Instituto Wilson aponta Barbosa para o Senado e debate eleições brasileiras

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O Wilson Internacional Center promoverá um debate sobre as eleições de 2014 no Brasil. O Instituto já premiou a presidente Dilma Rousseff, em 2011, no Woodrow Wilson Awards, e tem como diretor do Brazil Institute o jornalista Paulo Sotero, que já passou pela Veja e Estado de S.Paulo.

Na nota de divulgação do evento, algumas informações chamam a atenção pelo teor das repercussões na imprensa internacional. Uma delas é que o Instituto aponta Joaquim Barbosa, “o primeiro membro negro da Suprema Corte Brasileira”, como uma das especulações para potencial candidato ao Senado Federal, no partido de Campos, o PSB.

Joaquim Barbosa também é descrito como aquele se tornou popular por presidir o julgamento da corrupção política do Mensalão.

A nota também se refere a Luiz Inácio Lula da Silva, como um “um experiente político e mentor de Dilma, que se preocupa com a possibilidade de uma popularidade do governador de Pernambuco, Eduardo Campos”. Apesar de apontar Dilma como bem posicionada nas pesquisas eleitorais, o Wilson Internacional Center indica que muitos fatores ainda podem “alterar o panorama eleitoral nos próximos meses (…), forçando Rousseff para o segundo turno”, como os protestos esperados da Copa, as alianças eleitorais regionais, inflação, etc.

Farão parte do seminário o jornalista do Estado de S. Paulo, José Roberto de Toledo; Paulo Sotero – que já passou pela Veja e Folha de S.Paulo; o colunista da Folha e diretor da Escola de Direito da FGV, Oscar Vilhena; colunista do Valor, Fernando Guarnieri; e o jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, que já passou pela Folha como repórter e Ombudsman.

O debate será transmitido ao vivo, no próximo dia 17 de março, pelo site da Wilson Internacional Center.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

21 Comentários

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  1. Deve ter uma grana legal por

    Deve ter uma grana legal por trás desses bons propósitos. Se cada instituto emplacar um senador ou deputado, além de substituir os partidos, poderão substituir o eleitor. Instituto, a exemplo de oeganizações filantrópicas, podem receber doações. E o seculum, emplacará algum candidato? Uma outra pergunta: Se, por um acaso o mal feitor for emplacado, aguentará as sessões legislativas? Se sujeitará a se inscrever e aguardar para falar? E as terríveis dores, por quantas sessões o fastarão? E, por último: Quem seria o “carona”, o sujeito principal, a ser eleito como suplente? 

    1. Uma vez que em 2011 esse

      Uma vez que em 2011 esse instituto falou bem da Dilma, conforme o texto, podemos dizer que ele já emplacou uma presidentA…?

      1. Um probleminha de data

        Não dá “Zangado”. A eleição foi em 2010. Em 2011 deve ter sido uma tentativa de adesismo, pucha-saquismo ou para emplacar alguém o que é muito próprio de vc e tua turma.

  2. Nassif,
     
    Tentei ignorar o

    Nassif,

     

    Tentei ignorar o aviso de que o site estaria sendo alvo de ataques. Só que meus comentários não estão sendo enviados. Vamos ver  esse.

    1. Mas ele é réu confesso; tem
      Mas ele é réu confesso; tem que ser denunciado e julgado para saber se não é Ficha-Suja. Agora vamos ver se ele é contra o foro privilegiado para ministros do STF ou se só é contra para políticos. JB não só confessou que ele e seus amigos armaram para os réus como tb disse que sabia, na verdade, que todos os ministros do STF sabiam em que contas estavam o dinheiro desviado. Agora, a gente tb quer saber. Tem que ter uma CPMI para apurar esse julgamento; não dá pro cara armar isso tudo e ainda sair posando de ficha-limpa.

      1. Réu confesso cai

        Réu confesso cai automaticamente na lei da ficha limpa, esse primor do CCC 2, a missão? Se cair, vou até rever minha opinião sobre essa lei que, finalmente, vai mostrar outra utilidade que não seja eliminar o PT.

  3.  Época, revista da Globo,
     

    Época, revista da Globo, rompe o “namoro” com Barbosa na política.

     Quem já ouviu a conversa pretensamente elegante na hora de levar um cruel “pé-na-bunda” da namorada ou namorado, sabe do que a revista Época está falando quando fez uma matéria sobre Joaquim Barbosa nesta semana.

    Pois a “reportagem” foi exatamente isso. Começa com elogios como “você é bom demais para mim, eu não mereço você, tenho fraquezas demais”, como se a carreira política estivesse dizendo isso para Barbosa, para depois dar a “punhalada” final neste parágrafo, que diz tudo:
    Num momento em que o Supremo está dividido pelos traumas do mensalão, existe apenas uma unanimidade entre todos os ministros da Corte – uma unanimidade que se estende à Procuradoria-Geral da República e aos amigos de Joaquim. Caso, por alguma razão insondável, Joaquim mude de ideia e resolva entrar na política, será um desastre para ele, para o Supremo e para a legitimidade do julgamento do mensalão. Mas os ministros mais próximos dele, assim como todos os seus poucos amigos de confiança, têm certeza de queele diz a verdade quando garante que não dará o salto de 300 metros. Nem o de 100.O salto de 300 metros está explicado no início da matéria. Seria para o Palácio do Planalto. E 100 metros seria para o Congresso Nacional. São as distância do Palácio do STF até as sedes dos outros poderes da República.

    Cruel! A revista dá um fora até em uma candidatura de Barbosa para senador ou deputado.

    De fato concreto, o que existe é uma nota da assessoria do presidente do STF dizendo que não seria candidato a presidente em 2014, mas a nota deixou a porta aberta para ser candidato a outro cargo.

    Segundo o repórter da Época, Diego Escosteguy, ele mesmo não entrevistou Barbosa, nem o ouviu. Escreveu que publicava o que fora dito a um “interlocutor curioso” recebido por Barbosa “numa tarde recente e chuvosa em Brasília” (usou até o velho disfarce de narrar o ambiente para impressionar o leitor desatento, diante de uma informação claramente não confirmada).

    Do texto se conclui que o repórter sequer ouviu a assessoria de Barbosa para confirmar ou desmentir o que publicou a partir do “interlocutor” oculto ou imaginário.

    Ora, qualquer jornalista sabe que matéria feita assim não é reportagem. É fazer publicidade do que a revista (portanto, seus editores e donos) deseja que aconteça. Por outro lado é um recado.

    Traduzindo: a Globo está bombardeando a candidatura de Barbosa até ao Senado, porque será “um desastre para a legitimidade do julgamento do mensalão” nas palavras da revista.

    Detalhe: foi a mais clara admissão até agora feita por um veículo das organizações Globo da fragilidade jurídica do julgamento, pois bastaria uma decisão pessoal de Barbosa seguir carreira política para desmoronar tudo.

    Essa matéria confirma o que a Helena disse meses atrás na nota “Globo dá sinais de que, se farsa ruir, Barbosa é quem vai pagar a conta”.

    O que a revista da Globo entende por “desastre” seria, primeiro, o reconhecimento popular e internacional amplo de que o julgamento teve uma grande dosagem de conspiração e exploração política, inclusive para Barbosa se lançar candidato. O pêndulo da opinião pública mudaria muito rápido.

    Segundo, seria o efeito inverso ao desejado pelos donos da Globo. Ou seja, o PT ganhar, além da presidência da República, mais cadeiras no Congresso Nacional e mais governos estaduais, pois as contradições do mensalão parodoxalmente coloca o PT como partido mais honesto do que os outros, e o discurso udenista dos cínicos acaba por favorecê-lo. Foi o único partido que teve seus membros punidos (e muitos reconhecem que foram injustamente), pois o mensalão tucano, que é mais antigo, continuou na gaveta. O único partido que ao chegar ao governo teve boa-fé de tentar não nomear um engavetador-geral da república. O único que não aparelhou o judiciário. O único partido que é “fiscalizado” (na verdade, perseguido) implacavelmente pela velha imprensa. Aqueles eleitores que não são torcedores demotucanos fanáticos enxergarão isso mais claramente com Barbosa candidato a qualquer coisa, aumentando votos no PT.

    Terceiro, com Barbosa no palanque, a dúvida sobre a lisura do julgamento ficaria muito mais evidente, e seria um prato cheiro para os advogados abrirem mais rapidamente uma revisão criminal que possa anular as sentenças, de alguns réus em parte, de outros, no todo.

    Quarto, as contraprovas, tais como o inquérito 2474, chamado “gavetão”, que hoje só a blogosfera, a imprensa alternativa e honrosas exceções de colunistas da “grande” imprensa, como Paulo Moreira Leite e Jânio de Freitas, dão atenção, ganharia ares de escândalo de grandes proporções. Não teria mais como fechar a panela de pressão depois de explodir.

    Quinto, no Congresso Nacional se poderia até abrir uma CPI do processo do mensalão. E advinha quem estaria no olho do furacão? Não seria só Barbosa, seria também a própria Globo, com o dinheiro que recebeu do “mensalão”, com o bônus de volume que remunerava as agências de publicidade de Marcos Valério, com depoimentos de ex-jornalistas da emissora testemunhando as ordens que recebiam quando trabalharam lá em 2005 e 2006, as notícias que omitiam ou deixavam de apurar. E muitas outras coisas ainda não reveladas, pelo menos ao grande público.

    Tudo isso explica a nada sutil “reportagem” da revista Época, dando um fim, o famoso pé-na-bunda, ao namoro.

    Outras pérolas da matéria na revista Época:
    “Trezentos metros separam o Palácio do Planalto da presidência do Supremo Tribunal Federal (…) o homem que muitos brasileiros gostariam de ver no outro lado da Praça dos Três Poderes (…) Parece bastar um pulinho. Mas requer um salto suicida. Joaquim sabe disso.O interlocutor observou que Joaquim não teria aptidão para entrar na política.

     

  4. Debate no Brasil de uma

    Debate no Brasil de uma Instituição com sede nos EUA, fundada por Ronald Reagan, estou certa? Além de colaboradores brasileiros do Estadão, USP e FGV. Santo Deus, é uma intromissão descaradaem assuntos internos do Brasil, amparada por representantes de instituições absoliutamente parciais.

  5. Joaquim Barbosa, esse é lacaio (capetão do mato) com gosto…

    Das pessoas que tentei tabular uma prosa sobre os abusos desse escroto, apenas uma colega, estudante de direito compreendeu o que estava ventilando. Mesmo assim, não espichou conversa e disse-me que no direito da UFMG pouco se falou do assunto.

    O restante, ignorância ou é o viés conservador da maioria da classe média mesmo?, deu bola. Mais, me acusaram de ser ridículo por votar na dona Dilma.

    C’est la vie!

  6. Que o golpista se candidate, a militância o aguarda ansiosamente

    Eu torço imensamente para que este ser desprezível concorra ao senado ou para a presidência. Primeiro porque o Brasil se veria livre de um farsante repugnante, que cometeu um dos maiores atentados contra a democracia desde o tempo do golpe militar.

     

    Segundo, porque esta ratazana de toga poderá se juntar com estes vis traidores de nome Eduardo Campos e Marina Silva. Terceiro, porque este imbecil terá que fazer campanha nas ruas, não no STF. Quarto, porque a miitância do PT não precisa de nenhum incentivo para demonstrar sua garra, mas a presença deste golpista infeliz teria o condão de insuflar a massa militante do PT.

     

    Então, que venha para a disputa este platelminto. Por fim, se alguém ainda acredita na farsa encomendada da AP 470, a candidatura deste ser vil e repugnante demolirá por completo a patranha, que não passa hoje, como ontem, de uma pérfida tentativa de golpe branco de estado.

    1. Será Diogo ?

      a presença deste golpista infeliz teria o condão de insuflar a massa militante do PT. Isso se ele der presença. Para mim, esse crápula está mais é querendo arrumar uma boquinha para se livrar dos processos, e não trabalhar nada. Assim que assumir, vão começar de novo aquelas terríveis dores na costas, e ele pedira licenças-saúde uma atrás da outra.

  7. Genial

    Aproveito para mostrar Joaquim Barbosa em um de seus melhores momentos no STF com toda a sua verve, sua dinâmica contagiante e seu discurso flamejante.

    1. Enquanto ele se desdobrava em

      Enquanto ele se desdobrava em prolatar seu saber na Inglaterra, teve um professor lá que também teve essa mesma opinião, lembra ? 

  8. ERRO NA PÁGINA DO GGN/LUIS NASSIF

    Nassif,

    Quando pesquiso sua página no Google aparece a seguinte mensagem:

     

    Aviso- acessar este site pode danificar o seu computador!

    Sugestões:

    Volte à página anterior e selecione outro resultado.Tente pesquisar outros termos para encontrar o que você está procurando.

    Ou continue a https://jornalggn.com.br/luisnassif por sua conta e risco. Para obter informações detalhadas sobre os problemas que encontramos, visite a página de diagnóstico Navegação segura do Google para este site.

    Para obter mais informações sobre como se proteger contra softwares prejudiciais on-line, visite StopBadware.org.

    Se você é o proprietário deste site, pode solicitar uma revisão do site usando as Ferramentas para webmaster do Google. Informações adicionais sobre o processo de revisão estão disponíveis na Central de Ajuda para webmasters do Google.

    Aviso gerado por

    Google

     

    No yahoo não aparece a mensagem

    Sabotagem?

  9. para Senado é melhor…

    O mesmo para Marina Silva. Quem faz campanha pelo Senado pode continuar fazendo campanha para um candidato a presidente, principalmente entre turnos.

    E, se for eleito, ajuda nos embates políticos no Senado.

    1. É, seria de grande ajuda nos

      É, seria de grande ajuda nos combates politiqueiros do senado. Grande dupla, ele e Marina Silva, debatendo no parlamento a disruptura necessária e a metabilização projetista eco-petrolífera-sustentável neo-pós-moderna no Brasil. 

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