Haddad: precisamos ampliar os canais de comunicação com a sociedade

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Foto Ana Flavia Marx
 
Jornal GGN – Em entrevista para a mídia alternativa, Fernando Haddad, candidato a presidência pelo PT, falou da importância em se ampliar os canais de comunicação com a sociedade, do fortalecimento da democracia, do pluralismo, isso está claro como nunca com tudo o que aconteceu no país. O candidato do PT se dispôs a responder toda e qualquer pergunta dos jornalistas, sem censura, em conversa franca.
 
Com relação ao movimento #EleNão, que veio como uma grande onda, foi questionado se poderia ser revertido para a campanha do PT, principalmente no segundo turno. Haddad ponderou que é preciso respeitar todo e qualquer movimento social e crê que haverá muitas manifestações daqui para a frente, sobretudo naqueles comprometidos com a manutenção da democracia. ‘São muitas as ameaças à democracia, como exemplo a convocação de uma nova Constituição formulada por notáveis. Que notáveis? quem nomeia?’, pergunta o candidato. Os riscos são enormes, pondera Haddad, e isso está sendo naturalizado, ninguém fica indignado com isso. Não se tem uma onda em defesa da democracia por parte da grande mídia. 

 
As mobilizações da sociedade vão acontecer, principalmente por parte daqueles que têm mais consciência histórica. E, como tal, devem ser respeitados e não ser objeto de cobiça eleitoral.
 
Para Haddad, a preocupação extrapola a disputa eleitoral, e vai direto ao respeito com o resultado das urnas. Criou-se no país uma eleição em três turnos, desde 2014, com a vitória de Dilma Rousseff. E para acabar com este novo modelo, tanto o STF quanto o Ministro da Defesa, passam recados dizendo que temos que respeitar o resultado das eleições.
 
No tocante ao legado dos governos PT, Haddad entende que é preciso se preservar as conquistas, lutando contra as forças conservadoras que estão dispostas a se aproveitar da crise econômica para comprometer as políticas sociais. E lembra que a defesa até o fim da candidatura de Lula carrega um simbolismo muito grande, pois que falar de Lula fala-se junto da CLT, SUS, universidade pública e gratuita, educação laica, afirmação do negro e das mulheres. Todas as conquistas foram fruto de muita luta, diz ele, e ‘talvez a crise seja necessária para a gente entender o que tínhamos no governo Lula, o que perdemos, e o que poderemos ter de novo’, finaliza.
 
Vale ressaltar que Haddad tem 13 dias como candidato e, mesmo que nada esteja garantido, é fato que um projeto de centro-esquerda estará representado no segundo turno. ‘Estamos na disputa. Reerguemos o projeto de centro-esquerda e demos a ele condições competitivas’, afirmou.
 
Veja a entrevista na íntegra.
 
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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