O viés ideológico de Bolsonaro para a Educação, por Bruno Boghossian

Pontos mais destacados são: criação de colégios militares, ensino à distância e retirada de discussões de direitos humanos
 
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
Jornal GGN – Faltando 12 dias para a decisão final das eleições à presidente da República, houve pouca exploração do plano de governo para educação defendida por Jair Bolsonaro (PSL). Os pontos mais destacados são a criação de colégios militares, ensino à distância para estudantes do ensino médio e  retirada de discussões da sala de aula como a defesa dos direitos humanos e o preconceito sexual.
 
A preocupação com a falta de aprofundamento sobre a política para a educação pretendida pela equipe de Bolsonaro foi levantada por Bruno Boghossian, na sua coluna desta terça-feira (16) na Folha de S.Paulo, destacando que em recente entrevista para o Jornal O Estado de S.Paulo, o assessor de Bolsonaro, general Aléssio Souto, disse que a teoria da evolução deve ser ensinada ao lado do criacionismo. 
 
“As duas visões devem ser mantidas em esferas distintas, mas o militar segue uma linha em que a religião disputa espaço com a ciência. Ele diz que um pai “não está errado” se quiser que o professor ensino teoria da criação no lugar do darwinismo”, completa o jornalista.
 
Para Priscila Cruz, do movimento Todos pela Educação, Souto usa um debate que deve ocorrer no campo da religião como algo que deva ser debatido nas aulas de filosofia ou sociologia. Já o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, pontua que a proposta da equipe de Bolsonaro vai contra seus próprios argumentos de combater a ideologia nas escolas, uma vez que usa o viés político próprio do partido para alterar um plano de educação.
 
Stavros Xanthopoylos, coordenador da campanha de Bolsonaro declarou em entrevista ao jornal Valor que só vai falar dos projetos do grupo para educação depois do segundo turno, portanto sonegado informação das reais intenções de Bolsonaro para o setor estratégico na formação e na produtividade brasileira. 
 
Para Priscila Cruz, isso significa dar “um cheque em branco” para o candidato. “O debate não está em cima de propostas, mas de crenças e visões de mundo. O que vamos fazer para as crianças aprenderem?”, reforçou. Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
 
Redação

3 Comentários

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  1. Conselho ao Coiso

    com a divulgação das inumeras bobagens ditas pelo generaleco, é melhor voltar com a primeira opção que o coiso teve. Alexandre Frota

     

    1. Criação de colegios militares. um aluno em Colegio militar custa 18.000/ano contra pouco mais de 6.000 em escola publica. onde o boçal vai tirar dinheiro ?

    2. EAD. o boçal afirma  que o Presidente das instituições de EAD será convocado para transformar o ensino médio em EAD. pergunta basica: não existe internet no Brasil onde é mais necessário para alunos e escolas. Com que dinheiro o boçal vai construir este infra estrutura ?   O presidente da EAD via cuidar…. O lobo cuidando do galinheiro. Propina de fazer inveja ào tucanato

    3. o general disse que a teoria da evolução deve ser ensinada ao lado do criacionismo

    quando o Brasil novamente voltar aos anos 2000, por favor, me acordem

     

     

    a cada dia fico mais convicto do porque as FFAA não defenderam o Almirante Othon. 

    a distancia intelectual que separa o Heroi Almirante Othon dos demais oficiais é astronomica

     

  2. ministerio da educação

    Criado na década de 30 pelo Governo Vargas com  o nome de Ministério da Educação e Saúde Pública, transformou-se posteriormente em Ministério da Educação e Cultura e mais tarde, com o desmembramento da área cultural, passou a denominar-se Ministério da Educação, tão somente. O grande equívoco foi dissociar-se a educação da cultura, áreas ubilicalmente ligadas, que jamasis poderiam ter sido desligadas uma da outra; aliás, quando Assessor no Gabinete do Ministro da Educação, emiti parecer c ontrário à separação. Seguindo a ideia do nosso futuro e, se Deus quiser, grandde Presidente, vejo, como proposta razoável, agregar a educação a cultura, com a criação do Ministério da Educação e Cultura e transformar o atual Ministério da Educação, em Ministério do Ensino, Ciência e Tecnologia. Assim entendo porque o Ministério da Educação, nunca dedicou-se a essa área, na dimensão que merece; sempre privilegiando a área do ensino e, considerando que o ensino deve estar atrelado à ciência e tecnolopgia, vejo essa fusão mais adequada para o momento atual, onde, inclusive a tecnologia representa fonmte fundamental para o ensino e a pesquisa.  

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