Marina diz que adere, mas recua, e não sabe se apoia os direitos LGBTIs

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

 
Jornal GGN – Começou o período de campanha eleitoral de Marina Silva. A candidata recebeu uma carta dos integrantes da Aliança Nacional LGBTI, Eliseu Neto e Jobson Camargo, e se comprometeu a assinar. O documento é simples: candidato se compromete a assegurar direitos para os LGBTIs em seu programa de governo. Dos pontos abordados constam o casamento de pessoas do mesmo sexo, adoção, herança e previdência.
 
A notícia acima foi dada na coluna de Lauro Jardim, no O Globo. Na mesma coluna, uma atualização. A assessoria da pré-candidata manda avisar que Marina recebeu a carta, mas não assinou. Diz a nota que o programa de governo está em fase inicial de elaboração e que as contribuições estão sendo encaminhadas para a coordenação, caso que se aplica ao documento da Aliança Nacional LGBTI.

 
O que se tem aí é que Marina, a pré-candidata, tirou foto de uma carta tendo por companhia representantes de dois partidos. Cria-se aí um acontecimento político, e ela sabe disso. Ela desconsidera direitos civis e humanos, de novo, e ainda usa um movimento lícito para fazer currículo eleitoral e, ato contínuo, desconsidera uma luta importante dentro do país.
 
Marina se esquece que os índices de ódio contra LGBTIs aumentam a cada dia e faz o famoso circo do disse-mas-não-afirmei, como se não tivesse sido candidata em outras eleições e a questão não estivesse na pauta do país.
 
No Roda Viva, em 1 de maio, Marina afirmou posição favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, bem como acenou positivamente para adoção. Isso demonstrava uma mudança com relação à campanha de 2014. Mas não, a interferência religiosa continua firme, assim como seu descompromisso com declaração dada.
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. É o normal de Marina…

    Depois que disse que não é nem de direita, nem de esquerda, nem situação e nem de oposição, Marina sacramentou que pode ser qualquer coisa – direita, esquerda, centro ou nada, o que lhe convier na hora. E mudar por completo no minuto seguinte.

    Já é a segunda vez que Marina recua em assumir compromisso com os direitos LGBTI. Em 2014 até se ensaiou, mas tomou um esporro do Malafaia e recuou. A religião dela sempre vai influenciar suas decisões. Não terá nunca uma postura laica.

  2. Só imagino

    Fico só imaginando a Marina com apenas 15 segundos no horário eleitoral: como é que ela faria de conta que se posiciona, se bem que talvez não, ou por outro lado existe uma problemática histórica holística no contexto das relações entre o velho na política e o novo, que está no cerne de todo o conteúdo programático e – tempo esgotado.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador