Meirelles livra Alckmin de responder por governo Temer, diz Helena Chagas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Beto Barata/Presidência

Jornal GGN – A jornalista Helena Chagas chamou atenção, em artigo n’Os Divergentes, para a candidatura de Henrique Meirelles pelo MDB servir para evitar que Geraldo Alckmin carregue “o piano de ser o candidato do impopularíssimo Michel Temer.”
 
Ela ainda lembra que para além dessa mãozinha, o governo Temer ainda ajudou Alckmin impedindo o centrão de fechar alianças com outros candidatos, como Jair Bolsonaro ou Ciro Gomes – levando o grupo diretamente para os braços do tucano. 
 
A campanha de Alckmin pode, em relação ao governo Temer e à candidatura de Meirelles, “falar mal à vontade – embora, reparem, nem tanto assim, sem golpes abaixo da cintura que impeçam a adesão formal num segundo turno, se Geraldo chegar lá.”
 
“O que pode dar errado nessa coligação branca? Geraldo Alckmin não crescer e, lá para setembro, o Centrão se bandear para Ciro Gomes ou Jair Bolsonaro”, salienta.
 
Por Helena Chagas
 
Em Os Divergentes
 
A aliança oculta de Geraldo Alckmin e Michel Temer
 
Pode parecer nonsense dizer isso logo após a celebrada aliança com o Centrão, mas um dos melhores cabos eleitorais de Geraldo Alckmin hoje é o MDB de Henrique Meirelles. Pelo simples fato de continuar existindo e mantendo a candidatura do ex-ministro da Fazenda, que vai carregar o piano de ser o candidato do impopularíssimo Michel Temer, livrando Alckmin dessa pecha.
 
Na verdade verdadeira, se formos examinar com rigor, o candidato de Temer, tirando Meirelles da parada, seria Alckmin. Afinal, quem daria continuidade às medidas tomadas por seu governo na economia? O tucano. Quem agrada aos mesmos setores? O tucano. Quem tem a mesma base, o Centrão, que entrou esta semana na candidaturado PSDB sem sair da Esplanada? O tucano.
 
Aliás, Michel Temer teve papel fundamental na construção da aliança de Alckmin com os partidos do blocão ao ameaçar tirar de partidos como o PP, por exemplo, seu latifúndio ministerial e estatal se resolvessem apoiar Ciro Gomes. Ninguém gosta de dizer, mas o Planalto foi fundamental para o impulso que, ao que parece, viabilizou politicamente um candidato que parecia enfraquecido e desidratado. Temer esquentou a xícara de Nescau que Geraldo tomou.
 
Nessa coligação oculta, o MDB vai continuar ajudando muito ao confirmar Meirelles candidato na convenção e jogá-lo na campanha. Pronto, está lá o candidato do governo, deixando o do PSDB falar mal à vontade – embora, reparem, nem tanto assim, sem golpes abaixo da cintura que impeçam a adesão formal num segundo turno, se Geraldo chegar lá. Aí, estarão todos juntos, provavelmente contra o candidato petista.
 
O que pode dar errado nessa coligação branca? Geraldo Alckmin não crescer e, lá para setembro, o Centrão se bandear para Ciro Gomes ou Jair Bolsonaro.
2 Comentários

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  1. bom post.

    O Alex Solnik (TV247) fez um comentário na mesma linha. Concordo plenamente.

    Mas não tem jeito. Alkmin tem sapatos de chumbo, não vai decolar.

    Explico as razões:

    – não tem o que mostrar de seus governos em nenhuma area.

    -não tem carisma.

    -o psdb fez parte do governo temer.

    -o psdb apoio o golpe. 

    -tem os escandalos do Rodoanel, Metro, merenda.

    – inventor do Dória.

    È só fazer um bom trabalho de propaganda, simples e direto sem palavras e conceitos dificeis. 

     

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