Impacto anti-PT no Sul e Sudeste, ao longo dos anos, garantiu vitória de Bolsonaro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Mapa do Brasil – Bolsonaro venceu nos estados pintados em verde e Haddad em vermelho. As cores mais claras indicam a vitória mais apertada – Imagem BBC News
 
Jornal GGN – Ao analisar a geografia dos votos que garantiram a vitória a Jair Bolsonaro (PSL) neste domingo (28), a maior concentração de eleitores decisivos para este resultado esteve nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. 
 
Fernando Haddad (PT) venceu em todos os estados do Nordeste, obtendo mais do que o dobro dos votos de Bolsonaro. Apenas dois estados do Norte deram vitória a Haddad, os demais garantiram o resultado a favor de Bolsonaro.
 
De acordo com dados divulgados pela BBC, nas regiões Sul e Suldeste, Bolsonaro já iniciou com grande vantagem, obtendo quase o dobro de Haddad: 39,4 milhões de eleitores contra 20,1 milhões. No Nordeste, foram 20,3 milhões de votos garantidos a Haddad, contra uma minoria de 8,8 milhões a Bolsonaro.
 
O efeito geográfico que impacta decisivamente nas eleições brasileiras é histórico. A maior concentração de votos conservadores e à direita do alinhamento político sempre esteve no Sul e Sudeste, e o Nordeste garantia a vitória ao PT.
 
Entretanto, de alguns anos para cá, a força dos candidatos do partido também se viu afetada, com maior destaque para a região Sudeste, que registrou uma escala brusca de queda desde a eleição de Lula, em 2002, até a de Haddad, agora em 2018.
 
As regiões Sul e Centro-Oeste também marcam um declínio dos votos no PT desde a primeira candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até a de Haddad. Por outro lado, o Nordeste só aumentou a quantidade de votos dados ao partido, desde Lula em 2002 até Haddad hoje. 
 

Infográfico: BBC News
 
E, paralelamente, ao longos destes anos, os votos na oposição ao PT tiveram maior impacto na região Sudeste, que concentra 3 dos maiores colégios eleitorais do país – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 
 
 
 
Infográfico: BBC News
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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