Haddad reduz distância de Bolsonaro para 10 pontos, mostra pesquisa BTG

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Ricardo Stuckert
 
Jornal GGN – Pesquisa realizada pelo instituto FSB, contratado pelo BTG Pactual, indica que Jair Bolsonaro está estabilizado num patamar de 30% a 33% e que Fernando Haddad reduziu a distância do principal adversário para 10 pontos. Na última pesquisa, Haddad tinha 16% das intenções de voto. Agora, tem 23%. A margem de erro é de 2,2 pontos.
 
Na pesquisa estimulada, Ciro Gomes está com 10%, em empate técnico com Geraldo Alckmin (8%). Marina Silva está com 5%. Brancos, nulos, não sabe ou não quis escolher um candidato, somam 13%.
 
O estudo, feito por telefone entre os dias 22 e 23 de setembro, mostra que Bolsonaro tem 31% dos votos espontâneos. Haddad tem 17%. Ciro tem 7% e Alckmin, 4%. Lula só tem 2% das menções espontâneas. Seu desempenho passou a cair quando a Justiça Eleitoral indeferiu seu registro de candidatura, em 1º de setembro. O crescimento de Haddad passou a ser significativo a partir da pesquisa de 8 e 9 de setembro, semana em que ele foi anunciado como candidato oficial do PT. Desde então, ele é o candidato que mais cresce, saindo dos 12% para 23% no intervalo de 2 semanas.
 
Na sondagem da BTG, Haddad e Bolsonaro têm os eleitores mais convictos: 84% e 86%, respectivamente, dizem que não vão mudar de voto. Já entre os eleitores de Ciro, 42% podem mudar de voto. No nicho de Alckmin, 44%. De Marina, 42% estão decididos.
 
SEGUNDO TURNO
 
No cenário de segundo turno, Bolsonaro só ganha com folga de Marina. Nos demais casos, empate no limite da margem de erro, mas mantém-se numericamente à frente.
 
Ciro 43% x 41% Bolsonaro
Haddad 40% x 44% Bolsonaro
Alckmin 40% x 41% Bolsonaro
Marina 34% x 46% Bolsonaro
 
POTENCIAL DE VOTO E REJEIÇÃO
 
Nesta pesquisa, Alckmin é o que mais tem potencial de voto, com 47%, seguido por Bolsonaro 46%, Ciro 46%, Haddad 41% e Marina, 35%.
 
Marina é a mais rejeitada, com 69%, seguida pelos demais candidatos, que estão praticamente empatados: Haddad com 48%, Bolsonaro 48%, Alckmin 47% e Ciro 47%.
 
Nesta pesquisa há 11% de eleitores dizendo que não conhecem Haddad.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. comédia

    Será engraçado ver para aonde migrarão os nanicos Çiro, Osmarina e Alckimin.

    Palpite: Osmarina encontrará uma razão telúrica e sustentável para que Bolsomico beije as suas mãos.

    Alckimin se declarará neutro e subirá no muro.

    Çiro vai continuar em campanha, dessa vez para a eleição de 2038, sem saber que nesse ano será eleito ÇERRA45 vice fegacê…viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiixe!

  2. Se entre os mais ricos,
    Se entre os mais ricos, faltam 10pp para atingir o bozo. Entre a mulambada, segundo o Gal Mourão, Haddad já deve ter passado.

    O Gal Mourão está certo, essa mulambada de Africanos e petralhas não valem nada.

    Ô raça !

  3. O PT e nós, por Wanderley Guilherme dos Santos

    O PT E NÓS

    24 de setembro de 2018Segunda Opinião

    A maioria do eleitorado em festa pela vitória de Lula, em 2002, não imaginaria que chegaria a 2018 com o PT comprometido por associação com os crônicos predadores da economia popular. A fúria persecutória da Lava Jato, conseguindo encarcerar sem provas um grande líder popular, propiciou a armadura emocional de que se vale grande parcela daqueles eleitores de 2002 para recusar audiência a argumentos críticos ao PT ou a Lula. A discordância política transformou-se em heresia religiosa.

    Contudo, é incontroverso que as políticas sociais, aquelas que “colocaram o povo no orçamento”, e de que se orgulham os líderes partidários, surgiram sem afetar a margem de lucro do grande capital. Ao contrário, a expansão dos negócios industriais e bancários adquiriu brilhante dinamismo, à custa dos ganhos da exportação. O mundo absorvia commodities com voracidade pantagruélica e desse fluxo beneficiou-se o governo Lula “sem tocar no lado da receita do Estado”, como admitiu Fernando Haddad, questionado por Ciro Gomes em debate televisionado. Não era pilhéria quando Lula reagia às campanhas contra ele e seu partido com a indagação: por que os ricos não gostam de mim? Lula, o fantástico e implacável intuitivo, nunca captou o conceito de luta de classes, limitado pelo horizonte sindicalista que reduz os conflitos à negociação sobre reposição de perdas inflacionárias.

    Cabem aplausos à distribuição da fartura ocasional entre os pobres e miseráveis, posto que, em circunstâncias similares, os governos mantinham a periferia fora da repartição. Mas a “receita que ficou intocável” se refere a políticas de efetiva distribuição de renda, alterando a contribuição proporcional do trabalho e do capital à acumulação econômica. Nem foram os pobres incluídos em programas institucionalizados, resistentes a ataques conservadores quando virasse a maré. Pois a maré virou e em dois anos desmontou-se a rede petista de proteção social.

    A expedição de reconquista do poder haveria de considerar os novos parâmetros do conflito distributivo, produtores das desigualdades e da pobreza no século XXI, século da ambição capitalista de desqualificar a relevância do trabalho humano na reprodução da espécie. O PT de hoje perdeu-se na nostalgia de um tempo feliz absolutamente vulnerável, desconhece as razões estruturais do conflito atual, e propõe a mesma estratégia de governo: retomar o realejo do passado, com acenos a medidas que nem são ousadas. Pior: com a mesma fórmula de governança. De um lado, em sociedade com os velhos cupins da economia pública que, em pagamento, depuseram Dilma Rousseff; de outro, com promessa de apaziguamento e pedido de benevolência aos donos do capital. A campanha do PT, hoje, visita escritórios atapetados mais do que amassa barro em porta de fábrica.

    Finalmente, os eleitores que promoviam as festas mais alegres e hospitaleiras das cidades, nos idos dos anos 2000, foram substituídos por leões de chácara emocionais, salivando contra alegados heréticos, exatamente como a direita, sem tirar nem por. De concessão em concessão, o PT transmitiu a seu eleitorado o dogma de que não se anda ao lado do povo sem a companhia de ladrões. Isso é falso, mas o novo eleitor petista segue o teólogo medieval Tertuliano: crê porque é absurdo.

    1. O PT e nós

      O post tem posições incontestáveis.

      Mas , no conjunto, me parece faltar a consciência que na democracia não há rupturas.

      Aa mudanças são necessariamente lentas. Ainda mais num país desde sempre comandado pelo conservadorismo mais desbragado.

      De tudo, vejo como o mais importante a cabal demonstração de que é possível avançar em políticas protetivas aos mais carentes sem quebras do regimento democrático que nos governa.

      Sim, podemos.

      Esse é o pilar central que tem levado a candidatura de Haddad à frente, sob o manto da lembrança do comando lulista.

      As críticas ao partido, importantes e imprescindíveis ao aprendizado, devem ser feitas dentro do organismo onde o contraditório pode ser exercido dura e consistemente no tempo. Nessa roupagem a própria, a militância e os movimentos empurrarão a cúpula partidária, se livre das injunções de caciques absorvidos pelo passado.

       

    2. Sim e não
       

      Que o PT carrega um histório de radicalismo, é inegável.

      Que o PT tenha se sujeitado a coligações espúrias para viabilizar seu governo, é notório.

      Dizer-se que o PT tenha transmitido ao seu eleitorado o dogma de que “não se anda ao lado do povo sem a companhia de ladrões”, como reconhece o articulista, é falso.

      O que não é falso é o  sempiterno poder de manipulação da palavra em bocas malditas,  pagas a peso de ouro a quem interessar possa.

      Sobre carpetes e o barro amassado:

      “A campanha do PT, hoje, visita escritórios atapetados mais do que amassa barro em porta de fábrica.”

      Do que sobrou da indústria nacional, mais máquinas para ouvir do que operários para reunir em assembléias ou manifestações.

      Só restaram os carpetes dos escritórios mesmo, para se atirar neles em súplica, à busca de doações de campanha.

       

        

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