Haddad questiona ‘limite da loucura’ da campanha de Bolsonaro

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Haddad em São Paulo, encontra e assume compromisso com pessoas com deficiência. “Nosso desafio é amar o diferente, nos tornamos humanos nesse convívio” (© ALICE VERGUEIRO/FOLHAPRESS)

Eleições 2018 Haddad

da Rede Brasil Atual

Haddad questiona ‘limite da loucura’ da campanha de Bolsonaro

Em encontro com pessoas com deficiência, candidato do PT assina compromisso de políticas públicas e volta a alertar que adversário coloca democracia em risco. “Acordem”, disse à imprensa

por Redação RBA

São Paulo – No encontro “Pessoas com Deficiência pela Democracia”, de que participou na manhã deste domingo (14), em São Paulo, o candidato do PT a Presidente da República, Fernando Haddad, assinou um termo se comprometendo a colocar em prática, em seu governo, políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência.

“Quero que as crianças que não têm deficiência possam conviver com crianças que têm. É conhecendo o diferente que formaremos cidadãos. A criança sem deficiência tem direito de conhecer e brincar com a que tem. Nosso desafio é amar o diferente, nos tornamos humanos nesse convívio”, disse.

O candidato lembrou o trabalho que realizou enquanto ministro da Educação, uma parceria intersetorial com outros ministérios levou à inclusão de mais de 400 mil crianças com deficiência nas escolas públicas de todo o país, por meio do programa BPC nas escolas (Benefício de Prestação Continuada), assegurando àquelas crianças o direito de frequentar a escola e ter convívio social.

Bolsonaro no limite

Após o encontro, durante entrevista coletiva, Haddad fez seu mais duro pronunciamento contra o adversário, Jair Bolsonaro (PSL). Ele questionou qual é o “limite da loucura” do candidato da extrema-direita. Para Haddad, as acusações de Bolsonaro estão “ficando sérias, com muita ofensa desnecessária”.

Ele também pediu que a imprensa questione as afirmações do candidato e de seus aliados. “Ou nós colocamos as coisas nos trilhos para sair dessa com liberdade, com respeito, ou nós vamos muito mal. Se a imprensa não ajudar, essa campanha não vai terminar bem. Não é assim que se ganha uma eleição”, disse. “A democracia está em risco. Acordem”.

O candidato do PT também lembrou que faz um apelo à campanha de seu adversário para parar com as notícias falsas e que ele alega que não pode se responsabilizar. Haddad, então, questionou: “mas quem está pagando por tudo isso? Custa barato fazer essa campanha pelo WhastApp? Quem é que paga?”

Haddad lembrou as eleições nunca ocorreram desta forma no Brasil e voltou a chamar Bolsonaro para o confronto de ideias. “Não se ganha uma eleição dessa maneira. É ruim para o país. Vamos debater propostas. E tem uma razão para ele não participar de debates: porque ele não vai poder falar isso na minha cara. Não vai poder afirmar nada do que ele afirma pela internet, frente a frente. Ele não vai conseguir sustentar”.

Ainda aos jornalistas, Haddad destacou que “o PT nunca violou o princípio democrático nos anos em que governou o país. Nenhuma instituição democrática foi enfraquecida. Quem tem de explicar o passado é meu adversário que defende a ditadura, que afirmou que a ditadura errou por torturar e não matar”.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

7 Comentários

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  1. O fascista criminoso sem escrúpulos

    O fascista, mau caráter, obtuso, mentiroso e sua campanha estão cometendo diversos delitos ao espalharem mensagens com conteúdo ofensivo e desrespeitoso. Há imagens de crianças fazendo sexo, pessoas quebrando imagens sagradas, de torutra,…

     

    Isso não é mais campanha política, trata-se de crime organizado. O Boçal e seus seguidores têm que ser punidos.

  2. “Nosso desafio é amar o

    “Nosso desafio é amar o diferente, nos tornamos humanos nesse convívio”, disse.”

    No programa Diálogos com Mário Sérgio Conti da globonews a atriz Ana Furtado que está enfrentando bravamente um cancêr, também diz que a doença pode humanizar uma pessoa.

    No caso dela é um belo testemunho, mas infelizmente nem todos tiram boas lições das adversidades.

  3. loucura sem limite
      

    Sylvia Moretzsohn

     Ontem às 10:18 ·  

    O mais impressionante, em toda essa loucura que estamos vivendo, não é as pessoas acreditarem nos mais delirantes disparates que vêm sendo espalhados por aí. É ver que, quando confrontadas com o discurso do fascista (não só o que promete exterminar “esses ativismos”, mas o que pode afetá-las mais imediatamente, que é a opção entre ter carteira de trabalho – ou seja, ter direitos – e trabalhar, para ter de onde tirar seu sustento, mesmo sem direito algum), é ver que essas pessoas respondem: ah, mas ele não vai fazer isso.

    Ou seja: ele diz que vai fazer, mas não é pra valer.

    Mas então por que todas as outras coisas que ele diz contra o seu adversário, as denúncias todas sobre o kit gay, sobre a obrigação das igrejas de celebrar casamentos gays, sobre a obrigação de as crianças mudarem de sexo (!!!), sobre a doutrinação “marxista” nas escolas e a “ideologia de gênero”, sobre a transformação do país numa Venezuela, porque tudo isso então não seria também uma mentira?

    Eu sei que o objetivo urgente é virar o jogo e não sei se será possível. Não sei, por exemplo, se a pessoa confrontada com sua crença será capaz de refletir intimamente e, na hora H, mudar seu voto.

    Mas é também urgente compreender os mecanismos que levam à formação e consolidação das crenças. Esta vem sendo a minha obsessão nos últimos anos. Sem compreender esses mecanismos não vamos conseguir avançar (ainda que, agora, se trate mais propriamente de não recuar ainda mais, para evitar a catástrofe).

     

    1. Resposta curta

      – ah, mas ele não vai fazer isso.

      – Curto e grosso: se um político promete fazer uma coisa boa, duvide. Se um político promete fazer uma coisa ruim, acredite.

  4. laboratório de refino e distribuição da droga (WhatsApp)
      

    Wilson Gomes

     13 de outubro às 20:13 · 

    Grupos de WhatsApp de apoio a Bolsonaro distribuem uma fake news por minuto. Pode ser ums por segundo, a depender das condições de temperatura e pressão políticas.

    Se a Justiça Eleitoral quisesse, de fato, coibir fake news saberiam onde encontrar o principal laboratório de refino e distribuição da droga. Notem: os links da maioria dos grupos são públicos e estão no hotsite da campanha do deputado.

    Haddad descobriu só agora que as fakes news do WhatsApp estão acabando com ele. Quer que a Justiça vá apagar as fake news, como se fossem artigos de jornais ou filmes da campanha de televisão. O moço ainda não está entendendo. Daqui pouco pede ao WhatsApp direito de resposta. Aguardem.

    A campanha de Haddad precisaria, para o dia 11 de outubro, de pelo menos 50 grupos de WhatsApp hiperativos, digitalmente competentes, com capilaridade e articulados para fazer minimamente frente à artilharia digital do bolsonarismo. Estão sendo bombardeados e não sabem nem de onde vêm os tiros. Pobres criaturas.

    99% dos petistas online continuam na sua perene reclamação contra a conspiração da mídia contra eles. Só que a mídia está atacando incessante e inutilmente Bolsonaro e ninguém está prestando atenção nela. Alguém precisa explicar para os petistas a diferença entre exposição voluntária à mídia e a exposição inadvertida aos materiais que vêm dos grupos de WhatsApp de apoio a Bolsonaro, passam para os grupos de WhatsApp da família e dos amigos e chegam, sem qualquer busca ativa e sem que eu possa filtrar, no meu inseparável telefone celular. Anotem aí e me contem: no fim do dia quanto conteúdo pró-Bolsonaro chegou no seu telefone? Alguém informe por favor aos petistas que o inimigo agora é outro.

     

  5. O segredo da vitória.

    Para cada uma das dez mil linhas que a esquerda escreve, dez figurinhas mentirosas são postadas nas redes. Dez mil linhas ninguém lê, dez figurinhas todos olham.

     

  6. Uns dois anos após a primeira

    Uns dois anos após a primeira vitória do LULA em 2003, veiculava propagandas na Globo News onde mostrava jornalistas creio da própria emissora e outros da CBN que armavam um palanque na rua e começavam a chamar o povo para a politica, a partir deste período a globo foi feroz contra os governos petistas!

    A globo conseguiu, mas não mirou direito!

    Mirou no Alckmin e acertou no bolsonaro…

    Um pais é como um grande navio, para mudar de rumo leva tempo!

    Daqueles 2004 até 2018, temos 14 anos!

    Da primeira tentativa a presidência do LULA em 1989 até sua conquista, foram exatos 14 anos!

    Esse foi o tempo que mídia batendo no PT, no mensalão, na lava-jato conseguiu dar uma guinada no eleitorado!

    Pode-se projetar a saída deste imbróglio de giro de um país!

    14 anos para mudar tendo em conta que havia uma mídia, ou seja, um poder interessado em desconstruir o outro e o poder a ser desconstruído erá democrático – governo que não lutava, havia somente o ataque da mídia…

    Contra bolsonaro vislumbra-se nenhum grupo de mídia interessado em destruí-lo, ao mesmo tempo que bolsonaro usará armas não convencionais para destruir possíveis inimigos!

    No fascismo, no totalitarismo, em governos de cunho militar, não pode haver propaganda contra o governo!

    O tempo de 14 anos que levou para desconstruir o PT dados a bolsonaro que irá desconstruir as bases do país, que a tendência dos militares será se repetir com alguns erros aprendidos!

    O governo Temer continua trabalhando e aprovando coisas que certamente ficarão para um governo bolsonaro, e se ficar a PEC da morte, a reforma da previdência terá de ser dura, além da reforma trabalhista!

    A falta de recursos vai desestruturar a rede de proteção social, as “novas” ações para educação deverão desestruturar ainda mais o ensino.

    Então os 14 anos de virada podem acabar multiplicados por 2, por 3!

    Se nos aventurarmos neste momento, provavelmente só iremos ver o pais onde o ser humano valha mais que o capital, somente daqui no minimo uns 28 anos ou mais!

    Um quase adeus para uma geração a constituição cidadã.

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