“Haddad vai ao segundo turno”, diz Aldo Fornazieri

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Vinícius Mendes

Do Brasileiros

Mesmo em quarto lugar nas intenções de voto da pesquisa Datafolha, com 12% dos votos, o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, provavelmente vai ao segundo turno do pleito municipal do ano que vem. O motivo: o grande volume de candidaturas que vão desembocar em dois campos, os da oposição e os da situação ao governo. Essa é a análise do cientista político e diretor acadêmico da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Aldo Fornazieri.

Nos dados divulgados nesta terça-feira (3), o deputado federal Celso Russomanno, do PRB, aparece como líder de intenções de voto para a prefeitura, com 34% dos votos, contra 13% do apresentador de televisão José Luiz Datena, do PP; 13% da senadora Marta Suplicy (PMDB) e 12% de Haddad, do PT. Vale destacar que os nomes ainda não estão confirmados pelos partidos para o pleito. A pesquisa foi feita de forma que os entrevistadores entregaram uma lista de nomes aos ouvidos e, então, pediram suas respostas. O Datafolha ainda mostrou que, abaixo do primeiro pelotão, nomes como o do deputado federal Marco Feliciano (PSC), com 4%, do vereador Andrea Matarazzo (PSDB) e do empresário João Doria Jr. (PSDB), com 3%, também aparecem como opções.

“Eu entendo que Haddad vai para o segundo turno por causa dos dois campos que serão criados: o do governo e o da oposição. O fato de surgir muitas candidaturas vai favorecer o atual prefeito, mesmo com a Marta Suplicy na disputa, porque ela vai disputar com todos os outros também. O Haddad tem 15% de aprovação do governo e 34% de pessoas que consideram seu trabalho regular. Ele tem que crescer em cima dessas pessoas que consideram o governo regular”, disse Aldo. “Se você olhar a avaliação das políticas públicas, que são polêmicas e provocam discussão na cidade, a maioria é favorável. Esse é um dado muito importante. Na campanha eleitoral o Haddad vai ter tempo para explicar de forma racional as medidas que estão sendo tomadas. Ele vai convencer o paulistano sobre essas medidas inovadoras e a tendência é que essas explicações se consolidem em votos”, completou.

Aldo, no entanto, acredita que a posição de Russomanno na última pesquisa pode colocá-lo à frente do campo da oposição ao atual prefeito paulistano. “Ele [Russomanno] sai na frente, mas veja o seguinte: em 2012 ele foi inconsistente. Estava na frente até do José Serra [candidato à prefeitura de São Paulo naquele ano, pelo PSDB] e depois desandou porque a apresentação do seu programa foi inconsistente. A pergunta é: ele amadureceu? Se sim, pode apresentar um programa que sustente a sua liderança e ir para o segundo turno com o Haddad. Só vamos ver isso durante a campanha”, afirmou.

Com 13%, o apresentador da Band, José Luiz Datena, apareceu na vice-liderança da pesquisa. Localizado no campo da oposição ao atual prefeito, Aldo acredita que, por um lado, ele pode tirar votos de outros candidatos do mesmo campo, mas por outro, tende a ser um fenômeno passageiro. “Ele pode tirar votos do Russomanno, mas também pode ser um fenômeno momentâneo. A tendência é que esses candidatos mostrem inconsistência na hora de apresentar um programa para governar uma cidade complexa como São Paulo. O eleitor está em busca de candidatos racionais”, finalizou.

Para participar das eleições, os partidos políticos devem ter seu estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até um ano antes da eleição. A data dos pleitos pelas cidades brasileiras ainda não foram confirmadas pelo tribunal, mas devem acontecer no dia 2 de outubro de 2016.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Se SP eleger Datena,

    Se SP eleger Datena, Russomano ou João Dória, ao invés do Haddad, então é melhor trancar e jogar a chave da cidade fora, pois só uma idiotice coletiva poderia levar a cidade a um governo desastroso dos 3 primeiros. Quanto à Marta, ela vai relaxar e gozar fora do segundo turno sendo rejeitada pela direita e pela esquerda.

  2. As pesquisas e a qualidade da água…

    Olhando essas pesquisas, podemos dizer que definitivamente a qualidade d’água contribuiu para esse resultado momentâneo dessa pesquisa, né não? Resíduos de feses no cérebro é foda.

     

    Sem militância e sem verba de empresas privadas na campanha, quero ver até onde eles aguentarão.

     

     

     

    http://www.brasilpost.com.br/aina-cruz/haddad-e-a-logica-dos-privilegios_b_5827424.html

     

     

  3. Se Aldo falou, é lei.
     

    Se Aldo falou, é lei.

       Escute aqui uma aposta que só poderá ter um perdedor :Eu

      Se Haddad chegar no segundo turno pago pra vc uma caixa de vinho.

     Se ele vencer, pago o vinhedo inteiro.

       E se vc perder ?

      Escreva o de sempre : ”As zelites” etc e tal.

    Tudo isso é brincadeira. Mas numa aposta pra valer grana mesmo, Haddad não chega no segundo turno.E se chegar em terceiro a aposta empata.

      Vc só perde se Haddad chegar do quarto lugar pra baixo.

         Quanto quer apostar ?

        Como dizia um amigo meu : ”casado dorme junto”.

         Ou seja, vamos deixar na mão do Nassa o dinheiro da nossa aposta.

                ps: Não sei se há tempo. Mas se Haddad trocar de partido, a aposta não vale.

  4. quem e petista ou pelo menos

    quem e petista ou pelo menos tem simpatia pelo pt ou pelo menos acha o  pt o menos pior vai prefirir votar no haddad do que na marta

     

    o datena por seu um candidato diferente era para ele estar com mais do que 13%  se a tendencia do datena e cair com o tempo  ele começou muito mal

     

    o alckmin por exemplo em 2008 se candidatou para prefeito e ficou em 3º lugar , porque quem vota nele preferiu votar no kassab, então esssa divisão da direita com joão doria,matarazzo,feliciano,datena e outros beneficia o haddad ir para um 2º turno agora ganhar e muito dificil praticamente impossivel, mesmo se a dilma estivesse com 70% de aprovação em são paulo como estava em 2012 e o lula com 80% de aprovação em sp em 2008 seria impossivel do mesmo jeito quem dirá agora com 10% de aprovação

  5. Primeiro Turno
    Não estou louco não. Eu não costumo errar em eleições municipais. Haddad vence fácil já no primeiro turno. Ele já tem parte da classe média e dos mais jovens. Todos os outros vão canibalizar os mesmos eleitores anti–petistas. Isso é tanto verdade que o PMDB já balançou com o resultado de Haddad nessa pesquisa. E ninguém melhor para cheirar o poder do que o PMDB. Marta vai ter que rebolar muito. Haddad precisa agora focar nas periferias para neutralizar o voto mundo cão e evangélico. O cenário é promissor

  6. Pesquisas e os resultados das urnas

    Vou reproduzir um comentário que eu fiz em post semelhante:

    Em 2012 as pesquisas apontavam Serra e Russomano disputando os 2 primeiros lugares. Perto das eleições, Russomano aparecia ganhando disparado. Haddad era o terceiro em todos os cenários.

    Das três, uma:

    1 – A pesquisa influencia diretamente no resultado do pleito: ao saber das projeções, o eleitorado muda o voto na última hora;

    2 – A metodologia e a coleta de dados da pesquisa precisam ser revistas. Não sei bem se as amostragens estão sendo tomadas precipitadamente, ou sem o devido critério;

    3 – Ou, no pior dos casos, a pesquisa é manipulada: sabendo da tendência da nossa estimada imprensa em cair pelo lado direito e favorecer certos candidatos, não é mera ilação.

    Todo o processo de execução das pesquisas é feito baseado em amostragens. O princípio pe mais ou menos assim: suponha que um tanque estivesse cheio de bolinhas de gude misturadas, dentre elas 500 azuis, 300 brancas e 200 vermelhas. Se alguém selecionasse aleatoriamente 10 dessas bolinhas, o esperado é que a proporção esteja dentro do intervalo esperado, ou seja, 50% de azuis, 30% de brancas e 20% de vermelhas. A margem de erro é o ajuste feito de acrodo com a confiança dos dados amostrais. Não é necessário contar todas as bolinhas para se ter uma noção da quantidade que o tanque contém. Esse critério é aplicado nas pesquisas, que tentam abarcar diversas classes sociais, localização geográfica, idade, renda, etc.

    Em todo caso, as pesquisas deveriam ter um critério mais abrangente, serem feitas em um número reduzido e mais próximas do pleito.

  7. Não acredito em dataFalha. No

    Não acredito em dataFalha. No mais porque dizem que está em quarto, se 12 e 13% simplesmente é margem de erro. No minimo pela dataFalha estão os tres candidatos embolados. O resto é propaganda pura. Como é que ficam comentando essa piada?

    Mas não vai ser facil para o Haddad não.

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