Marina Silva afirma que não seguirá aliança entre o PSB e Alckmin

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Sugerido por Webster Franklin

De Correio do Brasil

Marina rompe aliança por discordar de acordo entre Campos e Alckmin

Ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a política acreana Marina Silva rompeu com o presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE) no acordo que ambos fecharam quanto às eleições deste ano, no Estado de São Paulo. No comunicado que Marina distribuiu, neste sábado, ela anunciou que a Rede (facção política ainda sem rumo definido) não seguirá a aliança entre o PSB e o governador Geraldo Alckmin, do PSDB paulista.

Campos e Alckmin concordaram que o deputado Marcio França (PSDB-SP) será candidato a vice ou ao Senado na chapa tucana. Marina não gostou e publicou a nota, intitulada “Decisão do diretório do PSB de SP de apoiar o projeto político do PSDB no Estado”.

Leia, a seguir, a íntegra do documento:

“Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco. Consideramos necessário manter independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual.

“A Rede Sustentabilidade não seguirá essa indicação. Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando nossos companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e, principalmente, que represente os ideais de democracia e sustentabilidade expressos no programa de nossa Aliança.

“Esperamos que os companheiros do PSB, em sua convenção estadual, não levem adiante essa proposta. Nesse sentido, manteremos o diálogo aberto e respeitoso. Mas, desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo.

A nova força política que emerge no Brasil, interpretando o desejo de mudança tantas vezes manifestado por milhões de pessoas, encontrará também em São Paulo sua legítima expressão”.

Marina Silva

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

24 Comentários

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  1. Comentei, ainda hoje, sobre a

    Comentei, ainda hoje, sobre a forma espúria de Campos, no post: “Origens oligárquicas de Eduardo Campos”

    (…)

    Mas a critica são sobre as mudanças de lado. A opção de Campos de traçar outro caminho e suas manifestações e escolha de assessores, candidatos à ministros, defendem teses que se assemelham  às do PSDB e demais setores conservadores e neoliberais.

    Campos ao se credenciar como candidatura alternativa escolheu o caminho da confrontação direta com o governo atacando o ciclo progressista que o Brasil vive há 12 anos, afastando-se do campo democrático, popular e de esquerda. Até o momento Campos não  foi capaz de traçar o que pretende o seu governo e o seu discurso tem se limitado a criticar a presidenta da República.

    Tanto Campos quanto Aécio têm feito movimentos para firmar compromissos com as classes dominantes, sobretudo o setor financeiro.

    A diferença é que enquanto Aécio se mantém restrito a setores da direita, Campos tenta abrir o seu espectro para englobar essa direita der Aécio e a esquerda mais radical, casamento que por óbvio não dará certo.

    1. O PT é curioso!
      Quando  é

      O PT é curioso!

      Quando  é “nois” tudo é lindo. Exemplo Sarney, Maluf, Collor, Renan.

      Quando é eles, espúrio,  traíra, oligarca, reaça, etc…

      Não existe política, existe maniqueismo.

      Bem ou mal só depende do lado do balcão. 

      1. O detalhe é que

        O detalhe é que “eles”, Sarney, Maluf, Collor, Renan vieram para o nosso lado e apoiaram o governo do Lula e da Dilma, enquanto o dudu e a marina (com minúscula mesmo), mudaram para o lado daqueles que governaram este país por todo o sempre e que nada fizeram pelo povo.

        1. Se estão com nós…

          Se estão com nós, logo são bons… pelo visto esse é o lema petista em matéria de aliança.

          Vale lembrar que Sarney, Maluf, Collor e Renan são exemplos do que há de pior na política brasileira, tanto que por anos anos o PT os combateu e criticou. Lula, inclusive, sempre que podia os atacava. Tratava-os como párias. Colocava-os entre os responsáveis pela miséria nacional.

          Mas pelo visto isso é passado. Como bem escreveu um leitor no brasil tudo é “maniqueísmo”. Sendo o mau e  bom definido por qual lado do balcão de negócios cada um opta.

          Lamentável.

      2. Tucano tem razão

        Acho que o comentarista tucano tem razão. Alckmin e Maria são dois políticos feitos do mesmo tipo de material a um só tempo insípido, inodoro mas venenoso e mortal. Tinham de estar juntos sim. 

  2. Se nem as alianças durante a

    Se nem as alianças durante a campanha consegue costurar, deixando aliados desconfiados e insatisfeitos, como levar a sério seu discurso de fazer política de um jeito diferente? A não ser que o “A gente pode fazer mais” signifique fazer mais estripulias. Esses desentendimentos revelam que o desespero de um lado e de outro é maior do que se imagina. Talvez pensem que, para efeito de campanha, as alianças deixem de ser espúriasas. E que se pode governar sem elas.

  3. Ponto para Marina. Soaria

    Ponto para Marina. Soaria incoerente e hipócrita o discurso de “mudança” da chapa(por enquanto fria) “camparina” se efetivada esse apoio a Alckmin em São Paulo. Parece-me que Eduardo Campos, como já se previa desde o início, a cada dia que passa fica mais Marina dependente.

    Dudu precisa consultar mais seus mestre Lula. Sobre este, uma perguntinha besta: será que Eduardo Campos recebeu o nihil obstat do ex-presidente para essa aventura, digo, candidatura? Ou seja, Eduardo Campos entrou para tirar segregar os votos dos “marineiros” e subtrair votos de Aécio? Ou seja 2: de onde Eduardo Campos tirou a ideia para ser candidato? Projetar seu nome para 2018 mesmo correndo o risco de enfrentar Lula?

    Especular é preciso. 

    Quem considerar isso tolice lembro que a política não é a arte de possível, mas a arte de fazer possível o aparentemente impossível. 

  4. Essa Mrina é

    Essa Mrina é engraçada!

    Agregou pouco ao Eduardo Campos em termos de votos,.

    A polarização PT-PSDB só não serve para São Paulo, já no Acre está junto com o PT.

    Faz o que eu mando.

    Tanto faz que Marina aprove ou não, para a o posição o importante é que haja a coligação.

  5. Isso significa o quê? Nada!

    Isso significa o quê? Nada! Vai continuar com vice já que se filou so PSB, apenas para poder concorrer já que não conseguiu assinaturas para a tal de Rede; o PSB fez um aliança com a qual ela não concorda, até aí, normal, isso acontece em todos os partido, em todas as eleições, vários membros dos partidos reclamam das alinaças mas não há muito o que fazer a esse respeito. Fez o comunicado, apenas para informar que não concorda?  Ok. Estamos informados.

    1. Concordo com você Cristiana,

      Concordo com você Cristiana, não significa nada. Notícia seria se ela pulasse fora do barco por não concordar, mas vai continuar na vice e com cara de tacho. Se não concordasse verdadeiramente daria uma banana pro traíra do Eduardo. Essa gente ainda acha que o povo é tonto.

  6. marinaras

    “discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB”

    Mesmo que a letra de Marina seja só conversa pra boi votar, alguém imagina a presidenta Lula , mutatis mutandis, soltando qualquer notinha parecida com relação à famiglia Sarney, ao Dudu Paes, ao Pezão, ao Cabralzinho, a IURD e quejandos escondidos embaixo dos panos?

  7. eu entendo a Marina…

    assim como também entendo que enquanto houver democracia livre de ideias e de crendices populares sem pé nem cabeça, ela fica sem ponto de partida………………………

    ela pode até considerar que a Rede é um ótimo ponto de partida, não sei, mas que ela mesma se encarregou de esconder o ponto de chegada para maioria dos seus seguidores, tenho certeza absoluta

    1. questão de saber ou não…

      o que é ideal político………………………………………só vale o dela e de ninguém mais, incluindo seguidores

      1. ideal político……………que interessante desconhecido

        taí um ótimo assunto para você inaugurar sua página já abarrotada de vazios, seu peregrino

        seu maluco sem esmero, seu vagabundo nada preguiçoso, seu isso, seu aquilo

         

        mas não pense com o coma das teorias, bole novas éticas, porque estas que estão por aí não valem nada, mas não se descuide do interesse geral, vinculando-as não apenas a algo material e perfumado, mas também a quem

        quais e de quem os ideais políticos eram ótimos e foram impedidos de serem implantados, cobertos que foram pelo interesse financeiro de todos?

        onde melhor vincular os patatis patatas de sempre, à ação política apenas, ao ideal moral ou à Globo?

        vai lá e escreva, mas antes me responda o seguite:

        já trocou a cueca? pelo menos já tomou o banho da semana? hoje é domingo, não se esqueça!!!

      2. Isso é herança daquele velho


        Isso é herança daquele velho petismo que  não se juntava com ninguém, quando no DNA do petismo colocado por Golbery já dizia que o petismo seria uma esquerda que não teria preconceito nenhum quando precisasse fazer acordo que viabilizasse chegar ao poder. Nessa hora não tem corrupto, não tem cria da ditadura,  etc e o importante é trazer voto

  8. Canil do Yahoo

    Dei uma breve passada  no canil do yahoo e os filhotes do tio rei estão arrancando o couro das costas da nossa valorosa ex-companheira. É pancada prá tudo quanto é lado por ela não apoiar o Alckmin!

    Que pena! Quanta ingratidão desta direita sem rumo para com você, Marina. Mas, cá prá nós, viu no que dá apoiar esta moçada? Não faltou aviso, mas a teimosia falou mais alto, quis bater chapa, lascou-se!

    Marina morena Marina você nos largou…..que bom!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

     

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