O silêncio de Jair Bolsonaro causa estranhamento, por Fábio de Oliveira Ribeiro

O silêncio de Jair Bolsonaro causa estranhamento

por Fábio de Oliveira Ribeiro

É preciso refletir com cuidado sobre o que está ocorrendo no Brasil. Portanto, nunca é demais recorrer ao mestre Le Bon para tecer algumas considerações sobre o incidente envolvendo Jair Bolsonaro e a inação dele.

“A intolerância e o fanatismo são o acompanhamento ordinário de um sentimento religioso. São inevitáveis entre aqueles que acreditam possuir o segredo da felicidade terrena ou eterna. Esses dois traços encontram-se em todos os homens em grupo quando uma convicção qualquer os mobiliza. Os jacobinos do Terror eram tão profundamente religiosos quanto os católicos da Inquisição, e seu cruel ardor provinha da mesma fonte.

As convicções das multidões se revestem dessas características de submissão cega, intolerância feroz, necessidade de violenta propaganda inerentes ao sentimento religioso; pode-se, portanto, dizer que todas as suas crenças têm uma forma religiosa. O herói aclamado pela multidão é um verdadeiro deus para ela. Napoleão o foi durante quinze anos, e jamais divindade alguma contou com mais perfeitos adoradores. Nenhuma enviou tão facilmente os homens à morte. Os deuses do paganismo e do cristianismo jamais exerceram um império tao absoluto sobre as almas.” (Psicologia das Multidões, Gustave Le Bon, Martins Fontes, São Paulo, 2008, p. 72)

As observações de Le Bon sobre o papel de destaque desempenhado pelo líder, porém, podem e devem ser minimizadas:

“Uma assembléia ou uma associação, uma multidão ou uma seita, não tem outra idéia a não ser a que lhe insuflam e, esse idéia, essa indicação mais ou menos inteligente de um objetivo a perseguir, de um meio a empregar, por mais que se propague do cérebro de um só ao cérebro de todos, permanece a mesma; o insuflador é, portanto, responsável por seus efeitos diretos. Mas a emoção que se junta a essa idéia e que se propaga com ela não permanece a mesma ao se propagar, intensifica-se por uma espécie de progressão matemática, e o que era desejo moderado ou opinião hesitante no autor dessa propagação, no inspirador de uma suspeita, por exemplo, lançada contra uma categoria de cidadãos, torna-se prontamente paixão e convicção, ódio e fanatismo, na massa fermentescível em que esse germe se instalou. A intensidade da emoção que move eta e que conduz a excessos, para o bem ou para o mal, é, portanto, em grande parte sua obra própria, o efeito do mútuo aquecimento dessas almas reunidas por seu mútuo reflexo; e seria tão injusto imputar a seu líder todos os crimes decorrentes dessa superexcitação quanto atribuir-lhe todo o mérito das grandes obras de libertação patriótica, dos grandes atos de devoção suscitados pela mesma febre. Aos chefes de um bando ou de uma insurreição, portanto, sempre se pode pedir contas da astúcia e da habilidade que seus seguidores demonstraram na execução de massacres, pilhagens, incêndios, mas nem sempre da violência e da extensão dos males causados por seus contágios criminosos. Cabe homenagear apenas o general por seus planos de campanha, mas não pela bravura de seus soldados.” (A Opinião e as Massas, Gabriel Tarde, Martins Fontes, São Paulo, 2005, p. 147/148)

Lula e José Dirceu foram feroz e injustamente perseguidos pela imprensa, pelo MPF e pela Justiça. Ambos foram presos, José Dirceu está aguardando o julgamento de um recurso em liberdade mas corre o risco de passar o resto da vida na prisão. Nunca em momento algum eles instigaram os membros do seu partido a usar violência contra quem quer que seja. Muito pelo contrário. No período em que governaram o país os dois trataram de maneira digna, respeitosa, civilizada e pacífica tanto seus adversários políticos quanto os membros dos outros poderes.

Jair Bolsonaro é diferente de Lula e de José Dirceu. Desde que entrou na política ele afirma que está disposto a comandar um genocídio. Ele está acostumado a ofender verbalmente seus adversários e, inclusive a empurrar parlamentares e jornalistas. Bolsonaro não hesita em tentar calar de maneira ríspida qualquer um que discorde dele. Há alguns dias ele foi filmado em público dizendo que mandaria fuzilar petistas.

Vítima de um ataque que está sendo explorado à exaustão (e de maneira mais ou menos violenta por alguns de seus apoiadores) Jair Bolsonaro está hospitalizado. O vice de Bolsonaro imediatamente culpou o PT apesar de inexistir qualquer evidência de ligação entre o agressor meio maluco e o partido de Lula. Flávio Bolsonaro, filho do candidato apelidado de mito, disse que o atentado elegerá seu pai dele no primeiro turno. Mas ainda é cedo para dizer qual será o resultado do incidente.

Bolsonaro está vivo, saudável e consciente. Não existe prova de que ele tenha corrido ou esteja correndo risco de vida. Apesar disso, o candidato do PSL ainda não deu uma declaração à imprensa. O silêncio do mito, que é sempre tão falador e ávido de exposição na mídia, causa estranhamento. Bolsonaro se diz cristão? O que ele está esperando para perdoar seu agressor? Ele disputa uma eleição cuja temperatura ele mesmo aumentou ao prometer publicamente exterminar petistas, mas parece determinado a não pacificar o campo político nem mesmo depois de ter sido atacado.

Quais são os planos de Bolsonaro nesse momento? Simplesmente descansar e recuperar a saúde ou, em razão de sua omissão, deixar seus liderados mais fanáticos agir por conta própria e vingar a agressão que foi imputada ao PT pelo vice dele? A função de um líder político é manter seus seguidores sob controle, inspirando esperança nos desanimados e contendo o ímpeto dos mais violentos.

Apesar de tudo o que sofreram até a presente data Lula e José Dirceu nunca perderam o controle dos petistas. Porque Bolsonaro inadvertidamente age como se quisesse soltar seus orcs para lucrar votos com um banho de sangue?

 
Fábio de Oliveira Ribeiro

18 Comentários

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  1. Porque se abrir a boca perde votos
    Esse é o motivo.

    Querer que ele pacifique é sonhar com um estadista, quando na verdade ele nao passa daquele valentão da escola que apanha em casa.

  2. Venho pensando, ao ver e ler

    Venho pensando, ao ver e ler algumas coisas sobre esses fãs de Bolsonaro. Marcone Galvão, segurando essa arma pesada, com sua mensagem contra os petistas, é a prova cabal de que o Líder já conseguiu o que queria, e pode repousar sossegado na UTI até quando bem lhe convier, ciente de que seus seguidores podem se encarregar do serviço sujo. O cara tá tão tranquilo porque sabe que não precisa mais agradecer aos seguidores por nada, se eles, de tanto o endeusarem, é que estão agradecerem por ele existir.

    A situação vista assim, por esse ângulo, oferece muito mais perigo à sociedade, e, agora, sobretudo, aos petistas. Como se a qualquer momento, com o homem em repouso, um outro esquisofrênico pudesse ser usado para fazer pior contra um adversários, ou até vários. 

    Já tentaram matar em quantidade por duas vezes, durante a caravana de Lula no Sul e no acampamento de Curitiba. Diferente do que vimos na sexta, com quase todas as autoridades do Brasil se declarando contra o atentado a Bolsonaro, os atentados aso petistas passaram ao largo.

    Eu vi ministos do STf, Temer e vários de seus ministros, Dodge, e até Carmem Lúcia e o Presidente da OAB, que pensei ter morrido, entre tantas mais autoridades, todas em defesa de Bolsonaro muito mais do que contra a violência.

     

    1. Em caso de genocídio cometido

      Em caso de genocídio cometido pelos fanáticos, zumbis e soldados de Bolsonaro todos esses que você citou devem ser levados perante ao Tribunal Penal Internacional. Eles também serão responsáveis pela matança, pois legitimaram um líder violento que não desautorizou vinganças sangrentas que já estão sendo intensamente cogitadas na internet.

  3. Obviamente que o boçal desde

    Obviamente que o boçal desde a última terça feira passou a ser teleguiado. É melhor fazer essas perguntas ao departamento de jornazismo da rede globo.

  4. A Grôbo e seu depto.novelas já assumiu a campanha

    Minhó calá!

    Crusivis pru “tocu di cerca”, o tal do mouranha.

    Agora, dêcha cum nóis!

    Essa é ordis.

     

    (conforme mensagem criptografada do DoS aos filhos sem nome próprio, que ficaram comerdeiros da agência de desinformação)

  5. Entre outras barbaridades,

    Entre outras barbaridades, enquanto seu líder literalmente defeca no saco, os boçalnazis seguem entretidos em adulterar os fatos como, por exemplo, a tentativa de relacionar o esfaqueador Adélio com o Lula, como fizeram com essa foto mal e porcamente falsificada que estão fazendo circular pelas redes sociais:

  6. ‘No hay ninguna garantía de que leer nos haga mejores’

    P. ¿Leer le hace a uno mejor?

    R. No necesariamente. No hay ninguna garantía de eso, por desgracia. El siglo XX nos ha enseñado que hay gente muy cultivada capaz de comportarse de una manera detestable. Entrevista: Alain Finkielkraut. 

    ‘No hay ninguna garantía de que leer nos haga mejores’  http://elpais.com/diario/2011/01/08/babelia/1294449137_850215.html

    ANTONIO JIMÉNEZ BARCA – 8 ENE 2011

    ” La silenciosa casa parisiense del filósofo Alain Finkielkraut (París, 1949) se encuentra, literalmente, tapizada de libros: hay estanterías con miles cuidadosamente ordenados en el salón, en las habitaciones, en el largo pasillo que conduce a los dormitorios. En 2005, este ensayista y profesor de Historia de las Ideas en la Universidad Politécnica, en una entrevista a un periódico israelí, aseguró -él mantiene que irónicamente- que la selección francesa de fútbol, alabada en su tiempo como modelo de mestizaje al responder al eslogan “blanc-black-boeur” (blanco negro árabe), se había convertido en “black-black-black”: todos negros. Fue acusado de racista. Corrían tiempos particulares: la protesta de los jóvenes inmigrantes de los barrios de la periferia, a los que Finkielkraut no ahorró críticas, había hecho arder miles de coches en una revuelta violenta, descabezada, desesperada y sin objeto. Sintiéndose víctima de un linchamiento, en vez de responder a las críticas, se acordó de varios modelos literarios, de varios personajes y se refugió en ellos: del Ludvik Jahn de La broma, de Milan Kundera (encarcelado por el régimen comunista checo por un chiste y una cadena de malentendidos), y el Coleman Silk, de La mancha humana, de Philip Roth (acusado y apartado de la universidad por utilizar un adjetivo despectivo y racista). De estas lecturas procede Un corazón inteligente, el último ensayo publicado en español por Finkielkraut, el más literario, donde analiza de una manera muy personal 12 novelas, entre las que se cuentan, además de las citadas de Roth y Kundera, obras de Camus o Grossman, entre otros, elegidas entre los miles de libros que integran su inacabable biblioteca.

    PREGUNTA. ¿Le fue difícil elegir esos 12 libros?

    RESPUESTA. No, me fue difícil escribir sobre ellos, pero no elegirlos. Son novelas que me han acompañado siempre, que he leído y releído, libros de los que sospechaba que tenía algo que decir de ellos. Hay otros que me gustan, claro, pero no son obras de las que me sienta capaz de comentar. Además, está lo ocurrido en 2005. Como sabe, a causa de una broma fui tratado de racista. Vi que me pasaba algo parecido a lo que le pasó a Ludvik y a Coleman Silk. En un primer momento, pensé en contestar a esas acusaciones, pero después me dije: “No, voy a tratar de aclarar primero lo que me ha pasado releyendo estos dos libros”. Fue una suerte de catarsis personal. No arreglé cuentas, no respondí, pero esa experiencia me ayudó a crear este libro.

    P. ¿Qué es un corazón inteligente?

    R. Yo no he inventado la expresión. La he tomado prestada de una cita de Salomón en la Biblia. Él le pide a Dios un corazón inteligente. Ahora me parece que no es a Dios a quien hay que pedírselo, sino a la literatura, que es una suerte de jurisprudencia interminable de la vida humana.

    P. ¿Y para qué necesitamos un corazón así?

    R. El siglo XX nos ha enseñado el divorcio que hay entre la inteligencia y el corazón. Existe una inteligencia funcional que parece funcionar por encima de todo y una sentimentalidad que justifica todos los crímenes. Solo la literatura puede volver a unir los dos conceptos.

    P. ¿Cómo?

    R. Las humanidades en general disputan a la ciencia el monopolio de la verdad. Proust dijo que por lo particular se llega a lo general. La literatura es una extraordinaria unión entre lo particular y lo general. Los personajes literarios no son tipos, muestras, generalizaciones: son individuos. Y solo se llega a la verdad humana cuando no se reducen esos individuos a generalizaciones. Las ideologías nos hacen vivir sobre las abstracciones sentimentales. Amamos ciertas identidades: el pueblo, la clase obrera, y detestamos otras: la burguesía, el capital… La literatura es la gran guardiana de la pluralidad, deconstruye las simplificaciones de las ideologías, que, a su vez, son ellas mismas simplificaciones literarias. Necesitamos la literatura para librarnos de esas simplificaciones. Dicho de otra manera: necesitamos la buena literatura para librarnos de la mala.

    P. ¿Leer le hace a uno mejor?

    R. No necesariamente. No hay ninguna garantía de eso, por desgracia. El siglo XX nos ha enseñado que hay gente muy cultivada capaz de comportarse de una manera detestable.Algunos sacan de eso la conclusión de que la cultura no sirve para nada, de que no puede contener la barbarie. Y abogan ahora por una sociedad poscultural. Pero hay ejemplos de lo contrario en los que hay que fijarse: hubo campos de concentración en los que los prisioneros, gracias a que los nazis permitían la visita de la Cruz Roja, gozaban de cierta libertad. Era una libertad precaria, efímera, pero que les permitía organizar conciertos, obras de teatro, exposiciones… Así, eran capaces de albergar más sentimientos que la desolación y el horror. Como dijo Kundera, desplegaban todo el abanico de sentimientos del ser humano. La literatura, la cultura, sirve para eso: para desarrollar todo el abanico de sentimientos. Por fidelidad a esos prisioneros, debemos defender siempre la cultura. Incluso aunque sepamos que los verdugos aman la música.

    Un corazón inteligente / Un cor intel·ligent. Alain Finkielkraut. Traducción de Elena-Michelle Cano e Íñigo Sánchez Paños / Maria Bohigas. Alianza Editorial / Edicions de 1984. Madrid / Barcelona, 2010. 208 / 218 páginas. 17 / 18 euros.

    * Este articulo apareció en la edición impresa del Sábado, 8 de enero de 2011 “

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    1. Bolsonaro não lê muito e

      Bolsonaro não lê muito e promete fuzilar petistas. Nada do que você disse será capaz de minimizar as intenções dele.

      Além disso, o coração de Bolsonaro é podre. Ele desejou a morte de Dilma Rousseff, desdenhou o assassinato de Marielle Franco e elogiou um assassino e torturador chamado Brilhante Ustra.

  7. tomará que as ameaças se concretizem

    vai ser maravilhoso ver a grande mídia justificar o genocidio que se seguirá….

    em um passado distante os punks e os punk-nazi se espancavam no meio da rua, esses bolsominios não são nem de longe ameaçadores como aqueles punks, no maximo são nerds de T.I. ressenditos querendo brincar de rambo, no primeiro soco eles somem, mas também não temos mais aqueles punks anti-nazi da época do joão gordo agora….

  8. Corado

    Para quem perdeu 2,5 litros de sangue tô achando que ele está bem corado. Gostaria que profissionais da aréa ou estudiosos me explicassem este fenômeno. 

  9. E a Direita tem o seu…

    Momento REICHSTAG!!!

    Se analisarmos friamente, o único que teria a ganhar com a morte do Bolsonaro é o vice dele.

    Os militares usam o Bolsonaro, mas isso não quer dizer que gostem dele ou o admirem.

    Eles sabem que ele é estrume, tanto quanto qualquer um.

    Mas é o estrume útil.

    Ele alcançou o seu limite de votação, só um fato novo aumentaria a votação dele!

    O momento Reichstag!

    Acredito que o atentado era para matar ele, só assim funcionaria perfeitamente. Ele morreria, haveria uma verdadeira comoção, o Vice acusaria o PT (aliás, como correu para fazer), e transformado em mártir (e mito, KKKKK!!!) a seu “herdeiro” seria eleito.

    O Vice.

    Isso resolveria muitos problemas.

    Se a turma do Bolsonaro não é estúpida, já deve ter pensado nisso também.

    E em rio que tem piranha, Bolsonaro nem nadar, nada. Por que piranhas também pulam…

     

     

    1. Isso também me ocorreu.

      Isso também me ocorreu. Quando o filho do Bolsonaro cantou a vitória do pai no primeiro turno após atentado mandei uma mensagem para ele pelo Twitter:

       “Ainda é cedo para @FlavioBolsonaro comemorar @luisnassif @palmeriodoria. Vai que o general vice toma gosto pela vitória e resolve fazer como o Sarney, que colocou a faixa presidencial depois de enterrar um presidente eleito.”

      https://twitter.com/FabioORibeiro/status/1038041889042309121?s=19

       

  10. Alguém já pensou numa

    Alguém já pensou numa hipótese que pode parecer teoria da conspiração mas que tem fundamentos racionais, que Jair Bolsonaro é um pau mandado para que os militares assuman o poder através de um golpe militar (perdoem-me a contradição) “democrático”? Bolsonaro é um tosco, não entende nada de nada, tem dificuldades até para decorar as perguntas que irá fazer nos debates (colinha na mão), o que pode ser um sintoma de Alzheimer, já declarou que se eleito os ministérios serão ocupados por generais, seu vice é um general que, pelas suas declarações, pertence ao lado negro das forças armadas, aqueles inconformados com a abertura política e saudosos da ditadura. Mas não é um golpe tão somente militar, nesse contexto se amontoam membros do judiciário, da política, da mídia falaciosa e do capital financeiro, sob a tutela do departamento de estado americano. E porque Bolsonaro? No seu discurso homofóbico, e violento, propondo armas para todo cidadão e de um anticomunismo rançoso do tempo da guerra fria em que viam a ameaça comunista até em bebês de colo, ele congrega uma boa parte da população que sofre violência e é bombardeada diariamente com notícias do jornal nacional, do Datena e a internet. Esperem os próximos capítulos pois ainda vamos assistir a um desfecho que levará esse país para o abismo mais profundo em toda a sua história.

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