O Vice de Lula, por Ruben Rosenthal

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Fotor Adonis Guerra 

O Vice de Lula

por Ruben Rosenthal

Em análise pertinente ao atual momento político, Kennedy avalia em seu blog que o PT considera não ser ainda a hora de desistir da candidatura Lula. O jornalista avalia também que é imprevisível a posição que a ministra Rosa  Weber adotará quanto à possibilidade de prisão antes do trânsito em julgado. Calcada em Carmen Lúcia, a ministra declarou, quando da defesa de seu voto no STF quanto ao HC de Lula, que é prematuro se rever uma decisão de colegiado tomada há ‘apenas’ dois  anos.

Caso Lula não possa concorrer, esquerda e centro-esquerda precisarão se unir já no primeiro turno em torno de uma candidatura, uma vez acertado um programa que contemple medidas que possibilitem a retomada da fase desenvolvimentista, incluindo a reversão de ações tomadas pelo desgoverno Temer que prejudicaram a economia do país. Espera-se que o plano de governo também contemple a implementação de políticas públicas  nos campos da saúde, educação, aumento de renda dos trabalhadores, igualdade de gênero e pró-cidadania LBGT.

Muito se tem falado dos possíveis candidatos de união, tendo sido levantados os nomes de Ciro Gomes, Guilherme Boulos, Manuela d’Ávila e Fernando Haddad. Este, em outro momento, chegou a se constituir no objeto da tentativa do PT de lançar candidatura própria em substituição a de Lula. Ciro, por sua vez, considera que chegou a hora de ser recompensado pelo apoio concedido a governos do PT e por ter ficado fora do páreo quando das duas candidaturas de Dilma Roussef. Neste afã de atingir seu objetivo, vem se comportando como amigo urso, disparando em momentos  ‘fogo não muito amigo’ contra Lula e o PT.

Um nome que deveria estar necessariamente incluído entre as opções de candidatos pela frente de esquerda e centro-esquerda é o do Senador Roberto Requião.  Foi governador do Paraná por três vezes, prefeito de Curitiba, deputado estadual e exerce atualmente o seu segundo mandato no Senado. Vem se manifestando de forma firme e coerente da tribuna do  Senado em defesa da soberania nacional, atualmente fortemente ameaçada pelas forças que urdiram e apoiaram o golpe de estado midiático-político-jurídico contra a presidente Dilma. Teve lealdade em palavras e ações ao Lula e à Dilma nos momentos difíceis que estes  atravessaram e atravessam. Tendo exercido política com base no Paraná, que é também a base principal dos juízes e procuradores da Lavajato, não foi alvo deste controverso judiciário, mesmo sendo um feroz critico do PSDB. Isto deveria conceder a ele um atestado de ficha limpa. Como senador, votou contra a PEC dos gastos públicos e a reforma trabalhista de Temer. Seus discursos  são impactantes e proferidos com muita clareza. Entretanto, talvez seja a hora de deixar o (P)MDB, partido para o qual, mesmo tendo voltado a adotar a prestigiosa sigla original, pode não haver mais redenção moral.

Embora seja prematuro se considerar que a candidatura Lula já tenha sido inviabilizada, deve-se iniciar logo a discussão programática em busca da unidade, bem como definir o plano B. A proposta sugerida neste artigo é que fique desde já acertado que o vice na chapa de Lula seja o candidato à presidência caso o ex-presidente seja impedido de concorrer. A escolha agora do vice de Lula  possibilita que seu nome já seja amplamente divulgado, o que traria vantagens na eventualidade de vir a assumir a cabeça da chapa de unidade.

O escolhido precisaria estar plenamente comprometido com o programa discutido e aprovado pelos partidos e forças  políticas que irão compor a unidade. Para tanto, sua atuação prévia deve ser compatível com a plataforma comum, já que teria o estrito compromisso de seguí-la.  Seu perfil pessoal deve ser o de um democrata convicto, que tem firmeza quando é necessário mas sem autoritarismo, nacionalista sem xenofobia e, certamente, não ter processos de corrupção. Não menos importante, que tenha  demonstrado lealdade ao Lula e à Dilma nos momentos difíceis. Vale também ressaltar que governar o Brasil no momento atual, sem ter muita experiência política acumulada, pode ser receita certa para um mandato tumultuado.

De todos os nomes já levantados, Requião é provavelmente o mais indicado para participar de uma chapa como vice de Lula e, em caso de malogro definitivo da candidatura do petista, tornar-se o candidato das forças progressistas à presidência.

A opção seria, então, a chapa Lula-Requião pelo plano A, e, no caso de ser necessário o plano B,  Requião na cabeça, e o vice a definir entre Boulos, Manuela e Haddad, como também Ciro, se este conseguir cessar o fogo amigo. A vitória só virá com a unidade, e melhor que já seja alcançada no primeiro turno, para não possibilitar a aglutinação da direita e extrema-direita.

Ruben Rosenthal, professor aposentado, Universidade Estadual do Norte Fluminense

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  2. O Ciro Gomes é muito imprevisível. Não é possível prever exatame

    O Ciro Gomes é muito imprevisível. Não é possível prever exatamente como se comportará diante da influência da globo e do Poder Judiciário. Suas posições sobre a questão da influência da mídia e a necessidade da democratização dos meios de comunicação são muito dúbias e não inspiram confiança. Sobre a questão da perseguição jurídica que o Lula sofre da Lava Jato, o Ciro Gomes demonstrou pouca preocupação com a ascensão do estado de exceção. Quando diz que o Lula não é um preso político, o Ciro deixa bem claro seu pouco apreço pelo Lula e pelas instituições democráticas.

    No Poder é difícil prever quem será o Ciro. Seus movimentos pendulares e seu pouco comprometimento com quem quer que seja torna qualquer aliança com ele perigosa. Ele tanto pode ser um estadista nacionalista, quanto pode ser um tirano capaz de se aliar com as oligarquias seculares que controlam a política brasileira. É complicado entregar um cheque em branco para alguém como o Ciro Gomes que ataca e afaga seus aliados de forma tão desleal. Seus gestos ambíguos deixam a impressão de ser um político oportunista e egoísta ao extremo.

    Eu já cheguei a defender o apoio do Lula ao Ciro Gomes, mas hoje vejo que essa aliança pode ser uma furada. Isso por que o Ciro tem se revelado uma pessoa mesquinha e pouco comprometida com quem quer que seja. Dificilmente ele acatará as reivindicações de grupos oprimidos como o MST e MTST e de outros grupos vulneráveis como indígenas e estudantes. Suas bandeiras se limitam à economia desenvolvimentista, quanto a outras questões envolvendo direitos humanos e reivindicações sociais não está claro.

    Nesse sentido, o senador Requião parece ser mais equilibrado e sensível às demandas de setores que realmente necessitam do Estado. Sua postura crítica aos excessos da lava jato e a perseguição do Lula representa uma contribuição decisiva na atual conjuntura. Hoje o senador é a melhor alternativa sobre todos os aspectos para o campo progressista. Ele mercia um voto de confiança por ter sido realmente leal ao Lula e ao PT e acima de tudo ao Brasil.  

    Trajetória política do senador Requião é exemplar, quando foi governador do Paraná sempre levou em  considerção as reivindicações do MST. Foi durante o seu governo que Paraná aboliu os transgênicos da agricultura da região. Também foi durante seu governo que enfrentou a globo e os grupos de mídia, retirando as verbas destinadas a publicidade do governo das empresas de mídia para construir uma empresa de comunicação estatal.

    Em síntese, o Roberto Requião é muito melhor que o Ciro Gomes. 

    1. O Ciro Gomes tem um sério

      O Ciro Gomes tem um sério impecilho de que se o tenha na conta de pessoa suficientemente perspicaz. Parece que ele acredita mesmo no absurdo de que o Lula tenha recebido algum favor ilegal. Ele já se pronunciou sobre isso, quando se mostrou totalmente devoto da fé lavajatista. Ainda não desmentiu o que disse, o que o faz suspeito de sustentar crenças convenientes. 

  3. Tem um porém, se escolherem
    Tem um porém, se escolherem um vice agora para o Lula, a lava jato tira do páreo.

    Eles arrumam uma denúncia forjada contra qualquer um. Até contra o Requião.

  4. Quem expressa que “o PT

    Quem expressa que “o PT considera não ser ainda a hora de desistir da candidatura Lula” está a firmar que o PT sabe que vai desistir da candidatura Lula, apenas não sabe ainda a hora disso acontecer. E pior: Acredita que, sem Lula, haverá alguma chance para a esquerda alegremente unida vencer as eleições. O objetivo do golpe nao foi só acabar com Lula, mas acabar com a esquerda. Isso foi perbecido intuitivamente na prisão do Lula, mas agora começa a ficar difuso. Se houver alguma possibilidade do PSDB em aliança com o Centrão não vencer esta eleição, então vão melar a eleição. Claro. Apessar do golpe estar se esgarçando, eles ainda têm força para isso. A resistência por Lula não é apenas uma resistência por Lula, é a última trincheira da resistência democrática. Se ela não for levada aos extremos mais extremos, entraremos numa fase de destruição paulatina do país que durará vinte anos para ser encerrada. 

  5. candidato já está no plano A

    O momento atual é dos partidos pequenos lançarem candidatos a presidente para não desaparecerem, por força da cláusula de barreira. Os candidados a presidente sabem que vão perder, mas tem a melhor tribuna para buscar uma bancada mínima no Congresso. Boulos e Manuela parecem ter aceitado muito bem sua condição candidatos principiantes. Sabem que tem muitas eleições pela frente e podem concorrer sem disputar, ao mesmo tempo que apoiam Lula/PT de forma velada.

    Ciro já deve ter se queimado a estas alturas. Não tem inteligência política para tarefa tão grande. Não tem partido, só tem legenda. Não tem programa, ainda está contratanto economista para fazer programa. Não tem um grupo para liderar. Nem a própria língua ele controla. Está mais do que atrasado.

    Requião não saiu do (P)MDB. Como vai conseguir que a máfia corrupta que controla aquela gangue concorde em fazer chapa com o PT? Alguém espera que petistas dêem cheque em branco para os mafiosos liderarem a chapa?

    Espero que a decisão já esteja tomada, todos sabiam que isto precisava ser definido antes. Lula deve disputar ao menos o primeiro turno, mesmo preso. Acho que seu vice será o Haddad. A indicação dele como coordenador do programa de governo é muito sintomática. Com um vídeo, que pode até já estar gravado, Lula o apresenta como aquele em quem confia para representá-lo e trabalhar por suas causas. E Haddad tem todos os predicados para convencer o eleitor de que sabe executar um programa partidário, além de ter histórico de lealdade e capacidade gerencial. Pois, nesta situação, Lula precisará de um gerente para fazer por ele a política que já está claro que precisa ser feita.

     

  6. ???????????????

    E cadê textos sobre a trairagem dos 30 advogados e alguns políticos que deliberadamente enganaram LULA lá em SBC? Alguém com “c&*#@=&?

     

  7. Esse tipo de artigo não

    Esse tipo de artigo não ajuda. 

    Requião, como bem lembrado aqui esta no MDB. 

    Portanto, como será vice de Lula ou apoiado pelo mesmo ?

    Precisamos de apoio de gente com conhecimento das regras eleitorais. 

    O Haddad é o único nome, não tem outro. 

    Penso que é melhor ir poupando-o e mostrando movimentos dubios até o registro em agosto, para não despertar a fúria do partido a justiça. 

    Porém, ele ja tem que começar a viajar e a fazer campanha. 

    Dai, em agosto, registra-se Lula e Haddad. Independente de qualquer coisa. 

    Dai, até 17 de setembro, se impugnarem Lula e com certeza o farão, sobra Haddad. 

    Algum com conhecimento de legislação eleitoral poderia dizer se ocorreria dessa forma mesmo. Se for impugnado o principal sobre o vice ? Há riscos de impugnação do vice em conjunto ?

    Se não houve esse risco, é o melhor caminho a se seguir. 

    Mesmo com Lula preso Haddad fica de fora, fazendo campanha. Depois sobra ele. Dessa forma, se tudo correr bem, sobre ele no 2 turno. 

    Se tudo correr melhor ainda, sobre ele contra Bolsonaro no 2 turno, ai é um abraço. 

    A centro esquerda, o PT, devem ter ESTRATÈGIA para as eleições. Principalmente na camara dos deputados. 

    A coisa ainda não está perdida. 

    1. O vice de Lula
      O prazo para troca de partido para a eleição terminou há uma semana. Mas não há impedimento constitucional para candidaturas avulsas. O caso está no supremo, mas já há precedente aprovado em liminar na justiça.

  8. O vice de Lula
    O prazo para troca de partido ou filiação terminou há uma semana, e pertencer ao (P)MDB pode realmente ser um pesado fardo para a candidatura de Requião. Mas candidaturas avulsas não são proibidas pela constituição. O caso está no Supremo. Raquel Dodge é a favor e já existe caso de liminar concedida a candidato na justiça. Fica a incerteza se o STF vai fazer algo agora que possa ser a favor de uma chapa com Lula fazendo parte. As implicações de candidaturas avulsas no fundo partidário e na possibilidade de abrir caminho para candidatos messiânicos precisam ser analisadas.

    1. O vice de Lula
      Uma chapa puro-sangue de Lula-Haddad, como sugere DSilva, por mais atraente que possa ser pelo perfil e qualidades de ambos, pode não ter o efeito agregador suficiente em uma eleição majoritária. Vale lembrar que Lula chamou a José Alencar para ser seu vice em 2002 e 2006. Não era de esquerda mas era decente e leal. Já Dilma não conseguiu fazer a escolha certa.

      1. Em 2002 não tinha um golpe para vencer

        O melhor é lançar já a chapa Lula-Haddad.

        Se Lula for impugnado (o que deve ser pelo judiciário que temos aí), Haddad já fica sendo o voto em Lula-13, então aí junta um vice que agrega apoios. Não creio que Ciro abra mão de sua candidatura para ser vice, nem Boulos, e acho que Manuela teria o mesmo perfil sem trazer novos votos, então pode ser até o Josué Alencar (filho de José Alencar). Ele já foi candidato a senador por Minas bem votado, e se transferiu do PMDB para o PR fala-se que foi para ser vice de Pimentel em Minas ou para ser vice do PT nacionalmente.

        Requião teria que ter mudado de partido para se viabilizar a cargo nacional. Pelo MDB, deve concorrer a governador do Paraná mesmo, e será muito importante apoiando um candidato do campo das esquerdas.

      2. Obrigado por se dignar a vir

        Obrigado por se dignar a vir responder sobre um artigo que escreveu. Atitude louvável. 

        No caso, estou trabalhando com a hipótese mais que provável de Haddad assumir, com a impugnação de Lula. Portanto, ainda abria uma vaga de vice de Haddad e, como já bem dito por aqui, poderia ser Josué Alencar. 

        Sem contar que Haddad é de total confiança de Lula e é mais arejado. Requião, estaria mais a esquerda que Haddad. A candidatura avulsa não é uma certeza e um candidato assim estaria muito enfraquecido. 

        Outro fator é a idade. Haddad tem 56, é bem novo e está muito bem. Requião tem 77. Não está assim tão bem, uma campanha não é algo fácil, inclusive fisicamente. 

        Um segundo turno Haddad x Bolsonaro seria o ideal para a centro esquerda. Haddad, em tese, poderia galvanizar TODOS os apoios para uma derrota acachapante sobre Bolsonaro, enxotar a extrema direita de volta ao armário e reunir o País. Por ex, FHC muito provavelmente apoiaria o Haddad, até a Globo. Não vejo Marina, JB, Ciro, Alckmim, apoiando Bolsonaro e não Haddad. Ate a Globo, muito provavelmente. Seria o 2 turno dos sonhos. 

        Com esse pesquisa de hoje, vejo que Bolsonaro bateu no teto de 17%. Provavelmente vai é cair daqui para frente e nem chegará ao 2 turno. 

        Dai um 2 turno contra Alckmim seria muito mais complicado. A midia toda apoiaria o xuxu, bem como os candidatos do 1 turno se dividiriam. 

        O pior dos mundos seria um 2 turno sem Haddad, Lula ou Ciro, ou outro da centro esquerda. Tipos como Marina, JB, Bolsonaro e Alckmim se enfrentando seria o caos para o País. Infelizmente pode acontecer, SE E SOMENTE SE, a esquerda não tiver ESTRATÉGIA definida para as eleições. 

  9. Como já foi bem dito parece
    Como já foi bem dito parece que não podemos confiar em Ciro, o que fazer? Haddad bom gestor, ótimo caráter, mais isso não basta para esse momento atual. Lula errou quando não preparou um vice, o melhor político progressista sem sobra de dúvidas é Flávio Dino carismático,competente teria que ter renunciado a governo do Maranhão,Lula impedido seria ele o candidato.

  10. Requiao

     Votaria no Requiao, mas o PT não aceitaria um candidato fora do PT ou esquerda, ainda mais sendo do PMDB

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