa de unir a esquerda já no primeiro turno. A “terceira hipótese” é sacar um “plano B” e lançar um outro nome do partido para colher os frutos da preferência de 20% do eleitorado, somada à popularidade de Lula.
 
No momento, segundo o petista, a prioridade é descobrir como será o segundo turno.  A prioridade é definir que haverá união. “Não há garantia de ter um candidato único de esquerda? Não. Mas no segundo turno, se houver um candidato de esquerda vamos estar todos juntos? Temos que ter certeza disso já. E eu penso que estaremos juntos”, disse.
 
Para Haddad, a direita também está fragmentada e tem um desafio “maior” que o da esquerda para se unir e sair vitoriosa: “apresentar um candidato que siga com essas reformas que eles estão patrocinando desde 2016 sem dizer que são herdeiros do governo Temer. Nosso desafio é menor. Somos todos oposição a essa agenda do governo Temer que é altamente concentradora de renda.”
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

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  1. Sou Lula até a medula, mas

    Sou Lula até a medula, mas entendo que desta vez ele seria mais importante nos bastidores, seja preso ou livre. Que apoiem outro canditado, e que sejam vice deste! 

    Ciro Gomes tem sido o mais lúcido, tem apoio de gente muito boa também, e precisamos de algo realmente firme e novo em seu propósito!

    1. Uma antiga professora me ensinou…

      Quando existe um “mas” na frase, a gente ignora o que vem antes e analisa o que está depois do “mas” como regra prática para interpretação de textos e diálogos.

      Pois bem, esquecendo o que vem antes do mas, está escrito de modo claro: “entendo que dessa vez ele [Lula] seria mais importante nos bastidores, seja preso ou livre”.

      Então, quem é o senhor para reduzir o protagonismo de Lula que o povo reconhece e deseja que esteja novamente na presidência? Quem é o senhor para reduzir Lula a coadjuvante da política nacional?

      Quem coloca Lula nos “bastidores”, inclusive na condição de PRESO POLÍTICO, ignorando entre outras coisas que ele está isolado, está em uma solitária, haja vista a recente recusa da juizeca impedir a visita de Esquivel e Boff, é CONIVENTE com o golpe. É quem aceita prisão ilegal e cerceamento de direitos de todo o povo brasileiro.

      Se o senhor é “Lula até a medula” como está lá no início, junte-se às manifestações pela liberdade de Lula. Divulgue o vídeo do tipéc tabajara do Guarujá. Una-se aos que clamam pelo fim do Estado de exceção que hoje impera no Brasil.

      Juro, tô de saco cheio de ativista de internet que faz de conta que é uma coisa e quando é outra, escondida após o “mas”.

  2. Certo.
     
    E se perderem? Vão

    Certo.

     

    E se perderem? Vão ajudar a legitimar uma eleição ilegitima??? Vão falar o que depois???

    E Lula? Vai morrer esquecido na prisão???

    Isso é a lucidez dos dirigentes do partido???

  3. Sinceramente, eu ia perder

    Sinceramente, eu ia perder tempo para analisar Haddad e sua fala, e o desastre que é ter nos restado ele (e outros do tipo) como principal interlocutor do PT com a sociedade.

    Ia escrever sobre a insistência na paulistinização do debate político dentro do PT, que ironicamente é o que criticamos no debate político brasileiro: O paulicentrismo tocado pelo PSDB e ratificado think tank nacional.

    Mas desisti.

    Fico com o último parágrafo, admitindo a hipótese de algum problema de comunicação ter colocado palavras na boca do gajo paulistano:

    “(…)Para Haddad, a direita também está fragmentada e tem um desafio “maior” que o da esquerda para se unir e sair vitoriosa: “apresentar um candidato que siga com essas reformas que eles estão patrocinando desde 2016 sem dizer que são herdeiros do governo Temer. Nosso desafio é menor. Somos todos oposição a essa agenda do governo Temer que é altamente concentradora de renda.”

    Pobre Hadadd.

    Eu sei que é difícil resistir a pauta da obviedade, e principalmente, apresentar algo de novo sem incorrer no rótulo de “porra-lôca”, nesses tempo bicudos.

    Para se legitimar como interlocutor, gente como Haddad tem que mostrar um “equilíbrio” que eu chamaria de sufocante!

    Se é verdade que necessitamos de certa calma, ministrada em excesso pode adormecer o livre pensar, reduzindo nossa ação política a repetição de chavões aliancistas (como dito aqui,que precisamos de “conservadores legalistas” aliados a “centro-esquerda”).

    Voltemos ao último parágrafo destacado aí em cima.

    Olhem a ingenuidade (ou cinismo) da fala.

    Primeiro por imaginar que o fato da direita não ter (ainda) um candidato viável a torne fragmentada em sua ação política que, ao contrário, parece ser cada vez mais coordenada, inclusive geopoliticamente (como não poderia deixar de ser).

    Segundo é dar uma dimensão maior às eleições que elas têm (hoje) para a direita, o que é um grave erro estratégico.

    Depois, por criar uma hierarquia de soluções: planos A, B e C, como uma forma escrota de manipular e castrar o debate e as outras variáveis possíveis, agindo como um sectarismo canhestro travestido de, porque não revela sua verdadeira intenção!

    É defender uma posição (dele ou de um grupo a que pertença) dando a essa posição uma dimensão geral que ela não tem.

    Por último, Haddad confere ao tema “reformas” uma relevância principal da luta atual que se trava no país.

    Bobagem, porque boa parte da população, inclusive aquela que vota maciçamente em Lula, não tem a menor noção, senão de forma residual, do que está acontecendo ou o que acontecerá.

    A maioria, assim como Lula imaginou um dia, quer apenas ser uma espécie de cidadão médio vivendo um tipo tropical de American Dream.

    Só isso.

    Se tivermos que torrar o petróleo e assassinar índios  e vender suas terras, que seja.

    Triste. Muito triste que Haddad aceite fazer parte dessa enganação.

     

  4. Passou recibo, né?

    Ninguém da Esquerda consciente questiona a capacidade técnica de Fernando Haddad, seja como Ministro de Estado da Educação, como Professor ou como Administrador. Mas ele tem pouca habilidade política, nenhuma liderança e empatia com o povo. Ou seja: Fernando Haddad é um bom quadro para formular políticas públicas, mas não é talhado para a política partidária e para disputar cargos majoritários. Haddad só consegui se eleger prefeito de São Paulo, em 2012, porque teve as bêncãos do Ex-Presidente Lula. Em 2016, no auge do anti-petismo patológico e da ação golpista do sistema judiciário, ele não consegui sequer 20% dos votos, cometendo a façanha de ser derrotado na perfiferia paulistana, reduto histórico do petismo. Haddad conseguiu o vexame de ser derrotado, em 1º turno, pelo embusteiro João Dória Júnior, político canalha que se vendeu como gestor, mas que não tem qualquer competência ou experiência em administração pública.

    Parcela expressiva da máquina partidária do PT, juntamente com alguns setores da mídia (mainstream e alternativa) e da banca financeira, o”mercado”, tentaram emplacar Fernando Haddad como candidato do PT, considerando como fato consumado a inabilitação política do Ex-Presidente Lula. Haddad, segundo os mais argutos analistas, seria uma espécie de Emanuel Macron brasileiro, o que significa um desastre para a Esquerda e para o PT que se auto-destruiriam, como ocorreu com opartido Socialista Francês.

    No último ato político antes de se entregar aos algozes, o Ex-Presidente Lula chamou para junto de si Guilherme Boulos e Mauela D’Ávila, pré candidatos à presidência da república pelo PSOL e pelo PC do B, respectivamente. O recado de Lula foi dado pùblicamente, sem uso de intermediários. Na mesma ocasião Lula nomeu a brava senadora Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, como sua porta-voz. 

    Fechadas as portas para a temerária aventura de Haddad, imposta de fora para dentro, com anuência de parte da máquina partidária do PT que pouco se esforçou em defesa de Lula, Haddad demorou a admitir o óbvio. Só agora, sem mencionar os nomes de Boulos e Manuela, Haddad admite que o “plano B”, representado por ele, será abortado ou no mínimo colocado na geladeira.

    Gênio político de raro talento, mesmo aceitando os maus conselhos dos que o incentivaram a se entregar aos algozes, Lula deu um xeque nos quinta-coluna e enquadrou/encurralou Haddad e os que desejavam impô-lo como candidato, sem ouvir as bases e a militância do partido.

  5. Delírio!

    Não abrimos mão de Lula. Se Haddad em vez de ficar bolando planos a moda de Cebolinha e Cascão se dedicasse às lutas e mobilizações para a liberdade de LULA, a coisa mudava.

    Onde está Haddad convocando a militância, simpatizantes etc. para fazer resistência e libertar Lula?

    Conformar-se com Lula preso e fora da eleição é conformar-se com a perda da liberdade de todos os brasileiros. Digo NÃO ao conformismo e sim à luta e à desobediência a um judiciário PODRE!

    Pelo fim de Nova Guantánamo do Sul! Lula Livre!!! Moro Mente. Lula INOCENTE!!!

    1. A reuters deturpou e Haddad só fará o que Lula quiser

      Veja meu comentário acima mostrando que a Reuters deturpou o que Haddad disse.

      Haddad se não está aparecendo mais neste momento, é justamente para não esvaziar a candidatura de Lula. Haddad não é um oportunista como Ciro.

      1. Fez-me rir!

        “Haddad se não está aparecendo mais neste momento, é justamente para não esvaziar a candidatura de Lula.” 

        Fez-me rir! Doce ilusão de quem alimenta a ideia de Lula fora do pleito 2018.

        Caro Neotupi, não há quem possa esvaziar a candidatura de Lula. Só os golpistas imaginam que isso é possível. Jogaram O CARA na prisão, cercearam seus direitos e tá lá, liderando de modo isolado as intenções de voto.

        Meus direitos estão presos em Nova Guantánamo do Sul, junto com Lula. Os seus também. Que tal reivindicar a devolução dos nossos direitos em vez de tentar explicar o inexplicável?

  6. Manchete falsa: Fake news da reuters

    A leitura atenta do texto  indica o contrário da manchete (texto muito mal escrito por ser propositlmente confuso. Seria melhor publicar as perguntas e respostas de Haddad na íntegra). O corpo do texto indica que o plano B do PT é ter candidato próprio.

    Aparentemente a Reuters colocou palavras na boca de Haddad diferente do que ele disse. Com FHC foi “se preferir a gente tira”. Com Haddad foi “se o editor preferir a gente deturpa”.

    O texto mistura “alternativa” com “hipóteses” com plano B, e mistura primeiro com segundo turno.

    A única hora em que Haddad menciona “Plano B”, sob hipótese, é esse trecho:

    (…) é sacar um “plano B” e lançar um outro nome do partido para colher os frutos da preferência de 20% do eleitorado, somada à popularidade de Lula.

    Ora, um partido que tem preferência de 20% do eleitorado (fora a preferencia específica por Lula), como vai abrir mão de candidato pŕóprio para apoiar candidatos que não tem essa viabilidade toda? Além disso ainda tem a eleição de bancadas.

    Outro trecho que ele fala em “prioridade” é só para 2o. turno:

    No momento, segundo o petista, a prioridade é descobrir como será o segundo turno.  A prioridade é definir que haverá união. “Não há garantia de ter um candidato único de esquerda? Não. Mas no segundo turno, se houver um candidato de esquerda vamos estar todos juntos? Temos que ter certeza disso já. E eu penso que estaremos juntos”, disse.

    O resto ele apenas citou duas hipóteses, caso o registro de Lula fosse indeferido (candidatura própria do PT ou não). Obviamente para não conversar com outros partidos na posição de intransigente.

  7. Ele está blefando. Seja

    Ele está blefando. Seja porque a militância não aceitará que Lula não seja candidato mesmo com todas as evidências possíveis contra o lançamento (logo acima é possível ler uma mensagem em que se diz isso textualmente), seja porque o candidato petista será atacado duramente no momento em que dizer “Aceito”.

  8. Eu, você aí

    Toma uma migalha aí

    Toma uma migalha aí

    Não vai dar, não vai dar não…!

    Lula é nóis de novo e sempre.

    Quinhentos anos de migalhas,

    Basta!

  9. Essa reportagem tá pior que

    Essa reportagem tá pior que os discursos da Dilma! hehe… (desculpa, Dilminha.)

     

    Que reportagem é essa que mais confunde que esclarece? 

    Tem que defender a candidatura Lula até o último segundo do segundo tempo, sim, mas com o PLANO B – Haddad – muito bem arquitetado no bolso do colete. Abrir mão de candidatura própria, ao meu ver, é um grande erro. 

     

  10. Vai ou vem… dos dois não…

    Manter a candidatura de Lula é uma doce ilusão

     

    Acredito mais em um apoio mútuo no segundo turno que no primeiro, porém, essa indecisão tensiona muito o pleito. E tensiona mais ainda para a propaganda fake news, que vai chover na orta de quem tem mais grana, e essa não é a situação da esquerda.

     

    A direita esta fragmentada? talvez nas extermidades, mas fora disso, não.

     

    O que mais desejo, sinceramente é que o próximo presidente tenha legitimidade, se for de direita, que seja completamente de direita, para que todos provem do que é o veneno liberal. E se for de esquerda, que o projeto se cumpra. 

    Mas não sejamos idotas, a balança pesa pra direita com o favor de todos os ventos ( executivo federal, MPF e supremo), até para Lula livre e sem processos a barra iria ser dura, pois muitos se esquecem da rejeição…

     

     

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