Agência usa influenciadores para fazer propaganda pró-PT no Twitter, diz jornal

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A jornalista Paula Holanda (@pppholanda), com 6,4 mil seguidores no Twitter, revelou na rede social que aceitou ser paga por uma agência de marketing digital para fazer propaganda eleitoral pró-PT, sem saber que tinha sido “contratada” para esta finalidade. Segundo a Folha desta segunda (27), ela informou que recebia R$ 1 mil pelo serviço, mas não deixou claro se o valor era referente a 1 tweet ou por demanda. Além disso, ela disparou na plataforma que não tinha assinado contrato nenhum.
 
Por ser militante de pautas mais à esquerda, ela admitiu que foi procurada (assim como outros influenciadores) pela agência Lajoy, com o objetivo de publicar mensagens em apoio a pautas progressistas, em defesa dos diretos humanos. Mas, na prática, a influenciadora foi pautada para fazer propaganda para Gleisi Hoffmann, Luiz Marinho e, quando pediram para “enaltecer” o governador Wellington Dias, ela percebeu que o combinado não conferia com a realidade. Ao questionar a agência, acabou sendo expulsa do grupo de influenciadores que era orientado via WhatsApps.
 
Segundo Paula, ela disparou mensagens sobre Gleisi e Luiz Marinho sem resistência porque acredita no trabalho dos petistas. Mas “enaltecer” o governo Dias, no Piauí, não seria compatível com seus ideais. Ela explicou aos seguidores que se recusou a falar de Dias porque seu governo tem sucateado a educaçã pública e silenciado as mulheres.
 
A mineira Lajoy é a agência que procurou Paula e outros influenciadores. A empresa é focada em marketing digital e utiliza os chamados influenciadores digitais para atender seus clientes. Várias marcas lançam mão desse expediente (contratam pessoas com milhares de seguidores para falar bem de seus produtos em troca de dinheiro ou mimos, e nem sempre esses influenciadores expõem que são contratados), mas a lei eleitoral proíbe claramente a propaganda nas redes sociais que não informa o eleitor sobre a compra desse espaço.
 
Paula afirmou que não mais trabalha mais com a agência Lajoy. Esta, por sua vez, informou à Folha que foi contratada pela agência Be Connected para indicar os influenciadores para campanhas do PT, nos meses de junho e julho. A Be Connected pertence a um membro do diretório municipal do PT de Belo Horizonte.
 
Segundo a Lajoy, seu papel é “dar consultoria sobre quais jovens profissionais tecnológicos e digitais de esquerda eram aptos a construir e sugerir a melhor tática (conteúdo: posts, memes e gifs) de apresentar a proposta para quando chegasse o período eleitoral. Não havendo nenhuma contratação pela minha empresa para este período.”
 
De acordo com a Folha, a propaganda irregular em redes sociais pode render multas de R$ 30 mil. Procurada, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse que está “averiguando” o que ocorreu.
 
Leia mais aqui.
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

18 Comentários

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  1. A ingenuidade e estupidez do PT sempre nos surpreendendo

    Mais uma vez a esquerda pagando a conta por fazer algo que todos fazem… porém a esquerda faz da maneira mais idiota e auto-condenatória possível.

    Os “prints” que eu vi na internet são tão caricatos que sinceramente eu cheguei a pensar que era uma armação da direita. Pelo jeito não… realmente algum idiota mandou um email para dezenas de pessoas desconhecidas se auto-incriminando e ditando “regras” hilárias sobre como ser de esquerda no tuíter… provavelmente um “jovem” acessor de algum deputado… sem a menor noção da gravidade do que estava fazendo.

    Em plena guerra política e semi-ditadura judiciária esse tipo de erro é INACEITÁVEL!

    É óbvio que toda imprensa e o MBL transformaram isso em um carnaval.

     

  2. “Alugam-se caras e bocas”, resumo de rede social
    Li a reportagem no link porque o acesso não está restrito a assinantes, pela gravidade do assunto e para conferir a exploração do panfleto; a F@lha até segurou seu antipetismo – houve uma repetição de nomes de parlamentares sem a devida apuração da ligação entre eles e outros envolvidos mas a reportagem, apesar de um denuncismo tácito que destacou na manchete e não esclareceu no corpo do texto, foi neutra considerando seu antipetismo feroz, que pareceu refreado.
    Sobre o caso
    Uma “influenciadora” que sugere aos seguidores não serem influenciáveis, hahahaha. Só no Brasil da piada pronta.
    E aproveita para fazer auto propaganda de sua boca de aluguel.
    Uma hipócrita.
    Foi contratada para fazer posts sobre políticos e, ingênua, não sabia que era campanha política!
    Oportunista, estava falando pra público de esquerda e parece não ter aceitado falar bem de Wellington Dias porque suas “pesquisas”, supostamente com a “turma progressista”, não o favoreciam e poderiam queimar seu filme de ativista influenciadora – outra praga da internet, a Uberização da publicidade, propaganda e relações públicas -, ou seja, não poderia lucrar sem sair de sua zona de conforto, queria ganhar dinheiro vendendo opiniões que lhe favoreciam como “influencer” de esquerda (uma heresia, ser de esquerda e lucrar com a pior mais valia, da sua própria consciência).

    Com essa esquerda e outras que fazem sucesso no mundo digital, vê-se que a promiscuidade e hipocrisia não são monopólio da direita e do mbl, e que as esquerdas precisam de cuidado maior com a comunicação e a mobilização de sua militância porque a idoneidade, um de seus maiores patrimônios, não pode ser relativizada pela profissionalização da política eleitoral e da comunicação social.

    Sampa/SP, 27/08/2018 – 16:03 (alterada às 16:07).

  3. Isso não passa de mais uma barriga jornalistíca!

    A Folha de São Paulo difundindo fakenews e criando confusão. Quem acompanha os debates nas redes sociais sabem muito bem que o PT não precisa desse tipo de influenciadores artificiais. Perfis no facebook como Mídia Ninja e Jornalistas Livres possuem mais de 1 milhão de seguidores cada e já fazem campanha de apoio ao PT de forma espontânea há anos. Isso sem falar de toda uma rede de imprensa alternativa de esquerda que já encampam a defesa dos governos petistas como é o caso da Revista Fórum, jornal Brasil 247, Blog da Cidadania, Brasil de Fato e assim por diante.

    Cabe mencionar que os perfis dos próprios líderes petistas e do partido nas redes sociais têm alcance muito grande. Só o debate alternativo feito pelo Haddad e Manuela pelas redes sociais envolveram mais de 200 perfis do facebook e youtube e teve um alcance de mais de 3 milhões de visualizações. A quantiddade de perfis associados ao PT e a esquerda é muito grande e pulverizado. Por outro lado quem realmente precisa contratar ifluenciadores é a direita.

    Essa matéria não passa de mais um caso de fakenews grosseira. É mais um exemplo do baixo nível do jornalismo brasileiro. E não tenham dúvidas que até as eleições vão ter muito mais boatos e mentiras espalhadas pelas redes sociais. A direita golpista e seus panfletos do PIG vão jogar pesado. Eles só estão começando a guerra de desinformação. 

     

  4. Não sei o que é pior.

    Vender opinião já é um grave sinal de degradação da consciência política, mas comprar este tipo e “serviço” é tão degradante quanto. Vindo da falha de são paula, é de se duvidar, sempre. Por outro lado não seria nenhuma surpresa a constatação de que este tipo de serviço possa “estar” sendo “contratado”. A verdade, ou a mentira, aparecerá.

    1. ” Os contratados “.

      Em época de eleições, sempre apareceram nesse espaço que nos é oferecido pelo Nassif, comentaristas novos e que depois desapareciam. E sempre desconstruindo os candidatos do PT. Foram muitos na campanha de 2014. E sempre os denominávamos como ” os contratados “. Por minha vez, quando os retrucava em comentários, usava o mesmo título que usei acima: ” OS CONTRATADOS “.  Lá se vão 4 anos e, sem querer estou me valendo do mesmo título, muito usado quando da eleição da HONRADA em 2014.

  5. Vou postar aqui a matéria do
    Vou postar aqui a matéria do the intercept que para mim é um órgão de imprensa com mais credibilidade.

    https://theintercept.com/2018/08/27/pt-compra-tuiteiros/

    DONA DE AGÊNCIA DIZ QUE EMPRESA DE DEPUTADO DO PT ESTÁ POR TRÁS DE COMPRA DE TUITEIROS
    Leandro Demori, Rafael Moro Martins
    27 de Agosto de 2018, 16p4

    A COISA COMEÇOU com uma série de tuítes disparados no sábado à noite por @pppholanda, perfil da jornalista Paula Holanda, que usa VOTEM LULA HADDAD como nome na rede social. Holanda soltou uma bomba: revelou que havia sido contratada por uma agência mineira de marketing digital chamada Lajoy para promover “conteúdo de esquerda” em seu perfil mas que, na verdade, a empresa estava pedindo para que ela e outros tuiteiros fizessem campanha política a favor de candidatos do PT – o que é proibido pela legislação eleitoral.

    Um pedido para que ela publicasse tuítes elogiando o governador petista do Piauí, Wellington Dias, candidato a reeleição, foi o estopim para o revelação da jornalista, ela argumentou. “A intenção da pauta de hoje é divulgar & enaltecer a trajetória e as ações de Wellington Dias, que concorre ao seu quarto mandato de governador do Piauí”, disse o briefing enviado ao grupo de WhatsApp criado para juntar os influenciadores.

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    Eu topo
    Holanda decidiu jogar o caso no ventilador das redes. “O combinado foi manter sigilo sobre a ação. Mas o combinado também foi que a ação seria de esquerda, não uma ação partidária”, ela escreveu em sua conta. “Eu comecei a ficar desconfiada pois as duas primeiras pautas eram sobre petistas. Minha desconfiança explodiu hoje, na terceira pauta, sobre o governador petista do piauí Wellington Dias”, afirmou.

    Àquela altura, posts de influenciadores tecendo loas a Dias se avolumavam no Twitter. Mas não passou batido, para tuiteiros piauienses, que muitos dos que publicavam elogios ao governador sequer moravam no estado. Antes, Gleisi Hoffmann (candidata a deputada federal), Luiz Marinho (candidato a governador de São Paulo) e Lindbergh Farias (que tenta se reeleger senador) também tinha sido elogiados por membros do grupo. Os tuiteiros recebiam frases enlatadas pela Lajoy em um grupo de WhatsApp e muitos deles simplesmente faziam cópia e cola em seus perfis no Twitter.

    Um deles era o jornalista William de Lucca, de São Paulo. “Que @wdiaspi (perfil de Wellington Dias no Twitter) siga, ao lado de #LulaPresidente, fazendo o Piauí melhor! :)”, escreveu. Horas depois, ele apagou a publicação, registrando que por um mês fizera parte “de uma ação com outros ativistas para debater pautas progressistas aqui no Twitter”. E escreveu: “Quando topei, deixei claro que não falaria sobre o que não acredito, e assim o fiz. Por conta da condução da agência em relação a ação, eu me desliguei da mesma”, tuitou. A história ganhou vida própria no Twitter por meio das tags #MensalinhodoTwitter e #WellingtonDiasGate.

    Campanha para o PT
    Em um e-mail publicado nas redes e que teria sido enviado pela Lajoy aos influenciadores, a ação é bem mais explícita do que apenas “defender pautas de esquerda”. A agência cita especificamente o PT. “Estamos com um objetivo de fazer ações de militância política para a esquerda e eu gostaria de saber se você está aberta a conversar sobre uma ação nível Brasil (sic) para ativismo de partidos de esquerda, como PT, que defendem abertamente e são favoráveis a causa LGBT, empoderamento feminino, movimento negro, movimento dos trabalhadores, causa animal etc”, lê-se na mensagem.

    No e-mail, Lula e Dilma também são mencionados: “O objetivo é realmente você publicar suas opiniões pessoais de apoio aos candidatos de esquerda que já trabalhamos, como por exemplo: Lula, Dilma etc”, prossegue o texto, antes de sugerir exemplos de pauta: “Fale sobre a candidatura do Lula de maneira descontraída”, “Fale como a direita não apoia e não sustenta abertamente os LGBTs e por aí vai…”

    O e-mail revela os valores a serem pagos pelos tuítes. Cada influenciador aceitou postar ao menos uma vez por dia em sua conta pessoal – alguns deles tem dezenas de milhares de seguidores – as mensagem pré-cozidas pela Lajoy. “Temos de verba R$ 1.500,00 por mês para a entrega de 1 conteúdo por dia publicado na sua rede social mais relevante, pode ser 1 tweet, 1 story, você escolhe…” Noutras publicações que circularam pelo Twitter, falou-se em “ganhos mensais de até R$ 2.000″.

    A Lajoy era só a ponta
    A agência Lajoy, que fez os contatos com os tuiteiros, não era a responsável pela gênese da ação. Segundo sua dona, a também tuiteira Joyce Moreira Falete Mota, a empresa foi contratada por outra firma para buscar os influenciadores e ser o canal de comunicação com eles. Mas qual era essa outra empresa?

    Ouvida pelos jornais O Globo e Folha, Joyce Moreira Falete Mota diz que o trabalho foi encomendado pela Beconnected. O Globo conseguiu falar com um dos sócios da Beconnected. Ele se chama Rodrigo Queles Teixeira Cardoso e disse “que sua empresa não foi contratada para fazer campanha eleitoral”. Mas confirmou que ela é contratada pelo PT desde junho “para fazer o monitoramento de redes sociais”. Ele negou que qualquer influenciador tenha recebido pelo serviço.

    O Intercept teve acesso a um áudio enviado por Joyce a um influenciador que não aceitou participar da campanha. Nele, a dona da Lajoy diz a compra de tuítes foi feita por uma plataforma chamada Follow, que pertence ao deputado federal Miguel Corrêa da Silva Júnior, que até janeiro deste ano era secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em Minas e se licenciou para concorrer ao Senado pelo PT. A Follow fica no mesmo endereço da Beconnected, citada por Joyce publicamente como o comprador dos tuiteiros. “Surgiu um pedido de um cliente, que é uma plataforma chamada Follow”, diz Joyce, no áudio enviado ao influenciador. Ela revela também o tamanho do grupo: “Atualmente temos mais de 70 influenciadores de esquerda trabalhando conosco.” E termina: “Eu acho que já te mandei o e-mail com a proposta de remuneração, se você está de acordo com o valor…”.

    Follow e Beconnected estão, ambas, registradas na sala 501 do Edifício Comercial Pavarotti, na rua Fernandes Tourinho, 669, no luxuoso bairro Savassi, em Belo Horizonte.

    Sócios e assessores políticos
    No mesmo endereço estão sediadas outras empresas cujos donos também são apadrinhados de Corrêa – a sala 501 do Condomínio Pavarotti funciona como uma espécie de gabinete informal do candidato ao Senado. Rodrigo Queles, ouvido pelo O Globo como sócio e porta-voz da Beconnected, foi assessor de Miguel Corrêa – segundo seu próprio currículo público – na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em Minas.

    O principal nome que circula pelo prédio é o de William Vinicius Lopes Camargos. Ele é sócio, juntamente com Queles, da Sharing, empresa aberta em maio deste ano e sediada na mesma sala 501. Camargos, que ocupa o cargo de diretor da Sharing, é um velho braço direito de Corrêa. Ele teve um cargo, em 2012, na Ouvidoria Parlamentar na Câmara dos Deputados em Brasília enquanto o ouvidor era o próprio Miguel Corrêa.

    Camargos é petista de carteirinha, literalmente. Ele faz parte do Conselho Fiscal do PT de Belo Horizonte, já apareceu na Secretaria de Estado de Governo de Minas e atualmente exerce uma secretaria executiva no governo do petista Fernando Pimentel em Minas. Ele também aparece como doador de R$ 6,5 mil para a campanha de Cristina Corrêa, irmã de Miguel. Ela concorreu a deputada estadual em 2014 e perdeu.

    Outro sócio da Sharing é Breno Eduardo Neves Nolasco. Ele também está lotado na Secretaria de Ciência comandada por Miguel Corrêa.

    Além da Lajoy, os influenciadores também eram contactados por uma pessoa cujo e-mail estava ligado a uma agência chamada Vbuilders ([email protected]). O texto do e-mail de alistamento era o mesmo usado pela Lajoy. Não encontramos a Vbuilders nas bases de dados das empresas brasileiras, mas uma busca pelo nome da firma nos levou a Luis Felipe Veloso de Lima, que se apresentava no LinkedIn como um dos fundadores. A informação foi excluída de seu currículo, mas há ainda outra, mais interessante. Lima é co-fundador da Golz, outra jovem empresa – ela foi aberta há pouco mais de um mês. Onde fica? No edifício Pavarotti.

    Antes de fundar a Golz, Lima trabalhou na secretaria de Ciência de Miguel Corrêa. Em seu currículo público, ele diz que era “um dos responsáveis por gerir mais de 30 agentes de inovação, em 17 cidades do interior de Minas Gerais”, em um projeto chamado Minas Digital.

    Há ainda uma última empresa instalada no Pavarotti. É a Formula Tecnologia Ltda, que tem como sócios o próprio candidato Miguel Corrêa e também Lidia Correa Alves Martins, membro Diretório Municipal do PT de BH e ex-chefe de gabinete da Câmara Municipal de BH. Não conseguimos confirmar se ela tem parentesco com o deputado licenciado.

    Crime eleitoral e velhas denúncias
    Ontem, pelo Twitter, a procuradora Janice Ascari disse que o caso estava sendo apurado pelo Ministério Público Eleitoral. “Meus amigos procuradores eleitorais, especialmente os do Piauí, estão em plena atividade.”

    A lei eleitoral permite que partidos paguem apenas para impulsionar conteúdo em redes sociais – são permitidos posts patrocinados no Twitter ou no Facebook. Mas as publicações devem deixar claro que se trata de propaganda partidária e mencionar qual legenda está bancando. O que o MP tentará descobrir agora é a origem do dinheiro que teria alimentado as empresas ligadas a Miguel Corrêa.

    Corrêa é político desde 2004, quando se elegeu vereador em Belo Horizonte pelo PPS. No ano seguinte, filiou-se ao PT. Elegeu-se deputado federal em 2006. Entre setembro de 2008 e março de 2009, foi vice-líder do PT na Câmara. Em 2010, foi reeleito e voltou a ser vice-líder do PT na Casa. Em 2014, conseguiu mais um mandato.

    Em 2011, reportagem do jornal O Estado de Minas envolveu Corrêa na suspeita de desvio de dinheiro que deveria ser utilizado para beneficiar jovens mineiros. Segundo a denúncia, a verba serviu para bancar candidaturas de deputados da base de apoio do governo Lula e Dilma e para enriquecer um empresário.

    Tratava-se do Instituto Mineiro de Desenvolvimento, o IMDC, que segundo reportagem do jornal, “recebeu cerca de R$ 100 milhões, somente nos últimos quatro anos, de acordo com estimativa de publicações oficiais”. Parte dele veio graças a emenda parlamentar de Corrêa, “que destinou emenda de R$ 400 mil a Belo Horizonte, para que o IMDC pudesse realizar o carnaval temporão da cidade. Corrêa admitiu a transação e se desculpou pela triangulação do recurso, que está sendo apurada pelo Ministério Público Federal.”

    Corrêa é atualmente candidato ao Senado – faz dobradinha com a ex-presidente Dilma Rousseff na tentativa de levar as duas vagas que Minas tem direito. Ao TSE, ele declarou bens que somam pouco mais de R$ 142 mil, a maioria depósitos bancários e quotas de capital. Curiosamente, em 2014, dissera ter um patrimônio quatro vezes maior – R$ 580 mil, inclusive duas casas e um terreno que, juntos, tinham valor declarado de R$ 330 mil.

  6. Agência usa influenciadores para fazer propaganda pró-PT

    parlamentares profissionais

    sindicalistas pelegos

    burocratas baba-ovo

    assessores mercenários

    marqueteiros milionários

    militantes remunerados

    nada mais do que business, como sempre…

    foi esta corja amaldiçoada que destruiu o PT

    esqueçam a FSP, leiam aqui:

    #Lulazord: Agência contrata influencers para fazer propaganda para o PT e no fim tudo não passa de GOLPE da CIA… ou crime eleitoral.

    p.s.: não é de hoje…

    Exclusivo: Investigação revela como blog defendia Dilma com rede de fakes em 2010

    .

    1. A ingenuidade dos militantes de esquerda

       novo

      Antes era o ouro de Moscou, agora são os hackers russos, agora são os influenciadores digitais. Amanhã serão denunciados os trumpetistas.

      Vocês acham que aqueles carros de som caíram do céu? E aquelas faixas foram enviadas por algum santo da Igreja Católica.?.

      E os jornalistas trabalham de graça ?

      Tudo tem custo.

      Tou cheio de mimimi.

      Se alguém me pagar uma cx de whisky pra eu falar o que o PT, os sindicatos e os movimentos sociais tem lutado pelos trabalhadores desse país manda que eu vou encher a cara.

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      1. Agência usa influenciadores para fazer propaganda pró-PT

        -> Se alguém me pagar uma cx de whisky pra eu falar o que o PT, os sindicatos e os movimentos sociais tem lutado pelos trabalhadores desse país manda que eu vou encher a cara

        1. por que alguém lhe pagaria uma caixa de whisky para fazer algo que vc já faz de graça?

        2. por que vc receberia algo para defender aquilo no que vc acredita e pelo que luta?

        3. vc já enche a cara mesmo de qualquer jeito…

        4. não há nada de errado em receber por serviços profissionais prestados a qualquer campanha política. mas militância jamais deve ser “serviço profissional”, portanto é obrigatoriamente voluntária e não remunerada.

        5. só o povo politizado e organizado é capaz de dar a força suficiente para as transformações que tem que ser realizadas no Brasil. e isto não se paga, porque não tem preço.

        foi assim que pouco a pouco o PT se desgraçou.

        .

  7. Ok. Agora quero saber o

    Ok. Agora quero saber o quanto essa “infleunciadora” recebeu pra “divulgar” essa historinha pro jornal da ficha suja da Dilma.

  8. A ingenuidade dos militantes de esquerda

    Antes era o ouro de Moscou, agora são os hackers russos, agora são os influenciadores digitais. Amanhã serão denunciados os trumpetistas.

    Vocês acham que aqueles carros de som caíram do céu? E aquelas faixas foram enviadas por algum santo da Igreja Católica.?.

    E os jornalistas trabalham de graça ?

    Tudo tem custo.

    Tou cheio de mimimi.

    Se alguém me pagar um whisky pra eu falar o que o PT, os sindicatos e os movimentos sociais tem lutado pelos trabalhadores desse país manda que eu vou encher a cara.

  9. Estranho

    Muito estranho mesmo.  A começar da pureza de propósitos de profissionais de “esquerda” prontos a jogar no ventilador tudo o que possa prejudicar a própria esquerda. Será que tudo isso pode ser comprovado ou drasticamente desmentido? Ou temos mais um caso de “aloprado” tão comum quando o PT está em vantagem contra os profisssionais, digo, partidos da direita? Até agora, não sei o que realmente aconteceu. Prefiro aguardar os próximos capítulos, ciente  de que, como acontece em Curitiba, contra o PT qualquer delação serve e não são necessárias provas objetivas.

  10. Tudo por dinheiro
     

    Então as pessoinhas receberam um cascalho para falar bem do PT.

    Eu não gosto do PT e nem dos petistas radicais agressivos, como os muitos com quem convivi.

    Nunca votei no Lula nem na Dilma.

    Só votei cravado na Marta, e não me arrependi.

    Não receberia UM PUTO para falar mal do PT, do Lula ou  da Dilma, por uma simples questão de respeito.

    Respeito pelos governos de ambos e, principalmente por valorizar quem conseguiu, a despeito de todo o brutal poder econômico que nos cerca, ser capaz de criar um partido tão expressivo e poderoso apenas com a  fiel contribuição de seus filiados e  que,  não obstante todas as vicissitudes,  conseguiu chegar ao poder máximo.

    Essas pessoinhas que eventualmente receberam para falar bem do PT, por certo receberam muito mais para falar mal ou “confirmar denúncias”.

     

     

  11. Adendo

    O PT acaba de, oficialmente, declarar que não contratou agência nenhuma para falar bem do partido. Embora isso faça sentido, infelizmente, como tem acontecido em outras denúncias, quase todas sem fundamento,  a palavra final perante  a sociedade ficará à mercê da isenção das autoridades e da mídia hegemômica.  Logo, se o PT não tiver condições de, por seus próprios meios, desmascarar os autores da tentativa (até agora) de escândalo, ela (a tentativa) prevalecerá.

    1. O resultado da investigação

      O resultado da investigação sobre o tema terá atingido o objetivo: cassar o registro do PT e “babau” eleições!

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