Solidariedade movimenta MPE e Sindilegis com assinaturas fraudadas

Jornal GGN – Três semanas após ter opinado a favor da criação do partido Solidariedade, o Ministério Público Eleitoral voltou atrás em sua posição. Na noite desta segunda-feira (23) o vice-procurador-eleitoral, Eugênio Aragão encaminhou parecer ao TSE exigindo a investigação de denúncias de fraudes na coleta de assinaturas em apoio ao partido Solidariedade, encabeçado pelo deputado federal Paulinho da “Força” (PDT-SP). A PGE acionou a Polícia Federal, abrindo um inquérito para apurar a suspeita de crime eleitoral.

O fato envolveu o Sindicato dos servidores do Poder Legislativo, acusado de fornecer ilegalmente informações de seus 11 mil sócios, para o preenchimento das fichas de apoiamento ao Solidariedade.

A redação do Jornal GGN contatou o respectivo sindicato para buscar esclarecimentos sobre o fornecimento de dados da categoria. Caroline Augusta, assessora de comunicação da entidade, afirmou que “são inverídicas as informações publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo”. Ela explicou que “das seis informações necessárias para o preenchimento da ficha de apoiamento, quatro delas não constam no banco de dados da entidade, como número do título do eleitor, zona eleitoral, seção e o nome da mãe do sócio”, relatou.

Segundo a assessoria a entidade entrará com processo civil e criminal contra todos que estão denegrindo a imagem da entidade.  

Segundo apurado com um juiz criminal, tanto o pedido de investigação do Solidariedade como da Rede Sustentabilidade traz à tona os reais problemas sobre a tal morosidade questionada na apuração das assinaturas. Para ele, estavam jogando nas costas dos servidores da Justiça Eleitoral a responsabilidade por não conseguirem o registro em tempo hábil para disputar as eleições em 2014.

Agora o jogo virou, “tanto o TSE como a PGE mostram que o grande problema para análise é o que está por trás das assinaturas, que são os grandes números de fichas fraudadas”, analisa ele.  “As siglas queriam que os cartórios dessem um “carimbão” para garantir o registro, considerando a quantidade de assinaturas sem a devida apuração, o que não aconteceu”, entende.

Apuração

Segundo o procurador eleitoral, serão investigadas as denúncias de fraude em assinatura de apoiamento ao partido Solidariedade nas Zonas Eleitorais de Várzea Paulista e Suzano. “Podem demonstrar a ocorrência de fraudes em massa no Estado de São Paulo, circunstância que poderia comprometer, irremediavelmente, o registro do partido”. Aragão pede também a realização de investigações na 1ª Zona Eleitoral de Brasília, no Distrito Federal.

No caso de Suzano, a Zona Eleitoral negou a expedição das certidões solicitadas pelo Solidariedade ao apontar que 100%  das apurações realizadas para conferir a autenticidade das assinatura de apoiamento revelaram que as fichas eram fraudadas. Segundo informações da chefe de cartório de Suzano, “até mesmo a assinatura do chefe de cartório da 242ª Zona Eleitoral de Várzea Paulista teria sido fraudada”, conforme explicitado em foto no jornal Folha de S.Paulo.

“Constata-se, também, a existência de cópia de e-mails trocados entre servidores da Justiça Eleitoral alertando para que fosse tomado cuidado com as fichas de apoiamento apresentadas pelo partido, por ter sido constatada a existência de fichas de apoiamento cujas assinaturas teriam sido falsificadas”, acrescenta o Eugênio Aragão.

Outro suposto esquema de fraude apareceu na 1ª Zona Eleitoral de Brasília, quanto as fichas com o nome de servidores do Poder Legislativo, envolvendo inclusive a “suposta utilização de sindicato ligado aos servidores do Poder Legislativo da União”. “Em virtude de os fatos destacados nos autos, principalmente aqueles relacionados à indevida utilização de estrutura sindical, configurarem, em tese, crime eleitoral, o Ministério Público eleitoral informa [ao TSE] que requisitará à Polícia Federal a abertura de inquérito policial”, ressalta Aragão ao final de seu parecer.

A legenda tem até o dia 05 de outubro para obtenção de seu registro para conseguir participar das eleições de 2014. O Solidariedade é um dos partidos que busca sua legalização na Justiça Eleitoral junto com o Pros (Partido Republicano da Ordem Social) e da Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, que também está sendo investigada pelo vice-procurador-eleitoral, Eugênio Aragão.

Com informações do TSE

Redação

4 Comentários

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  1. Estão começando muito bem  o

    Estão começando muito bem  o Solidariedade e a Rede Sustentabilidade. Ainda tem a petulancia de falar mal de outros partidos. Haja Deus!

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