Luci Praun: Não ter passado a Ditadura a limpo fez o Brasil dar espaço a Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A cientista social e professora da Universidade Federal do ABC Luci Praun concedeu entrevista ao jornalismo da TVT avaliando que o candidato Jair Bolsonaro conseguiu angariar apoio em massa na sociedade atual, mesmo flertando com o regime militar, justamente porque o Brasil não conseguiu passar esse capítulo da história a limpo. 

“Não ter passado a limpo a ditadura militar no Brasil faz com que pessoas como esse candidato se sintam à vontade para declarar abertamente, publicamente, no Congresso Nacional, que defende torturadores.”

Na mesma entrevista, o jornalista Juca Kfouri diz que jamais imaginou que depois de algumas décadas voltaria a usar a expressão “forças do arco democrático” numa eleição presidencial. Ele comentou que isso é necessário porque Bolsonaro representa um projeto que não respeita a democracia e, por isso, é um erro colocá-lo como radical oposto a Fernando Haddad ou qualquer outro concorrente.

Assista a entrevista abaixo:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. E não prender Lula com o

    E não prender Lula com o mensalão em 2005, deu espaço ao petrolão ,Dilma ETC.

             Viu , como é difícil dar uma futurista ?

  2. Tertúlia pra bovino dormitar

    O que é passar a ditadura a limpo? Só uma frase de efeito, mais nada. Passar a limpo……..fazer a lição de casa………não sei o que lá sustentável……….etc e tal. Reunião de chavões, lugares comuns. platitudes, conversa mole que não leva a lugar nenhum. Dá um ar acadêmico, insinua certo verniz cultural e faz a festa dos “achistas” e pseudos intelectuais. O que temos hoje é o resultado da esquerda incompetente que se corrompeu, se vendeu como virtuosa e chafurdou a mesma lama que seu falso moralismo criticava.

  3. Quem criou o Bolsanaro foi  a

    Quem criou o Bolsanaro foi  a esquerda.

    ele sempre foi um politico reginoal do baixo clero.

    Porem a forma cinica e deliberada da esquerda ignorar o fato que o povo brasileiro é conservador, e esta FARTO de insegurança transformou ele em um para-raio do anseio popular.

    Bolsanaro é um CATALISADOR de uma muitidão de Brasileiros que ao votar nele estao dizendo NAO ao modo como a esquerda vê o assunto SEGURANÇA PUBLICA e como ela de forma equivocada PATROCINOU uma agenda no trato de coisas como LGBT / SIMILARES  bem além daquilo que o brasileiro médio considera aceitavel.

    A esquerda criou o Bolsanaro,.

    Ele nem precisa fazer campanha, as pessoas votam nele como UM ATO DE AFIRMAÇAO contra uma politica esquerdista que ja teria passado do limite no trato dos pontos ja citados acima.

    O Bolsanora só tem que procurar ficar calado, porque a campanha dele é AUTOSUFICIENTE seu publico nao precisa de instigação, quem os motiva é exatamente o publico que apoia o Haddad, como por exemplo a Manuela Davila pedindo voto para a MC CAROL dizendo que ela é simbolo da emancipação (oi? rs) das mulheres.

    Com esse tipo de markentig gratuito se fez e se consolidou a opção BOLSANARO.

    Parabens para o PT e a esqierda fizeram uma campanha vitoriosa, só que para o lado oposto…rs 

  4. Finalmente alguém se arriscar

    Finalmente alguém se arriscar a colocar o dedo na ferida putrefata da ditadura que, neste país de merrecas, foi substituída pelos mesmos de sempre e quando alguém diverso – Lula – assumiu o poder foi – desde sempre – metralhado para não mexer no vespeiro miliquento.

    Lembro nos anos 90, na (perce)veja ainda palatável, um cientista político espanhol, entrevistado, dizer: a diferença entre a retomada democrática na Espanha e no Brasil foi que, lá, ficaram todos contra o franquismo e, aqui, CONTINUARAM TODOS COM TODOS.

    Daí o tancredo sendo eleito, morrendo e o ulisses (em seu mais bárbaro erro) dando posse o sarney, apenas e tão somente para não chamar eleiçoes em 90 dias (como haviam acabado de legislar), morrendo de medo do Brizola e dos milicos-torturadores.

    Depois, ninguém mais ajudou. Muito menos a tal comissão da verdade que não chegou nem ao pau-de-arara. Nenhum miliquento foi para a cadeia e, pior, ainda enseja a esse bolsonaro e generalecos-de-merda a se arvorarem em adólatrás dessas bestas e abestalhados.

    Passar a limpo seria encontrar quem desse respostas ao sumiço de tantos corpos.

    A quem dissesse com todas as letras – nãos os eliosgasparis da vida – sobre o barbarismo aqui praticados por civis, poliças e esverdeados-olivas.

    Haja saco.

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