Mourão projeta Sergio Moro no Ministério da Justiça e comenta planos para Previdência

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em entrevista a uma rádio gaúcha na tarde desta terça (30), o vice-presidente eleito General Hamilton Mourão confirmou que Jair Bolsonaro quer ver aprovada a Reforma da Previdência apresentada pelo governo Michel Temer ainda neste ano.
 
Segundo o general, Bolsonaro também deve convidar, “o quanto antes”, o juiz de piso da Lava Jato em Curitiba, Sergio Moro, para compor o governo a partir de 2019.
 
A ideia, segundo deixou transparecer Mourão, é que Moro seja alçado, primeiro, ao Ministério da Justiça, embora Bolsonaro tenha dito, também, que o magistrado tem perfil para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal.
 
Moro divulgou nota nesta terça informando que se sente “honrado” por ser cogitado para ser ministro do Supremo ou da Justiça. Ele anotou ainda que, caso efetivado o convite, este “será objeto de moderada discussão e reflexão”.
 
“Acredito que o presidente Bolsonaro tem uma firme ideia de conversar com Moro e, a partir daí, formular o convite. Acredito que ele deverá aceitar se efetivamente Bolsonaro convidar”, disse Mourão.
 
“Acho que quanto mais rápido [isso ocorrer], melhor. Define aí logo um dos ministérios que é importante, que tem uma prioridade na Esplanada [no caso, o da Justiça], além da figura de Sergio Moro passar para o País e comunidade internacional o compromisso do governo com o Estado democrático de direito.”
 
Dentro do governo Bolsonaro, dois dos atuais ministros do Supremo devem se aposentar: Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.
 
Sobre a reforma da Previdência, Mourão disse que Bolsonaro não pretende pedir que o atual Congresso faça algum “arremedo” na proposta enviada por Temer. 
 
A ideia, que está sendo encabeçada pelo deputado Onyx Lorenzoni, chefe anunciado da Casa Civil de Bolsonaro, é sair de 2018 “aprovando o que já está lá [Congresso], sem mudar o texto proposto pelo governo Temer.”
 
“O deputado Ônyx é quem está carregado de ver se a gente tem condições de aprovar isso. Por isso que Bolsonaro diz que a palavra certa é: e’estamos vendo a possibilidade’.”
 
Ainda segundo Mourão, o General Heleno está “encarregado” de apresentar, nos próximos dias, “os possíveis comandantes das 3 forças. Essa é a primeira tarefa dele.”
 
Mourão afirmou que não irá ocupar nenhum cargo no primeiro escalão do governo.
 
“No meu caso está definido que eu não vou ocupar nenhuma Ministério. Eu fico mais numa espécie de coringa para ser empregado nos momentos que ele julgar necessário.”
 
Ele ainda disse que não há qualquer discussão sobre cargos e indicações feitas por partidos. 
 
“Por enquanto isso tudo está blindado. Não estamos aceitando indicações políticas, com exceção daquelas feitas pelo próprio presidente.”
 
Sobre a futura Câmara, Mourão disse que Bolsonaro está tranquilo, pois pelos cálculos, ele já tem uma maioria de 3/5 para aprovar projetos importantes.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Como passar despercebido que
    Como passar despercebido que o juiz que condena o candidato mas cotado a ganhar as eleicoes e consequentemente ajudado o futuro presidente eleito se transforme no proximo ministro da justica?
    E em um julgamento criticado por diversos juristas??

  2. O “honrado”

    “Sergio Moro passa(r) para o País e comunidade internacional o compromisso do governo com o Estado democrático de direito”

  3. Boa Jogada

    É uma boa jogada, mas não é “de mestre” pois totalmente previsível. Atende a diversos objetivos ao mesmo tempo. O mais interessante é tirar o Moro da vara. É o início do fim da rebeldia do judiciário contra o Estado. Convenhamos, nenhuma entidade, por mais fulera que seja, que pretenda se rotular como “Estado”, pode admitir uma baderna dessa. Atingido o objetivo de tirar o Lula da jogada, detonar com o PT e ganhar as eleições, é hora de oferecer uma “saída honrosa” para o capiau mais famoso do país.

  4. A comunidade internacional

    A comunidade internacional sabe que o “juíz” Moro é um bandido comum e o general quer usa-lo como exemplo de que a ridícula justiça brasileira está funcionando?

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